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TERÇA-FEIRA, DIA 16 DE MAIO DE 2023

VI SEMANA DA PÁSCOA
(branco)

Primeira leitura
At 16,22-34
– Leitura dos Atos dos Apóstolos – Naqueles dias, 22a multidão dos filipenses levantou-se contra Paulo e Silas; e os magistrados, depois de lhes rasgarem as vestes, mandaram açoitar os dois com varas. 23Depois de açoitá-los bastante, lançaram-nos na prisão, ordenando ao carcereiro que os guardasse com toda a segurança. 24Ao receber essa ordem, o carcereiro levou-os para o fundo da prisão e prendeu os pés deles no tronco. 25À meia-noite, Paulo e Silas estavam rezando e cantando hinos a Deus. Os outros prisioneiros os escutavam. 26De repente, houve um terremoto tão violento que sacudiu os alicerces da prisão. Todas as portas se abriram e as correntes de todos se soltaram. 27O carcereiro acordou e viu as portas da prisão abertas. Pensando que os prisioneiros tivessem fugido, puxou da espada e estava para suicidar-se. 28Mas Paulo gritou com voz forte: “Não te faças mal algum! Nós estamos todos aqui”. 29Então o carcereiro pediu tochas, correu para dentro e, tremendo, caiu aos pés de Paulo e Silas. 30Conduzindo-os para fora, perguntou: “Senhores, que devo fazer para ser salvo?” 31Paulo e Silas responderam: “Crê no Senhor Jesus, e sereis salvos tu e todos os de tua família”. 32Então Paulo e Silas anunciaram a Palavra do Senhor ao carcereiro e a todos os de sua família. 33Na mesma hora da noite, o carcereiro levou-os consigo para lavar as feridas causadas pelos açoites. E, imediatamente, foi batizado junto com todos os seus familiares. 34Depois fez Paulo e Silas subirem até sua casa, preparou-lhes um jantar e alegrou-se com todos os seus familiares por ter acreditado em Deus.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 138,1-2a.2bc-3.7c-8 (R: 7c)
– Ó Senhor, me estendeis o vosso braço e me ajudais.
R: Ó Senhor, me estendeis o vosso braço e me ajudais.

– Ó Senhor, de coração eu vos dou graças, porque ouvistes as palavras dos meus lábios! Perante os vossos anjos vou cantar-vos e ante o vosso templo vou prostrar-me.
R: Ó Senhor, me estendeis o vosso braço e me ajudais.

– Eu agradeço vosso amor, vossa bondade, porque fizestes muito mais que prometestes; naquele dia em que gritei, vós me escutastes e aumentastes o vigor da minha alma.
R: Ó Senhor, me estendeis o vosso braço e me ajudais.

– Estendereis o vosso braço em meu auxílio e havereis de me salvar com vossa destra. Completai em mim a obra começada; ó Senhor, vossa bondade é para sempre! Eu vos peço: não deixeis inacabada esta obra que fizeram vossas mãos!
R: Ó Senhor, me estendeis o vosso braço e me ajudais.
Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Eu hei de enviar-vos o Espírito da verdade; ele vos conduzirá a toda a verdade (Jo 16,7.13).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 16,5-11.
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
– Glória a vós, Senhor!

– Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 5“Agora, parto para Aquele que me enviou, e nenhum de vós me pergunta: ‘Para onde vais?’ 6Mas, porque vos disse isto, a tristeza encheu os vossos corações. 7No entanto, eu vos digo a verdade: É bom para vós que eu parta; se eu não for, não virá até vós o Defensor; mas, se eu me for, eu vo-lo mandarei. 8E quando vier, ele demonstrará ao mundo em que consistem o pecado, a justiça e o julgamento: 9o pecado, porque não acreditaram em mim; 10a justiça, porque vou para o Pai, de modo que não mais me vereis; 11e o julgamento, porque o chefe deste mundo já está condenado”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor! 

SANTO DO DIA
SÃO SIMÃO STOCK
Prior-geral da Ordem Carmelita (1165

Hoje celebramos a memória de um dos mais importantes Santos Carmelitas: São Simão Stock. É venerado na ordem do Carmo pela sua grande santidade e pela sua admirável devoção à Virgem Maria, de quem recebeu  o Escapulário, enquanto ele rezava a oração do «Flos Carmeli» na sua cela.
Simão nasceu em 1165, no castelo da família em Kent, Inglaterra. O seu pai era governador local, e tinha parentesco com a casa real do seu país.
A família, cristã e pia, proporcionou-lhe uma formação intelectual e religiosa aprimorada. Aluno aplicado e inteligente, frequentou o colégio de Oxford desde os sete anos de idade. Mesmo sendo conduzido para uma carreira que trouxesse glórias terrenas, o que Simão desejava era poder seguir a vida religiosa: para servir a Deus, para a glória de Deus.
São Simão Stock, o santo do escapulário. I Padre Ricardo Basso (Caminhando com os Santos)
Aos doze anos, deixou o castelo paterno para viver como eremita. Retirou-se para o interior da floresta perto de Oxford, e nela viveu sua existência consagrada ao Senhor. A morada escolhida era o velho tronco oco de um carvalho. Logo essa notícia se expalhou e o estranho monge passou a ser chamado de Simão ‘Stock’. Assim ele viveu por vinte anos, empenhado na contemplação, na oração e penitência.
Certa noite, sonhou com Nossa Senhora, que lhe dizia para juntar-se aos monges vindos do mosteiro de Monte Carmelo. A Ordem dos Carmelitas é uma das mais antigas e a primeira criada em homenagem a Maria naquele mosteiro na Palestina. Mesmo não entendendo direito o sonho, Simão obedeceu a Maria. Voltou para o castelo e aos estudos, formou-se em teologia e recebeu as sagradas ordens. Enquanto aguardava a chegada dos monges, percorria as aldeias visitando pobres e doentes, e evangelizando. Em 1213, os carmelitas chegaram à Inglaterra. Simão pôde, finalmente, receber o hábito da Ordem.
Após dois anos, por seu mérito e virtudes, foi nomeado coadjutor na direção da Ordem. E finalmente, em 1216, ocupou o cargo de vigário-geral de todas as províncias europeias.
Era o período dos mais delicados para esses monges, pois eram perseguidos por outras ordens, e a dos carmelitas quase foi extinta. Diante das circunstâncias, Simão Stock, então prior-geral, enviou delegados ao papa Honório III para informá-lo da situação crucial, e pedir sua proteção. Ao mesmo tempo, convidou todos os carmelitas a rezarem pedindo ajuda a Maria para a Ordem que lhe foi dedicada, até que viesse a resposta de Roma.
Primeiro veio a resposta da Santíssima Virgem. Simão estava em profunda oração contemplativa quando viu aparecer a Mãe de Deus, cercada de anjos, que lhe mostrou o santo escapulário da Ordem, dizendo-lhe: ‘Este será o privilégio para ti e todos os carmelitas; quem morrer vestindo-o, se salvará’. Mandou distribuí-lo aos monges da Ordem para tranquilizá-los. Segundo a tradição, a aparição ocorreu no dia 16 de julho de 1251.
Depois chegou a decisão do papa Inocêncio, por meio de uma mensagem datada de 13 de janeiro de 1252, entregue a ele pelos representantes que voltaram. Nela, o sumo pontífice informava que declarava a existência legal da Ordem dos Carmelitas e autorizava a continuar a criação dos seus mosteiros na Europa. Foi assim que Simão agiu, inclusive promovendo a mudança estrutural da Ordem, que passou da vida monástica eremítica oriental, para aquela seguida no Ocidente, dos mendicantes ou apostólicos.
Você sabia que a última frase da Ave Maria foram as últimas palavras pronunciadas por São Simão Stock?
A segunda parte da Ave Maria tem origem na ordem mais antiga da Igreja: a Ordem Carmelita. São Simão Stock, Prior da Ordem Carmelitana, na hora de sua morte rezou uma Ave Maria, completando: “Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora da nossa morte”. A Igreja então começou a adotar suas últimas palavras à saudação angélica que utilizamos até hoje.
A devoção ao escapulário se difundiu rapidamente à cristandade toda, do Ocidente ao Oriente, como um sinal da proteção maternal de Maria e do próprio empenho de seguir Jesus como sua Santíssima Mãe. Simão morreu, com quase cem anos, em 16 de maio de 1265, no mosteiro de Bordeaux, na França, onde foi enterrado. A festa a são Simão Stock é celebrada, no dia 16 de maio, desde 1524, culto que a Igreja depois confirmou e incluiu no seu calendário litúrgico.
São Simão Stock, rogai por nós!

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SEGUNDA-FEIRA, DIA 15 DE MAIO DE 2023

VI SEMANA DA PÁSCOA
(branco)

Primeira leitura
At 16,11-15 
– Leitura dos Atos dos Apóstolos: 11Embarcamos em Trôade e navegamos diretamente para a ilha de Samotrácia. No dia seguinte, ancoramos em Neápolis, 12de onde passamos para Filipos, que é uma das principais cidades da Macedônia, e que tem direitos de colônia romana. Passamos alguns dias nessa cidade. 13No sábado, saímos além da porta da cidade para um lugar junto ao rio, onde nos parecia haver oração. Sentados, começamos a falar com as mulheres que estavam aí reunidas. 14Uma delas chamava-se Lídia; era comerciante de púrpura, da cidade de Tiatira. Lídia acreditava em Deus e escutava com atenção. O Senhor abriu o seu coração para que aceitasse as palavras de Paulo. 15Após ter sido batizada, assim como toda a sua família, ela convidou-nos: “Se vós me considerais uma fiel do Senhor, permanecei em minha casa”. E forçou-nos a aceitar.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 149,1-2.3-4.5-6a.9b (R: 4a)
– O Senhor ama seu povo de verdade.
R: O Senhor ama seu povo de verdade.

– Cantai ao Senhor Deus um canto novo, e o seu louvor na assembleia dos fiéis! Alegre-se Israel em quem o fez, e Sião se rejubile no seu Rei!
R: O Senhor ama seu povo de verdade.

– Com danças glorifiquem o seu nome, toquem harpa e tambor em sua honra! Porque, de fato, o Senhor ama seu povo e coroa com vitória aos seus humildes.
R: O Senhor ama seu povo de verdade.

