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QUINTA-FEIRA, DIA 05 DE OUTUBRO DE 2023

XXVI SEMANA DO TEMPO COMUM
Cor Litúrgica (verde)

Primeira leitura
Ne 8,1-4a.5-6.7b-12
– Leitura do livro de Neemias – Naqueles dias, 1todo o povo se reuniu como um só homem na praça que fica defronte da porta das Águas, e pediu ao escriba Esdras que trouxesse o livro da Lei de Moisés, que o Senhor havia prescrito a Israel. 2O sacerdote Esdras apresentou a Lei diante da assembleia de homens, de mulheres e de todos os que eram capazes de compreender. Era o primeiro dia do sétimo mês. 3Assim, na praça que fica defronte da porta das Águas, Esdras fez a leitura do livro, desde o amanhecer até o meio-dia, na presença dos homens, das mulheres e de todos os que eram capazes de compreender. E todo o povo escutava com atenção a leitura do livro da Lei. 4aEsdras, o escriba, estava de pé sobre um estrado de madeira, erguido para esse fim. 5Estando num lugar mais alto, ele abriu o livro à vista de todo o povo. E, quando o abriu, todo o povo ficou de pé. 6Esdras bendisse o Senhor, o grande Deus, e todo o povo respondeu, levantando as mãos: “Amém! Amém!” Depois inclinaram-se e prostraram-se diante do Senhor, com o rosto em terra. 7bOs levitas explicavam a Lei ao povo, e cada um ficou em seu lugar. 8E leram clara e distintamente o livro da Lei de Deus e explicaram seu sentido, de maneira que se pudesse compreender a leitura. 9O governador Neemias e Esdras, sacerdote e escriba, e os levitas que instruíam o povo disseram a todos: “Este é um dia consagrado ao Senhor, vosso Deus! Não fiqueis tristes nem choreis”, pois todo o povo chorava ao ouvir as palavras da Lei. 10E Neemias disse-lhes: “Ide para vossas casas e comei carnes gordas, tomai bebidas doces e reparti com aqueles que nada prepararam, pois este dia é santo para o nosso Senhor. Não fiqueis tristes, porque a alegria do Senhor será a vossa força”. 11E os levitas acalmavam todo o povo, dizendo: “Ficai tranquilos; hoje é um dia santo. Não vos aflijais!” 12E todo o povo se retirou para comer e beber. Distribuíram também aos outros e expandiram-se em grande alegria, pois haviam entendido as palavras que lhes tinham sido explicadas.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 18, 8.9.10.11 (R: 9a)
– Os ensinos do Senhor são sempre retos, alegria ao coração.
R: Os ensinos do Senhor são sempre retos, alegria ao coração.
– A lei do Senhor é perfeita, reconforta a alma; a ordem do Senhor é segura, instrui o simples.
R: Os ensinos do Senhor são sempre retos, alegria ao coração.
– Os preceitos do Senhor são retos, deleitam o coração; o mandamento do Senhor é luminoso, esclarece os olhos.
R: Os ensinos do Senhor são sempre retos, alegria ao coração.
-O temor do Senhor é puro, subsiste eternamente; os juízos do Senhor são verdadeiros, todos igualmente justos.
R: Os ensinos do Senhor são sempre retos, alegria ao coração.
– Mais desejáveis que o ouro, que uma barra de ouro fino; mais doces que o mel, que o puro mel dos favos.
R: Os ensinos do Senhor são sempre retos, alegria ao coração.
Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
 – Convertei-vos e crede no Evangelho, pois o reino de Deus está chegando!
(Mc 1,15
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 10,1-12

– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo: 1O Senhor escolheu outros setenta e dois discípulos e os enviou dois a dois, na sua frente, a toda cidade e lugar aonde ele próprio devia ir. 2E dizia-lhes: ‘A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, pedi ao dono da messe que mande trabalhadores para a colheita. 3Eis que vos envio como cordeiros para o meio de lobos. 4Não leveis bolsa, nem sacola, nem sandálias, e não cumprimenteis ninguém pelo caminho! 5Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: ‘A paz esteja nesta casa!’ 6Se ali morar um amigo da paz, a vossa paz repousará sobre ele; se não, ela voltará para vós. 7Permanecei naquela mesma casa, comei e bebei do que tiverem, porque o trabalhador merece o seu salário. Não passeis de casa em casa. 8Quando entrardes numa cidade e fordes bem recebidos, comei do que vos servirem, 9curai os doentes que nela houver e dizei ao povo: ‘O Reino de Deus está próximo de vós.’ 10Mas, quando entrardes numa cidade e não fordes bem recebidos, saindo pelas ruas, dizei: 
11Até a poeira de vossa cidade, que se apegou aos nossos pés, sacudimos contra vós. No entanto, sabei que o Reino de Deus está próximo! 12Eu vos digo que, naquele dia, Sodoma será tratada com menos rigor do que essa cidade. 
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santa Maria Faustina Kowalska, apóstola da Divina Misericórdia

Origens 
A mística da Misericórdia nasceu no dia 25 de agosto de 1905, em Glogowiec, na Polônia Central. Faustina foi a terceira dos dez filhos do casal Stanislaus e Marianna Kowalska, que os educaram com grande disciplina espiritual. Muito pobres, só foi possível à Faustina que completasse três anos de estudos. Ela e suas irmãs tinham apenas um bom vestido que tinham de revezar para ir às missas. Todas as irmãs iam à missa, mas cada uma assistia a uma missa diferente. Ela também trabalhou de doméstica por um tempo, antes de entrar no convento. 
Juventude
Com 18 anos, a jovem Faustina disse à sua mãe que desejava ser religiosa, mas os pais não permitiram. Aos 19 anos, estava dançando em um baile, quando viu Jesus coberto de chagas parado junto a si, então, Ele lhe disse: “Até quando hei de ter paciência contigo? Até quando tu me enganarás?”. Faustina disfarçou o acontecido para que sua irmã não percebesse. Quando pôde, abandonou discretamente o baile e dirigiu-se até a Catedral de São Estanislau Kostka. Na Igreja, ela pediu ao Senhor, em oração profunda, que lhe mostrasse o caminho a ser seguido, logo escutou uma voz que lhe dizia: “Vá imediatamente a Varsóvia, lá entrarás em um convento”.
Ousadia de Santa Faustina para o encontro de Jesus
No outro dia, apenas com a roupa do corpo, decidiu sair de sua casa mesmo sem a permissão dos pais. Ela vagou de convento em convento sendo rejeitada por causa de sua baixa escolaridade e pobreza. Depois de várias semanas de busca, a Madre Superiora do convento das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia decidiu lhe dar uma chance com a condição de que pagasse pelo ingresso, o que a levou a trabalhar como doméstica por um ano, período em que fazia depósitos na conta do convento até que completasse o montante exigido. 
Entrada no Convento
Em 30 de abril de 1926, aos 20 anos, ingressou no convento adotando o nome de Maria Faustina do Santíssimo Sacramento. O nome Faustina significa abençoada, afortunada e pode ser uma referência ao mártir cristão Faustinus. Segundo conta em seus diários, poucas semanas depois de seu ingresso no convento, teve a tentação de abandoná-lo.
Da quase saída do convento ao abandono em Deus 
Chegou a procurar a Madre Superiora, porém, não encontrou-a, retirando-se então para seu dormitório. Lá teve uma visão de Jesus, com seu rosto desfigurado por conta das chagas. Ela questionou-o: “Jesus, quem te feriu tanto?”. Jesus respondeu: “Esta é a dor que me causarias se tivesses abandonado este convento. É para cá que eu te trouxe e não para outro; e tenho preparadas para ti muitas bênçãos”. Ela compreendeu que o plano de Deus para ela era que ficasse ali. O tempo que lhe sobrava dos trabalhos e obrigações passava-se em adoração ao Senhor culto no tabernáculo; d’Ele recebeu luzes especialíssimas sobre o mistério da Santíssima Trindade e as demais verdades da Fé, de forma que costumava dizer: “Ele é meu Mestre”.
Trabalhos no Convento
Neste convento, trabalhou na cozinha e como cuidadora de outras irmãs. Em abril de 1928, fez votos como freira, seus pais estiveram presentes na cerimônia. Um ano mais tarde, Faustina foi enviada a um convento de Vilnius, Lituânia, onde também trabalhou como cozinheira, ficou por pouco tempo, mas retornou ao local mais tarde, ocasião em que encontrou com Michał Sopoćko, que apoiou sua missão. Um ano depois de seu retorno de Vilnius, em maio de 1930, ela foi transferida para um convento em Płock, na Polônia, onde ficou por cerca de 5 anos.
A Primeira Revelação de Jesus 
Em 22 de fevereiro de 1931, Irmã Faustina relatou, em seus diários (diário I, sessões 47, 48 e 49), ter tido a primeira revelação de Jesus enquanto Rei da Divina Misericórdia em seu quarto. Segundo ela, Jesus apareceu vestido de branco e de seu coração emanava feixes de luz vermelho e branco. 
O pedido de Jesus para Santa Faustina 
Entre outras coisas, Jesus pediu-lhe que pintasse uma imagem sua, fiel à imagem que se mostrava a ela. A imagem deveria conter a inscrição: “Jesus, eu confio em vós”. Jesus manifestou a vontade de que esta imagem fosse venerada, primeiro, em sua capela, posteriormente, no mundo todo e solenemente no domingo que sucede ao domingo de Páscoa, Jesus ainda teria dito a ela que quem quer que venerasse tal imagem seria salvo. Por não saber pintar, Faustina solicitou ajuda das irmãs de seu convento, contudo, não recebeu nenhum auxílio. 
O Livro de suas Visões 
Em 1933, ela começou a ser dirigida pelo Padre Sopoćko, que, ao ouvir suas experiências místicas, procurou submetê-la a avaliações psiquiátricas. Depois que a Dra. Helena Maciejewska deu o parecer de sanidade, padre Sopoćko teve confiança e começou a aconselhá-la. Pediu que escrevesse um diário para registrar as mensagens que recebia e conversas que tinha com Jesus, livro que se tornou mundialmente famoso e um verdadeiro guia espiritual para as almas. 
Imagem da Divina Misericórdia
Faustina contou ao padre sobre a imagem da Divina Misericórdia, em janeiro de 1934, ele a apresentou ao artista plástico Eugene Kazimierowski, que finalizou a obra em junho desse mesmo ano. Entretanto, a imagem que tornou-se famosa no mundo inteiro foi realizada pelo pintor Adolf Hyła, feita em agradecimento pela salvação de sua família da guerra.
Terço da Divina Misericórdia
Faustina escreveu (n. 476) a respeito de uma visão envolvendo o Terço da Divina Misericórdia, o propósito das orações do terço são: obter misericórdia, confiar na misericórdia de Cristo e mostrar misericórdia para com os outros. 
Festa da Divina Misericórdia
Também relatou (n. 1044) que teve uma visão na qual a Festa da Divina Misericórdia seria celebrada na sua capela local e seria assistida por uma multidão de fiéis; e que a mesma cerimônia também teria lugar em Roma e seria conduzida pelo Papa. Em 1937, Faustina recebeu uma mensagem de Jesus com instruções sobre a Novena da Divina Misericórdia. Esse ano foi marcado pela divulgação das mensagens da Divina Misericórdia, foram impressos os primeiros cartões com a imagem da Divina Misericórdia, também foi publicado um panfleto intitulado Cristo, o Rei da Misericórdia, que incluía o terço, a novena e a litania da Divina Misericórdia.
Páscoa 
Santa Faustina sofreu muito, e por muitos anos, com a tuberculose, os dez últimos anos de sua vida foram particularmente atrozes. No dia 5 de outubro de 1938, sussurrou à irmã enfermeira: “Hoje, o Senhor me receberá”. E assim aconteceu. Foi beatificada a 18 de abril de 1993, pelo Papa João Paulo II, Santa Faustina, a “Apóstola da Divina Misericórdia”; e foi canonizada pelo mesmo Sumo Pontífice no dia 30 de abril de 2000.
Minha oração
“Querida apóstola da misericórdia, educai-nos para que vivamos da melhor maneira esse conselho evangélico, nele encontremos a misericórdia divina e sejamos misericordiosos com nossos irmãos. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.”
Santa Maria Faustina Kowalska , rogai por nós!

