Publicado em

DOMINGO, DIA 20 DE FEVEREIRO DE 2022

DOMINGO DA VII SEMANA DO TEMPO COMUM
(cor verde)

Primeira leitura
1Sm 26, 2.7-9.12-13.22-23 
– Leitura do primeiro livro de Samuel – Naqueles dias: 2Saul pôs-se em marcha e desceu ao deserto de Zif. Vinha acompanhado de três mil homens, escolhidos de Israel, para procurar Davi no deserto de Zif. 7Davi e Abisai dirigiram-se de noite até ao acampamento, e encontraram Saul deitado e dormindo no meio das barricadas, com a sua lança à cabeceira, fincada no chão. Abner e seus soldados dormiam ao redor dele. 8Abisai disse a Davi:
‘Deus entregou hoje em tuas mãos o teu inimigo. Vou cravá-lo em terra com uma lançada, e não será preciso repetir o golpe’. 9Mas Davi respondeu: ‘Não o mates! Pois quem poderia estender a mão contra o ungido do Senhor, e ficar impune?’ 12Então Davi apanhou a lança e a bilha de água que estavam junto da cabeceira de Saul, e foram-se embora. Ninguém os viu, ninguém se deu conta de nada, ninguém despertou, pois todos dormiam um profundo sono que o Senhor lhes tinha enviado. 13Davi atravessou para o outro lado, parou no alto do monte, ao longe, deixando um grande espaço entre eles. 22E Davi disse: ‘Aqui está a lança do rei. Venha cá um dos teus servos buscá-la! 23O Senhor retribuirá a cada um conforme a sua justiça e a sua fidelidade. Pois ele te havia entregue hoje em meu poder, mas eu não quis estender a minha mão
contra o ungido do Senhor.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 103,1-2.3-4.8.10.12-13 (R: 8a)
– Bendize, ó minh’alma, ao Senhor, pois ele é bondoso e compassivo!
R: O Senhor é bondoso e compassivo!

– Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e todo o meu ser, seu santo nome! Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não te esqueças de nenhum de seus favores!
R: O Senhor é bondoso e compassivo!

– Pois ele te perdoa toda culpa, e cura toda a tua enfermidade; da sepultura ele salva a tua vida e te cerca de carinho e compaixão.
R: O Senhor é bondoso e compassivo!

– O Senhor é indulgente, é favorável, é paciente, é bondoso e compassivo. Não nos trata como exigem nossas faltas, nem nos pune em proporção às nossas culpas.
R: O Senhor é bondoso e compassivo!

– Quanto dista o nascente do poente, tanto afasta para longe nossos crimes. Como um pai se compadece de seus filhos, o Senhor tem compaixão dos que o temem.
R: O Senhor é bondoso e compassivo!

Segunda leitura
1Cor 15,45-49
– Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios: Irmãos: 45 o primeiro homem, Adão, foi “um ser vivo”; O segundo Adão é um espírito vivificante. 46Veio primeiro, não o homem espiritual, mas o natural; depois é que veio o espiritual. 47O primeiro homem, tirado da terra, é terrestre; o segundo homem vem do céu. 48 Como foi o homem terrestre, tais são os terrestres; e qual é o homem celeste, tais serão os celestes. 49E como já trouxemos a imagem do terrestre, traremos também a imagem do celeste.
– Palavra do senhor.
– Graças a Deus.
Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Eu vos dou este novo mandamento, nova ordem, agora, vos dou; que também vos ameis uns aos outros, como eu vos amei, diz o Senhor (Jo 13,34)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 6, 27-38.

– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.
– Glória a vós, Senhor.
– Naquele tempo disse Jesus a seus discípulos 27“A vós, porém, que me escutais, eu digo: amai os vossos inimigos e fazei o bem aos que vos odeiam. 28Falai bem dos que falam mal de vós e orai por aqueles que vos caluniam.
29Se alguém te bater numa face, oferece também a outra. E se alguém tomar o teu manto, deixa levar também a túnica. 30Dá a quem te pedir e, se alguém tirar do que é teu, não peças de volta. 31Assim como desejais que os outros vos tratem, tratai-os do mesmo modo. 32Se amais somente aqueles que vos amam, que generosidade é essa? Até os pecadores amam aqueles que os amam. 33E se fazeis o bem somente aos que vos fazem o bem, que generosidade é essa? Os pecadores também agem assim. 34E se prestais ajuda somente àqueles de quem esperais receber, que generosidade é essa? Até os pecadores prestam ajuda aos pecadores, para receberem o equivalente.
35Amai os vossos inimigos, fazei o bem e prestai ajuda sem esperar coisa alguma em troca. Então, a vossa recompensa será grande. Sereis filhos do Altíssimo, porque ele é bondoso também para com os ingratos e maus. 36Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso. [O perdão] 37“Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados. 38Dai e vos será dado. Uma medida boa, socada, sacudida e transbordante será colocada na dobra da vossa veste, pois a medida que usardes para os outros, servirá também para vós”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor. 