– Exultem os fiéis por sua glória, e cantando se levantem de seus leitos, com louvores do Senhor em sua boca, eis a glória para todos os seus santos.
R: O Senhor ama seu povo de verdade.
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– O Espírito Santo, a verdade, dará testemunho de mim; depois, também vós neste mundo, de mim ireis testemunhar (Jo 15,26)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 15,26-16,4a
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a vós, Senhor!  
– Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 26“Quando vier o Defensor que eu vos mandarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim. 27E vós também dareis testemunho, porque estais comigo desde o começo. 16,1Eu vos disse estas coisas para que a vossa fé não seja abalada. 2Expulsar-vos-ão das sinagogas, e virá a hora em que aquele que vos matar julgará estar prestando culto a Deus. 3Agirão assim, porque não conheceram o Pai, nem a mim. 4aEu vos digo isto, para que vos lembreis de que eu o disse, quando chegar a hora”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor! 

SANTO DO DIA
Santo Isidoro, o Lavrador, conhecido como padroeiro dos camponeses e agricultores

Padroeiro
Padroeiro dos trabalhadores, camponeses e agricultores de algumas cidades espanholas e italianas.
Resumo
Nascido em Madrid, por volta de 1070, Isidoro torna-se santo rezando, trabalhando nos campos e partilhando os seus bens com os mais pobres. Um agricultor que,  junto com a sua esposa, a Beata Maria de la Cabeza, esperou com empenho no trabalho dos campos, colhendo pacientemente a recompensa celestial ainda mais do que os frutos terrestres, e foi um verdadeiro modelo de agricultor cristão.
Trabalho e Oração
Apesar de trabalhar arduamente no campo, participava todos os dias da Eucaristia e dedicava muito espaço à oração, tanto que alguns colegas invejosos o acusavam, aliás, injustamente, de se afastar horas do trabalho. Inveja não falta, mas ele supera tudo também graças à ajuda de sua esposa Maria. Dessa maneira, revelou a profunda relação e importância entre trabalho santificado e oração. 
Matrimônio
Com sua esposa, Maria de La Cabeza, viveu um casamento que sempre se caracterizou pela grande atenção aos mais pobres, com quem compartilhavam o pouco que possuíam. Ninguém saiu de Isidoro sem ter recebido algo. Os dois se santificaram mutuamente e Maria também foi reconhecida pela Igreja como Beata. 
Morte e canonização
Morreu em 15 de maio de 1130. Foi canonizado em 12 de março de 1622 pelo Papa Gregório XV. Seus restos mortais estão preservados na igreja madrilena de Sant’Andrea.
A minha oração
“Querido santo, tu nos dá testemunho de que oração e trabalho são pilares de espiritualidade. Mostra-nos que a caridade advém também dessa experiência. Interceda para que tenhamos boas colheitas, interceda para que sejamos trabalhadores exemplares e pessoas generosas por excelência. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!”
Santo Isidoro lavrador, rogai por nós!

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DOMINGO, DIA 14 DE MAIO DE 2023

VI SEMANA DA PÁSCOA
(branco)

Primeira leitura
At 8,5-8.14-17 
– Leitura dos Atos dos Apóstolos: Naqueles dias, 5Filipe desceu a uma cidade da Samaria e anunciou-lhes o Cristo. 6As multidões seguiam com atenção as coisas que Filipe dizia. E todos unânimes o escutavam, pois viam os milagres que ele fazia. 7De muitos possessos saíam os espíritos maus, dando grandes gritos. Numerosos paralíticos e aleijados também foram curados. 8Era grande a alegria naquela cidade. 14Os apóstolos, que estavam em Jerusalém, souberam que a Samaria acolhera a Palavra de Deus, e enviaram lá Pedro e João. 15Chegando ali, oraram pelos habitantes da Samaria, para que recebessem o Espírito Santo. 16Porque o Espírito ainda não viera sobre nenhum deles; apenas tinham recebido o batismo em nome do Senhor Jesus. 17Pedro e João impuseram-lhes as mãos, e eles receberam o Espírito Santo.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 66,1-3a.4-5.6-7a.16.20 (R: 1-2a)
– Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, cantai salmos a seu nome glorioso
R: Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, cantai salmos a seu nome glorioso
– Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, cantai salmos a seu nome glorioso, dai a Deus a mais sublime louvação! Dizei a Deus: “Como são grandes vossas obras”!
R: Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, cantai salmos a seu nome glorioso
– Toda a terra vos adore com respeito e proclame o louvor de vosso nome!” Vinde ver todas as obras do Senhor: seus prodígios estupendos entre os homens!
R: Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, cantai salmos a seu nome glorioso
– O mar ele mudou em terra firme, e passaram pelo rio a pé enxuto. Exultemos de alegria no Senhor! Ele domina para sempre com poder!
R: Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, cantai salmos a seu nome glorioso
– Todos vós, que a Deus temeis, vinde escutar: vou contar-vos todo bem que ele me fez! Bendito seja o Senhor Deus que me escutou, não rejeitou minha oração e meu clamor, nem afastou longe de mim o seu amor!
R: Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, cantai salmos a seu nome glorioso

Segunda leitura
1Pd 3,15-18 
– Leitura da primeira carta de são Pedro: Caríssimos: 15Santificai em vossos corações o Senhor Jesus Cristo, e estai sempre prontos a dar razão da vossa esperança a todo aquele que vo-la pedir. 16Fazei-o, porém, com mansidão e respeito e com boa consciência. Então, se em alguma coisa fordes difamados, ficarão com vergonha aqueles que ultrajam o vosso bom procedimento em Cristo. 17Pois será melhor sofrer praticando o bem, se esta for a vontade de Deus, do que praticando o mal. 18Com efeito, também Cristo morreu, uma vez por todas, por causa dos pecados, o justo, pelos injustos, a fim de nos conduzir a Deus. Sofreu a morte, na sua existência humana, mas recebeu nova vida pelo Espírito.

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Quem me ama realmente guardará minha palavra, e meu Pai o amará, e a ele nós viremos (Jo 14,23).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 17,1-11a

– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 1Jesus ergueu os olhos ao céu e disse: “Pai, chegou a hora. Glorifica o teu Filho, para que o teu Filho te glorifique a ti, 2e, porque lhe deste poder sobre todo homem, ele dê a vida eterna a todos aqueles que lhe confiaste. 3Ora, a vida eterna é esta: que eles te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e àquele que tu enviaste, Jesus Cristo. 4Eu te glorifiquei na terra e levei a termo a obra que me deste para fazer. 5E agora, Pai, glorifica-me junto de ti, com a glória que eu tinha junto de ti antes que o mundo existisse. 6Manifestei o teu nome aos homens que tu me deste do meio do mundo. Eram teus, e tu os confiaste a mim, e eles guardaram a tua palavra. 7Agora eles sabem que tudo quanto me deste vem de ti, 8pois dei-lhes as palavras que tu me deste, e eles as acolheram, e reconheceram verdadeiramente que eu saí de ti e acreditaram que tu me enviaste. 9Eu te rogo por eles. Não te rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. 10Tudo o que é meu é teu e tudo o que é teu é meu. E eu sou glorificado neles. 11aJá não estou no mundo, mas eles permanecem no mundo, enquanto eu vou para junto de ti”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor! 

SANTO DO DIA
São Matias

Hoje 14/05 é o dia de São Matias, o apóstolo que foi eleito para ocupar o lugar de Judas Iscariotes no grupo dos doze.
A eleição de São Matias se deu após a Ascensão de Jesus e a vinda do Espírito santo, assim sendo descrito:  “Depois da Ascensão de Jesus, Pedro disse aos demais discípulos: Irmãos, em Judas se cumpriu o que dele se havia anunciado na Sagrada Escritura: com o preço de sua maldade se comprou um campo”. O salmo 109 ordena “Que outro receba seu cargo”. Convém então que elegemos um para o lugar de Judas. E o eleito deve ser dos que estiveram entre nós o tempo todo em que o Senhor conviveu entre nós, desde que foi batizado por João Batista até que ressuscitou e subiu aos céus”. (Atos 1, 21-26)
Conta a história que São Matias evangelizou na Judéia, Capadócia, e Etiópia, porém como aquele era um período difícil para os cristãos, acabou passando pelo martírio, sendo apedrejado e decapitado em Jerusalém mostrando o testemunho de sua fé e fidelidade a Jesus.
De acordo com registros Santa Helena, a mãe do imperador Constantino O Grande, mandou trasladar as relíquias de São matias para roma, deixando uma parte na igreja de Santa Maria Maior em Roma, e o restante se encontra na Igreja de São Matias em Treves, Alemanha, cidade que a tradição diz ter sido evangelizada por ele e da qual os devotos o têm como seu padroeiro.
São matias, rogai por nós.

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SÁBADO, DIA 13 DE MAIO DE 2023

V SEMANA DA PÁSCOA
(branco)

Dia de Nossa Senhora de Fátima

Primeira leitura
At 16,1-10
 – Leitura dos Atos dos Apóstolos: Naqueles dias, 1Paulo foi para Derbe e Listra. Havia em Listra um discípulo chamado Timóteo, filho de uma judia, crente, e de pai grego. 2Os irmãos de Listra e Icônio davam bom testemunho de Timóteo. 3Paulo quis então que Timóteo partisse com ele. Tomou-o consigo e circuncidou-o, por causa dos judeus que se encontravam nessas regiões, pois todos sabiam que o pai de Timóteo era grego. 4Percorrendo as cidades, Paulo e Timóteo transmitiam as decisões que os apóstolos e anciãos de Jerusalém haviam tomado. E recomendavam que fossem observadas. 5As Igrejas fortaleciam-se na fé e, de dia para dia, cresciam em número. 6Paulo e Timóteo atravessaram a Frígia e a região da Galácia, pois o Espírito Santo os proibira de pregar a Palavra de Deus na Ásia. 7Chegando perto da Mísia, eles tentaram entrar na Bitínia, mas o Espírito de Jesus os impediu. 8Então atravessaram a Mísia e desceram para Trôade. 9Durante a noite, Paulo teve uma visão: na sua frente, estava de pé um macedônio que lhe suplicava: “Vem à Macedônia e ajuda-nos!” 10Depois dessa visão, procuramos partir imediatamente para a Macedônia, pois estávamos convencidos de que Deus acabava de nos chamar para pregar-lhes o Evangelho.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus
Salmo Responsorial: Sl 100,2.3.5 (R: 2a)
 – Aclamai o Senhor, ó terra inteira.
R: Aclamai o Senhor, ó terra inteira.