São Benedito

Hoje é um dia muito especial para o povo brasileiro. Comemora-se o dia de São Benedito, um dos santos mais queridos e cuja devoção é muito popular no Brasil. Cultuado inicialmente pelos escravos negros, por causa da cor de sua pele, e origem: era africano e negro; passou a ser amado por toda população como exemplo da humildade e da pobreza. Este fato também lhe valeu o apelido que tinha em vida, de: “o Mouro”. Este adjetivo italiano é usado para todas as pessoas de pele escura e não apenas para os procedentes do Oriente. Já entre nós ele é chamado de São Benedito, o Negro, ou apenas “o Santo Negro”. Há tanta identificação com a cristandade brasileira que até sua comemoração tem uma data só nossa. Embora em todo o mundo sua festa seja celebrada em 04 de abril, data de sua morte, no Brasil ela é celebrada desde 1983, em 05 de outubro, por uma especial deferência canônica concedida à CNBB. Benedito Manasseri nasceu em 1526, na pequena aldeia de São Fratelo, em Messina, na ilha da Sicília, Itália. Era filho de africanos escravos vendidos na ilha. O seu pai Cristoforo herdou o nome do seu patrão, e tinha se casado com sua mãe, Diana Lancari. O casamento foi um sacramento cristão, pois eram católicos fervorosos. Considerados pela família à qual pertenciam, quando o primogênito Benedito nasceu, eles foram alforriados junto com a criança, que recebeu o sobrenome dos Manasseri, seus padrinhos de batismo. Cresceu pastoreando rebanhos nas montanhas da ilha e, desde pequeno, demonstrava tanto apego a Deus e à religião que os amigos brincando profetizavam: “nosso santo mouro”.
Aos vinte e um anos de idade, ingressou entre os eremitas da Irmandade de São Francisco de Assis, fundada por Jerônimo Lanza sob a regra franciscana, em Palermo, capital da Sicília. E se tornou um religioso exemplar, primando pelo espírito de oração, pela humildade, pela obediência e pela alegria numa vida de extrema penitência. Na irmandade exercia a função de simples cozinheiro, era apenas um irmão leigo e analfabeto, mas a sabedoria e o discernimento que demonstrava fizeram com que os superiores o nomeassem mestre de noviços e mais tarde ele foi eleito o superior daquele convento. Mas quando o fundador faleceu em 1562, o Papa Paulo IV extinguiu a irmandade ordenando que todos os integrantes se juntassem à verdadeira Ordem de São Francisco de Assis, pois não queria os eremitas pulverizados em irmandades sob o mesmo nome. Todos obedeceram. Inclusive Benedito, que sem pestanejar, escolheu o convento de Santa Maria de Jesus, também em Palermo, onde viveu o restante de sua vida. Ali, exerceu igualmente as funções mais humildes como faxineiro e depois cozinheiro, ganhando fama de santidade pelos milagres que se sucediam por intercessão de suas orações.
Além disto, eram muitos, príncipes, nobres, sacerdotes, teólogos e leigos, enfim ricos e pobres, todos se dirigiam à ele em busca de conselhos e de orientação espiritual segura. Também foi eleito superior e quando seu período na direção da comunidade se concluiu, voltou a reassumir, com alegria, a sua simples função de cozinheiro. E foi na cozinha do convento, que ele morreu, no dia 04 de abril de 1589, como um simples frade franciscano, em total desapego às coisas terrenas e à sua própria pessoa, mas apenas um irmão leigo gozando de grande fama de santidade, a qual o envolve até os nossos dias. Foi canonizado em 1807, pelo Papa Pio VII. Seu culto se espalhou pelos quatro cantos do planeta. Em 1652, já era o santo padroeiro de Palermo, mais tarde foi aclamado o santo padroeiro de toda a população afro-americana, mas especialmente pelos cozinheiros e profissionais da nutrição. E mais, na igreja do convento de Santa Maria de Jesus, na capital siciliana, se venera uma relíquia de valor incalculável: o corpo do “Santo Mouro”, profetizado na infância e ainda milagrosamente intacto. Mas, assim foi toda a vida terrena de Santo Benedito, repleta de virtudes e especiais dons celestiais providos do Espírito Santo.
São Benedito, rogai por nós.
Outros Santos do mesmo dia: Santo Plácido, São Apolinário de Valença, Santa Gala, Santo Meinolfo, Santa Caritina, Santa Flavina, Santa Mamelcta, Santo Tranquilino Urbiaco Robles, Santas Tulia e Consórcia, Santa Flora de Beaulieu, Beato Raimundo de Cápua, Beato Alberto Marveli.

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TERÇA-FEIRA, DIA 03 DE OUTUBRO DE 2023

BEATOS ANDRÉ E AMBRÓSIO PRESBITEROS E MÁRTIRES
Cor Litúrgica (vermelha)

Primeira leitura
Zc 8,20-23 
– Leitura da profecia de Zacarias: 20Isto diz o Senhor dos exércitos: Virão ainda povos e habitantes de cidades grandes,21dizendo os habitantes de uma para os de outra cidade: ‘Vamos orar na presença do Senhor, vamos visitar o Senhor dos exércitos; eu irei também’. 22Virão muitos povos e nações fortes visitar o Senhor dos exércitos e orar na presença do Senhor. 23Isto diz o Senhor dos exércitos: Naqueles dias, dez homens de todas as línguas faladas entre as nações vão segurar pelas bordas da roupa um homem de Judá, dizendo: ‘Nós iremos convosco; porque ouvimos dizer que Deus está convosco’.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 87,1-3.4-5.6-7 (R: Zc 8,23)
– Nós temos ouvido que Deus está convosco.
R: Nós temos ouvido que Deus está convosco.

– O Senhor ama a cidade que fundou no Monte santo; ama as portas de Sião mais que as casas de Jacó. Dizem coisas gloriosas da Cidade do Senhor.
R: Nós temos ouvido que Deus está convosco.

– “Lembro o Egito e Babilônia entre os meus veneradores. Na Filisteia ou em Tiro ou no país da Etiópia, este ou aquele ali nasceu”. De Sião, porém, se diz: “Nasceu nela todo homem; Deus é sua segurança”.
R: Nós temos ouvido que Deus está convosco.

– Deus anota no seu livro, onde inscreve os povos todos: “Foi ali que estes nasceram”. E por isso todos juntos a cantar se alegrarão; e, dançando, exclamarão: “Estão em ti as nossas fontes!”
R: Nós temos ouvido que Deus está convosco.

Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Veio o Filho do homem, a fim de servir e dar sua vida em resgate por muitos (Mc 10,45).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 9,51-56
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!   
– 51Estava chegando o tempo de Jesus ser levado para o céu. Então ele tomou a firme decisão de partir para Jerusalém 52e enviou mensageiros à sua frente. Estes puseram-se a caminho e entraram num povoado de samaritanos, a fim de preparar hospedagem para Jesus. 53Mas os samaritanos não o receberam, pois Jesus dava a impressão de que ia a Jerusalém. 54Vendo isso, os discípulos Tiago e João disseram: “Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para destruí-los?” 55Jesus, porém, voltou-se e repreendeu-os. 56E partiram para outro povoado.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANNTO DO DIA
Protomártires do Brasil, 30 mártires que deram suas vidas