SANTO DO DIA
Santa Margarida de Cortona e Santa Jacinta de Jesus Marto

Margarida nasceu na cidade de Cortona, região central da Itália, em 1247. Perdeu a mãe quando tinha 7 ou 8 anos de idade. A madrasta começou a tratá-la mal, encontrando defeito em tudo o que ela fazia. Não encontrando em casa o amor e o carinho de que precisava, foi procurá-lo fora. Era muito bonita, cheia de graças e encantos. Aos 15 anos, uma jovem dela se enamorou e a convenceu de viver com ele, prometendo casar-se com ela.
Margarida, então, vivia de luxo, festas e presentes. Sua consciência a cobrava da vida que estava levando, mas, então, vinha outro presente… Margarida viveu nove anos nessa união ilícita, quando sobreveio um acontecimento dramático. Seu companheiro havia sumido já há dois dias, quando chegou uma cadelinha que, latindo tristemente, puxava Margarida pelo vestido. Ansiosa, ela seguiu o animal até um bosque, onde encontrou o companheiro morto. Ante essa visão, deu um grito e desmaiou. QUando voltou a si, Margarida pensou sobre no destino eterno do seu companheiro no pecado. Encheu-se de horror de sua existência pecaminosa e, naquele momento, fez o propósito de mudar radicalmente de vida.
Margarida vendeu tudo o que tinha, distribuiu entre os pobres e, vestida muito simplesmente de preto, retornou à casa do pai, pedindo perdão e abrigo. O pai comoveu-se, mas a madrasta exclamou: “Ou ela ou eu!”. A porta da casa paterna foi-lhe então cruelmente fechada. Desolada e sem saber o que fazer, sem recursos e sem residência, no auge da provação, Margarida sentou-se num tronco à beira do caminho. O demônio logo entrou em cena, tentando-a: “Você tem somente 26 anos e está no auge de sua formosura. Muitos outros pretendentes surgirão. Vamos, erga a cabeça e recomece de novo a vida de fausto e de alegria!”. “Não! –– exclamou Margarida, resoluta. Já ofendi muito a Nosso Senhor, que verteu seu sangue inocente por mim. Mais vale a pena mendigar o pão que voltar ao pecado”. Nesse momento outra voz, a da graça, se fez ouvir: “Em Cortona os filhos de São Francisco compadecer-se-ão de ti e dir-te-ão o que fazer”.
Sem conhecer ninguém, Margarida procurou o convento dos frades franciscanos. Duas damas locais, Marinaria e Romeria Boscari, a encontraram e ficaram comovidas ao ver sua profunda tristeza e o sofrimento. Com bondade, perguntaram-lhe se precisava de algo. Margarida abriu-lhes a alma, contou seus pecados e sua inspiração de procurar os franciscanos da cidade. As duas nobres senhoras ofereceram-lhe abrigo em sua casa, e a apresentaram a Frei Bevegnati, que depois viria a escrever a história de Margarida. Esta, entre lágrimas e suspiros, fez uma confissão geral tão minuciosa, que durou oito dias. Pediu depois admissão na Ordem Terceira franciscana, também chamada da Penitência.
Preocupada em evitar uma recaída no pecado, Margarida cortou os cabelos que tanto orgulho lhe causara, expôs o rosto ao sol para perder seu encanto, e examinava como reparar seu escândalo. Passou a dormir no solo e a alimentar-se apenas de ervas. Certo domingo apareceu na hora da Missa mais freqüentada, com uma corda ao pescoço e, em altas voz, pediu perdão a seus concidadãos pelo mau exemplo que lhes dera. Outra vez, em Cortona, Margarida fez-se arrastar com uma corda ao pescoço pelas ruas da cidade, enquanto uma mulher gritava: “Eis esta Margarida, que perdeu tantas almas; eis esta pecadora, que profanou tanto nossa cidade”. No intuito de se humilhar, muito mais coisas teria feito, se a obediência lhe tivesse permitido. Margarida passava horas e horas de joelhos diante do Crucifixo, chorando por seus pecados. Seu arrependimento foi tão profundo e sincero, que um dia o Crucificado disse-lhe: “Teus pecados te são perdoados”. Outra vez, quando em prantos meditava na Paixão de Nosso Senhor, Este perguntou-lhe: “Que queres, minha pobre pecadora?”. E Margarida, num transporte de amor, respondeu: “Senhor Jesus, não quero senão a Vós, e não procuro senão a Vós”.
Em pouco tempo Margarida passou a ser visitada por elevadas graças místicas. Narra seu confessor e biógrafo: “Pediu-me que não me ausentasse do convento, porque Deus lhe preparava algo extraordinário. Depois da Missa conventual, ela foi arrebatada em espírito. À sua vista desenrolou-se o drama da Paixão. Viu o Salvador vendido pelo beijo de Judas, negado por São Pedro, abandonado pelos Apóstolos, insultado pelos pretorianos. Ouviu os golpes dos açoites, os gritos do populacho, o ruído do martelo quando Lhe cravavam mãos e pés. Explicou-me as cenas da Paixão, sem conhecer a presença da população de Cortona, que havia vindo para presenciar tão extraordinário fato. Tinha os braços em cruz, e as contrações de seu rosto refletiam a violência de suas emoções. À mesma hora em que expirou a vítima do Calvário, inclinou a cabeça e pareceu também que ela expirava. Os que estavam presentes não cessavam de soluçar”.
Outra vez, acabrunhada pelo peso das tentações, gemia aos pés do Crucifixo. Disse-lhe Nosso Senhor: “Tem ânimo, minha filha, por mais violentos que sejam os esforços do demônio, pois Eu estou contigo no combate, e sempre sairás vitoriosa. Sê fiel a todos os conselhos do teu diretor; confia cada dia mais e mais em minha bondade, desconfia de ti mesma, e com o socorro de minha graça triunfarás do inimigo”.
De vários lugares, desde Roma até a Espanha, vinham pessoas ver a que se tornou “a taumaturga de Cortona”, pela fama dos milagres por ela operados. Pedia-se, por sua mediação, a conversão de pecadores, a cura de enfermos, a liberação de endemoniados.
Foi graças a Margarida que os güelfos, partidários dos Papas, fizeram as pazes com os gibelinos, partidários do Imperador alemão, depois que ela, por ordem de Deus, correu pelas ruas de Cortona gritando: “Cortonenses, fazei penitência e reconciliai-vos com vossos inimigos”. Nosso Senhor afirmou lhe nessa ocasião: “Cortona merecia ser castigada, mas, pelo amor que te tem, Eu a perdoarei”.
O Divino Salvador também fez-lhe o seguinte elogio: “Tu és a terceira luz dada à Ordem de meu bem-amado Francisco. Ele foi a primeira, entre os Frades Menores; Clara foi a segunda, entre as monjas; tu és a terceira, na Ordem da penitência.
Com esmolas recebidas Margarida fundou o Hospital de Santa Maria da Misericórdia, para cuidar dos pobres da cidade, a cargo de suas irmãs da Ordem Terceira Franciscana reunidas em uma Congregação por ela fundada, a das Poverelle.
 
santa-margarida-cortona1-20.02
Muitos milagres, que o limite deste artigo não permite transcrever, foram operados por intercessão da penitente de Cortona, falecida aos 48 anos, no dia 22 de fevereiro de 1297. Seu corpo, transcorridos mais de 700 anos de sua morte, continua incorrupto. Ele pode ser visto num relicário de cristal, exposto na Basílica dedicada à sua honra, em Cortona.
Fonte: Catolicismo
 
Santa Jacinta de Jesus Marto
A santa nasceu dia 11 de março de 1910. Ela, seu irmão Francisco e sua prima Lúcia viram Nossa Senhora em sua pequena aldeia.
 
Quando ela e seu irmão estavam com pneumonia, tiveram a primeira aparição, ela afirma “Nossa Senhora veio nos ver e diz que vem buscar o Francisco muito em breve. E a mim perguntou-me se queria ainda converter mais pecadores. Disse-lhe que sim”.
 
E assim faleceu Francisco, santamente. Jacinta lamentou “Leve muitas saudades minhas a Nosso Senhor e a Nossa Senhora e diz-lhes que sofro tudo quanto Eles quiserem para converter os pecadores”.
 
Por sua humildade e penitência que ela é marcada, grande espírito de sacrifício. Praticou penitência e sacrifício por amor a Maria, ao Santo Padre e aos pecadores.
 
Quase um ano depois da morte de Francisco, Jacinta faleceu, era 20 de fevereiro de 1920. O seu corpo foi enterrado no cemitério de Ourém, sendo transladado em 1935 para o cemitério de Fátima. Em 1951 foi finalmente transferida para a Basílica do Santuário.
 
Em 2001, O Papa João Paulo II, esteve na cidade portuguesa para beatificar Jacinta de Jesus Marto, marcando sua celebração para a data de sua morte.
Santa Margarida de Cortona e Santa Jacinta de Jesus Marto, rogai por nós!

Publicado em

SÁBADO, DIA 19 DE FEVEREIRO DE 2022

VI SEMANA DO TEMPO COMUM
 (cor verde)

Primeira leitura
Tg 3,3-10
– Leitura da carta de são Tiago: 1Meus irmãos, não haja muitos que queiram ser mestres! Sabeis que nós, os mestres, estamos sujeitos a julgamento mais severo, 2pois todos nós tropeçamos em muitas coisas. Aquele que não peca no uso da língua é um homem perfeito, capaz de refrear também o corpo todo. 3Se pomos um freio na boca do cavalo para que nos obedeça, conseguimos dirigir o seu corpo todo. 4Reparai também nos navios: por maiores que sejam, e impelidos por ventos impetuosos, são, entretanto, conduzidos por um pequeníssimo leme na direção que o timoneiro deseja. 5Assim também a língua, embora seja um membro pequeno, se gloria de grandes coisas. Comparai o tamanho da chama com o da floresta que ela incendeia! 6Ora, também a língua é um fogo! É o universo da malícia! Fazendo parte dos nossos membros, a língua contamina o corpo todo e, atiçada como está pelo inferno, põe em chamas o ciclo de nossa existência! 7Com efeito, toda espécie de feras, de aves, de répteis e de animais marinhos pode ser domada e tem sido domada pela espécie humana. 8Mas a língua, nenhum homem consegue domá-la: ela é um mal que não desiste, e está cheia de veneno mortífero. 9Com ela bendizemos o Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à imagem de Deus. 10Da mesma boca saem bênção e maldição! Ora, meus irmãos, não convém que seja assim.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 12,2-3.4-5.7-8a (R: 8a)
– Com certeza, ó Senhor, nos guardareis!
R: Com certeza, ó Senhor, nos guardareis!