– Aclamai o Senhor, ó terra inteira, servi ao Senhor com alegria, ide a ele cantando jubilosos!
R: Aclamai o Senhor, ó terra inteira.

– Sabei que o Senhor, só ele, é Deus, Ele mesmo nos fez, e somos seus, nós somos seu povo e seu rebanho.
R: Aclamai o Senhor, ó terra inteira.

– Sim, é bom o Senhor e nosso Deus, sua bondade perdura para sempre, seu amor é fiel eternamente!
R: Aclamai o Senhor, ó terra inteira.
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Se com Cristo ressurgistes, procurai o que é do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus Pai (Cl 3,1).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 15,18-21
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a vós, Senhor!  
– Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 18“Se o mundo vos odeia, sabei que primeiro me odiou a mim. 19Se fôsseis do mundo, o mundo gostaria daquilo que lhe pertence. Mas, porque não sois do mundo, porque eu vos escolhi e apartei do mundo, o mundo por isso vos odeia. 20Lembrai-vos daquilo que eu vos disse: ‘O servo não é maior que seu senhor’. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós. Se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa. 21Tudo isto eles farão contra vós por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou”.
– Palavra da salvação.
– Glória vós Senhor

SANTO DO DIA
NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

Oração de João Paulo II para a consagração do mundo inteiro à Nossa Senhora, mediante a mensagem das aparições em Fátima/Portugal.
“A força desta consagração permanece por todos os tempos e abrange todos os homens, os povos e as nações; e supera todo o mal, que o espírito das trevas é capaz de despertar no coração do homem e na sua história e que, de facto, despertou nos nossos tempos.”

Rezemos:
« Ó Mãe dos homens e dos povos, Vós que conheceis todos os seus sofrimentos e as suas esperanças, Vós que sentis maternalmente todas as lutas entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas, que abalam o mundo contemporâneo, acolhei o nosso clamor que, movidos pelo Espírito Santo, elevamos directamente ao vosso Coração: Abraçai, com amor de Mãe e de Serva do Senhor, este nosso mundo humano, que Vos confiamos e consagramos, cheios de inquietude pela sorte terrena e eterna dos homens e dos povos.
De modo especial Vos entregamos e consagramos aqueles homens e aquelas nações que desta entrega e desta consagração têm particularmente necessidade.
“À vossa protecção nos acolhemos, Santa Mãe de Deus!” Não desprezeis as súplicas que se elevam de nós que estamos na provação! ».
(Depois o Papa continua com maior veemência e concretização de referências, quase comentando a Mensagem de Fátima nas suas predições infelizmente cumpridas)
« Encontrando-nos hoje diante Vós, Mãe de Cristo, diante do vosso Imaculado Coração, desejamos, juntamente com toda a Igreja, unir-nos à consagração que, por nosso amor, o vosso Filho fez de Si mesmo ao Pai: “Eu consagro-Me por eles — foram as suas palavras — para eles serem também consagrados na verdade” (Jo 17, 19).
Queremos unir-nos ao nosso Redentor, nesta consagração pelo mundo e pelos homens, a qual, no seu Coração divino, tem o poder de alcançar o perdão e de conseguir a reparação.
Neste Ano Santo, bendita sejais acima de todas as criaturas Vós, Serva do Senhor, que obedecestes da maneira mais plena ao chamamento Divino!
Louvada sejais Vós, que estais inteiramente unida à consagração redentora do vosso Filho!
Mãe da Igreja! Iluminai o Povo de Deus nos caminhos da fé, da esperança e da caridade! Iluminai de modo especial os povos dos quais Vós esperais a nossa consagração e a nossa entrega. Ajudai-nos a viver na verdade da consagração de Cristo por toda a família humana do mundo contemporâneo.
Confiando-Vos, ó Mãe, o mundo, todos os homens e todos os povos, nós Vos confiamos também a própria consagração do mundo, depositando-a no vosso Coração materno.
Oh Imaculado Coração! Ajudai-nos a vencer a ameaça do mal, que se enraíza tão facilmente nos corações dos homens de hoje e que, nos seus efeitos incomensuráveis, pesa já sobre a vida presente e parece fechar os caminhos do futuro!
Da fome e da guerra, livrai-nos!
Da guerra nuclear, de uma autodestruição incalculável, e de toda a espécie de guerra, livrai-nos!
Dos pecados contra a vida do homem desde os seus primeiros instantes, livrai-nos!
Do ódio e do aviltamento da dignidade dos filhos de Deus, livrai-nos!
De todo o género de injustiça na vida social, nacional e internacional, livrai-nos!
Da facilidade em calcar aos pés os mandamentos de Deus, livrai-nos!
Da tentativa de ofuscar nos corações humanos a própria verdade de Deus, livrai-nos!
Da perda da consciência do bem e do mal, livrai-nos!
Dos pecados contra o Espírito Santo, livrai-nos, livrai-nos!
Acolhei, ó Mãe de Cristo, este clamor carregado do sofrimento de todos os homens! Carregado do sofrimento de sociedades inteiras!
Ajudai-nos com a força do Espírito Santo a vencer todo o pecado: o pecado do homem e o “pecado do mundo”, enfim o pecado em todas as suas manifestações.
Que se revele uma vez mais, na história do mundo, a força salvífica infinita da Redenção: a força do Amor misericordioso! Que ele detenha o mal! Que ele transforme as consciências! Que se manifeste para todos, no vosso Imaculado Coração, a luz da Esperança! ».(4)
A Irmã Lúcia confirmou pessoalmente que este acto, solene e universal, de consagração correspondia àquilo que Nossa Senhora queria: « Sim, está feita tal como Nossa Senhora a pediu, desde o dia 25 de Março de 1984 » (carta de 8 de Novembro de 1989). Por isso, qualquer discussão e ulterior petição não tem fundamento.

Fátima, em sua mensagem, pede ao mundo para que viva a graça e a misericórdia do Pai
A Mensagem de Nossa Senhora, revelada aos três pastorinhos na cidade de Fátima/Portugal, interpretada pela Igreja é, antes de tudo, um sinal da proteção de Nossa Senhora e um convite à conversão.
“No final da solene Concelebração Eucarística presidida por João Paulo II em Fátima, o Cardeal Ângelo Sodano, Secretário de Estado, pronunciou em português as palavras seguintes:
Tal texto constitui uma visão profética comparável às da Sagrada Escritura, que não descrevem de forma fotográfica os detalhes dos acontecimentos futuros, mas sintetizam e condensam sobre a mesma linha de fundo fatos que se prolongam no tempo numa sucessão e duração não especificadas. Em consequência, a chave de leitura do texto só pode ser de caráter simbólico.
A visão de Fátima refere-se sobretudo à luta dos sistemas ateus contra a Igreja e os cristãos e descreve o sofrimento imane das testemunhas da fé do último século do segundo milênio. É uma Via Sacra sem fim, guiada pelos Papas do século vinte.
Segundo a interpretação dos pastorinhos, interpretação confirmada ainda recentemente pela Irmã Lúcia, o «Bispo vestido de branco» que reza por todos os fiéis é o Papa. Também Ele, caminhando penosamente para a Cruz por entre os cadáveres dos martirizados (bispos, sacerdotes, religiosos, religiosas e várias pessoas seculares), cai por terra como morto sob os tiros de uma arma de fogo.
Depois do atentado de 13 de Maio de 1981, pareceu claramente a Sua Santidade que foi «uma mão materna a guiar a trajetória da bala», permitindo que o «Papa agonizante» se detivesse «no limiar da morte» [João Paulo II, Meditação com os Bispos Italianos, a partir da Policlínica Gemelli, em: Insegnamenti di Giovanni Paolo II, XVII-1 (Città del Vaticano 1994), 1061]. Certa ocasião em que o Bispo de Leiria-Fátima de então passara por Roma, o Papa decidiu entregar-lhe a bala que tinha ficado no jeep depois do atentado, para ser guardada no Santuário. Por iniciativa do Bispo, essa bala foi depois encastoada na coroa da imagem de Nossa Senhora de Fátima.
Depois, os acontecimentos de 1989 levaram, quer na União Soviética quer em numerosos Países do Leste, à queda do regime comunista que propugnava o ateísmo. O Sumo Pontífice agradece do fundo do coração à Virgem Santíssima também por isso. Mas, noutras partes do mundo, os ataques contra a Igreja e os cristãos, com a carga de sofrimento que eles provocam, infelizmente não cessaram. Embora os acontecimentos a que faz referência a terceira parte do «segredo» de Fátima pareçam pertencer já ao passado, o apelo à conversão e à penitência, manifestado por Nossa Senhora ao início do século vinte, conserva ainda hoje uma estimulante atualidade. «A Senhora da Mensagem parece ler com uma perspicácia singular os sinais dos tempos, os sinais do nosso tempo. (…) O convite insistente de Maria Santíssima à penitência não é senão a manifestação da sua solicitude materna pelos destinos da família humana, necessitada de conversão e de perdão» [João Paulo II, Mensagem para o Dia Mundial do Doente – 1997, n. 1, em: Insegnamenti di Giovanni Paolo II, XIX 2 (Città del Vaticano 1996), 561].
Para consentir que os fiéis recebam melhor a mensagem da Virgem de Fátima, o Papa confiou à Congregação para a Doutrina da Fé o encargo de tornar pública a terceira parte do «segredo», depois de lhe ter preparado um adequado comentário.
Irmãos e irmãs, damos graças a Nossa Senhora de Fátima por sua proteção. Confiamos à sua materna intercessão a Igreja do Terceiro Milênio.
Sub tuum præsidium confugimus, Sancta Dei Genetrix! Intercede pro Ecclesia. Intercede pro Papa nostro Ioanne Paulo II. Amen.
Fátima, 13 de Maio de 2000.”
(Comunicação de sua Eminência, o Card. Ângelo Sodano, Secretário de Estado de Sua Santidade)
No site do Vaticano, você pode ver a trajetória dos Papas em busca da interpretação da mensagem de Fátima, comentários teológicos, e cópia dos manuscritos de Irmã Lúcia.