O catálogo dos mártires da Igreja inclui, além dos que sofreram perseguições do mundo pagão, também outros que deram a vida para se manterem fiéis ao catolicismo e ao Romano Pontífice, vítimas de cristãos contra outros cristãos, divididos por interpretações doutrinárias. Este é o contexto das guerras religiosas, que ensanguentaram a Europa e os países por ela colonizados entre os séculos XVI e XVII. A história do martírio do Padre André de Soveral e do Padre Ambrósio Francisco Ferro, do leigo Mateus Moreira e dos seus XXVII Companheiros, beatificados pelo Santo Padre João Paulo II a 5 de Março de 2000, deve ser vista também neste horizonte.
A evangelização no Rio Grande do Norte, estado do Nordeste do Brasil, teve início em 1597 com a catequese dos índios e com a formação das primeiras comunidades cristãs por missionários jesuítas e padres diocesanos, vindos do Reino Católico de Portugal. Nas décadas seguintes aconteceram desembarques de franceses e holandeses naquelas terras, com a intenção de expulsar os portugueses dos lugares colonizados. Em 1630 os holandeses conseguiram seu intento, estabelecendo-se na região Nordeste do Brasil. Eles, de confissão calvinista e acompanhados de seus pastores, determinaram um forte conflito na até então pacífica área, devido à restrição da liberdade de culto aos católicos, que eram perseguidos a partir daquele momento. Neste contexto ocorreu o martírio dos Beatos considerados na presente Causa,
A primeira ocorreu em 16 de julho de 1645 em Cunhaú, na capela de Nossa Senhora da Purificação ou das Velas, oficiada pelo Padre André de Soveral;
A segunda ocorreu no dia 3 de outubro do mesmo ano em Uruaçu, na paróquia Nossa Senhora da Apresentação, sob a direção do padre Ambrósio Francisco Ferro.
O padre André de Soveral, pároco de Cunhaú, nasceu por volta de 1572 em São Vicente, na ilha de Santos; aos 21 anos ingressou na Companhia de Jesus e, ao término dos estudos, foi enviado para Olinda, em Pernambuco, centro missionário de catequese dos índios de toda a vasta região. A partir de 1607, depois de deixar os jesuítas, o encontramos como membro do clero diocesano e pároco de Cunhaú: na época do martírio tinha 73 anos. No domingo, 16 de julho de 1645, enquanto celebrava missa na capela local, Jacó Rabe apareceu, anunciando importantes comunicações das autoridades governamentais. Logo após a consagração, um grupo de soldados holandeses, com índios das tribos Tapuias e Potiguari a reboque, todos armados, invadiu o local sagrado, trancou suas portas e atacou ferozmente os fiéis indefesos. Padre André de Soveral, forçado a interromper a celebração, conseguiu cantar as orações dos moribundos com os fiéis. Todos foram massacrados à espada, exceto cinco fiéis portugueses que foram feitos reféns. Os assassinos saquearam os cadáveres de roupas e objetos, depois fizeram estragos. Os católicos mortos em Cunhaú eram ao todo mais de sessenta, mas só se sabe o nome do pároco e do leigo Domingo Carvalho.
O segundo momento do martírio ocorreu cerca de três meses depois, em 3 de outubro de 1645, em Uruaçu.
Tomados pelo terror do que aconteceu em Cunhaú, os católicos de Natal tentaram encontrar segurança em abrigos improvisados, mas em vão. Presos, juntamente com seu pároco, padre Ambrósio Francisco Ferro, foram transferidos para perto de Uruaçu, onde soldados holandeses e cerca de 200 índios os esperavam sob o comando do cacique Antonio Paraopaba, que, convertido ao protestantismo calvinista, havia uma verdadeira aversão aos católicos. Os fiéis e seu pároco foram horrivelmente torturados e deixados para morrer em mutilações desumanas, que até mesmo o cronista da época teve horror de descrever em detalhes.
Dos numerosos fiéis assassinados por sua fé em 16 de julho e 3 de outubro de 1645, e para os quais uma sólida reputação de martírio se manifestou imediatamente, apenas 30 puderam ser identificados com certeza. é, portanto, o seguinte:
Os dois Mártires de Cunhaú:
1. Padre André de Soveral, pároco diocesano
2. Domingo Carvalho
Os vinte e oito Mártires de Uruaçu:
1. Padre Ambrósio Francisco Ferro, pároco diocesano
2. Antônio Vilela, o Jovem
3. José do Porto See More
4. Francisco de Bastos See More
5. Diego Pereira See More
6. João Lostao Navarro
7. Antônio Vilela Cid See More
8. Estêvão Machado de Miranda
9. Vicente de Souza Pereira
10. Francisco Mendes Pereira See More
11. João da Silveira
12. Simão Correia
13. Antonio Baracho
14. Mateus Moreira See More
15. João Martins See More
16. Manuel Rodrigues Moura See More
17. Esposa de Manuel Rodrigues Moura
18-24. sete jovens companheiros de João Martins
25. filha de Antônio Vilela, o caçula
26. filha de Francisco Dias, o menor
27-28. duas filhas de Estêvão Machado de Miranda.
“PROCESSO” DA CAUSA
O relato mais antigo dos dolorosos acontecimentos foi escrito vinte dias após o massacre de Uruaçu, no Breve, Verdadeiro e Autêntico Relato das Últimas Tiranias e Crueldades que os Holandeses usaram contra os Habitantes do Rio Grande , de Lopo Curado Garro.
Através de uma tradição ininterrupta, a memória do martírio chegou aos nossos dias.
No entanto, foi apenas no início do século XX que a compreensão da motivação religiosa em torno dos Mártires do Rio Grande do Norte se intensificou e começaram a ser feitas considerações concretas sobre a possibilidade de iniciar o processo de beatificação. Surgiram, portanto, publicações novas e credenciadas de caráter histórico, organizaram-se peregrinações aos lugares do martírio, celebraram-se congressos para comemorar os 300 anos do martírio.
a) Em vista da Beatificação
O Processo propriamente dito foi iniciado em 1989 pelo terceiro Arcebispo de Natal, Monsenhor Alair Vilar Fernadens de Melo. O nihil obstat para a Causa foi concedido pela Santa Sé em 16 de junho de 1989. Enquanto isso, em 13 de outubro de 1991, o Santo Padre João Paulo II, durante a homilia da Missa de encerramento do XII Congresso Eucarístico Nacional em Natal, com sua referência a o testemunho do martírio do leigo Mateus Moreira, deu mais impulso à Causa. O inquérito diocesano ocorreu no mês de maio de 1994 na Cúria metropolitana de Natal. Em 25 de novembro do mesmo ano, a Congregação para as Causas dos Santos reconheceu sua validade jurídica com um Decreto. A posição super mártirela foi submetida com resultado favorável ao julgamento dos Consultores Históricos em 28 de outubro de 1997. Posteriormente, em 23 de junho de 1998, os Consultores Teológicos expressaram sua opinião positiva sobre o alegado martírio. Os Cardeais e os Bispos, na Sessão Ordinária de 10 de novembro de 1998, reconheceram que os Servos de Deus foram mortos in odium fidei . Em 21 de dezembro de 1998, São João Paulo II promulgou o decreto sobre o martírio dos 30 Servos de Deus, por ele beatificados na Praça de São Pedro durante o Grande Jubileu de 2000, domingo, 5 de março.
b) Em vista da Canonização
Recentemente, seguindo o interesse popular e as novas iniciativas autorizadas de toda a Conferência Episcopal Brasileira para a esperada canonização dos Beatos Mártires do Rio Grande do Norte, a Postulação Geral da Ordem dos Frades Menores recebeu dos Atores a tarefa, com autorização prévia da Congregação para as Causas dos Santos, elaborar uma Positio especial para reunir as provas que fundamentam o pedido de canonização formal, com dispensa do estudo de um milagre específico.
As fontes recolhidas após a beatificação atestam o crescente aumento da devoção aos Bem-aventurados Mártires, mesmo fora dos limites da Arquidiocese de Natal, a extensão do culto, a contínua fama signorum, a indiscutível atualidade pastoral do testemunho dos 30 mártires , dos quais 28 são leigos, alguns dos quais formam famílias.
A esperada canonização dos Protomártires do Brasil visa colocar no castiçal da santidade o supremo testemunho de martírio de toda uma comunidade evangelizada, para que seja modelo, guia e conforto para as novas gerações de cristãos, chamados a enfrentar a secularização generalizada e as novas heresias do mundo contemporâneo.
Os Eminentes Cardeais e Bispos da Congregação para as Causas dos Santos, reunidos em Sessão Ordinária, no dia 14 de março de 2017, tendo examinado a Positio super Canonizatione, fizeram votos para que o Santo Padre procedesse, se assim o considerasse oportuno, à desejada canonização. Esta opinião foi aceita por Sua Santidade o Papa Francisco.
Protomártires do Brasil, rogai por nós!

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SEGUNDA-FEIRA, DIA 02 DE OUTUBRO DE 2023

SANTOS ANJOS DA GUARDA
Cor Litúrgica (branca)

Primeira leitura
Êx 23, 20-23
– Leitura do livro do Êxodo – Assim diz o Senhor: 20“Vou enviar um anjo que vá à tua frente, que te guarde pelo caminho e te conduza ao lugar que te preparei. 21Respeita-o e ouve a sua voz. Não lhe sejas rebelde, porque não suportará as vossas transgressões, e nele está o meu nome. 22Se ouvires a sua voz e fizeres tudo o que eu disser, serei inimigo dos teus inimigos, e adversário dos teus adversários. 23O meu anjo irá à tua frente e te conduzirá à terra dos amorreus, dos hititas, dos fereseus, dos cananeus, dos heveus e dos jebuseus, e eu os exterminarei”.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 91,1-2.3-4.5-6.10-11 (R: 11)
– O Senhor deu uma ordem aos seus anjos para em todos os caminhos te guardarem.
R: O Senhor deu uma ordem aos seus anjos para em todos os caminhos te guardarem.
– Quem habita ao abrigo do Altíssimo e vive à sombra do Senhor onipotente diz ao senhor: “Sois meu refúgio e proteção, sois o meu Deus, no qual confio inteiramente”.
R: O Senhor deu uma ordem aos seus anjos para em todos os caminhos te guardarem.
– Do caçador e do seu laço ele te livra. Ele te salva da palavra que destrói. Com suas asas haverá de proteger-te, com seus escudos e suas armas, defender-te.
R: O Senhor deu uma ordem aos seus anjos para em todos os caminhos te guardarem.
– Não temerás terror algum durante a noite nem a flecha disparada em pleno dia; nem a peste que caminha pelo escuro nem a desgraça que devasta ao meio-dia.
R: O Senhor deu uma ordem aos seus anjos para em todos os caminhos te guardarem.
– Nenhum mal há de chegar perto de ti, nem a desgraça baterá à tua porta; pois o Senhor deu uma ordem a seus anjos para em todos os caminhos te guardarem.
R: O Senhor deu uma ordem aos seus anjos para em todos os caminhos te guardarem.
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Bendizei ao Senhor Deus, os seus poderes, seus ministros que fazeis sua vontade! (Sl 102,21).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 18,1-5.10
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus
– Glória a vós, Senhor!   
– Naquela hora, 1os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Quem é o maior no Reino dos Céus?” 2Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles 3e disse: “Em verdade vos digo, se não vos converterdes, e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus. 4Quem se faz pequeno como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus. 5E quem recebe em meu nome uma criança como esta, é a mim que recebe. 10Não desprezeis nenhum desses pequeninos, pois eu vos digo que os seus anjos nos céus veem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santos Anjos da Guarda, companheiros na caminhada

