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SÁBADO, DIA 11 DE NOVEMBRO DE 2023

SÃO MARTINHO DE TOURS – BISPO
Cor Litúrgica (branco)

Primeira leitura
Rm 16,3-9.16.22-27 
– Leitura da carta de são Paulo aos Romanos: Irmãos, 3saudai Prisca e Áquila, colaboradores meus em Cristo Jesus, 4os quais expuseram a sua própria vida para salvar a minha. Por isso, eu lhes sou agradecido; não somente eu, mas também todas as Igrejas do mundo pagão. 5Saudai igualmente a Igreja que se reúne na casa deles. Saudai meu muito estimado Epêneto, que faz parte dos primeiros frutos da Ásia para Cristo. 6Saudai Maria, que trabalhou muito em proveito vosso. 7Saudai Andrônico e Júnias, meus parentes e companheiros de prisão, apóstolos notáveis e que se tornaram discípulos de Cristo antes de mim. 8Saudai Ampliato, a quem estimo muito no Senhor. 9Saudai Urbano, nosso colaborador em Cristo, e a meu caríssimo Estaquis. 16Saudai-vos uns aos outros com o beijo santo. Todas as Igrejas de Cristo vos saúdam. 22Saúdo-vos eu, Tércio, que escrevo esta epístola no Senhor. 23Saúda-vos Caio, meu hóspede e de toda a Igreja. 24Saúda-vos Erasto, tesoureiro da cidade, e o irmão Quarto. 25Glória seja dada àquele que tem o poder de vos confirmar na fidelidade ao meu evangelho e à pregação de Jesus Cristo, de acordo com a revelação do mistério mantido em sigilo desde sempre. 26Agora este mistério foi manifestado e, mediante as Escrituras proféticas, conforme determinação do Deus eterno, foi levado ao conhecimento de todas as nações, para trazê-las à obediência da fé. 27A ele, o único Deus, o sábio, por meio de Jesus Cristo, a glória, pelos séculos dos séculos. Amém!
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 145,2-3.4-5.10-11 (R: 1b)
– Bendirei o vosso nome pelos séculos, Senhor!
R: Bendirei o vosso nome pelos séculos, Senhor!

– Todos os dias haverei de bendizer-vos, hei de louvar o vosso nome para sempre. Grande é o Senhor e muito digno de louvores, e ninguém pode medir sua grandeza.
R: Bendirei o vosso nome pelos séculos, Senhor!

– Uma idade conta à outra vossas obras e publica vossos feitos poderosos; proclamam todos o esplendor de vossa glória e divulgam vossas obras portentosas!
R: Bendirei o vosso nome pelos séculos, Senhor!

– Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, e os vossos santos com louvores vos bendigam! Narrem a glória e o esplendor do vosso reino e saibam proclamar vosso poder!
R: Bendirei o vosso nome pelos séculos, Senhor!
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Jesus Cristo, Senhor nosso, embora sendo rico, para nós se tornou pobre, a fim de enriquecer-nos mediante sua pobreza. (2Cor 8,9)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 16,9-15
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!   
– Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 9“Usai o dinheiro injusto para fazer amigos, pois, quando acabar, eles vos receberão nas moradas eternas. 10Quem é fiel nas pequenas coisas também é fiel nas grandes, e quem é injusto nas pequenas também é injusto nas grandes. 11Por isso, se vós não sois fiéis no uso do dinheiro injusto, quem vos confiará o verdadeiro bem? 12E se não sois fiéis no que é dos outros, quem vos dará aquilo que é vosso? 13Ninguém pode servir a dois senhores: porque ou odiará um e amará o outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro”. 14Os fariseus, que eram amigos do dinheiro, ouviam tudo isso e riam de Jesus. 15Então Jesus lhes disse: “Vós gostais de parecer justos diante dos homens, mas Deus conhece vossos corações. Com efeito, o que é importante para os homens, é detestável para Deus”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Martinho de Tours, o dono do manto que cobriu Jesus