Conheça a relação entre o Escapulário e Nossa Senhora de Fátima
A aparição de Nossa Senhora do Carmo a São Simão Stock, na Inglaterra, aparentemente não têm nenhuma ligação com as de Nossa Senhora do Rosário de Fátima aos três pastorinhos, Lúcia, Francisco e Jacinta, em Portugal. No entanto, nessas aparições, a Santíssima Virgem Maria deixou-nos os auxílios que as devoções a esses dois títulos marianos querem nos dar, que são o Escapulário da Ordem do Carmo, o Santo Rosário e a consagração ao seu Imaculado Coração. Essas três devoções, o Escapulário, o Rosário e a consagração ao Coração Imaculado, que marcam essas aparições da Virgem Maria, são muito desejadas por ela para os seus filhos, servos e escravos de amor. Essas devoções foram unidas por Nossa Senhora em suas aparições em Fátima, como um auxílio nas dificuldades, especialmente nos tempos difíceis em que vivemos e também como reparação pelos pecados da humanidade.
Conheça a relação entre o Escapulário e Nossa Senhora de Fátima
A entrega do Escapulário a São Simão Stock
Nossa Senhora do Carmo apareceu ao frei carmelita Simão Stock, na cidade de Cambridge, na Inglaterra, em 16 de Julho de 1251. Nesse dia memorável, por causa das grandes perseguições pelas quais passava a Ordem dos Carmelitas, Stock recitou uma bela oração, por ele mesmo composta:
“Flor do Carmelo, Vinha florífera, Esplendor do céu, Virgem fecunda, singular. Ó Mãe benigna, sem conhecer varão, aos Carmelitas dá privilégio, Estrela do Mar!”1. Terminada essa oração, simples na sua forma, mas espiritualmente profunda, Simão levanta os olhos, cheios de lágrimas, e vê sua cela encher-se de luz.
A Virgem do Carmo aparece-lhe cercada de anjos, revestida de esplendor, com o Escapulário nas mãos, e com ternura maternal diz: “Recebe, diletíssimo filho, este Escapulário de tua Ordem como sinal distintivo e a marca do privilégio que eu obtive para ti e para todos os filhos do Carmelo; é um sinal de salvação, uma salvaguarda nos perigos, aliança de paz e de uma proteção sempiterna. Quem morrer revestido com ele será preservado do fogo eterno’’2. Desde então, o Escapulário de Nossa Senhora do Carmo é um sinal da proteção materna e da consagração a Virgem Mãe de Deus, não somente para a Ordem do Carmo, mas também para todos que usam devotamente este “hábito” que nos une aos carmelitas.
Em sua forma original, o Escapulário é feito com dois pedaços de tecido marrom, unidos por um cordão. Um dos pedaços tem a estampa de Nossa Senhora do Carmo e o outro, a do Sagrado Coração de Jesus. O nome “Escapulário” tem sua origem na palavra latina “scapulas”, que significa “ombros”, pois sobre estes ele é imposto, como um hábito, que nos liga a Nossa Senhora do Carmo, por meio da inclusão na família carmelita. Por ser um hábito, o primeiro Escapulário deve ser de pano, imposto por um Carmelita ou um padre, através da oração própria para a imposição. Os carmelitas usam o escapulário como símbolo da sua consagração religiosa na Ordem de Nossa Senhora do Carmo, mais conhecida simplesmente como Ordem dos Carmelitas. Para os demais cristãos, o escapulário é símbolo da consagração à Virgem do Carmo.
As aparições de Fátima e a devoção a Nossa Senhora do Carmo
No dia 13 de outubro de 1917, na sua última aparição na Cova da Iria, em Fátima, Portugal, Nossa Senhora une três devoções: a espiritualidade do Escapulário, a oração do Santo Rosário e a consagração ao seu Imaculado Coração. Logo depois da aparição, surgiram, aos três videntes de Fátima, várias cenas. Na primeira, ao lado de São José, a Mãe de Deus, com o Menino Jesus ao colo, apareceu como Nossa Senhora do Rosário. Em seguida, surgiu como Nossa Senhora das Dores, junto com seu Filho Jesus Cristo, que padecia em meio a muitos sofrimentos, a caminho do monte Calvário. Na última visão, “gloriosa, coroada como Rainha do Céu e da Terra, a Santíssima Virgem apareceu como Nossa Senhora do Carmo, tendo o Escapulário à mão”3. Em 1950, a Irmã Lúcia foi questionada a respeito do motivo de Nossa Senhora aparecer com o Escapulário nas mãos. Em resposta, a Irmã disse: “É que Nossa Senhora quer que todos usem o Escapulário, respondeu ela”4. Providencialmente, no dia 11 de fevereiro de 1950, o Sumo Pontífice, Papa Pio XII, convidou toda a Igreja Católica a “’colocar em primeiro lugar, entre as devoções marianas, o escapulário, que está ao alcance de todos’; entendido como veste mariana, esse é, de fato, um ótimo símbolo da proteção da Mãe celeste, enquanto sacramental extrai o seu valor das orações da Igreja e da confiança e amor daqueles que o usam”5.
A Irmã Maria Lúcia do Imaculado Coração, que como Simão Stock era carmelita, disse que o Escapulário agrada o Coração de Nossa Senhora, por isso, deseja que essa devoção seja propagada. Dessa forma, compreendemos que a devoção do Escapulário faz parte da Mensagem de Fátima e, certamente, o Escapulário e o Rosário são devoções inseparáveis. “O Escapulário é o sinal da consagração a Nossa Senhora. […] Ela quer que todos usem o Escapulário”6. Ao perguntarem se podemos ter a certeza de que Nossa Senhora queria o Escapulário, como parte da Mensagem de Fátima, Irmã Lúcia respondeu: “Sim”, e acrescentou: “Agora, já o Santo Padre [Papa João Paulo II] o confirmou a todo o mundo, dizendo que o Escapulário é sinal de consagração ao Imaculado Coração”.
Segundo a Carmelita, o Escapulário é uma das cláusulas da Mensagem da Virgem de Fátima. Por isso, usar o Escapulário é tão importante quanto a recitação diária do Terço Mariano. Segundo Lúcia, “o Terço e o Escapulário são inseparáveis!”7.
Dom José Alves Correia da Silva, então Bispo de Leiria, em Portugal – que sabia claramente do vínculo entre as devoções do Escapulário e do Rosário – por ocasião do VII Centenário do Escapulário, disse aos devotos de Fátima:
“Os antigos guerreiros vestiam-se com uma armadura de ferro para resistirem aos ataques dos seus inimigos, e como nós todos temos de combater os inimigos da nossa alma, porque diz a Sagrada Escritura, ‘a vida do homem é uma guerra’, a Santíssima Virgem entregou o emblema do Santo Escapulário para também nos defender. […] Nossa Senhora recomendou também às videntes que espalhassem a devoção do Escapulário. Compete-nos, pois, como cristãos, […] a obrigação de nos afervorarmos na devoção do Escapulário.
O Escapulário tem privilégios especiais. O primeiro é a promessa que a Santíssima Virgem fez àqueles que observassem as devidas instruções, que os preservaria do fogo eterno. E claro que deveremos trazer o Escapulário não por orgulho ou superstição, mas por esperarmos, com um sincero sentimento de confiança, que a bondade de Maria Santíssima nos fará a graça da conversão e da perseverança final”8.
A espiritualidade carmelita e a consagração ao Imaculado Coração
Santa Teresa de Jesus, grande reformadora da Ordem dos Carmelitas, disse às suas irmãs: “Todas nós, que trazemos este sagrado hábito do Carmo, somos chamadas à oração e contemplação. Foi essa a nossa origem”9. A tradição dos primeiros carmelitas está ligada à vida contemplativa, mas esta se perdeu ao longo do tempo. A reforma que Santa Teresa e, depois, São João da Cruz, realizaram no Carmelo pretendia recuperar essa sua vocação à contemplação, que tem como fim último a santificação e a comunhão com Deus já aqui neste mundo. Para atingir essa união com o Senhor, é necessário esvaziar-nos totalmente de nós mesmos, dispondo ativamente o nosso coração para que Deus o purifique.
Neste processo de purificação, a devoção a Nossa Senhora é fundamental. “Desde o princípio, os carmelitas – repetindo que Carmelus totus Marianus est [O Carmelo é todo de Maria] – já se consagravam a Nossa Senhora, chegando a falar, séculos antes de São Luís de Montfort, de ‘escravidão’ à Virgem”10. Quando professavam seus votos de obediência, os carmelitas faziam-no não somente a Deus, mas também a Nossa Senhora do Carmo. Com o Escapulário, eles recordam esse compromisso e a amizade que devem ter com Nossa Senhora, imitando as suas virtudes e consagrando-se inteiramente a ela. Pois a Virgem Maria não somente é modelo de santidade, mas também coopera diretamente em nossa santificação. No entanto, para quem, de algum modo, está ligado aos carmelitas, Nossa Senhora não é somente um modelo a imitar, mas também uma doce presença materna, na qual podemos confiar.
Segundo o saudoso Papa São João Paulo II, “essa intensa vida mariana, que se exprime em oração confiante, em entusiástico louvor e em diligente imitação, leva a compreender como a forma mais genuína da devoção à Virgem Santíssima, expressa pelo humilde sinal do Escapulário, seja a consagração ao seu Coração Imaculado”11. Dessa forma, em nosso coração, realiza-se uma crescente comunhão e familiaridade com Nossa Senhora, como novo modo de viver para Deus e de continuar aqui na Terra o amor do Filho à sua Mãe, Maria Santíssima.
Esse rico patrimônio de espiritualidade mariana dos carmelitas se tornou, através da propagação da devoção do Santo Escapulário, um tesouro valiosíssimo para toda a Igreja. Pela sua simplicidade e pela relação com o papel da Virgem Maria em relação à Igreja e à humanidade, esta devoção foi profunda e amplamente recebida pelo Novo Povo de Deus, a ponto de encontrar a sua expressão máxima na festa de 16 de Julho, na Liturgia da Igreja Católica.
O Escapulário, o Rosário e a consagração ao Imaculado Coração
A Mensagem de “Fátima é, portanto, uma confirmação óbvia das antigas devoções do Rosário e do Escapulário de Nossa Senhora do Carmo, ambas vindas da Idade Média, quando o amor por Ela impregnava toda a vida do cristão”12. Além disso, em Fátima, a estas devoções, acrescenta-se a devoção ao Imaculado Coração, já conhecida na Igreja, mas agora revelada de uma forma nova. A consagração ao Imaculado Coração de Maria, de certo modo, aparece como nova expressão de devoção a Nossa Senhora das Dores, que foi uma das visões dos pastorinhos na última aparição de Fátima.
No dia 13 de junho de 1917, Nossa Senhora disse à pequena Lúcia: “Ele [Jesus] quer estabelecer no mundo a devoção do meu Imaculado Coração”13. Falou também que voltaria para pedir essa devoção. Em 10 de dezembro de 1925, em Pontevedra, na Espanha, a Virgem Maria apareceu à Irmã Lúcia com o Coração na mão, cercado de espinhos, como prometera em Fátima. Este é o mesmo coração transpassado pela espada da dor no sacrifício do seu Filho no altar da cruz. Esse sofrimento da Santíssima Virgem não foi somente de compaixão pelos padecimentos do Filho, mas, desde aquele tempo até hoje, ela também sofre por causa dos pecados da humanidade. Na mesma aparição, o Menino Jesus disse a Lúcia: “Tem pena do Coração de sua Santíssima Mãe, que está coberto de espinhos, que os homens ingratos, a todo momento, cravam-lhe sem haver quem faça um ato de reparação para os tirar”14.
Depois de mostrar seu Coração Imaculado cercado de espinhos, Nossa Senhora revelou à então postulante Lúcia, a devoção reparadora dos cinco primeiros sábados do mês:
“Olha, minha filha, o Meu Coração cercado de espinhos, que os homens ingratos a todos os momentos Me cravam com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar, e dize que todos aqueles que durante cinco meses, no primeiro sábado, se confessarem, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um Terço, e Me fizerem quinze minutos de companhia, meditando nos quinze mistérios do Rosário, com o fim de me desagravar, Eu prometo assistir-lhes, na hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação dessas almas”15.
Portanto, depois de fazermos todo esse caminho de reflexão, podemos concluir que a devoção a Nossa Senhora do Carmo está intimamente ligada com a espiritualidade do Santo Rosário e com a consagração ao Imaculado Coração de Maria, da qual faz parte de devoção reparadora dos cinco primeiros sábados. Estas são devoções que, de certo modo, já faziam parte do patrimônio da espiritualidade da Igreja Católica. No entanto, pela Providência divina, nos foram dados a conhecer que estas não somente são queridas por Deus, mas também são os meios que nos são dados hoje para nos aproximar de Jesus e Maria e reparar as ofensas cometidas contra seus Sagrados Corações. Sendo assim, usemos com fé e devoção o Escapulário, rezemos com atenção e confiança o Santo Rosário, consagremo-nos ao Imaculado Coração de Maria e pratiquemos a devoção reparadora dos primeiros sábados. Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós!
NOSSA SENHORA DE FÁTIMA, ROGAI POR NÓS!