Origens
A existência dos Anjos é um dogma de fé, definida várias vezes e em muitas ocasiões pela Igreja, desde o Concílio de Nicéia ao Vaticano I. Tudo o que lhes diz respeito faz parte de um estudo próprio, denominado “angelologia”. O Magistério eclesial afirma: os anjos são seres totalmente espirituais, sem corpo, imortais e imutáveis, que se tornam visíveis apenas para manifestar a sua ação.
História litúrgica
A memória litúrgica dos Santos Anjos é celebrada em 2 de outubro, desde 1670, por desejo do Papa Clemente X. A Igreja ortodoxa prefere celebrar em 11 de janeiro. Antigamente, a sua festa era celebrada em 29 de setembro, junto com a dos três Santos arcanjos: Miguel, Gabriel e Rafael. Porém, sua data foi diferenciada, tornando-se, de modo particular, memória própria dos Anjos da Guarda: primeiro, na Espanha, no século XV; depois, se difundiu em Portugal, Áustria e, por fim, em toda a Europa. 
A devoção aos Anjos da Guarda é mais antiga do que aos santos
Na verdade, a devoção aos Anjos é mais antiga que aos santos, de modo especial na Idade Média. Isso, graças aos monges eremitas, que viviam uma vida de recolhimento, silêncio e oração, em companhia só dos seus Anjos da Guarda. Finalmente, em 2005, o Parlamento italiano, inspirando-se na figura dos Anjos da Guarda, introduziu, na mesma data de 2 de outubro, a celebração civil da Festa dos Avós, verdadeiros Anjos da Guarda de suas famílias.
Quem são os anjos?
O termo “anjo” indica uma criatura celeste bem próxima de Deus. Seu nome é citado 175 vezes no Novo Testamento e pelo menos 300 no Antigo, em que vem especificada a função desta milícia sobrenatural, dividida em nove hierarquias: Querubins, Serafins, Tronos, Dominações, Poderes, Virtudes Celeste, Principados, Arcanjos, Anjos. Estes espíritos puros, dotados de inteligência e vontade, são chamados, muitas vezes, mensageiros ou intérpretes das ordens divinas; eles se manifestam, sobretudo, em momentos cruciais da história da salvação. Com efeito, o IV Concílio de Latrão definiu, como verdade de fé, o fato de que, se alguns anjos abusarem da sua liberdade, poderão cair no pecado: foi o que aconteceu com Lúcifer, o mais bonito de todos, que, ao pecar, por orgulho, contra Deus, caiu nas profundezas do inferno. 
A função do Anjo da Guarda
As funções, atribuídas aos anjos pela Sagrada Escritura, são as de acompanhar o homem no caminho do bem e oferecer ao Senhor. Além das nossas orações e sacrifícios. De fato, no Batismo, todo cristão recebe, como dom de Deus, o próprio Anjo da Guarda, uma presença invisível, mas real. O anjo o acompanha e guia ao longo de toda a sua existência: é um companheiro de viagem. Ao longo dos séculos, apesar de invisíveis, os anjos foram representados de várias maneiras: adoradores, músicos, túmulos, igrejas, esculturas, pinturas… 
Minha oração
“Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, me guarde, me governe, me ilumine. Amém!”
Santo Anjo do Senhor, rogai por nós!

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SÁBADO, DIA 30 DE SETEMBRO DE 2023

SÃO JERÔNIMO PRESBÍTERO E DOUTOR
Cor Litúrgica (branco)

Primeira leitura
Zc 2,5-9.14-15a 
– Leitura da profecia de Zacarias: 5Levantei os olhos e eis que vi um homem com um cordel de medir na mão. 6Perguntei-lhe: “Aonde vais?” Respondeu-me: “Vou medir Jerusalém, para ver qual é a sua largura e o seu comprimento”.
7Eis que apareceu o anjo que falava em mim, enquanto lhe vinha ao encontro outro anjo, 8que lhe disse: “Corre a falar com esse moço, dizendo: A população de Jerusalém precisa ficar sem muralha, em vista da multidão de homens e animais que vivem no seu interior. 9Eu serei para ela, diz o Senhor, muralha de fogo a seu redor, e mostrarei minha glória no meio dela. 14Rejubila, alegra-te, cidade de Sião, eis que venho para habitar no meio de ti, diz o Senhor. 15aMuitas nações se aproximarão do Senhor, naquele dia, e serão o seu povo. Habitarei no meio de ti”.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl (Jr) 31,10.11-12ab.13 (R: 10d)
– O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.
R: O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.

– Ouvi, nações, a palavra do Senhor e anunciai-a nas ilhas mais distantes: Quem dispersou Israel, vai congregá-lo, e o guardará qual pastor a seu rebanho!
R: O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.

– Pois, na verdade, o Senhor remiu Jacó e o libertou do poder do prepotente. Voltarão para o monte de Sião, entre brados e cantos de alegria afluirão para as bênçãos do Senhor:
R: O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.

– Então a virgem dançará alegremente, também o jovem e o velho exultarão; mudarei em alegria o seu luto, serei consolo e conforto após a guerra.
R: O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.

Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Jesus Cristo salvador destruiu o mal e a morte; fez brilhar, pelo Evangelho, a luz e a vida imperecíveis (2Tm 1,10).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 9,43b-45
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!   
– Naquele tempo, 43btodos estavam admirados com todas as coisas que Jesus fazia. Então Jesus disse a seus discípulos: 44“Prestai bem atenção às palavras que vou dizer: O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens”. 45Mas os discípulos não compreendiam o que Jesus dizia. O sentido lhes ficava escondido, de modo que não podiam entender; e eles tinham medo de fazer perguntas sobre o assunto.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Jerônimo, presbítero e doutor da Igreja

Origens 
Sofrônio Eusébio Jerônimo é o nome completo de São Jerônimo. Nasceu em Estridão, atual Croácia. Não se sabe a data exata do seu nascimento, estima-se que seja por volta de 347. De família cristã e rica, São Jerônimo recebeu uma sólida educação e, ajudado pelos seus pais, completou os estudos em Roma. Ali, deu-se à vida mundana, deixando-se levar pelos prazeres. Porém, logo se arrependeu, recebeu o Batismo e seguiu a vida contemplativa. 
Vida 
Jerônimo estudou por toda a vida, viajando a Europa ao Oriente com sua biblioteca dos clássicos antigos, nos quais era formado e graduado doutor. Passando pela França, conheceu um monastério e decidiu retirar-se para vivenciar a experiência espiritual. Uma de suas características era o gosto pelas entregas radicais. Ficou muitos anos, no deserto da Síria, praticando rigorosos jejuns e penitências, que quase o levaram à morte. Em 375, depois de uma doença, Jerônimo passou ao estudo da Bíblia com renovada paixão. Foi ordenado sacerdote pelo bispo Paulino, na Antioquia, em 379. Mas Jerônimo não tinha vocação pastoral e decidiu que seria um monge dedicado à reflexão, ao estudo e divulgação do cristianismo.
Primeira Tradução da Bíblia para o Latim
Chamado pelo Papa
Voltou para Roma em 382, chamado pelo Papa Dâmaso, para ser seu secretário particular. Jerônimo foi incumbido de traduzir a Bíblia (do grego e do hebraico) para o latim. Nesse trabalho, dedicou quase toda a sua vida. O conjunto final de sua tradução da Bíblia em latim chamou-se “Vulgata” e tornou-se oficial no Concílio de Trento.
Suas obras
Romano de formação, Jerônimo era um enciclopédico. Sua obra literária revelou o filósofo, o retórico, o gramático, o dialético, capaz de escrever e pensar em latim, em grego, em hebraico, escritor de estilo rico, puro e eloquente ao mesmo tempo. Dono de personalidade e temperamento fortíssimo, sua passagem despertava polêmicas ou entusiasmos.
Retirada para Belém
Devido a certas intrigas do meio romano, retirou-se para Belém, onde viveu como um monge, continuando seus estudos e trabalhos bíblicos. Para não ser esquecido, reaparecia, de vez em quando, com um novo livro. Suas violências verbais não perdoavam ninguém. Teve palavras duras para Ambrósio, Basílio e para com o próprio Agostinho. Mas sempre amenizava as intemperanças do seu caráter para que prevalecesse o direito espiritual.
Dedicação à Palavra de Deus
Páscoa
São Jerônimo passou o resto da sua vida em Belém, onde sempre se dedicou à Palavra de Deus, à defesa da fé, ao ensino da cultura clássica e cristã e ao acolhimento dos peregrinos. Faleceu em sua cela, nas proximidades da Gruta da Natividade, em 30 de setembro, provavelmente no ano 420. 
Contribuição Póstuma
Este santo homem, impetuoso e, muitas vezes, polêmico e divergente, era odiado, mas também muito querido. Não era fácil dialogar com ele, porém deu uma contribuição ao Cristianismo, com seu testemunho de vida e seus numerosos escritos. Com efeito, deve-se a ele a primeira tradução da Bíblia para o latim, chamada Vulgata: traduziu os Evangelhos do grego e o Antigo Testamento do hebraico; ainda hoje, a Vulgata, embora revisada, é o texto oficial da Igreja de língua latina. 
Minha oração
“Grande tradutor e divulgador da Palavra de Deus, foste tão íntimo das escrituras e nos ensinaste esse belo caminho para a união com Cristo. Dai-nos amor à Palavra, dedicação em lê-la, rezá-la e meditá-la como tu mesmo tiveste. Amém.”
São Jerônimo, rogai por nós!

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SEXTA-FEIRA, DIA 29 DE SETEMBRO DE 2023

SANTOS, MIGUEL, GABRIEL E RAFAEL, ARCANJOS
Cor Litúrgica (branco)

Primeira leitura
Dn 7,9-10.13-14 
– Leitura da profecia de Daniel: 9Eu continuava olhando até que foram colocados uns tronos, e um Ancião de muitos dias aí tomou lugar. Sua veste era branca como neve e os cabelos da cabeça, como lã pura; seu trono eram chamas de fogo, e as rodas do trono, como fogo em brasa. 10Derramava-se aí um rio de fogo que nascia diante dele; serviam-no milhares de milhares, e milhões de milhões assistiam-no ao trono; foi instalado o tribunal e os livros foram abertos. 13Continuei insistindo na visão noturna, e eis que, entre as nuvens do céu, vinha um como filho de homem, aproximando-se do Ancião de muitos dias, e foi conduzido à sua presença. 14Foram-lhe dados poder, glória e realeza e todos os povos, nações e línguas o serviam: seu poder é um poder eterno que não lhe será tirado, e seu reino, um reino que não se dissolverá.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 138,1-2a.2bc-3.4-5 (R: 1c)
– Perante os vossos anjos vou cantar-vos, ó Senhor!
R: Perante os vossos anjos vou cantar-vos, ó Senhor!

– Ó Senhor, de coração eu vos dou graças, porque ouvistes as palavras dos meus lábios! Perante os vossos anjos vou cantar-vos e ante o vosso templo vou prostrar-me.
R: Perante os vossos anjos vou cantar-vos, ó Senhor!

– Eu agradeço o vosso amor, vossa verdade, porque fizestes muito mais que prometestes; naquele dia em que gritei, vós me escutastes e aumentastes o vigor da minha alma.
R: Perante os vossos anjos vou cantar-vos, ó Senhor!

– Os reis de toda a terra hão de louvar-vos, quando ouvirem, ó Senhor, vossa promessa. Hão de cantar vossos caminhos e dirão: “como a glória do Senhor é grandiosa!”
R: Perante os vossos anjos vou cantar-vos, ó Senhor!