– Senhor, salvai-nos! Já não há um homem bom! Não há mais fidelidade em meio aos homens! Cada um só diz mentiras a seu próximo, com língua falsa e coração enganador.
R: Com certeza, ó Senhor, nos guardareis!

– Senhor, calai todas as bocas mentirosas e a língua dos que falam com soberba, dos que dizem: “Nossa língua é nossa força! Nossos lábios são por nós! – Quem nos domina?”
R: Com certeza, ó Senhor, nos guardareis!

– As palavras do Senhor são verdadeiras, como a prata totalmente depurada, sete vezes depurada pelo fogo. Vós, porém, ó Senhor Deus, nos guardareis para sempre, nos livrando desta raça!
R: Com certeza, ó Senhor, nos guardareis!
Aclamação ao santo Evangelho.
– Aleluia, aleluia, aleluia.
– Aleluia, aleluia, aleluia.
– Abriram-se os céus e fez-se ouvir a voz do Pai: Eis meu Filho muito amado, escutai-o, todos vós! (Mc 9,7)
– Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 9, 2-13

– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 2Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou sozinhos a um lugar à parte sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles. 3Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar. 4Apareceram-lhe Elias e Moisés, e estavam conversando com Jesus. 5Então Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: “Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. 6Pedro não sabia o que dizer, pois estavam todos com muito medo. 7Então desceu uma nuvem e os encobriu com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: “Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!” 8E, de repente, olhando em volta, não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus com eles. 9Ao descerem da montanha, Jesus ordenou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem tivesse ressuscitado dos mortos. 10Eles observavam esta ordem, mas comentavam entre si o que queria dizer “ressuscitar dos mortos”. 11Os três discípulos perguntaram a Jesus: “Por que os mestres da Lei dizem que antes deve vir Elias?” 12Jesus respondeu: “De fato, antes vem Elias, para pôr tudo em ordem. Mas, como dizem as Escrituras, que o Filho do Homem deve sofrer muito e ser rejeitado? 13Eu, porém, vos digo: Elias já veio, e fizeram com ele tudo o que quiseram, exatamente como as Escrituras falaram a respeito dele”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor! 

SANTO DO DIA
São Conrado

O santo de hoje viveu em Placência, na Itália, lugar onde casou-se também. Um homem de muitos bens, dado aos divertimentos e à caça. Numa ocasião de caçada, acidentalmente provocou um incêndio, prejudicando a muitas pessoas.
Então, ele então fugiu; e a polícia prendeu um inocente que, não sabendo se defender, estava prestes a ser condenado e executado. Quando Conrado soube disso, se apresentou como responsável pelo incêndio e se propôs a vender todos os bens para reconstruir tudo o que o incêndio destruiu.
A partir daí, ele e sua esposa começaram a fazer uma caminhada séria e profunda no Cristianismo, buscando a vontade de Deus.
No discernimento dessa vontade, o casal fez o ‘voto josefino’. Ambos se consagraram a Deus para viverem o celibato. Ela foi para um convento e ele retirou-se para um alto monte vivendo por quarenta anos como um eremita. Na oração e na intimidade com Deus, se ofertou a muitos que, ainda hoje, causam prejuízos para si e para os outros.
São Conrado, rogai por nós!

Publicado em

SEXTA-FEIRA, DIA 18 DE FEVEREIRO DE 2022

VI SEMANA DO TEMPO COMUM
(cor verde)

Primeira leitura
Tg 2,14-24.26
– Leitura da carta de são Tiago: 14Meus irmãos, de que adianta alguém dizer que tem fé, quando não a põe em prática? A fé seria então capaz de salvá-lo? 15Imaginai que um irmão ou uma irmã não tem o que vestir e que lhe falta a comida de cada dia; 16se então alguém de vós lhe disser: “Ide em paz, aquecei-vos”, e: “Comei à vontade”, sem lhe dar o necessário para o corpo, que adiantará isso? 17Assim também a fé: se não se traduz em obras, por si só está morta. 18Em compensação, alguém poderá dizer: “Tu tens a fé e eu tenho a prática! Tu, mostra-me a tua fé sem as obras, que eu te mostrarei a minha fé pelas obras! 19Crês que há um só Deus? Fazes bem! Mas também os demônios crêem isso, e estremecem. 20Queres então saber, homem insensato, como a fé sem a prática é vã? 21O nosso pai Abraão foi declarado justo: não será por causa de sua prática, até o ponto de oferecer seu filho Isaac sobre o altar? 22Como estás vendo, a fé concorreu para as obras, e, graças às obras, a fé tornou-se completa. 23Foi assim que se cumpriu a Escritura que diz: ‘Abraão teve fé em Deus, e isto lhe foi levado em conta de justiça, e ele foi chamado amigo de Deus”’. 24Estais vendo, pois, que o homem é justificado pelas obras e não simplesmente pela fé. 26Assim como o corpo sem o espírito é morto, assim também a fé, sem as obras, é morta.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 112,1-3-4.5-6 (R: 1b)
– Feliz é todo aquele que ama com carinho a lei do Senhor Deus.
R: Feliz é todo aquele que ama com carinho a lei do Senhor Deus.

– Feliz o homem que respeita o Senhor e que ama com carinho a sua lei! Sua descendência será forte sobre a terra, abençoada a geração dos homens retos!
R: Feliz é todo aquele que ama com carinho a lei do Senhor Deus.

– Haverá glória e riqueza em sua casa, e permanece para sempre o bem que fez. Ele é correto, generoso e compassivo, como luz brilha nas trevas para os justos.
R: Feliz é todo aquele que ama com carinho a lei do Senhor Deus.

– Feliz o homem caridoso e prestativo, que resolve seus negócios com justiça. Porque jamais vacilará o homem reto, sua lembrança permanece eternamente!
R: Feliz é todo aquele que ama com carinho a lei do Senhor Deus.
Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Eu vos chamo meus amigos, pois vos dei a conhecer o que o Pai me revelou
(Jo 15,15).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 8,34-38; 9,1

– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo,34chamou Jesus a multidão com seus discípulos e disse: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. 35Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; mas quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho vai salvá-la. 36Com efeito, de que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro se perde a própria vida? 37E o que poderia o homem dar em troca da própria vida? 38Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras diante dessa geração adúltera e pecadora, também o Filho do Homem se envergonhará dele quando vier na glória do seu Pai com seus santos anjos”. 9,1Disse-lhes Jesus: “Em verdade vos digo, alguns dos que aqui estão não morrerão sem antes terem visto o Reino de Deus chegar com poder”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Fra Angelico

Hoje é dia do “Patrono Universal dos Artistas”, que usou a arte como fonte de pregação do Evangelho.
Fra Angelico foi um importante pintor italiano do final do período Gótico e início do Renascimento. É considerado por muitos estudiosos da história das Artes, como sendo um dos precursores da pintura renascentista.
Em suas pinturas também expressa o sentimento interior das pessoas, como na Obra O Juízo Final, Fra Angelico tenta expressar o amargo e a alegria numa sintonia de cores vivas saindo do padrão Medieval que era voltado somente a Deus e entrando no Renascimento que era voltado ao homem.
Foi beatificado pelo Papa João Paulo II em 3 de outubro de 1982.