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SEXTA-FEIRA, DIA 12 DE MAIO DE 2023

V SEMANA DA PÁSCOA
(branco)

Primeira leitura
At 15,22-31 
– Leitura dos Atos dos Apóstolos: Naqueles dias, 22pareceu bem aos apóstolos e aos anciãos, de acordo com toda a Comunidade de Jerusalém, escolher alguns da Comunidade para mandá-los a Antioquia, com Paulo e Barnabé. Escolhe-ram Judas, chamado Bársabas, e Silas, que eram muito respeitados pelos irmãos. 23Através deles enviaram a seguinte carta: “Nós, os apóstolos e os anciãos, vossos irmãos, saudamos os irmãos vindos do paganismo e que estão em Antioquia e nas regiões da Síria e da Cilícia. 24Ficamos sabendo que alguns dos nossos causaram perturbações com palavras que transtornaram vosso espírito. Eles não foram enviados por nós. 25Então decidimos, de comum acordo, escolher alguns representantes e mandá-los até vós, junto com nossos queridos irmãos Barnabé e Paulo, 26homens que arriscaram suas vidas pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo. 27Por isso, estamos enviando Judas e Silas, que pessoalmente vos transmitirão a mesma mensagem. 28Porque decidimos, o Espírito Santo e nós, não vos impor nenhum fardo, além destas coisas indispensáveis: 29abster-se de carnes sacrificadas aos ídolos, do sangue, das carnes de animais sufocados e das uniões ilegítimas. Vós fareis bem se evitardes essas coisas. Saudações!” 30Depois da despedida, Judas e Silas foram para Antioquia, reuniram a assembléia e entregaram a carta. 31A sua leitura causou alegria, por causa do estímulo que trazia.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 57,8-9.10-12 (R: 10a)
– Vou louvar-vos, Senhor, entre os povos.
R: Vou louvar-vos, Senhor, entre os povos.

– Meu coração está pronto, meu Deus, está pronto o meu coração! Vou cantar e tocar para vós: desperta, minha alma, desperta! Despertem a harpa e a lira, eu irei acordar a aurora!
R: Vou louvar-vos, Senhor, entre os povos.

– Vou louvar-vos, Senhor, entre os povos, dar-vos graças por entre as nações! Vosso amor é mais alto que os céus, mais que as nuvens a vossa verdade! Elevai-vos, ó Deus, sobre os céus, vossa glória refulja na terra!
R: Vou louvar-vos, Senhor, entre os povos.
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Eu vos chamo meus amigos, pois vos dei a conhecer o que o Pai me revelou (Jo 15,15).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 15,12-17
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a vós, Senhor!  
– Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 12“Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. 13Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos. 14Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. 15Já não vos chamo servos, pois o servo não sabe o que faz o seu Senhor. Eu chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai. 16Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e para que produzais fruto e o vosso fruto permaneça. O que, então, pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo concederá. 17Isto é o que vos ordeno: amai-vos uns aos outros”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santos Nereu, Aquiles e Pancrácio, mártires

“Todas as estradas levam para Roma”, diz um provérbio, e de Roma saem algumas das mais célebres estradas do mundo. Em duas dessas estradas, a sudeste e oeste, a Ardeatina e a Aurélia, foram sepultados os mártires Nereu, Aquiles e Pancrácio. Embora recordados os três no mesmo dia, 12 de maio, o culto deles foi sempre separado, como dizem os compiladores do novo calendário: “A memória dos santos Nereu e Aquiles e a memória de são Pancrácio são celebradas separadamente com formulários próprios segundo uma antiga tradição romana. Ao contrário, a memória de santa Domitila, introduzida no Calendário romano em 1595, deve ser cancelada, pois o seu culto não encontra fundamento algum na tradição”. Isso resolve também a questão da época em que Nereu e Aquiles deram seu testemunho.
O Papa Dâmaso, que pouco depois da metade do século IV falava com absoluta segurança dos dois mártires, refere que viveram no fim do século III e morreram durante a perseguição militar com a qual se iniciou a “era dos mártires” (de Diocleciano). Eles eram levados à força ao tribunal de um “tirano”. Aí aplicavam as ordens de tortura e de execução dos “rebeldes” cristãos, até que atingidos pela coragem e constância dos mártires cristãos decidiram seguir seu exemplo. Privados das insígnias militares, foram por sua vez conduzidos ao suplício que enfrentaram com coragem e alegria.
A gravura que representa Santo Aquiles atingido pelo verdugo é considerada a mais antiga representação que ficou de martírio. Abandona-se, assim, o que referia uma tardia e lendária paixão do século VI, que unia a tradição do martírio de Nereu e Aquiles com os de Petronila e Domitila, respectivamente filha de São Pedro e sobrinha do imperador Domiciano.
Também a história de Pancrácio, martirizado ainda muito jovem sob Diocleciano, foi enriquecida de tantos elementos lendários pela sua tardia Paixão, que é muito difícil separar os reais acontecimentos históricos deste que foi um dos santos mais populares não só em Roma como também em toda a Itália e ainda no exterior: é o patrono da Juventude de Ação Católica e dedicaram-lhe igrejas e mosteiros: a de Roma foi fundada por são Gregório Magno e a de Londres por santo Agostinho de Canterbury (a são Pancrácio é dedicada também uma estação do metrô de Londres, e inglês era Wiseman, que fez de São Pancrácio uma das personagens principais de Fabíola). A lenda o tornou vigoroso vingador da veracidade dos juramentos. Sua basílica era uma das estações quaresmais.
Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.
Santos Nereu, Aquiles e Pancrácio, mártires, rogai por nós!

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QUINTA-FEIRA, DIA 11 DE MAIO DE 2023

V SEMANA DA PÁSCOA
(branco)

Primeira leitura
At 15,7-21 
– Leitura dos Atos dos Apóstolos: Naqueles dias, 7depois de longa discussão, Pedro levantou-se e falou aos apóstolos e anciãos: “Irmãos, vós sabeis que, desde os primeiros dias, Deus me escolheu, do vosso meio, para que os pagãos ouvissem de minha boca a palavra do Evangelho e acreditassem. 8Ora, Deus, que conhece os corações, testemunhou a favor deles, dando-lhes o Espírito Santo como o deu a nós. 9E não fez nenhuma distinção entre nós e eles, purificando o coração deles mediante a fé. 10Então, por que vós agora pondes Deus à prova, querendo impor aos discípulos um jugo que nem nossos pais nem nós mesmos tivemos força para suportar? 11Ao contrário, é pela graça do Senhor Jesus que acreditamos ser salvos, exatamente como eles”.
12Houve então um grande silêncio em toda a assembléia. Depois disso, ouviram Barnabé e Paulo contar todos os sinais e prodígios que Deus havia realizado, por meio deles, entre os pagãos. 13Quando Barnabé e Paulo terminaram de falar, Tiago tomou a palavra e disse: “Irmãos, ouvi-me: 14Simão acaba de nos lembrar como, desde o começo, Deus se dignou tomar homens das nações pagãs para formar um povo dedicado ao seu Nome. 15Isso concorda com as palavras dos profetas, pois está escrito: 16“Depois disso, eu voltarei e reconstruirei a tenda de Davi que havia caído; reconstruirei as ruínas que ficaram e a reerguerei, 17a fim de que o resto dos homens procure o Senhor com todas as nações que foram consagradas ao meu Nome. É o que diz o Senhor, que fez estas coisas, 18conhecidas há muito tempo’. 19Por isso, sou do parecer que devemos parar de importunar os pagãos que se convertem a Deus. 20Vamos somente prescrever que eles evitem o que está contaminado pelos ídolos, as uniões ilegítimas, comer carne de animal sufocado e o uso do sangue. 21Com efeito, desde os tempos antigos, em cada cidade, Moisés tem os seus pregadores, que lêem todos os sábados nas sinagogas”.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 96,1-2a.2b-3.10 (R: 3)
– Anunciai as maravilhas do Senhor entre todas as nações.
R: Anunciai as maravilhas do Senhor entre todas as nações.