Segunda leitura
Ap 12,7-12a 
– Leitura do livro do Apocalipse de João: 7Houve uma batalha no céu: Miguel e seus anjos guerrearam contra o Dragão.O Dragão lutou juntamente com os eus anjos,8mas foi derrotado,e não se encontrou mais o seu lugar no céu. 9E foi expulso o grande Dragão, a antiga Serpente, que é chamado Diabo e Satanás,
o sedutor do mundo inteiro. Ele foi expulso para a terra, e os seus anjos foram expulsos com ele. 10Ouvi então uma voz forte no céu, proclamando: “Agora realizou-se a salvação, a força e a realeza do nosso Deus, e o poder do seu Cristo. Porque foi expulso o acusador dos nossos irmãos, aquele que os acusava dia e noite diante do nosso Deus. 11Eles venceram o Dragão pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu próprio testemunho, pois não se apegaram à vida, mesmo diante da morte. 12aPor isso, alegra-te, ó céu, e todos o que viveis nele.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Bendizei ao Senhor Deus, os seus poderes, seus ministros que fazeis sua vontade! (Sl 102,21).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 1,47-51
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a vós, Senhor!   
– Naquele tempo, 47Jesus viu Natanael que vinha para ele e comentou: “Aí vem um israelita de verdade, um homem sem falsidade”. 48Natanael perguntou: “De onde me conheces?” Jesus respondeu: “Antes que Filipe te chamasse, enquanto estavas debaixo da figueira, eu te vi”. 49Natanael respondeu: “Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel”. 50Jesus disse: “Tu crês porque te disse: “Eu te vi debaixo da figueira? Coisas maiores que esta verás!” 51E Jesus continuou: “Em verdade, em verdade eu vos digo: Vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael, soldados do exército celeste

Origens 
Os Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael são investidos de cargos diferentes. Celebrados, antes, em datas diferentes, mas, com as reformas do Concílio Vaticano II, agora são recordados em um só dia. A memória litúrgica ocorre em 29 de setembro. 
A Bíblia os lembra com missões específicas: Miguel, o adversário de Satanás; Gabriel, o anunciador; e Rafael, o ajudante. O título de arcanjo deriva da ideia de uma corte celestial na qual os anjos estão presentes de acordo com diferentes graus e dignidades. 
Os Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael ocupam as esferas mais altas das hierarquias angélicas. Eles têm a tarefa de conservar a transcendência e o mistério de Deus, ao mesmo tempo que tornam presente e perceptível a sua proximidade salvífica.
São Miguel, o Príncipe que luta contra o mal
Segundo a tradição, o Arcanjo Miguel é o príncipe que luta contra o mal, de cujos assaltos defende perenemente a fé e a Igreja. Além disso, é reconhecido o poder da intercessão, muito venerada tanto no Oriente como no Ocidente.
No mundo, são incontáveis as catedrais, os santuários, os mosteiros, as capelas dedicados ao Arcanjo Miguel. Seu nome é citado cinco vezes na “Sagrada Escritura”, deriva da expressão “Mi-ka-El”, ou seja, “quem é como Deus?”. Pela sua popularidade secular, o Anjo guerreiro que, com a sua espada desembainhada, vigia, do Castelo Santo Anjo, a Cúpula de São Pedro, é também centro de numerosas histórias e anedotas. Uma delas remonta ao dia 13 de outubro de 1884.
Após a celebração da Missa, na Capela Vaticana, Leão XIII permanece inerte por uns dez minutos. Seu rosto, dizem as testemunhas, revela, ao mesmo tempo, terror e maravilha. A seguir, o Papa Pecci vai depressa ao seu escritório, senta-se à mesa e escreve de impulso uma oração ao Arcanjo Miguel. Meia hora depois, chama o Secretário e lhe entrega a folha de papel, pedindo-lhe para ser imprensa e enviada a todos os Bispos do mundo, para que a súplica fosse recitada no final da Missa. Leão XIII narra ter tido, naqueles poucos minutos, uma estarrecedora visão de “legiões de demônios” que atacavam a Igreja, quase a ponto de destruí-la, e de ter assistido a intervenção defensiva e decisiva do Arcanjo. 
São Gabriel, o mensageiro de Deus
O Anjo Gabriel fez o anúncio a Maria. No Evangelho de Lucas, lemos “foi enviado”; logo, o Arcanjo Gabriel é o mensageiro de Deus, encarregado de explicar à “Virgem, prometida a um homem da casa de Davi, chamado José”, o modo com o qual Deus deveria se encarnar.
Mencionado várias vezes no Antigo e no Novo Testamento, São Gabriel, mensageiro por excelência, é o Padroeiro das Comunicações, além disso, foi declarado também Padroeiro da Rádio Vaticano.
Os episódios bíblicos dos quais Gabriel é protagonista são narrados no Livro do profeta Daniel. O Arcanjo aparece a Daniel para explicar-lhe o significado de uma visão misteriosa (Dn 8,15-18), enquanto, em outra (Dn 9,20- 27), preanuncia certos eventos. Ainda no Evangelho, em Lucas, ele comunica a Zacarias sobre o nascimento do seu filho João (Lc 1, 8-20). Assim, Gabriel revela, de modo bem mais claro, ser uma criatura celeste, estar na presença de Deus e ser seu mensageiro.
São Rafael, a medicina de Deus
A história do arcanjo Rafael é narrada no Livro de Tobias, na época da revolta dos Macabeus. O núcleo central do livro é a viagem empreendida por Tobias para recuperar, em uma terra distante, um crédito de seu pai que se tornou indigente, com o acompanhamento de outro viajante.
Durante uma parada no rio Tigre, um grande peixe atacou o jovem, que se assustou, mas, depois, encorajado pelo viajante — que era o arcanjo Rafael disfarçado —, pegou o peixe, do qual, sempre por orientação do viajante, arrancou o coração, o fígado e a bílis do peixe e os colocou no alforje.
Quando estavam quase chegando ao destino final, o Arcanjo insistiu para que Tobias se hospedasse na família de alguns parentes, onde conheceu sua prima Sara, que a lei de Moisés lhe reservou como esposa. A jovem já estava comprometida com sete homens, todos assassinados no tálamo nupcial pelo demônio Asmodeus, por ciúme da jovem. Sara casou-se com Tobias. A nova tentativa de Asmodeus foi derrotada pelo coração e o fígado do peixe, que o viajante sugeriu colocar em um braseiro, para que a fumaça afugentasse o demônio.
Depois do casamento, Tobias voltou para a casa paterna e quis recompensar o viajante por toda a sua ajuda. Chamando de lado o pai e filho, o viajante revelou a sua identidade. Explicou-lhes que, devido às orações e caridade deles, ele havia sido enviado por Deus para curá-los e guiá-los. E falando de si mesmo, lhes disse: “Eu sou Rafael, um dos sete Anjos, sempre prontos para entrar na presença da majestade do Senhor”.
Minha oração
“Pelos Arcanjos, pedimos a proteção da nossa Igreja, das nossas famílias, nosso trabalho e saúde. Onde houver o mal, defendei-nos e protegei-nos, ao mesmo tempo nos ilumine contra toda a tentação do demônio. Sede nossos companheiros e amigos na caminhada rumo ao Céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém!”
Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael, rogai por nós!

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QUINTA-FEIRA, DIA 28 DE SETEMBRO DE 2023

XXV SEMANA DO TEMPO COMUM
Cor Litúrgica (verde)

Primeira leitura
Ag 1,1-8 
– Leitura da profecia de Ageu: 1No segundo ano do reinado de Dario, no sexto mês, no primeiro dia, foi dirigida a palavra do Senhor, mediante o profeta Ageu, a Zorobabel, filho de Salatiel, governador de Judá, e a Josué, filho de Josedec, sumo sacerdote: 2“Isto diz o Senhor dos exércitos: Este povo diz: Ainda não chegou o momento de edificar a casa do Senhor”. 3A palavra do Senhor foi assim dirigida, por intermédio do profeta Ageu: 4“Acaso para vós é tempo de morardes em casas revestidas de lambris, enquanto esta casa está em ruínas?
5Isto diz, agora, o Senhor dos exércitos: Considerai com todo o coração, a conjuntura que estais passando: 6tendes semeado muito, e colhido pouco; tende-vos alimentado, e não vos sentis satisfeitos, bebeis e não vos em­briagais; estais vestidos e não vos aqueceis; quem trabalha por salário, guarda-o em saco roto. 7Isto diz o Senhor dos exércitos: Considerai, com todo o coração, a difícil conjuntura que estais passando: 8mas subi ao monte, trazei madeira e edificai a casa; ela me será aceitável, nela me glorificarei, diz o Senhor.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 149,1-2.3-4.5-6a.9b (R: 4a)
– O Senhor ama seu povo de verdade.
R: O Senhor ama seu povo de verdade.
– Cantai ao Senhor Deus um canto novo, e o seu louvor na assembléia dos fiéis! Alegre-se Israel em quem o fez, e Sião se rejubile no seu Rei!
R: O Senhor ama seu povo de verdade.
– Com danças glorifiquem o seu nome, toquem harpa e tambor em sua honra! Porque, de fato, o Senhor ama seu povo e coroa com vitória os seus humildes.
R: O Senhor ama seu povo de verdade.
– Exultem os fiéis por sua glória, e cantando se levantem de seus leitos; com louvores do Senhor em sua boca; eis a glória para todos os seus santos.
R: O Senhor ama seu povo de verdade.

Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim
(Jo 14,6).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 9,7-9
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!   
– Naquele tempo, 7o tetrarca Herodes ouviu falar de tudo o que estava acontecendo, e ficou perplexo, porque alguns diziam que João Batista tinha ressuscitado dos mortos. 8Outros diziam que Elias tinha aparecido; outros ainda, que um dos antigos profetas tinha ressuscitado. 9Então Hero­des disse: “Eu mandei degolar João. Quem é esse homem, sobre quem ouço falar essas coisas?” E procurava ver Jesus.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Venceslau, o pacífico duque da Boêmia

Origens 
São Venceslau nasceu em Praga, República Checa, em 907. Foi educado como cristão por sua avó Santa Ludmila. Sucedeu a seu pai, Vratislau, antes de morrer, quando ainda muito jovem, tornando-se duque da Boêmia. Isto despertou em sua mãe, Draomira, a ira e a vingança, pois ela preferia o segundo filho, Boleslau.
Reinado
Cristianizou o seu país como um verdadeiro nobre. Pacífico na administração do reino e misericordioso para com os pobres; redimiu um grupo inumerável de escravos pagãos que estavam à venda em Praga, para que fossem batizados. Certa vez, decidiu fazer um duelo para não envolver seus soldados na guerra, mas seu adversário se reconciliou com ele. 
O Trono Roubado
Antes que isso acontecesse, a mãe tomou à força o poder e começou uma grande e desumana perseguição aos cristãos. Assim, por sua maldade e impopularidade junto ao povo, foi deposta pelos representantes das províncias, que fizeram prevalecer a vontade do rei Vratislau, elevando ao trono seu filho Venceslau. 
Imediatamente, seguindo o conselho da avó, Venceslau levou de volta ao reino o cristianismo. Quando soube disso, Draomira ficou tão transtornada que contratou alguns assassinos para dar fim à vida da velha e bondosa senhora, que morreu enquanto rezava, estrangulada com o próprio véu.
Inveja de Draomira
Draomira sabia que ainda havia mais uma pedra em seu caminho impedindo seus planos maldosos e sua perseguição ao povo cristão. Venceslau era um obstáculo difícil, pois, em muito pouco tempo, já tinha conquistado a confiança, a graça e a simpatia do povo, que via nele um verdadeiro líder, um exemplo a ser seguido. 
Páscoa
Draomira e Boleslau, inconformados com a popularidade de Venceslau, arquitetaram um plano diabólico para acabarem com sua vida. Morreu em 935. Boleslau atacou Venceslau enquanto ele ia sozinho, como costumava fazer, à igreja. Mãe e filho, porém, não tiveram tempo de saborear o poder e o trono roubado de Venceslau, pois, em poucos dias, Draomira teve uma morte trágica e Boleslau foi condenado pelo imperador Oton I.
Relíquia 
O seu corpo foi sepultado na igreja de São Vito, em Praga. Desde então, passou a ser cultuado como santo. A Hungria, a Polônia e a Boêmia têm em São Venceslau seu protetor e padroeiro. Mais tarde, no século XVIII, a Igreja inscreveu São Venceslau no calendário litúrgico, marcando o dia 28 de setembro para a sua festa.
Minha oração
“Tu foste nobre de sangue, mas muito mais nobre na alma, dai aqueles que são os líderes a mesma nobreza e dedicação para o povo que necessita. Embuti a fé nos teus devotos e com teu exemplo fortaleça o caminho cristão. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém!”
São Venceslau, rogai por nós!

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QUARTA-FEIRA, DIA 27 DE SETEMBRO DE 2023

SÃO VICENTE DE PAULO – PRESBÍTERO
Cor Litúrgica (branco)

Primeira leitura
Esd 9,5-9 
– Leitura do livro de Esdras: 5Na hora da oblação da tarde, eu, Esdras, levantei-me da minha prostração. E, com as vestes e o manto rasgados, caí de joelhos, estendi as mãos para o Senhor, meu Deus. 6E disse: “Meu Deus, estou coberto de vergonha e confusão ao levantar a minha face para ti, porque nossas iniquidades multiplicaram-se acima de nossas cabeças e nossas faltas se acumularam até o céu. 7Desde os tempos de nossos pais até este dia, uma grande culpa pesa sobre nós: por causa de nossas iniquidades, nós, nossos reis e nossos sacerdotes, fomos entregues às mãos dos reis estrangeiros, à espada, ao cativeiro, à pilhagem e à vergonha, como acontece ainda hoje. 8Mas agora, por um breve instante, o Senhor nosso Deus concedeu-nos a graça de preservar dentre nós um resto, e de permitir que nos fixemos em seu lugar santo. Assim o nosso Deus deu brilho aos nossos olhos e concedeu-nos um pouco de vida no meio de nossa servidão. 9Pois éramos escravos, mas em nossa servidão o nosso Deus não nos abandonou. Antes, conseguiu para nós o favor dos reis da Pérsia, deu-nos bastante vida para podermos reconstruir o templo de nosso Deus e restaurar suas ruínas, e concedeu-nos um abrigo seguro em Judá e em Jerusalém.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Tb 13,2.3-4.5.8 (R: 2a)
– Bendito seja Deus que vive eternamente!
R: Bendito seja Deus que vive eternamente!
– Vós sois grande, Senhor, para sempre, e vosso reino se estende nos séculos! Porque vós castigais e salvais, fazeis descer aos abismos da terra, e de lá nos trazeis novamente: de vossa mão nada pode escapar.
R: Bendito seja Deus que vive eternamente!
– Vós que sois de Israel, dai-lhe graças e por entre as nações celebrai-o! O Senhor dispersou-vos na terra para narrardes sua glória entre os povos, e fazê-los saber, para sempre, que não há outro Deus além dele.
R: Bendito seja Deus que vive eternamente!
– Castigou-nos por nossos pecados, seu amor haverá de salvar-nos. Compreendei o que fez para nós, dai-lhe graças com todo o respeito!
R: Bendito seja Deus que vive eternamente!
– Bendizei o Senhor, seus eleitos, fazei festa e alegres louvai-o!
R: Bendito seja Deus que vive eternamente!

Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Convertei-vos e crede no evangelho, pois o reino de Deus está chegando!
(Mc 1,15)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 9,1-6
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!   
– Naquele tempo, 1Jesus convocou os Doze, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios e para curar doenças, 2e enviou-os a proclamar o Reino de Deus e a curar os enfermos. 3E disse-lhes: “Não leveis nada para o caminho: nem cajado nem sacola nem pão nem dinheiro nem mesmo duas túnicas. 4Em qualquer casa onde entrardes, ficai aí; e daí é que partireis de novo. 5Todos aqueles que não vos acolherem, ao sairdes daquela cidade, sacudi a poeira dos vossos pés, como protesto contra eles”. 6Os discípulos partiram e percorriam os povoados, anunciando a Boa Nova e fazendo curas em todos os lugares.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!
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SANTO DO DIA
São Vicente de Paulo, padroeiro das Associações de Caridade

Origens 
São Vicente de Paulo nasceu em 1581, em cidade da Gasconha, região da França, no seio de uma família de camponeses. Embora tenha passado a sua adolescência no campo, a sua perspicácia foi percebida por um benfeitor, que lhe ofereceu a oportunidade de estudar.
Vida Sacerdotal  
Em 1600, com apenas 19 anos, foi ordenado sacerdote, mas obteve o diploma em teologia somente em 1604. Abriu uma escola particular, mas teve muitos gastos. Além disso, durante uma viagem marítima de Marselha a Narbonne, seu navio foi atacado por piratas: Vicente foi preso e vendido como escravo em Túnis. Ao receber sua alforria, dois anos depois, voltou para França, graças ao seu terceiro patrão, que, no entanto, se converteu ao cristianismo.
Catequista
Em 1612, tornou-se pároco de uma igreja em Clichy, na periferia de Paris. No entanto, conheceu o Cardeal Pierre de Bérulle, que foi seu diretor espiritual, por muito tempo. Desta forma, começou suas atividades como catequista. 
A Desigualdade
Em 1613, foi encarregado da formação dos filhos dos Marqueses de Gondi, onde permaneceu quatro anos. Ali, percebeu o enorme abismo entre ricos e pobres, não só do ponto de vista material e social, mas também cultural e moral. 
Sua preocupação com a pobreza foi compartilhada pela Marquesa Gondi, que colocou uma grande quantidade de dinheiro à sua disposição, para que fosse instituída uma obra de pregação quinquenal entre os camponeses das suas terras. São Vicente de Paulo deixou temporariamente o castelo para ir trabalhar em uma pequena paróquia na periferia de Châtillon-le-Dombez.
Primeira Célula da Caridade Vicentina 
A primeira coisa que Vicente fez como pároco foi cuidar de uma família doente, que não tinha o que comer, porém, percebeu que, quando o dinheiro acabasse, a família voltaria à sua indigência de antes. Buscou outro meio, mais eficiente e em longo prazo, para ajudar. Em 20 de agosto de 1617, nasceu a primeira célula da Caridade Vicentina, que foi confiada, segundo os ditames da sociedade, às mulheres, que foram chamadas “Servas dos Pobres”. A instituição cresceu de modo extraordinário, obtendo, em tempo recorde, a aprovação do Bispo de Lyon. 
Filhas da Caridade
São Vicente de Paulo voltou ao castelo de Gondi, mas para tratar da promoção humana e material dos camponeses. Depois, transferiu-se para Paris, porque é nas grandes metrópoles que as diferenças sociais, entre quem tem tudo e quem não tem nada, são maiores: sentiu que era ali que devia intervir. 
Na capital, muitas senhoras nobres, ansiosas de fazer beneficência, quiseram contribuir financeiramente para as obras de “Monsieur Vincent”: assim, em 1617, nasceram as Damas da Caridade.
 A obra mais importante que realizaram foi a abertura de um hospital municipal. Porém, as senhoras não conseguiam atender às necessidades mais humildes. 
Por isso, em 1633, Vicente fundou uma Congregação feminina, inovadora para a época: as Filhas da Caridade, que não seriam “monjas”, distantes do mundo e dedicadas à contemplação, mas “freiras”, irmãs dos últimos, que vivem ao lado deles no mundo e deles cuidam diariamente. Ainda hoje, as Filhas da Caridade são a maior família religiosa feminina da Igreja.
Congregação da Missão
A obra incessante de São Vicente de Paulo não se limitou apenas à comunidade das Irmãs. Começou a pregar a Palavra de Deus nas aldeias, onde muitos sacerdotes se uniram a ele. Assim, nasceu uma nova comunidade, que contava com a ajuda financeira da família Gondi: a Congregação da Missão, mais tarde conhecida como Lazaristas, cuja sede foi o convento de São Lázaro. 
Páscoa
São Vicente de Paulo faleceu em Paris, em 27 de setembro de 1660, com a idade de 79 anos. Não deixou nenhuma obra escrita, a sua única obra ou a sua obra-prima foi a Caridade. Morreu como exemplo de caridade, do verdadeiro amor, que não fazia distinção entre o de Deus e o ao próximo. 
Legado
A espiritualidade vicentina foi fundada na dupla descoberta de Cristo e dos pobres. Acreditam na igualdade entre a oração e ação, no compromisso com o mundo e para o mundo. Concretiza-se com a evangelização e a promoção humana. Seus filhos religiosos se inspiram apenas nas “Regulae”, que encarnam as características do espírito vicentino: simplicidade, humildade, mansidão, mortificação e zelo pela salvação das almas.
Via de Santificação
A beatificação de São Vicente de Paulo ocorreu no dia 21 de agosto de 1729 pelo Papa Bento XIII. A celebração de canonização foi realizada em 16 de junho de 1737, pelo Papa Clemente XII, na Basílica do Vaticano. Em 1885, o Papa Leão XIII o proclamou padroeiro de todas as Associações católicas de caridade.
Minha oração
“Vós, que fostes admiravelmente dedicado aos pobres, ensinai-nos a sermos atentos para com essas realidades. Os nossos irmãos mais fragilizados, dê a eles a graça da salvação e do encontro com Cristo. Dai força aos grupos vicentinos que dão continuidade a vossa obra. Amém!”
São Vicente de Paulo, rogai por nós!