Publicado em

QUINTA-FEIRA, DIA 17 DE FEVEREIRO DE 2022

VI SEMANA DO TEMPO COMUM
(cor verde)

Primeira leitura
Tg 2,1-9
– Leitura da carta de são Tiago: 1Meus irmãos, a fé que tendes em nosso Senhor Jesus Cristo glorificado não deve admitir acepção de pessoas. 2Pois bem, imaginai que na vossa reunião entra uma pessoa com anel de ouro no dedo e bem vestida, e também um pobre, com sua roupa surrada, 3e vós dedicais atenção ao que está bem vestido, dizendo-lhe: “Vem sentar-te aqui, à vontade”, enquanto dizeis ao pobre: “Fica aí, de pé”, ou então: “Senta-te aqui no chão, aos meus pés”, 4não fizestes, então, discriminação entre vós? E não vos tornastes juízes com critérios injustos? 5Meus queridos irmãos, escutai: não escolheu Deus os pobres deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino que prometeu aos que o amam? 6Mas vós desprezais o pobre!

7Ora, não são os ricos que vos oprimem e vos arrastam aos tribunais? Não são eles que blasfemam contra o nome sublime invocado sobre vós? 8Entretanto, se cumpris a lei régia, conforme a Escritura: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”, estais agindo bem. 9Mas se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado e a Lei vos acusa como transgressores.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 34,2-3.4-5.6-7 (R: 7a)
– Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.
R: Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.

– Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. Minha alma se gloria no Senhor; que ouçam os humildes e se alegrem!
R: Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.

– Comigo engrandecei ao Senhor Deus, exaltemos todos juntos o seu nome! Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu, e de todos os temores me livrou.
R: Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.

– Contemplai a sua face e alegrai-vos, e vosso rosto não se cubra de vergonha! Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, e o Senhor o libertou de toda angústia.
R: Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.
Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Senhor, tuas palavras são espírito, são vida; só tu tens palavras de vida eterna! (Jo 6,63.68)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 8,27-33

– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 27Jesus partiu com seus discípulos para os povoados de Cesaréia de Filipe. No caminho perguntou aos discípulos: “Quem dizem os homens que eu sou?” 28Eles responderam: “Alguns dizem que tu és João Batista; outros que és Elias; outros, ainda, que és um dos profetas”.  29Então ele perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “Tu és o Messias”.30 esus proibiu-lhes severamente de falar a alguém a seu respeito. 31Em seguida, começou a ensiná-los, dizendo que o Filho do Homem devia padecer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, devia ser morto, e ressuscitar depois de três dias. 32Ele dizia isso abertamente. Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo. 33Jesus voltou-se, olhou para os discípulos e repreendeu a Pedro, dizendo: “Vai para longe de mim, Satanás!” Tu não pensas como Deus, e sim como os homens”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Sete fundadores da Ordem dos Servitas

Sete fundadores da Ordem dos Servos de Maria (Servitas)
A Ordem surgiu na Europa entre os séculos XII e XIII para que pudesse contemplar aqueles que ainda queriam viver a plenitude do evangelho, mesmo em meio a toda ganância que tomava conta do continente e havia corrompido os grandes valores cristãos.
 
Nessa época surgiram várias Ordens, eram confrarias onde leigos podiam buscar o evangelho, e uma delas foi a Ordem dos Servitas.
 
A tradição conta que em 15 de agosto de 1233, sete jovens estavam rezando e cantando poemas religiosos dedicados à Virgem Maria, quando a imagem da Santa se mexeu.
 
Mais tarde, quando atravessavam a ponte para voltar para casa, Nossa Senhora apareceu vestida de luto e chorando. Falou que a causa de sua tristeza era a guerra civil que ocorria em Florença, há dezoito anos.
 
A partir desse momento, os sete passaram a viver para a Fé, se dedicavam a orações e assistência aos pobres.
 
Os sete santos são: Bonfiglio Monardi, Bonaiuto Manetti, Amadio de Amadei, Ugoccio de Ugoccioni, Sostenio de Sosteni, Maneto d’Antela e Aleixo Falconieri.
 
O Bispo de Florença doou seu terro em Monte Senário e ali foi fundada a Companhia de Nossa Senhora das Dores, que mais tarde mudaram o nome para Servidores de Maria. Vestiam-se de preto em homenagem à Virgem de Luto.
 
A ordem recebeu apoio tanto das autoridades religiosas quanto sociais. Mais tarde, a capelinha inicial usada pelos sete fundadores foi transformada num santuário dedicado a Nossa Senhora das Dores, um dos mais visitados templos marianos do mundo.
 
Os “Sete Fundadores” foram canonizados pelo papa Leão XIII, em 1888 e são celebrados juntos no dia 17 de fevereiro, dia da morte do último fundador: Aleixo Falconieri. Ele, que na sua humildade, foi o único a recusar o hábito de padre, por se considerar indigno de ser representante de Cristo.

Publicado em

QUARTA-FEIRA, DIA 16 DE FEVEREIRO DE 2022

VI SEMANA DO TEMPO COMUM
(cor verde)

Primeira leitura
Tg 1,19-27
– Leitura da carta de são Tiago: 19Meus queridos irmãos, sabei que todo homem deve ser pronto para ouvir, mas moroso para falar e moroso para se irritar. 20Pois a cólera do homem não é capaz de realizar a justiça de Deus. 21Por esta razão, rejeitai toda impureza e todos os excessos do mal, mas recebei com humildade a Palavra que em vós foi implantada, e que é capaz de salvar as vossas almas. 22Todavia, sede praticantes da Palavra e não meros ouvintes, enganando-vos a vós mesmos. 23Com efeito, aquele que ouve a Palavra e não a põe em prática é semelhante a uma pessoa que observa o seu rosto no espelho: 24apenas se observou, vai-se embora e logo esquece como era a sua aparência. 25Aquele, porém, que se debruça sobre a Lei da liberdade, agora levada à perfeição, e nela persevera, não como um ouvinte distraído, mas praticando o que ela ordena, esse será feliz naquilo que faz. 26Se alguém julga ser religioso e não refreia a sua língua, engana-se a si mesmo: a sua religião é vã. 27Com efeito, a religião pura e sem mancha diante de Deus Pai é esta: assistir os órfãos e as viúvas em suas tribulações e não se deixar contaminar pelo mundo.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sm 15,2-3ab.3cd-4ab (R: 1b)
– Senhor, quem morará em vosso Monte Santo?
R: Senhor, quem morará em vosso Monte Santo?

– É aquele que caminha sem pecado e pratica a justiça fielmente; que pensa a verdade no seu íntimo e não solta em calúnias sua língua.
R: Senhor, quem morará em vosso Monte Santo?

– Que em nada prejudica o seu irmão, nem cobre de insultos seu vizinho; que não dá valor algum ao homem ímpio, mas honra os que respeitam o Senhor.
R: Senhor, quem morará em vosso Monte Santo?

– Não empresta o seu dinheiro com usura, nem se deixa subornar contra o inocente. Jamais vacilará quem vive assim!
R: Senhor, quem morará em vosso Monte Santo?
Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Que o Pai do Senhor Jesus Cristo vos dê do saber o espírito; para que conheçais a esperança, reservada para vós como herança! (Ef 1,17)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 8,22-26

– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 22Jesus e seus discípulos chegaram a Betsaida. Algumas pessoas trouxeram-lhe um cego e pediram a Jesus que tocasse nele. 23Jesus pegou o cego pela mão, levou-o para fora do povoado, cuspiu nos olhos dele, pôs as mãos sobre ele, e perguntou: “Estás vendo alguma coisa?” 24O homem levantou os olhos e disse: “Estou vendo os homens. Eles parecem árvores que andam”. 25Então Jesus voltou a por as mãos sobre os olhos dele e ele passou a enxergar claramente. Ficou curado, e enxergava todas as coisas com nitidez. 26Jesus mandou o homem ir para casa, e lhe disse: “Não entres no povoado!”
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor! 