– Cantai ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! cantai e bendizei seu santo nome!
R: Anunciai as maravilhas do Senhor entre todas as nações.

– Dia após dia anunciai sua salvação, manifestai a sua glória entre as nações, e entre os povos do universo seus prodígios!
R: Anunciai as maravilhas do Senhor entre todas as nações.

– Publicai entre as nações: “Reina o Senhor!” Ele firmou o universo inabalável pois os povos ele julga com justiça.
R: Anunciai as maravilhas do Senhor entre todas as nações.
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Minhas ovelhas escutam minha voz, minha voz estão elas a escutar; eu conheço então, minhas ovelhas, que me seguem, comigo a caminhar
(Jo 10,27).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 15,9-11
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a vós, Senhor!  
– Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 9“Como meu Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor. 10Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu guardei os mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor. 11Eu vos disse isto, para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja plena”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Beato Zeferino Namuncurá, modelo salesiano de santidade

Nascimento e escola salesiana
Zeffirino Namuncurá nasceu em 26 de agosto de 1886, em Chimpay, às margens do rio Negro. Seu pai Manuel, o último grande cacique das tribos indígenas araucanas, havia se rendido três anos antes às tropas da República Argentina. Depois de onze anos de vida rural livre, Manuel Namuncurá envia Zeffirino para estudar em Buenos Aires, para que pudesse defender a sua raça. A atmosfera familiar no colégio salesiano fez com que ele se apaixonasse por Dom Bosco.
Crescimento espiritual
A dimensão espiritual cresceu nele e ele começou a desejar ser sacerdote salesiano para evangelizar seu povo. Escolheu Domingos Sávio como modelo e, durante cinco anos, através do esforço extraordinário de entrar numa cultura totalmente nova, ele próprio tornou-se outro Domingos Sávio. O compromisso com a piedade, a caridade, os deveres diários e o exercício ascético é exemplar.
Aspirante salesiano
Esse menino, que achou difícil “entrar na fila”, gradualmente se tornou um verdadeiro modelo. Como queria Dom Bosco, estava certo em cumprir seus deveres de estudo e oração. Ele foi o árbitro nas recreações: sua palavra foi bem recebida pelos camaradas em disputa. A lentidão com que ele fazia o sinal da cruz, como se estivesse meditando em cada palavra, era impressionante; e, com seu exemplo, corrigiu os seus companheiros, ensinando-os a fazê-lo devagar e com devoção. Em 1903, Dom Cagliero o aceita no grupo de aspirantes em Viedma, capital do Vicariato Apostólico, para começar o latim.
Itália
Por causa de sua saúde precária, o bispo salesiano decide levá-lo à Itália, para que continue seus estudos de maneira mais séria e em um clima que parecia mais adequado. Na Itália, ele conhece o padre Rua e o Papa Pio X, que o abençoam com emoção. Ele frequentou a escola em Turim e, depois, no colégio salesiano de Villa Sora, em Frascati. Ele estuda muito para ser o segundo da classe.
Morte
Mas um mal não diagnosticado a tempo, talvez porque nunca reclamou, minou-o: tuberculose. Em 28 de março de 1905, ele foi levado ao hospital Fatebenefratelli, na Ilha Tiberina, em Roma. Ele morreu pacificamente em 11 de maio. A partir de 1924, seus restos mortais descansam em sua terra natal, em Fortín Mercedes, onde multidões de peregrinos vêm venerá-lo.
Os altares
– Tornou-se venerável em 22 de junho de 1972;
– Beatificado em 11 de novembro de 2007 sob o pontificado de Bento XVI.
A minha oração
“Senhor Jesus, o Beato Zeferino Namuncurá rendeu-se ao amor de Deus e abriu mão de sua cultura e costumes para responder ao seu apelo de doação. Que cada um de nós que lemos essa oração, abramos o nosso coração para dizer ao Senhor: Jesus, crava em nosso coração um amor ardente por Ti. Amém.”
Beato Zeferino Namuncurá, rogai por nós!

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QUARTA-FEIRA, DIA 10 DE MAIO DE 2023

5ª SEMANA DA PÁSCOA*
(branco)

Primeira leitura
At 15,1-6 
Leitura dos Atos dos Apóstolos:
1Naqueles dias, chegaram alguns da Judeia e ensinavam aos irmãos de Antioquia, dizendo: “Vós não podereis salvar-vos, se não fordes circuncidados, como ordena a Lei de Moisés”. 2Isto provocou muita confusão, e houve uma grande discussão de Paulo e Barnabé com eles. Finalmente, decidiram que Paulo, Barnabé e alguns outros fossem a Jerusalém, para tratar dessa questão com os apóstolos e os anciãos. 3Depois de terem sido acompanhados pela Comunidade, Paulo e Barnabé travessaram a Fenícia e a Samaria. Contaram sobre a conversão dos pagãos, causando grande alegria entre todos os irmãos. 4Chegando a Jerusalém, foram recebidos pelos apóstolos e os anciãos, e narraram as maravilhas que Deus tinha realizado por meio deles. 5Alguns dos que tinham pertencido ao partido dos fariseus e que haviam abraçado a fé levantaram-se e disseram que era preciso circuncidar os pagãos e obrigá-los a observar a Lei de Moisés. 6Então, os apóstolos e os anciãos reuniram-se para tratar desse assunto.
Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: Sl 122,1-2.3-4a.4b-5 (R: 1)
Que alegria, quando me disseram: Vamos à casa do Senhor!

Que alegria, quando ouvi que me disseram: “Vamos à casa do Senhor!” E agora nossos pés já se detêm, Jerusalém, em tuas portas.

Jerusalém, cidade bem edificada num conjunto harmonioso; para lá sobem as tribos de Israel, as tribos do Senhor.

Para louvar, segundo a lei de Israel, o nome do Senhor. A sede da justiça lá está e o trono de Davi.
Evangelho: (Jo 15,1-8)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Ficai em mim e eu em vós ficarei, diz Jesus; quem em mim permanece há de dar muito fruto (Jo 15,4).
– O Senhor esteja convosco;
– Ele está no meio de nós;
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a Vós, Senhor!
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 1“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. 2Todo ramo que em mim não dá fruto ele o corta; e todo ramo que dá fruto, ele o limpa, para que dê mais fruto ainda. 3Vós já estais limpos por causa da palavra que eu vos falei. 4Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós não podereis dar fruto, se não permanecerdes em mim. 5Eu sou a videira e vós os ramos. Aquele que permanece em mim e eu nele, esse produz muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. 6Quem não permanecer em mim, será lançado fora como um ramo e secará. Tais ramos são recolhidos, lançados no fogo e queimados. 7Se permanecerdes em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e vos será dado. 8Nisto meu Pai é glorificado: que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos.
Palavra da Salvação.
– Glória a Vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santo Antonino de Florença

Antonino de Florença, O.P., foi um frade dominicano italiano, que se tornou Arcebispo de Florença. É venerado como santo pela Igreja Católica.
Nascimento: 1 de março de 1389, Florença, Itália
Falecimento: 2 de maio de 1459, Florença, Itália
Santo Antonino nasceu em 1 de março de 1389 na cidade de Florença, então capital de uma República independente. Era filho único de Niccolò e de Tomasina Pierozzi, proeminentes cidadãos da cidade, Niccolò era tabelião. Ao nascer, foi batizado Antônio (Antonio). Foi educado na fé cristã e costumava ir todos os dias à igreja de São Miguel quando tinha apenas 10 anos de idade. Lá, ele rezava sempre diante do crucifixo e do altar de Nossa Senhora. Mal sabia aquele menino frágil que sua marca ficaria para sempre na grande e importante cidade de Florença.
Em 1404, quando tinha 15 anos, na mesma igreja de São Miguel, Antonino teve o desejo de entrar para a ordem dos Dominicanos. Procurou, então, o frei Giovanni Dominici e expôs a ele seu desejo. Frei Giovanni era o superior do convento, (posteriormente, junto com Santa Catarina de Siena e São Raimundo de Cápua, tornou-se um dos mestres da reforma Dominicana e Cardeal Arcebispo da Ragusa).
Frei Giovanni, porém, viu que Antonino era muito jovem e muito frágil. Por isso, e achando que ele não suportaria as exigências da vocação, perguntou-lhe por qual matéria tinha mais afeição. Antonino lhe respondeu que era pelo Direito Canônico. Então, frei Giovanni, disse que quando ele soubesse de cor todo o Direito Canônico, voltasse a procurar o mosteiro. Depois de um ano estudando, Antonino voltou ao mosteiro com todo o texto do Direito Canônico, na ponta da língua. Vendo que era quase impossível tal façanha, o frei Giovanni admitiu Antonino no mosteiro com apenas 16 anos de idade. Era o ano de 1405.
Antonino foi, então, para Cartona iniciar o seu noviciado, fazendo enorme progresso nas virtudes do saber. Depois de um ano de estudos, fez a profissão dos votos definitivos.
Conheceu ali o frei Angélico, expoente da pintura sacra.
Após o noviciado, Santo Antonino voltou para Florença com mais três professores. Tornou-se ali um grande teólogo, nunca parando de estudar. Não querendo participar do Cisma, (divisão) da igreja que se estava anunciando, foi morar no mosteiro da cidade de Foligno, onde a vida religiosa era muito austera, como queria o Frei Giovanni.
Houve em Foligno uma peste devastadora que os obrigaram a voltar para Cartona e no ano de 1418, com 29 anos, Antonino se torna Prior, (superior) da ordem Dominicana. A reforma dominicana estava muito debilitada pelo Cisma e pela peste, mas, com seus estudos e orações, Antonino, que tinha a reputação de ciência, prudência e santidade deu vida nova à reforma dominicana.
Mostrava sempre o que deveria ser feito com seus exemplos, e dizia: o primeiro dever é o de dar exemplo. O mestre deve prestar contas a Deus de todos aqueles que lhe são submissos, e merece a morte cada vez que lhes oferece um mau modelo. Foi considerado um alicerce da teologia moral.
Com o falecimento do Cardeal Bartolomeu Zarabella, Florença ficou por nove meses sem seu Arcebispo. Foi então, que, após uma conversa de Frei Angélico com o Papa Eugênio IV e depois do Papa meditar na oração que seria o melhor Arcebispo que Frei Antonino foi nomeado Arcebispo de Florença. Ele não queria tal cargo e só aceitou quando o Papa o ameaçou de excomunhão caso não aceitasse. Quando foi nomeado, disse: Senhor, aceito este cargo contra a minha vontade, para não resistir àquela de vosso Vigário. Assisti-me, pois, Senhor, porque sabes que necessito.
Frei Antonino tinha 56 anos e todo o povo festejou sua nomeação, pois achavam que ele já era um Santo. Ficou em Florença por 13 anos como Arcebispo da cidade.
Santo Antonino manteve a vida austera que levava antes, não mudando em nada sua maneira de viver. Por causa de sua sabedoria e grande conhecimento do direito canônico, todos vinham se aconselhar com ele. Assim, ele ficou conhecido como Antonino dos Conselhos.
Devido à sua fé inabalável, sua vida de trabalho e oração, todos recorriam a ele para pedir conselhos e orações. Um dia recebeu um homem desesperado, pois havia perdido seu filho único. Santo Antonino, que era filho único, entendeu o sofrimento daquele pai e começou a rezar. Em seguida disse ao homem: Volta para tua casa, pois teu filho está te esperando! O homem voltou e encontrou seu filho vivo e bem, para o espanto de todos as testemunhas oculares, que viram o menino morto durante horas.
No ano de 1459, ao 70 anos, Dom Antonino ficou doente. Foi levado para a casa de campo de Santo Antonio Del Vescovo. Todos tentavam encoraja-lo mas, ele disse: Fiat voluntas tua. (seja feita a vossa vontade). No dia 30 fez um simples testamento pedindo para ser enterrado em Florença, na igreja de São Marcos. Faleceu na madrugada do dia 2 de maio, após uma longa agonia. Seu velório durou 8 dias por causa da multidão que queria se despedir do santo arcebispo. Durante o velório, de seu corpo exalava um agradável perfume.
Por causa dos vários milagres ocorridos em sua sepultura, o Papa Adriano VI, no ano de 1523, realizou a canonização de Santo Antonino. Seu corpo foi encontrado incorrupto cem anos após sua morte no ano de 1559.
Santo Antonino, rogai por nós!