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TERÇA-FEIRA, DIA 26 DE SETEMBRO DE 2023

XXV SEMANA DO TEMPO COMUM
Cor Litúrgica (verde)

Primeira leitura
Es 6,7-8.12.14-20 
– Leitura do livro de Esdras: Naqueles dias, 7o rei Dario escreveu ao governador do território da outra margem do rio Eufrates: “Deixa que prossigam os trabalhos no templo de Deus. Que o governador de Judá e os anciãos dos judeus edifiquem a casa de Deus no seu lugar. 8Também ordenei como se deve proceder com aqueles anciãos dos judeus que constroem aquela casa de Deus: com os bens do rei, deveis reembolsar religiosamente e sem interrupção aqueles homens por tudo o que gastarem. 12bEu, Dario, dei esta ordem. Que ela seja pontualmente executada!” 14E os anciãos dos judeus continuaram a construir, com êxito, de acordo com a profecia de Ageu, o profeta, e de Zacarias, filho de Ado, e puderam terminar a construção conforme a ordem do Deus de Israel e as ordens de Ciro, de Dario e de Artaxerxes, reis da Pérsia. 15Esta casa de Deus foi concluída no terceiro dia do mês de Adar, no sexto ano do reinado de Dario. 16Os filhos de Israel, os sacerdotes, os levitas e o resto dos repatriados, celebraram com alegria a dedicação desta casa de Deus. 17Ofereceram, para a inauguração desta casa de Deus, cem touros, duzentos carneiros, quatrocentos cordeiros e, como sacrifício pelo pecado de todo o Israel, doze bodes, segundo o número das tribos de Israel. 18Estabeleceram também os sacerdotes, segundo suas categorias, e os levitas, segundo suas classes, para o serviço de Deus, em Jerusalém, como está escrito no livro de Moisés. 19Os deportados celebraram a Páscoa no dia catorze do primeiro mês. 20Como todos os levitas se haviam purificado, juntamente com os sacerdotes, estavam puros; e, assim, imolaram a Páscoa para todos os filhos do cativeiro, para os sacerdotes seus irmãos e para eles próprios.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 122,1-2.3-4a.4b-5 (R: 1)
– Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa do Senhor!”
R: Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa do Senhor!”

– Que alegria, quando ouvi que me disseram: “Vamos à casa do Senhor!” E agora nossos pés já se detêm, Jerusalém, em tuas portas.
R: Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa do Senhor!”

– Jerusalém, cidade bem edificada num conjunto harmonioso; para lá sobem as tribos de Israel, as tribos do Senhor.
R: Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa do Senhor!”

– Para louvar, segundo a lei de Israel, o nome do Senhor. A sede da justiça lá está e o trono de Davi.
R: Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa do Senhor!”

Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Feliz quem ouve e observa a Palavra de Deus! (Lc 11,28)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 8,19-21
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!   
– Naquele tempo, 19a mãe e os irmãos de Jesus aproximaram-se, mas não podiam chegar perto dele, por causa da multidão. 20Então anunciaram a Jesus: “Tua mãe e teus irmãos estão aí fora e querem te ver”. 21Jesus respondeu: “Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus, e a põem em prática”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Cosme e São Damião, os irmãos gêmeos médicos

Origens 
São Cosme e São Damião, nascidos na Arábia, se dedicaram ao cuidado dos enfermos, o que foi a alavanca principal da vida dos dois irmãos, que viveram no século III, no tempo da perseguição contra os cristãos. Eles cuidavam dos doentes, sem aceitar remuneração. Por isso, receberam o apelido de “anárgiros”, palavra grega que significa “sem prata”. A sua fama de homens corajosos e distintos benfeitores espalhou-se, rapidamente, por toda a região.
Cuidadores de Almas 
A atividade desses santos gêmeos não se limitou apenas aos cuidados do corpo enfermo. Na sua prática profissional, visavam também o bem das almas, com o exemplo e a palavra. De fato, converteram muitos pagãos ao cristianismo.
É famoso o episódio da cura de uma mulher hemorroíssa, chamada Paládia, que, por gratidão, deu três ovos aos dois irmãos. Porém, por não aceitarem, ela implorou a Damião que os aceitasse, em nome de Cristo, aquela pequena oferta. Para não ofender a mulher, Damião aceitou os ovos. Este seu gesto provocou a reação de Cosme, que pediu, publicamente, após a sua morte, para não ser enterrado com seu irmão.
Isso despertou a ira do imperador Diocleciano, implacável perseguidor do povo cristão. Na Ásia Menor, o governador deu ordens imediatas para que os dois médicos cristãos fossem presos, acusados de feitiçaria e de usarem meios diabólicos em suas curas.
Páscoa
O suplício dos dois irmãos é narrado pela Lenda Áurea, segundo a qual foram primeiro jogados no fogo, de onde saíram ilesos. Depois, foram condenados à lapidação, mas as pedras voltavam contra os atiradores. E, ainda, as flechas lançadas pelos arqueiros feriram seus algozes. Por fim, foram decapitados. O ano não pode ser confirmado, mas com certeza foi no século IV.
Igreja 
Quando o imperador Justiniano, por volta do ano 530, ficou gravemente enfermo, deu ordens para que se construísse, em Constantinopla, uma grandiosa igreja em honra dos seus protetores, São Cosme e São Damião. Mas a fama dos dois correu rápida no Ocidente também, a partir de Roma, com a basílica dedicada a eles, construída, a pedido do Papa Félix IV, entre 526 e 530. Tal solenidade ocorreu no dia 26 de setembro; assim, passaram a ser festejados nesta data.
Protetores e Padroeiros 
São Cosme e São Damião são padroeiros dos médicos, dos cirurgiões, farmacêuticos, parteiras e das faculdades de medicina.
Minha oração
“Reconhecidos como grandes médicos, curai as doenças da nossa alma, assim como as mazelas do nosso corpo. Pedimos aos irmãos a graça da fraternidade familiar, da paz e amizade entre os irmãos. Amém!”
São Cosme e São Damião, rogai por nós!

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SEGUNDA-FEIRA, DIA 25 DE SETEMBRO DE 2023

XXV SEMANA DO TEMPO COMUM
Cor Litúrgica (verde)

Primeira leitura
Es 1,1-6 
– Leitura início do livro de Esdras: 1No primeiro ano do reinado de Ciro, rei da Pérsia, para que se cumprisse a palavra do Senhor pronunciada pela boca de Jeremias, o Senhor moveu o espírito de Ciro, rei da Pérsia, que mandou publicar em todo o seu reino, de viva voz e por escrito, a seguinte proclamação:

2“Assim fala Ciro, rei da Pérsia: O Senhor, Deus do Céu, me deu todos os reinos da terra e me encarregou de lhe construir um templo em Jerusalém, na terra de Judá. 3Quem, dentre vós todos, pertence a seu povo? Que o Senhor, seu Deus, esteja com ele, e que se ponha a caminho e suba a Jerusalém, e construa o templo do Senhor, Deus de Israel, o Deus que está em Jerusalém. 4E a todos os sobreviventes, onde quer que residam, as pessoas do lugar proporcionem prata, ouro, bens e animais, além de donativos espontâneos para o templo de Deus, que está em Jerusalém”. 5Então se levantaram os chefes de família de Judá e de Benjamim, os sacerdotes e os levitas, todos aqueles que se sentiram inspirados por Deus para ir edificar o templo do Senhor, que está em Jerusalém. 6E todos os seus vizinhos lhes trouxeram toda espécie de ajuda em prata, ouro, bens, animais e objetos preciosos, sem falar em todas as doações espontâneas.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 126,1-2ab.2cd-3.4-5.6 (R: 3a)
– Maravilhas fez conosco o Senhor!
R: Maravilhas fez conosco o Senhor!

– Quando o Senhor reconduziu nossos cativos, parecíamos sonhar; encheu-se de sorriso nossa boca, nossos lábios de canções.
R: Maravilhas fez conosco o Senhor!

– Entre os gentios se dizia: “Maravilhas fez com eles o Senhor!” Sim, maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria.
R: Maravilhas fez conosco o Senhor!

– Mudai a nossa sorte, ó Senhor, como torrentes no deserto. Os que lançam as sementes entre lágrimas, ceifarão com alegria.
R: Maravilhas fez conosco o Senhor!

– Chorando de tristeza sairão, espalhando suas sementes; cantando de alegria voltarão, carregando os seus feixes!
R: Maravilhas fez conosco o Senhor!

Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Vós sois a luz do mundo; brilhe a todos a vossa luz. Vendo eles vossas obras, dêem glória ao Pai celeste! (Mt 5,16).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 8,16-18
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!   
– Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 16“Ninguém acende uma lâmpada para cobri-la com uma vasilha ou colocá-la debaixo da cama; ao contrário, coloca-a no candeeiro, a fim de que todos os que entram vejam a luz. 17Com efeito, tudo o que está escondido deverá tornar-se manifesto; e tudo o que está em segredo deverá tornar-se conhecido e claramente manifesto. 18Portanto, prestai atenção à maneira como vós ouvis! Pois a quem tem alguma coisa, será dado ainda mais; e àquele que não tem, será tirado até mesmo o que ele pensa ter”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor! 