SANTO DO DIA
São Faustino, Santo Jovita e Santo Onésimo

Faustino nasceu em 90, Jovita em 96, na cidade e Bréscia, na Lombardia, Itália. Eram cristãos e foram martirizados no século II, durante os tempos sangrentos das perseguições. Os outros dados sobre eles nos foram transmitidos pela tradição, pois quase todos os registros eram queimados ou confiscados durante as inúmeras perseguições contra a Igreja dos primeiros séculos.
Segundo os devotos eles eram irmãos e pregavam livremente a religião apesar das perseguições decretadas pelos imperadores Trajano e Adriano. As prisões estavam repletas de cristãos que se não renegassem a fé publicamente eram martirizados. Isto preocupava o bispo Apolônio da Bréscia, que precisava de confessores e sacerdotes que exortassem o animo e a fé dos cristãos, para se manterem firmes nas orações.
Secretamente, o bispo ordenou Faustino, sacerdote, e Jovita, diáconisa, que continuaram no meio da comunidade operando milagres, convertendo pagãos e destruindo ídolos. Acusados pelo prefeito, foram espancados, submetidos a torturas, mas sobreviveram a tudo. Foram, então, levados para Roma, julgados e condenados a morrer na cidade natal. Em 15 de fevereiro de 146 foram decapitados.
Existia uma tradição que dizia que Jovita era a irmã virgem de Faustino. Por isso não era sacerdote como ele. A Igreja comprovou, entretanto, que eram dois mártires homens, porque pela origem da palavra, que significa jovem, se tratava de um termo na época usado somente para o gênero masculino.
O primeiro testemunho sobre o culto destes dois santos mártires foi encontrado no livro dos “Diálogos”, de São Gregório Magno. Entre 720 e 730 houve a translação dos corpos dos Santos Faustino e Jovita do cemitério de São Latino, para a igreja de Santa Maria, depois chamada de São Faustino e Jovita. Outra particularidade histórica e religiosa foi a troca de relíquias feita entre os monges beneditinos de Monte Cassino e o bispo de Bréscia. Eles ficaram com uma de Faustino e a Catedral de Bréscia recebeu uma de São Bento.
Enquanto isso a tradição continuava a se enriquecer, tanto que nas pinturas tradicionais São Faustino e Jovita são representados vestidos de guerreiros. Em 1438, a cidade de Bréscia foi salva da invasão das tropas do comandante milanês, Nicolau Picinino, pelos dois santos que apareceram vestidos de guerreiros para lutar ao lado da população bresciana. No dia 10 de janeiro de 1439, o bispo de Bréscia escrevia ao amigo, bispo de Vicenza, a narração desta tremenda invasão. Esta carta se encontra na Biblioteca de São Marco, no Vaticano.
Uma das maiores festas que acontece na Lombardia é a de São Faustino e Jovita, na Bréscia, quando a população reverencia seus Patronos no dia 15 de fevereiro, começando pela celebração litúrgica.
Santo-Onésimo
Santo Onésimo
Onésimo era escravo de um importante cidadão e rico da Turquia. A família se converteu ao catolicismo depois de ouvir o Apóstolo Paulo falar.
O santo roubou dinheiro deles e temendo ser castigado, resolveu fugir. O castigo para os escravos recapturados era ter a letra “F” marcada em brasa na testa e para os ladrões era a morte.
Preso em Roma, conheceu o apóstolo Paulo que mais uma vez era prisioneiro dos romanos. O escravo foi tocado por Paulo, se converteu e foi batizado por Paulo, que o enviou de volta para o também amigo Filemon com uma carta.
Paulo escreveu a família: “Venho suplicar-te por Onésimo, meu filho, que eu gerei na prisão. Ele outrora não te foi de grande utilidade, mas agora será muito útil, tanto a mim como a ti. Eu envio-o a ti como se fosse o meu próprio coração. Portanto, se me consideras teu irmão na fé, recebe-o como a mim próprio” (Fm 18 e 19). Seu senhor perdoou Onésimo.
Onésimo ficou muito ligado ao apóstolo Paulo, que o enviou à cidade de Colossos como evangelizador. Depois foi consagrado bispo de Efeso, onde substituiu Timóteo. Durante sua missão episcopal, a fama de suas virtudes ultrapassou os limites de sua diocese. Segundo uma tradição antiga, na época do imperador Domiciano foi preso e levado a Roma, onde morreu apedrejado, como mártir cristão.
São Faustino, Santo Jovita e Santo Onésimo, rogai por nós!

Publicado em

TERÇA-FEIRA, DIA 15 DE FEVEREIRO DE 2022

VI SEMANA DO TEMPO COMUM 
(verde)

Primeira leitura
Tg 1,12-18 
– Leitura da carta de são Tiago: 12Feliz o homem que suporta a provação. Porque, uma vez provado, receberá a coroa da vida, que o Senhor prometeu àqueles que o amam. 13Ninguém, ao ser tentado, deve dizer: “É Deus que me está tentando”, pois Deus não pode ser tentado pelo mal e tampouco ele tenta a ninguém. 14Antes, cada qual é tentado por sua própria concupiscência, que o arrasta e seduz. 15Em seguida, a concupiscência concebe o pecado e o dá à luz, e o pecado, uma vez consumado, gera a morte. 16Meus queridos irmãos, não vos enganeis. 17Todo dom precioso e toda dádiva perfeita vêm do alto; descem do Pai das luzes, no qual não há mudança, nem sombra de variação. 18De livre vontade ele nos gerou, pela Palavra da verdade, a fim de sermos como que as primícias de suas criaturas.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 94, 12-13a. 14-15.18-19. (R: 12a)
– Bem-aventurado é aquele a quem ensinais vossa lei!
R: Bem-aventurado é aquele a quem ensinais vossa lei!

– É feliz, ó Senhor, quem formais e educais nos caminhos da Lei, para dar-lhe um alívio na angústia.
R: Bem-aventurado é aquele a quem ensinais vossa lei!

– O Senhor não rejeita o seu povo e não pode esquecer sua herança: voltarão a juízo as sentenças; quem é reto andará na justiça.
R: Bem-aventurado é aquele a quem ensinais vossa lei!

– Quando eu penso: “Estou quase caindo!” Vosso amor me sustenta, Senhor! Quando o meu coração se angustia, consolais e alegrais minha alma.
R: Bem-aventurado é aquele a quem ensinais vossa lei!
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Que me ama, realmente, guardará a minha Palavra e meu Pai o amará, e a ele nós viremos (Jo 14,2)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 8, 14-21
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos
– Glória a vós, Senhor!  

– Naquele tempo, 14os discípulos tinham se esquecido de levar pães. Tinham consigo na barca apenas um pão. 15Então Jesus os advertiu: “Prestai atenção e tomai cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes”.
16Os discípulos diziam entre si: “É porque não temos pão”. 17Mas Jesus percebeu e perguntou-lhes: “Por que discutis sobre a falta de pão? Ainda não entendeis e nem compreendeis? Vós tendes o coração endurecido? 18Tendo olhos, não vedes, e tendo ouvidos, não ouvis? Não vos lembrais 19de quando reparti cinco pães para cinco mil pessoas? Quantos cestos vós recolhestes cheios de pedaços?” Eles responderam: “Doze”. 20Jesus perguntou: E quando reparti sete pães com quatro mil pessoas, quantos cestos vós recolhestes cheios de pedaços? Eles responderam: “Sete”. 21Jesus disse: “E ainda não compreendeis?”
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Cláudio Colombiere

Cláudio Colombiere nasceu próximo de Lion, na França, no dia 02 de fevereiro de 1641. Seus pais faziam parte da nobreza reinante, com a família muito bem posicionada financeiramente e planejavam dedicá-lo ao serviço de Deus, mas ele era totalmente avesso a essa idéia.