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TERÇA-FEIRA, DIA 09 DE MAIO DE 2023

V SEMANA DA PÁSCOA
(branco)

Primeira leitura
At 14,19-28 
– Leitura dos Atos dos Apóstolos: Naqueles dias, 19de Antioquia e Icônio chegaram judeus que convenceram as multidões. Então apedrejaram Paulo e arrastaram-no para fora da cidade, pensando que ele estivesse morto. 20Mas, enquanto os discípulos o rodeavam, Paulo levantou-se e entrou na cidade. No dia seguinte, partiu para Derbe com Bar­nabé.  21Depois de terem pregado o Evangelho naquela cidade e feito muitos discípulos, voltaram para Listra, Icônio e Antioquia. 22Encorajando os discípulos, eles os exortavam a permanecer firmes na fé, dizendo-lhes: “É preciso que passemos por muitos sofrimentos para entrar no Reino de Deus”. 23Os apóstolos designaram presbíteros para cada Comunidade. Com orações e jejuns, eles os confiavam ao Senhor, em quem haviam acreditado. 24Em seguida, atravessando a Pisídia, chegaram à Panfília. 25Anunciaram a palavra em Per­ge, e depois desceram para Atália. 26Dali embarcaram para Antioquia, de onde tinham saído, entregues à graça de Deus, para o trabalho que haviam realizado. 27Chegando ali, reuniram a Comunidade. Contaram-lhe tudo o que Deus fizera por meio deles e como havia aberto a porta da fé para os pagãos. 28E passaram então algum tempo com os discípulos.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 145,10-11.12-13ab.21 (R: 12a)
– Ó Senhor, vossos amigos anunciem vosso Reino glorioso.
R: Ó Senhor, vossos amigos anunciem vosso Reino glorioso.

– Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, e os vossos santos com louvores vos bendigam! Narrem a glória e o esplendor do vosso reino e saibam proclamar vosso poder!
R: Ó Senhor, vossos amigos anunciem vosso Reino glorioso.

– Para espalhar vossos prodígios entre os homens e o fulgor de vosso reino esplendoroso. O vosso reino é um reino para sempre, vosso poder, de geração em geração.
R: Ó Senhor, vossos amigos anunciem vosso Reino glorioso.

– Que a minha boca cante a glória do Senhor e que bendiga todo ser seu nome santo desde agora, para sempre e pelos séculos.
R: Ó Senhor, vossos amigos anunciem vosso Reino glorioso.
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Era preciso que Cristo sofresse e ressuscitasse dos mortos para entrar em sua glória, aleluia!  (Lc 24,46.26).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 14,27-31a
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a vós, Senhor!  
– Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 27“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração. 28Ouvistes que eu vos disse: ‘Vou, mas voltarei a vós’. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. 29Disse-vos isto, agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis. 30Já não falarei muito con­vosco, pois o chefe deste mundo vem. Ele não tem poder sobre mim, 31amas, para que o mundo reconheça que eu amo o Pai, eu procedo conforme o Pai me ordenou”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Máximo de Jerusalém

Máximo III de Jerusalém foi um santo e bispo de Jerusalém entre aproximadamente 333 d.C. até a sua morte, em 348 d.C. Ele foi o terceiro bispo da cidade com este nome, os anteriores sendo personagens muito mais obscuros, com episcopados no século II.
Nascimento: ??
Falecimento: 350 d.C.
Com grande alegria, lembramos São Máximo, foi o terceiro bispo de Jerusalém, que entrou para o Martirológio Romano por causa de sua vida de amor a Deus e ao próximo de modo heroico.
São Máximo sucedeu a são Macário em 331. São Máximo, antes do episcopado, notabilizara-se como cristão perfeito, sofrendo as perseguições que em 303 se levantavam contra a Igreja. Durante esta, perdeu o olho direito e foi provavelmente mutilado na perna direita. São Macário nomeou-o bispo de Dióspolis, mas o povo pediu que ficasse em Jerusalém, o que aconteceu, vindo naturalmente a suceder a são Macário, quando este faleceu em 331.
Sabe-se que ordenou sacerdote são Cirilo de Jerusalém, pregador exímio e grande evangelizador dessa época remota, o qual viria mais tarde a suceder-lhe, visto que o seu “talento e eloquência o designaram de maneira natural aos sufrágios do clero e do povo quando a morte de Máximo tornou vaga a sede episcopal” de Jerusalém no ano 350.
Com a ciência e a santidade, Máximo contribuíra para as decisões do primeiro Concílio de Niceia, celebrado no ano de 325. Posteriormente, contribuiu também para o concílio particular celebrado em Tiro, em 335, onde santo Anastásio foi condenado, condenação da qual Máximo rapidamente se arrependeu.
O zelo de são Máximo reuniu em Jerusalém todos os bispos da Palestina, a fim de assistirem à sagração da imponente basílica mandada edificar pelo imperador Constantino. Durante esta celebração, são Máximo reabilitou santo Anastásio, introduzindo-o assim na comunhão da Igreja.
Em 348 ou 349, sob a influência de Acosse de Cesareia, foi deposto do seu cargo. Governou durante vinte anos a Igreja de Jerusalém, e mereceu que são Jerónimo o elogiasse.
Foi substituído por são Cirilo, sacerdote que ele mesmo ordenara.
No meio do seu rebanho, e cheio de méritos, descansou no Senhor no ano de 350
São Máximo, rogai por nós!

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SEGUNDA-FEIRA, DIA 08 DE MAIO DE 2023

5ª Semana da Páscoa
Branco

Primeira leitura
(At 14,5-18)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
Naqueles dias, em Icônio, pagãos e judeus, tendo à frente seus chefes, estavam dispostos a ultrajar e apedrejar Paulo e Barnabé. Ao saberem disso, Paulo e Barnabé fugiram e foram para Listra e Derbe, cidades de Licaônia, e seus arredores. Aí começaram a anunciar o Evangelho. Em Listra, havia um homem paralítico das pernas, que era coxo de nascença e nunca fora capaz de andar. Ele escutava o discurso de Paulo. E este, fixando nele o olhar e notando que tinha fé para ser curado, disse em alta voz: “Levanta-te direito sobre os teus pés”. O homem deu um salto e começou a caminhar.
Vendo o que Paulo acabara de fazer, a multidão exclamou em dialeto licaônico: “Os deuses desceram entre nós em forma de gente!” Chamavam a Barnabé Júpiter e a Paulo Mercúrio, porque era Paulo quem falava. Os sacerdotes de Júpiter, cujo templo ficava defronte à cidade, levaram à porta touros ornados de grinaldas e queriam, com a multidão, oferecer sacrifícios. Ao saberem disso, os apóstolos Barnabé e Paulo rasgaram as vestes e foram para o meio da multidão, gritando: “Homens, que estais fazendo? Nós também somos homens mortais como vós, e vos estamos anunciando que precisais deixar esses ídolos inúteis para vos converterdes ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que neles existe. Nas gerações passadas, Deus permitiu que todas as nações seguissem o próprio caminho. No entanto, ele não deixou de dar testemunho de si mesmo através de seus benefícios, mandando do céu chuvas e colheitas, dando alimento e alegrando vossos 8E assim falando, com muito custo, conseguiram que a multidão desistisse de lhes oferecer um sacrifício.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.
Salmo Responsorial (Sl 113b)
— Não a nós, ó Senhor, não a nós, ao vosso nome, porém, seja glória.
— Não a nós, ó Senhor, não a nós, ao vosso nome, porém, seja glória.
— Não a nós, ó Senhor, não a nós, ao vosso nome, porém, seja a glória, porque sois todo amor e verdade! Por que hão de dizer os pagãos: “Onde está o seu Deus, onde está?”
— É nos céus que está o nosso Deus, ele faz tudo aquilo que quer. São os deuses pagãos ouro e prata, todos eles são obras humanas.
— Abençoados sejais do Senhor, do Senhor que criou céu e terra! Os céus são os céus do Senhor, mas a terra ele deu para os homens.
Evangelho (Jo 14,21-26)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Quem acolheu os meus mandamentos e os observa, esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele”. Judas – não o Iscariotes – disse-lhe: “Senhor, como se explica que te manifestarás a nós e não ao mundo?” Jesus respondeu-lhe: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. Quem não me ama não guarda a minha palavra. E a palavra que escutais não é minha, mas do Pai que me enviou. Isso é o que vos disse enquanto estava convosco. Mas o Defensor, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