SANTO DO DIA
São Firmino de Amiens, o bispo espanhol decapitado

Origens
São Firmino de Amiens era originário de uma família nobre de Pamplona na Espanha. Seus pais Fermo e Eugenia eram pagãos, mas, depois, se converteram na época do episcopado de seu filho. Firmino, que era o filho mais velho, foi confiado aos cuidados do padre Onesto, que o batizou e o instruiu na fé cristã.
O primeiro bispo 
Mais tarde, foi ordenado sacerdote pelo bispo de Toulouse Onorato e, depois de alguns anos, bispo. São Firmino permaneceu em sua cidade natal de Pamplona, onde uma tradição local o considera o primeiro bispo da cidade. Depois, passou a evangelizar algumas regiões da França como Aquitânia, Auvergne, Anjou e outras no nordeste. Apesar da oposição dos sacerdotes pagãos, os resultados de seu trabalho foram sensacionais. 
Desafios apostólicos
Os “Atos” dizem que ele também foi preso por ordem do governador romano Valério, açoitado e, depois, libertado. Em seus itinerários, acabou parando em Amiens (a antiga Samobriva Ambianorum) onde foi bispo com grande sucesso por muitos anos. Sabe-se que ele converteu muitos nobres incluindo o senador Faustiniano, de cujos descendentes o outro bispo confessor  São Firmino de Amiens (celebrado em outra data). 
Páscoa
Pelos diligentes magistrados Longulo e Sebastiano, foi novamente preso no início do século IV e convidado a abjurar, mas São Firmino de Amiens recusou, mantendo-se firme em sua fé. Então, os magistrados, para evitar uma reação popular, mandaram decapitá-lo na prisão em 25 de setembro de um ano não especificado entre 290 e 303.
Suas relíquias
No século VII, não se sabia onde estava o túmulo do santo bispo e mártir, mas, por uma visão milagrosa, o bispo de Amiens São Salvio o encontrou. Suas relíquias estão espalhadas em várias igrejas da França, pois o culto a São Firmino de Amiens teve uma ampla difusão, tanto na França como na Espanha. Em Pamplona, em particular, é muito solene, documentado pela primeira vez em 1186, quando o bispo da cidade Pedro II recebeu algumas relíquias de São Firmino Amiens. Em 1217, na catedral havia um altar dedicado a ele e a festa foi celebrada com uma oitava.  
Devoção atual
Atualmente, na cidade de origem, existem duas capelas dedicadas a ele, uma na catedral e outra na igreja de São Lorenzo, construídas segundo a tradição no local da casa natal de São Firmino de Amiens. A festa em Pamplona ficou muito conhecida no mundo, pela corrida de touros, o famoso “encierro”, que acontece nas ruas da cidade por cerca de 850 metros, com touros livres correndo junto com homens bastante ousados, com a participação de uma grande multidão e numerosos turistas, e terminando na arena. Em Amiens, na França, o nome de São Firmino foi incluído nas ladainhas medievais dos santos, e, na antiguidade, havia cinco celebrações em sua homenagem durante o ano, incluindo 25 de setembro, dia do martírio e data em que ele é inserido no ‘Martyrologium Romanum’. 
Padroeiro e representações artísticas 
Na Idade Média foi invocado como protetor dos tanoeiros, mercadores de vinho, padeiros e contra as doenças. Na arte figurativa, as obras confundem-se em Amiens, precisamente pelos dois bispos homónimos da mesma diocese, mas os de Firmino bispo e mártir são mais facilmente identificáveis, ​​devido ao seu martírio, que o tornou mais famoso; de fato, tendo sido decapitado, em algumas obras ele é retratado com a cabeça na mão ou olhando para a cabeça decepada no chão. Os ‘Atos’ que falam dele datam do século V ou VI, tendo motivos de decorações escultóricas na própria catedral de Amiens.
Minha oração
“Pelo teu sangue, fizeste frutificar a fé do povo, intercedei por aqueles que lhe rogam e pelo povo no qual viveu o seu bispado. Que teu exemplo seja fortaleza e consolo para os europeus, assim como para nós. Amém!”
São Firmino, rogai por nós!

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TERÇA-FEIRA, DIA 12 DE SETEMBRO DE 2023

XXIII SEMANA DO TEMPO COMUM
Cor Litúrgica (verde)

Primeira leitura
Cl 2,6-15 
– Leitura da carta de são Paulo aos Colossenses: Irmãos, 6assim como aceitastes a Cristo Jesus como Senhor, assim continuai a guiar-vos por ele: 7enraizados nele e edificados sobre ele, apoiados na fé que vos foi ensinada, dando-lhe muitas ações de graças. 8Estai alerta, para que ninguém vos enrede com sua filosofia e com doutrina falsa, baseando-se em tradição humana e remontando às forças elementares do mundo, sem se fundamentar em Cristo. 9Pois nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade. 10Dele também vós estais repletos, pois ele é a Cabeça de todas as forças e de todos os poderes. 11Nele, vós também recebestes uma circuncisão, não feita por mão humana, mas uma circuncisão que é de Cristo, pela qual renunciais ao corpo perecível. 12Com Cristo fostes sepultados no batismo; com ele também fostes ressuscitados por meio da fé no poder de Deus, que ressuscitou a Cristo dentre os mortos. 13Ora, vós estáveis mortos por causa dos vossos pecados, e vossos corpos não tinham recebido a circuncisão, até que Deus vos trouxe para a vida, junto com Cristo, e a todos nós perdoou os pecados. 14Existia contra nós uma conta a ser paga, mas ele a cancelou, apesar das obrigações legais, e a eliminou, pregando-a na cruz; 15Ele despojou as autoridades e os poderes sobre-humanos e os expôs publicamente em espetáculo, levando-os em cortejo triunfal.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 145,1-2.8-9.10-11 (R: 9a)
– O Senhor é muito bom para com todos.
R: O Senhor é muito bom para com todos.

– Ó meu Deus, quero exaltar-vos, ó meu Rei, e bendizer o vosso nome pelos séculos. Todos os dias haverei de bendizer-vos, hei de louvar o vosso nome para sempre.
R: O Senhor é muito bom para com todos.

– Misericórdia e piedade é o Senhor, ele é amor, é paciência, é compaixão. O Senhor é muito bom para com todos, sua ternura abraça toda criatura.
R: O Senhor é muito bom para com todos.

– Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, e os vossos santos com louvores vos bendigam! Narrem a glória e o esplendor do vosso reino e saibam proclamar vosso poder!
R: O Senhor é muito bom para com todos.

Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Eu vos escolhi a fim de que deis, no meio do mundo, um fruto que dure
(Jo 15,16).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 6,12-19
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!   
– 12Naqueles dias, Jesus foi à montanha para rezar. E passou a noite toda em oração a Deus. 13Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de apóstolos: 14Simão, a quem impôs o nome de Pedro, e seu irmão André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu;  15Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelota; 16Judas, filho de Tiago, e Judas Is­cariotes, aquele que se tornou traidor. 17Jesus desceu da montanha com eles e parou num lugar plano. Ali estavam muitos dos seus discípulos e grande multidão de gente de toda a Judeia e de Jerusalém, do litoral de Tiro e Sidônia. 18Vieram para ouvir Jesus e ser curados de suas doenças. E aqueles que estavam atormentados por espíritos maus também foram curados. 19A multidão toda procurava tocar em Jesus, porque uma força saía dele, e curava a todos.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santíssimo Nome de Maria, clamamos a nossa Mãe

Memória
Origens
A festa era apenas realizada em Cuenca, Espanha, quando foi instituída em 1513. Era inicialmente comemorada em 15 de setembro. Em 1587, o Papa Sisto V mudou o dia da celebração para 17 de setembro. O Papa Gregório XV estendeu a festa para a Arquidiocese de Toledo em 1622. Em 1666, os Carmelitas Descalços receberam a permissão para recitar o Ofício do Nome de Maria quatro vezes por ano (dúplice). Em 1671, a festa foi estendida para toda a Espanha.
Após a vitória dos cristãos, conduzida pelo rei Jan III Sobieski da Polônia, sobre os turcos na Batalha de Viena, em 1683, a festa foi estendida a toda a Igreja pelo Papa Inocêncio XI, e atribuída ao domingo após o Nascimento de Maria. Antes da batalha, o rei Jan Sobieski colocou suas tropas sob a proteção da Virgem Maria. Após a batalha, o Papa Inocêncio XI, pretendendo homenagear Maria, estendeu a festa para toda a Igreja.
Importância do Nome
A Sagrada Escritura sempre valorizou muito o nome dos personagens do povo de Deus. O próprio nome de Jesus indica a sua identidade: “Deus salva”, e o Anjo Gabriel o deu a Maria e a José: “Ela dará à luz um filho a quem tu porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados” (Mt 1, 21). Certamente, devemos concluir que o santo nome da Virgem Maria não foi dado sem um sentido, e certamente foi dado por Deus por inspiração a seus pais Santa Ana e São Joaquim. E o Arcanjo Gabriel pronuncia o seu nome: “Não temas Maria, porque achaste graça diante do Senhor” (Lc 1,30).
Etimologia
Segundo os etimologistas, o nome Maria pode ter vindo da raiz mery, da língua egípcia que significa muito amada. Outros dizem que provém do siríaco e quer dizer senhora. Mas a probabilidade maior é a que veio do hebraico, e pode ter vários significados: “Estrela do Mar; Esperança; Excelsa; ou Sublime”, entre outros. Não importa, contudo, o real significado, mas o que se tornou a partir do momento que a Mãe do Redentor o recebeu. Poderoso é este nome que deve ser invocado sempre.
Piedade popular
Todo católico ama e pronuncia, muitas vezes, o santo nome de sua Mãe Santíssima, Virgem, Imaculada e Assunta ao céu. Quando rezamos o santo Rosário o pronunciamos sem cessar, clamando a sua ajuda e poderosa intercessão. “Ave Maria, cheia de graça…”, “Santa Maria Mãe de Deus…” E o bom povo brasileiro gosta de colocar em suas filhas este sagrado nome: Maria Isabel, Maria Aparecida, Maria do Socorro, Maria das Dores, Maria do Carmo, Maria… Maria… Maria… Que povo devoto à Virgem Maria!
O Padre Antônio Vieira
“Só vos digo que invoqueis o nome de Maria, quando tiverdes necessidade dele; quando vos sobrevier algum desgosto, alguma pena, alguma tristeza; quando vos molestarem os achaques do corpo, ou vos molestarem os da alma; quando vos faltar o necessário para a vida.
Quando os pais, os filhos, os irmãos, os parentes se esquecerem das obrigações do sangue; quando vo-lo desejarem beber a vingança, o ódio, a inveja; quando os inimigos vos perseguirem, os amigos vos desampararem, e donde semeastes benefícios, colherdes ingratidões e agravos.
Quando os maiores vos faltarem com a justiça, os menores com o respeito e todos com a proximidade; quando vos inchar o mundo, vos lisonjear a carne, e vos tentar o demônio, que será sempre e em tudo; quando vos virdes em alguma dúvida ou perplexidade, em que vós não saibais resolver nem tomar conselho.
Quando amanhecer o dia, sem saberdes se haveis de anoitecer, e quando vos recolherdes à noite, sem saber se haveis de chegar à manhã; finalmente, em todos os trabalhos, em todas as aflições, em todos os perigos, em todos os temores, e em todos os desejos e pretensões, porque nenhum de nós conhece o que lhe convém; em todos os sucessos prósperos ou adversos, e em todos os casos e acidentes súbitos da vida, da honra, e, principalmente, nos da consciência, que em todos anda arriscada e, com ela, a salvação.
E como em todas estas coisas, em cada uma delas necessitamos de luz, alento e remédio mais que humano, se em todas e cada uma recorrermos à proteção e amparo da mãe das misericórdias, não há dúvida que, obrigados da mesma necessidade, não haverá dia, nem hora, nem momento em que não invoquemos o nome de Maria”.
Minha oração
“Ao teu nome clamamos, Mãe querida. Sabemos que, quando te chamamos, Tu nos ouves e nos socorre. O teu nome tem poder no Céu e na terra, por isso, confiamos em ti e te chamamos: Maria, nossa Mãe!”
Santíssimo Nome de Maria, rogai por nós!