Com o passar do tempo acaba por se render ao modo de vida e filosofia dos jesuítas de Lion, onde segue com seus estudos. De lá passa a Avinhon e depois a Paris e, três anos depois, é ordenado sacerdote. Em 1675, emite os votos solenes da Companhia de Jesus e vai dirigir a pequena comunidade da Ordem, em Parai-le-Monial.

Padre Cláudio foi nomeado confessor do mosteiro da Visitação onde encontra uma irmã de vinte e oito anos, presa ao leito devido às fortes dores reumáticas. A doente era Margarida Maria Alacoque, uma figura de enorme poder espiritual, que influenciava a todos que se aproximavam. Margarida Alacoque revelava o incrível poder e a veneração ao Sagrado Coração de Jesus, símbolo da Humanidade e do amor infinito do Cristo. Os devotos do Sagrado Coração são tomados como adoradores de ídolos e atacados, de vários lados, com duras palavras e ameaças.

Nesta cidade, padre Cláudio é um precioso guia para tantos cristãos desorientados. Mas, em 1674 é enviado a Londres como capelão de Maria Beatriz D’Este, mulher de Carlos II, duque de York e futuro rei da Inglaterra. Naquela época, a Igreja Católica era perseguida e considerada fora da lei na Inglaterra. Entretanto, como padre Cláudio celebrava a Eucaristia numa pequena capela, acaba sendo procurado por muitos cristãos, irmãs clandestinas e padres exilados, todos desejosos de escutar seus conselhos.

Outro acontecimento muda completamente a sua vida. Ele é enviado como missionário às colônias inglesas da América. Depois de dezoito meses de sua chegada, foi acusado de querer restaurar a Igreja de Roma no reino e vai preso. Porém, como é um protegido do rei da França, não permanece no cárcere e é expulso.

Mais uma vez padre Cláudio Colombiere retorna à França, em 1681. Entretanto, já se encontrava muito doente. Seu irmão ainda tentaria levá-lo a regiões onde o ar seria mais saudável. Mas ele não desejava partir, pois havia recebido um bilhete de Margarida Alacoque que dizia: “O Senhor me disse que sua vida findará aqui”. Três dias depois ele morre em Parai-le-Monial e seu corpo fica sepultado na Companhia de Jesus, sob a guarda dos padres jesuítas. Era o dia 15 de fevereiro de 1683.

O Papa Pio IX o beatifica em 1929, e é proclamado Santo Cláudio Colombiere em 1992, pelo Papa João Paulo II, em Roma.
São Cláudio Colombiere, rogai por nós!

Publicado em

SEGUNDA-FEIRA, DIA 14 DE FEVEREIRO DE 2022

SANTOS CIRILO E METÓDIO – MONGE E BISPO
(branco)

Antífona da entrada 
– Como são belos sobre os montes os passos do que anuncia a paz, trazendo a boa-nova e proclamando a salvação. (Is 52,7).
Oração do dia
– Ó Deus, pelos dois irmãos Cirilo e Metódio, levastes a luz do Evangelho aos povos eslavos; dai-nos acolher no coração a vossa Palavra e fazei de nós um povo unido na verdadeira fé e no fiel testemunho do Evangelho. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo, Amém!

Primeira leitura
Tg 1,1-11 
– Início da carta de são Tiago: 1Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos que vivem na dispersão: Saudações. 2Meus irmãos, quando deveis passar por diversas provações, considerai isso motivo de grande alegria, 3por saberdes que a comprovação da fé produz em vós a perseverança. 4Mas é preciso que a perseverança gere uma obra de perfeição, para que vos torneis perfeitos e íntegros, sem falta ou deficiência alguma.

5Se a alguém de vós falta sabedoria, peça-a a Deus, que a concede generosamente a todos, sem impor condições; e ela lhe será dada. 6Mas peça com fé, sem duvidar, porque aquele que duvida é semelhante a uma onda do mar, impelida e agitada pelo vento. 7Não pense tal pessoa que receberá alguma coisa do Senhor: 8o homem de duas almas é inconstante em todos os seus caminhos.9O irmão humilde pode ufanar-se de sua exaltação, 10mas o rico deve gloriar-se de sua humilhação. Pois há de passar como a flor da erva. 11Com efeito, basta que surja o sol com o seu calor, logo seca a erva, cai a sua flor, e desaparece a beleza do seu aspecto. Assim também acabará por murchar o rico no meio de seus negócios.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 119, 67-68.71-72.75-76
– Venha a mim o vosso amor e viverei.
R: Venha a mim o vosso amor e viverei.

– Antes de ser por vós provado, eu me perdera; mas agora sigo firme em vossa lei!
R: Venha a mim o vosso amor e viverei.

– Porque sois bom e realizais somente o bem, ensinai-me a fazer vossa vontade!
R: Venha a mim o vosso amor e viverei.

–  Para mim foi muito bom ser humilhado, porque assim eu aprendi vossa vontade!
R: Venha a mim o vosso amor e viverei.

–  A lei de vossa boca, para mim, vale mais do que milhões em ouro e prata.
R: Venha a mim o vosso amor e viverei.

–  Sei que os vossos julgamentos são corretos e com justiça me provastes, ó Senhor!
R: Venha a mim o vosso amor e viverei.

– Vosso amor seja um consolo para mim, conforme a vosso servo prometestes.
R: Venha a mim o vosso amor e viverei.
Aclamação ao santo Evangelho 
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai, senão por mim 
 (Jo 14,6)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 8, 11-13
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos
– Glória a vós, Senhor!  

– Naquele tempo, 11os fariseus vieram e começaram a discutir com Jesus. E, para pô-lo à prova, pediam-lhe um sinal do céu. 12Mas Jesus deu um suspiro profundo e disse: “Por que esta gente pede um sinal? Em verdade vos digo, a esta gente não será dado nenhum sinal”. 13E, deixando-os, Jesus entrou de novo na barca e se dirigiu para a outra margem.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Cirilo e São Metódio

Nasceu na Grécia, no ano de 826. Vocacionado em busca da verdade, ele estudou filosofia por amor, e chegou a lecionar. Um homem dado à comunhão, a ponto de ser embaixador, diplomata junto aos povos árabes. Mas tudo isso que tocava a vida de São Cirilo não preenchia completamente o seu coração, porque ele tinha uma vocação à verdade absoluta e queria se consagrar totalmente à verdade encarnada, Nosso Senhor Jesus Cristo.
São Cirilo abandonou tudo para viver uma grande aventura santa com seu irmão que já era monge: São Metódio. Juntos, movidos pelo Espírito, foram ao encontro dos povos eslavos, conheceram a cultura e inculturaram-se. A língua, os costumes, o amor àquele povo, tudo isso foi fundamental para que São Cirilo, juntamente com seu irmão, pudessem apresentar o Evangelho vivo, Jesus Cristo.
Devido inovações inspiradas, eles traduziram as liturgias para a língua dos eslavos. Tiveram de ir muitas vezes para Roma, e o Papa, percebendo os frutos daquela evangelização, daquela mudança litúrgica, pôde discernir que o fruto principal que movia aqueles irmãos missionários era o amor àquele povo eslavo e, acima de tudo, o amor a Deus.
Numa dessas viagens para Roma, São Cirilo tinha um pouco mais de 40 anos e ficou enfermo. O Papa quis ordená-lo Bispo, mas Cirilo faleceu. Mas está na glória intercedendo por nós.
São Cirilo e São Metódio, rogai por nós!