SANTO DO DIA
SÃO VÍTOR

Vítor era africano. Foi batizado ainda criança e quando ficou adulto ingressou no exército do imperador Maximiano. O destacamento de Vítor se estabeleceu em Milão, na Itália. Entretanto o imperador exigia que todos os soldados, antes de irem para a batalha, oferecessem sacrifícios aos deuses pagãos do império. Os que se recusavam eram condenados à morte.
Vítor se recusou, mantendo e reafirmando sua fé cristã. Ele foi levado ao tribunal e interrogado. Confessou a fé, apesar de manter fidelidade militar ao imperador. Mesmo assim foi encarcerado, permanecendo por seis dias sem comida ou água. Essa cadeia onde ficou, ao lado da Porta Romana, até hoje é tristemente conhecida como o cárcere de São Vítor.
Findo esse prazo Vítor foi arrastado pelas ruas da cidade. Foi severamente flagelado, mas manteve-se firme. Levado de volta ao cárcere, teve as feridas cobertas por chumbo derretido, mas o soldado africano saiu ileso do pavoroso castigo. Rapidamente Vítor se recuperou e, na primeira oportunidade, fugiu da cadeia. Acabou descoberto, foi levado a uma floresta próxima e decapitado. Era dia 08 de maio de 303.
No lugar de sua sepultura foi erguida uma igreja. Aliás, há em Milão várias outras igrejas e monumentos erguidos em sua homenagem. Vítor é um dos Santos mais amados e venerados pelos habitantes de Milão. É invocado como o padroeiro dos prisioneiros e exilados.
Reflexão
Convido você para que hoje pensemos em todos os homens e mulheres que são prisioneiros e estão encarcerados. Sabemos que nosso sistema penitenciário não possibilita a recuperação de ninguém. Ao contrário, é uma escola de crime. Também rezamos pelos agentes penitenciários, desde policiais até os carcereiros, para que aprendam a cuidar da vida humana independente da situação em que ela se encontra. Todos, algozes e criminosos, merecem ser embebidos pela justiça e dignidade de filhos de Deus.
Oração
São Vítor, quanto sofrestes para testemunhar vossa fé em Cristo! Peço-vos, após louvar vossas virtudes tão preciosas, que intercedais junto a Deus para que haja uma grande mudança em nossos sistemas penitenciários. Que a ociosidade seja completamente extinta. Concede a graça da conversão aos delegados e policiais, para que aprendam a adquirir uma escala de valores realmente cristã, e que a criminalidade seja substituída pela paz. Assim seja!
A12 / Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
São Vítor, rogai por nós.

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DOMINGO, DIA 07 DE MAIO DE 2023

V SEMANA DA PÁSCOA
(branco)

Primeira leitura
At 6,1-7 
– Leitura dos Atos dos Apóstolos: 1Naqueles dias, o número dos discípulos tinha aumentado, e os fiéis de origem grega começaram a queixar-se dos fiéis de origem hebraica. Os de origem grega diziam que suas viúvas eram deixadas de lado no atendimento diário. 2Então os Doze Apóstolos reuniram a multidão dos discípulos e disseram: “Não está certo que nós deixemos a pregação da Palavra de Deus para servir às mesas. 3Irmãos, é melhor que escolhais entre vós sete homens de boa fama, repletos do Espírito e de sabedoria, e nós os encarregaremos dessa tarefa. 4Desse modo nós poderemos dedicar-nos inteiramente à oração e ao serviço da Palavra”. 5A proposta agradou a toda a multidão. Então escolheram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo; e também Filipe, Prócoro, Nicanor, Timon, Pármenas e Nicolau de Antioquia, um grego que seguia a religião dos judeus. 6Eles foram apresentados aos apóstolos, que oraram e impuseram as mãos sobre eles. 7Entretanto, a Palavra do Senhor se espalhava. O número dos discípulos crescia muito em Jerusalém, e grande multidão de sacerdotes judeus aceitava a fé.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 33,1-2.4-5.18-19. (R: 22)
– Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos!
R: Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos!

– Ó justos, alegrai-vos no Senhor! Aos retos fica bem glorificá-lo. Dai graças ao Senhor ao som da harpa, na lira de dez cordas celebrai-o!
R: Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos!

– Pois reta é a palavra do Senhor, e tudo o que ele faz merece fé. Deus ama o direito e a justiça, transborda em toda a terra a sua graça.
R: Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos!

– O Senhor pousa o olhar sobre os que o temem, e que confiam esperando em seu amor, para da morte libertar as suas vidas e alimentá-los quando é tempo de penúria.
R: Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos!

Segunda leitura
1 Pd 2,4-9
– Leitura da primeira carta de são Pedro: Caríssimos: 4Aproximai-vos do Senhor, pedra viva, rejeitada pelos homens, mas escolhida e honrosa aos olhos de Deus. 5Do mesmo modo, também vós, como pedras vivas, formai um edifício espiritual, um sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo. 6Com efeito, nas Escrituras se lê: “Eis que ponho em Sião uma pedra angular, escolhida e magnífica; quem nela confiar, não será confundido”. 7A vós, portanto, que tendes fé, cabe a honra. Mas, para os que não crêem, “a pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular, 8pedra de tropeço e rocha que faz cair”. Nela tropeçam os que não acolhem a Palavra; esse é o destino deles. 9Mas vós sois a raça escolhida, o sacerdócio do Reino, a nação santa, o povo que ele conquistou para proclamar as obras admiráveis daquele que vos chamou das trevas para a sua luz maravilhosa.

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Eu sou o caminho a verdade e a vida. Ninguém chega ao Pai senão por mim (Jo 14,6).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 14,1-12
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a vós, Senhor!  
– Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 1Não se perturbe o vosso coração. Tendes fé em Deus, tende fé em mim também. 2Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fosse, eu vos teria dito. Vou preparar um lugar para vós 3e, quando eu tiver ido preparar-vos um lugar, voltarei e vos levarei comigo, a fim de que onde eu estiver estejais também vós. 4E, para onde eu vou, vós conheceis o caminho”. 5Tomé disse a Jesus: “Senhor, nós não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?” 6Jesus respondeu: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim. 7Se vós me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. E desde agora o conheceis e o vistes”. 8Disse Felipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!” 9Jesus respondeu: “Há tanto tempo estou convosco, e não me conheces, Felipe? Quem me viu, viu o Pai. Como é que tu dizes: ‘Mostra-nos o Pai’? 10Não acreditas que eu estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo, mas é o Pai, que, permane-cendo em mim, realiza as suas obras. 11Acreditai-me: eu estou no Pai e o Pai está em mim. Acreditai, ao menos, por causa destas mesmas obras. 12Em verdade, em verdade vos digo, quem acredita em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas. Pois eu vou para o Pai”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor! 

SANTO DO DIA
Beato Francisco Paleari, um amigo simples e caridoso do céu

Família
Francisco Paleari nasceu em Pogliano Milanese, na arquidiocese de Milão, em 22 de outubro de 1863, penúltimo de oito filhos. Sua família carecia de recursos financeiros e não podia enviar o jovem ao seminário diocesano. No entanto, pôde cumprir a sua vocação sacerdotal em Turim, na Pequena Casa da Providência.
Vocação ao sacerdócio
Ordenado sacerdote em 18 de setembro de 1886, foi um sacerdote exemplar ao longo de sua vida. Dotado de uma vasta cultura, foi um apóstolo incansável no cumprimento de tarefas de grande responsabilidade com sabedoria e prudência, como mestre, confessor, diretor espiritual, pregador e responsável geral da arquidiocese de Turim.
Um espírito simples
A vida de Francisco Paleari não foi feita de episódios sensacionais, mas de acontecimentos de encantadora simplicidade e doçura. Pequeno em estatura e esbelto em constituição, ele praticava constantemente as virtudes, que se tornaram uma segunda natureza para ele. Pode-se dizer que em sua existência manifestou a mansidão e doçura de São Francisco de Sales, a pobreza e humildade de São Francisco de Assis, o espírito missionário de São Francisco Xavier, a atenção aos pequeninos de São Vicente de Paula, o dinamismo pedagógico de Dom Bosco. Mas, sobretudo, refletia o rosto de Cottolengo, vivendo seu carisma com entusiasmo e convicção. 
Oração e caridade
O espírito de fé, que se manifestava em ver tudo à luz de Deus, era sustentado pela oração, por um excepcional fervor eucarístico e por uma filial piedade mariana. Da prolongada oração de adoração e contemplação originou-se a sua heroica caridade para com Deus e para com o próximo. Eram as duas chamas que estavam sempre vivas, que emanavam de seu coração: uma se elevava para Deus, a outra se inclinava para o próximo. Passou a maior parte de sua vida na Casinha, visitando amorosamente os doentes a quem confortava com palavras de consolo. Além disso, ele preparou prisioneiros para a Páscoa e ajudou sacerdotes e leigos que acorreram a ele para aconselhamento e orientação. Sua misericórdia na confissão era ilimitada. Na Casinha correu o boato de que Dom Francesco Paleari era um padre santo e que se confessava santo. Os próprios penitentes diziam que com ele se sentiam próximos de Deus, sua alegria tinha uma abertura do céu.
Preparando-se para o céu
A qualquer hora e em qualquer escritório movimentado, o Venerável Servo de Deus poderia ter respondido que estava se preparando para ir para o céu. Desta forma a experiência da cruz não o pegou desprevenido, mas aceitando a longa doença que começou em 1936. A certeza de poder unir os seus sofrimentos com os de Cristo para o bem da Igreja e a esperança de alcançar a recompensa eterna no final da sua peregrinação terrena fizeram-no exclamar: “A cruz é primeiro amarga, depois amarga, depois doce e finalmente sequestra em êxtase”. O Senhor o chamou para Si em 7 de maio de 1939. 
A minha oração
“Ao nosso beato, querido padre, companheiro e amigo, ajuda-nos a viver o teu espírito de simplicidade e doação. A caridade apaga uma multidão de pecados, e foi assim que tu tornas-te bem aventurado, conduza-nos também pelo mesmo caminho. Amém!”
Beato Francisco Paleári, rogai por nós!