Publicado em

DOMINGO, DIA 13 DE FEVEREIRO

VI DOMINGO DO TEMPO COMUM 
(verde)

Primeira leitura
Jr 17,5-8 
– Leitura do livro do profeta Jeremias: 5Isto diz o Senhor: “Maldito o homem que confia no homem e faz consistir sua força na carne humana, enquanto o seu coração se afasta do Senhor; 6como os cardos no deserto, ele não vê chegar a floração, prefere vegetar na secura do ermo, em região salobra e desabitada. 7Bendito o homem que confia no Senhor, cuja esperança é o Senhor; 8é como a árvore plantada junto às águas, que estende as raízes em busca de umidade; por isso não teme a chegada do calor: sua folhagem mantém-se verde, não sofre míngua em tempo de seca e nunca deixa de dar frutos”.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 1, 1-2.4.6 (R: Sl 40, 5a)
– É feliz quem a Deus se confia!
R:  É feliz quem a Deus se confia!

–  Feliz é todo aquele que não anda conforme os conselhos dos perversos; que não entra no caminho dos malvados, nem junto aos zombadores vai sentar-se; mas encontra seu prazer na lei de Deus e a medita, dia e noite, sem cessar.
R:  É feliz quem a Deus se confia!

–  Eis que ele é semelhante a uma árvore, que à beira da torrente está plantada; ela sempre dá seus frutos a seu tempo, e jamais as suas folhas vão murchar. Eis que tudo o que ele faz vai prosperar.
R:  É feliz quem a Deus se confia!

–  Mas bem outra é a sorte dos perversos. Ao contrário, são iguais à palha seca espalhada e dispersada pelo vento. Pois Deus vigia o caminho dos eleitos, mas a estrada dos malvados leva à morte.

Segunda leitura
1Cor 15,12.16-20
– Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios: Irmãos: 12Se se prega que Cristo ressuscitou dos mortos, como podem alguns dizer entre vós que não há ressurreição dos mortos? 16Pois, se os mortos não ressuscitam, então Cristo também não ressuscitou. 17E se Cristo não ressuscitou, a vossa fé não tem nenhum valor e ainda estais nos vossos pecados. 18Então, também os que morreram em Cristo pereceram. 19Se é para esta vida que pusemos nossa esperança em Cristo, nós somos — de todos os homens — os mais dignos de compaixão.  20Mas, na realidade, Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram.

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Ficai muito alegres, saltai de alegria, pois tendes um prêmio bem grande nos céus. Ficai muito alegres, saltai de alegria, amém! Aleluia, aleluia, aleluia!
(Lc 6,23)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 6, 17.20-26
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!  

– Naquele tempo, 17Jesus desceu da montanha com os discípulos e parou num lugar plano. Ali estavam muitos de seus discípulos e grande multidão de gente de toda a Judeia e de Jerusalém, do litoral de Tiro e Sidônia. 20E, levantando os olhos para os seus discípulos, disse: “Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus! 21Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis saciados! Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque havereis de rir! 22Bem-aventurados sereis, quando os homens vos odiarem, vos expulsarem, vos insultarem e amaldiçoarem o vosso nome, por causa do Filho do Homem! 23Alegrai-vos, nesse dia, e exultai, pois será grande a vossa recompensa no céu; porque era assim que os antepassados deles tratavam os profetas. 24Mas, ai de vós, ricos, porque já tendes vossa consolação! 25Ai de vós, que agora tendes fartura, porque passareis fome! Ai de vós, que agora rides, porque tereis luto e lágrimas! 26Ai de vós, quando todos vos elogiam! Era assim que os antepassados deles tratavam os falsos profetas”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Benigno

nome benigno significa bom, benevolente, benéfico, ou seja, seu nome já representa o santo. E não é um só santo que leva esse nome, no calendário litúrgico, vários personagens são celebrados por Benigno. Mas existe um primeiro.
O primeiro a ser venerado foi Benigno de Todi, região próxima de Roma. Ele viveu no século III, no início do cristianismo, no império de Maximiano.
Era época de perseguições e estavam o levando para ser jogado aos leões, quando Benigno morreu por todo sofrimento já causado a ele devido às outras torturas que fora submetido. Seu corpo foi deixado ali.
Isso ocorreu na estrada da cidade de Vicus Martis, havia cristãos o seguindo para assistir seu testemunho, eles então o sepultaram secretamente.
Muito tempo depois, quando os cristãos deixaram de ser perseguidos, construíram uma igreja e um mosteiro beneditino no local da morte de Benigno. Com o tempo e as peregrinações, a região se tornou uma pequena cidade chamada Piorado de São Benigno.
Mesmo depois do mosteiro ser desativado, alguns séculos mais tarde, o local continuou sendo ponto de peregrinação.
Priorado conservou os restos mortais de São Benigno, na igreja à ele dedicada, até 1904, quando foram trasladados para a de São Silvestre, na cidade do Vaticano, onde foram colocados ao lado do altar maior, recolhidos numa preciosa urna de prata.
O Papa Pelágio II, em 589 incluiu o culto de São Benigno, no Martirológio Romano, cuja festa litúrgica indicou para o dia 13 de fevereiro, dia de sua morte.
São Benigno, rogai por nós!

Publicado em

SÁBADO, DIA 12 DE FEVEREIRO DE 2022

V SEMANA DO TEMPO COMUM 
(verde)

Primeira leitura
I Rs 12,26-32; 13,33-34 
– Leitura do primeiro livro dos Reis: Naqueles dias, 12,26Jeroboão refletiu consigo mesmo: ‘Como estão as coisas, o reino vai voltar à casa de Davi. 27Se este povo continuar a subir ao templo do Senhor em Jerusalém, para oferecer sacrifícios, seu coração se voltará para o seu soberano Roboão, rei de Judá; eles me matarão e se voltarão para Roboão, rei de Judá”. 28Depois de ter refletido bem, o rei fez dois bezerros de ouro e disse ao povo: “Não subais mais a Jerusalém! Eis aqui, Israel, os deuses que te tiraram da terra do Egito”. 29Colocou um bezerro em Betel e outro em Dã. 30Isto foi ocasião de pecado, pois o povo ia em procissão até Dã para adorar um dos bezerros. 31Jeroboão construiu também templos sobre lugares altos, e designou como sacerdotes homens tirados do povo, que não eram filhos de Levi. 32E instituiu uma festa no dia quinze do oitavo mês, à semelhança da que era celebrada em Judá. E subiu ao altar. Fez a mesma coisa em Betel, para sacrificar aos bezerros que havia feito. E estabeleceu em Betel sacerdotes nos santuários que tinha construído nos lugares altos. 13,33Depois disso, Jeroboão não abandonou o seu mau caminho, mas continuou a tomar homens do meio do povo e a constituí-los sacerdotes dos santuários dos lugares altos. Todo aquele que queria era consagrado e se tornava sacerdote dos lugares altos. 34Esse modo de proceder fez cair em pecado a casa de Jeroboão e provocou a sua ruína e o seu extermínio da face da terra.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 106, 6-7a. 19-22 (R = 4a)
– Lembrai-vos, ó Senhor, de mim lembrai-vos; segundo o amor que demonstrais ao vosso povo.
R: Lembrai-vos, ó Senhor, de mim lembrai-vos; segundo o amor que demonstrais ao vosso povo.

–  Pecamos como outrora nossos pais, praticamos a maldade e fomos ímpios; no Egito nossos pais não se importaram com os vossos admiráveis grandes feitos.
R: Lembrai-vos, ó Senhor, de mim lembrai-vos; segundo o amor que demonstrais ao vosso povo.

–  Construíram um bezerro no Horeb e adoraram uma estátua de metal; eles trocaram o seu Deus, que é sua glória, pela imagem de um boi que come feno.
R: Lembrai-vos, ó Senhor, de mim lembrai-vos; segundo o amor que demonstrais ao vosso povo.

– Esqueceram-se do Deus que os salvara, que fizera maravilhas no Egito; no país de Cam fez tantas obras admiráveis, no Mar Vermelho, tantas coisas assombrosas.
R: Lembrai-vos, ó Senhor, de mim lembrai-vos; segundo o amor que demonstrais ao vosso povo.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– O homem não vive somente de pão, mas de toda palavra da boca de Deus
(Mt 4,4)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 8, 1-10
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos
– Glória a vós, Senhor!  

– 1Naqueles dias, havia de novo uma grande multidão e não tinha o que comer. Jesus chamou os discípulos e disse: 2“Tenho compaixão dessa multidão, porque já faz três dias que está comigo e não tem nada para comer. 3Se eu os mandar para casa sem comer, vão desmaiar pelo caminho, porque muitos deles vieram de longe”. 4Os discípulos disseram: “Como poderia alguém saciá-los de pão aqui no deserto?” 5Jesus perguntou-lhes: “Quantos pães tendes?” Eles responderam: “Sete”. 6Jesus mandou que a multidão se sentasse no chão. Depois, pegou os sete pães, deu graças, partiu-os e ia dando aos seus discípulos, para que os distribuíssem. E eles os distribuíam ao povo. 7Tinham também alguns peixinhos. Depois de pronunciar a bênção sobre eles, mandou que os distribuíssem também. 8Comeram e ficaram satisfeitos, e recolheram sete cestos com os pedaços que sobraram. 9Eram quatro mil, mais ou menos. E Jesus os despediu. 10Subindo logo na barca com seus discípulos, Jesus foi para a região de Dalmanuta.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor! 

SANTO DO DIA
Santa Eulália

Santa Eulália, nasceu na Espanha e desde criança já demonstrava sua alma cristã. Durante as perseguições aos cristãos, sua família decidiu fugir daquela região. Mas com apenas 12 anos de idade e escondida dos pais, foi até o tribunal para manifestar o seu amor por Jesus Cristo e sua indignação com as perseguições. Por sua ousadia, Santa Eulália foi martirizada e durante aquele momento disse: “Agora, meu Jesus, vejo em meu corpo os traços da Vossa Sagrada Paixão”. E então, sua alma subiu ao céu em forma de pomba.
Santa Eulália, rogai por nós!

Publicado em

SEXTA-FEIRA, DIA 11 DE FEVEREIRO DE 2022

NOSSA SENHORA DE LOURDES

V SEMANA DO TEMPO COMUM 
(verde)

Primeira leitura
I Rs 11,29-32;12,19 
– Leitura do primeiro livro dos Reis: 11,29Aconteceu, naquele tempo, que, tendo Jeroboão saído de Jerusalém, veio ao seu encontro o profeta Aías, de Silo, coberto com um manto novo. Os dois achavam-se sós no campo. 30Aías, tomando o manto novo que vestia, rasgou-o em doze pedaços 31e disse a Jeroboão: ‘Toma para ti dez pedaços. Pois assim fala o Senhor, Deus de Israel: Eis que vou arrancar o reino das mãos de Salomão e te darei dez tribos. 32Mas ele ficará com uma tribo, por consideração para com meu servo Davi e para com Jerusalém, cidade que escolhi dentre todas as tribos de Israel”. 12,19Israel rebelou-se contra a casa de Davi até o dia de hoje.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 81, 10-11ab.12-13.14-15 (R: 11a.9a)
– Ouve, meu povo, porque eu sou o teu Deus!
R: Ouve, meu povo, porque eu sou o teu Deus!

– Em teu meio não exista um deus estranho nem adores a um deus desconhecido! Porque eu sou o teu Deus e teu Senhor, que da terra do Egito te arranquei.
R: Ouve, meu povo, porque eu sou o teu Deus!

– Mas meu povo não ouviu a minha voz, Israel não quis saber de obedecer-me. Deixei, então, que eles seguissem seus caprichos, abandonei-os ao seu duro coração.
R: Ouve, meu povo, porque eu sou o teu Deus!

– Quem me dera que meu povo me escutasse! Que Israel andasse sempre em meus caminhos! Seus inimigos, sem demora, humilharia e voltaria minha mão contra o opressor.
R: Ouve, meu povo, porque eu sou o teu Deus!
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Abri-nos, ó Senhor, o coração para ouvirmos a Palavra de Jesus! (At 16,14)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 7, 31-37
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos
– Glória a vós, Senhor!  

– Naquele tempo, 31Jesus saiu de novo da região de Tiro, passou por Sidônia e continuou até o mar da Galileia, atravessando a região da Decápole. 32Trouxeram então um homem surdo, que falava com dificuldade, e pediram que Jesus lhe impusesse a mão. 33Jesus afastou-se com o homem, para fora da multidão; em seguida, colocou os dedos nos seus ouvidos, cuspiu e com a saliva tocou a língua dele. 34Olhando para o céu, suspirou e disse: “Efatá!”, que quer dizer: “Abre-te!” 35Imediatamente seus ouvidos se abriram, sua língua se soltou e ele começou a falar sem dificuldade. 36Jesus recomendou com insistência que não contassem a ninguém. Mas, quanto mais ele recomendava, mais eles divulgavam. 37Muito impressionados, diziam: “Ele tem feito bem todas as coisas: Aos surdos faz ouvir e aos mudos falar”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Nossa Senhora de Lourdes

No dia 11 de fevereiro de 1858, três meninas saem da humilde casa de um desempregado, o moleiro Soubirous, e vão apanhar lenha às margens do rio Gave. São elas: Bernadete, uma irmã e uma amiga.
O tempo está nublado, faz frio e elas precisam atravessar um riacho raso para chegar ao penhasco rochoso de Massabielle. Bernadete sofre de asma, detém-se ao longo da margem, enquanto as outras duas atravessam o rio.
Nisso, um súbito sussurro entre as árvores desperta a atenção de Bernadete, que ergue o olhar e vê na cavidade da rocha uma “Senhora” jovem, belíssima, vestida de branco, que lhe sorri. A menina encontra-se com as duas companheiras e conta-lhes o que viu.
Os pais, informados pela irmãzinha, proíbem Bernadete de voltar à gruta; depois, vendo-a em lágrimas, cedem e, no domingo, 18 de fevereiro, 20 pessoas para lá se dirigem em companhia da vidente.
A “Senhora” já está esperando por ela. Sorri quando Bernadete borrifa a rocha com água benta: “Tu me queres fazer o favor”, disse-lhe, “de vir aqui a cada 15 dias? Não te prometo a felicidade neste mundo, mas no outro”.
No dia 21 de fevereiro, entre a multidão, acham-se disfarçados três policiais e alguns funcionários do governo. De repente, o rosto de Bernadete se ilumina e os homens descobrem a cabeça quando dos lábios da menina ouvem sair este grito: “Penitência!”
No dia seguinte a Senhora manda beber da fonte… que naquele momento esguicha aos pés da pedra. É a fonte milagrosa!
No dia 27 de fevereiro convida a menina a beijar a terra como sinal de penitência pelos pecadores. E diz: “Tu mandarás o sacerdote construir aqui uma capela”. Mas o padre Peyramale não é amável com Bernadete: “Pergunta àquela Senhora como se chama”.
Na noite entre 24 e 25 de março, Bernadete transmite à Senhora o pedido do pároco. “Eu sou a Imaculada Conceição”, responde a Senhora. Uma resposta inesperada, ao menos nessa formulação, e o pároco, tocado, crê. Quatro anos antes, Pio IX proclamara solenemente o dogma da Imaculada, mas Bernadete — “a mais ingênua” dentre as adolescentes da paróquia, que não sabia nem ler nem escrever — o ignorava.
Lourdes torna-se o centro para onde convergem os doentes de corpo e alma, à procura do milagre mais cobiçado: a serenidade. A Bernadete ficou reservado, entre as quatro paredes do convento de Nevers, o privilégio do sofrimento, como penhor da conversão dos pecadores.
NOSSA SENHORA DE LOURDES, rogai por nós!