Origens 
Seu gesto: poucos personagens podem ter a sua história resumida em uma única ação tão poderosa a ponto de permanecer indelével e profunda em uma vida. São Martinho de Tours pertenceu a uma categoria especial de santos. Seu famoso manto é a antonomásia de um homem que nasceu em 316 ou 317, ao término do Tardo Império Romano, na Panônia, hoje Hungria.
O Serviço Militar
Filho de um tribuno militar, Martinho viveu em Pavia porque seu pai, um veterano do exército, havia recebido de presente um terreno naquela cidade. Seus pais eram pagãos, mas a criança era atraída pelo cristianismo. Com apenas 12 anos, queria ser asceta e retirar-se para o deserto. Mas um edito imperial colocou-lhe a farda e a espada antes de seu sonho de oração em solidão. Por isso Martinho teve que se alistar e acabou em um quartel na Gália.
O Grandioso Gesto com o Manto
Seu gesto do manto ocorreu em torno do ano 335. Como membro da guarda imperial, o jovem soldado era muito requisitado para as rondas noturnas. Em uma delas, durante o inverno, Martinho deparou-se, a cavalo, com um mendigo seminu. Movido de compaixão, tirou seu manto, cortou-o em duas partes e deu a metade ao pobre. 
São Martinho de Tours teve compaixão pelo próximo
O Sacramento do Batismo
Na noite seguinte, Jesus apareceu-lhe em sonho, usando a metade do manto, dizendo aos anjos: “Este aqui é Martinho, o soldado romano não batizado: ele me cobriu com seu manto”. O sonho impressionou muito o jovem soldado que, na festa da Páscoa seguinte, foi batizado. Recebeu o Sacramento por volta dos 20 anos.
Testemunho de sua Fé
Por 20 anos, ele continuou a servir o exército de Roma, dando testemunho da sua fé em um ambiente tão distante dos seus sonhos de adolescente. Mas ele ainda tinha uma longa vida para ser vivida. Logo que pôde, ao ser dispensado do exército, foi ter com Dom Hilário, bispo de Poitiers, firme opositor da heresia ariana. Esta oposição do purpurado custou-lhe o exílio, pois o imperador Constâncio II era um seguidor da doutrina de Ário. No entanto, Martinho tinha ido visitar a sua família na Panônia. Ao saber da notícia, retirou-se para um mosteiro perto de Milão. 
Fundação do Mosteiro
Quando o Bispo voltou do exílio, Martinho foi visitá-lo, obtendo dele a permissão para fundar um mosteiro perto de Tours, e por ele foi ordenado diácono e presbítero. Assim, vivendo uma vida austera em cabanas, o ex-soldado — que havia dado seu manto a Jesus —, tornou-se pobre como desejava. Rezava e pregava a fé católica em terras francesas, onde ficou conhecido por muitos.
As ações de São Martinho de Tours foi percebida pelo povo
Proclamado Bispo pelo povo
Cerca de 10 anos mais tarde, os cristãos de Tours, tendo ficado sem Pastor, aclamaram-no seu Bispo em 371. Desde então, Martinho dedicou-se com zelo fervoroso à evangelização no campo e à formação do clero. Martinho aceitou, mas com seu estilo próprio de vida: não quis viver como príncipe da Igreja, para que as pessoas – pobres, presos e enfermos – continuassem a encontrar abrigo sob seu manto. São Martinho de Tours viveu nas adjacências dos muros da cidade, no mosteiro de Marmoutier, o mais antigo da França. Dezenas de monges o seguiram, muitos deles pertenciam à casta nobre.
O fim e o legado de sua vida
Páscoa
Em 397, em Condate, atual Candes de Saint Martin, o Bispo de 80 anos partiu com a missão de reconstituir um cisma surgido entre o clero local. Em virtude do seu carisma, pacificou os ânimos. Mas, antes de regressar para Tours, foi acometido por uma série de febres violentas. São Martinho de Tours faleceu, deitado na terra nua, conforme o seu desejo. Uma grande multidão participou do enterro de um homem tão querido, generoso e solidário como um verdadeiro cavaleiro de Cristo.
Papa Emérito sobre São Martinho de Tours
Sobre ele, disse o Papa Emérito no Angelus em 11 de novembro de 2007: 
“Queridos irmãos e irmãs, o gesto caritativo de São Martinho inscreve-se na mesma lógica que levou Jesus a multiplicar os pães para as multidões famintas, mas sobretudo a deixar-se a si mesmo como alimento para a humanidade na Eucaristia, Sinal supremo do amor de Deus, Sacramentum caritatis. É a lógica da partilha, com a qual se expressa de modo autêntico o amor ao próximo. Ajude-nos, São Martinho, a compreender que só através de um compromisso comum de partilha é possível responder ao grande desafio do nosso tempo: isto é, de construir um mundo de paz e de justiça, no qual cada homem possa viver com dignidade. Isso pode acontecer se prevalecer um modelo mundial de autêntica solidariedade, capaz de garantir a todos os habitantes do planeta o alimento, as curas médicas necessárias, mas também o trabalho e os recursos energéticos, assim como os bens culturais, o saber científico e tecnológico.”
Minha oração
“São Martinho, que cobristes Jesus com teu manto no pobre abandonado, que também possamos imitar-te com nossa vida, cuidando dos menos favorecidos. Ensinai-nos a olhar os pobres e encontrar neles o rosto de Cristo, amar esses irmãos como Jesus nos ensinou. Amém.”
São Martinho de Tours, rogai por nós!

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SEXTA-FEIRA, DIA 10 DE NOVEMBRO DE 2023

São Leão Magno, papa e doutor da Igreja
COR LITÚRGICA: BRANCO

Primeira leitura
(Rm 15,14-21)
Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos.
Meus irmãos, 14 de minha parte, estou convencido, a vosso respeito, de que tendes bastante bondade e ciência, de tal maneira que podeis admoestar-vos uns aos outros. 15 No entanto, em algumas passagens, eu vos escrevo com certa ousadia, como para reavivar a vossa memória, em razão da graça que Deus me deu.
16 Por esta graça eu fui feito ministro de Jesus Cristo entre os pagãos e consagrado servidor do Evangelho de Deus, para que os pagãos se tornem uma oferenda bem aceite santificada no Espírito Santo.
17 Tenho, pois, esta glória em Jesus Cristo no que se refere ao serviço de Deus: 18 Não ouso falar senão daquilo que Cristo realizou por meu intermédio, para trazer os pagãos à obediência da fé, pela palavra e pela ação, 19 por sinais e prodígios, no poder do Espírito de Deus.
Assim, eu preguei o Evangelho de Cristo, desde Jerusalém e arredores até a Ilíria, 20 tendo o cuidado de pregar somente onde Cristo ainda não fora anunciado, para não acontecer de eu construir sobre alicerce alheio. 21 Agindo desta maneira, eu estou de acordo com o que está escrito: “Aqueles aos quais ele nunca fora anunciado, verão; aqueles que não tinham ouvido falar dele, compreenderão”.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

Responsório Sl 97(98),1.2-3ab.3cd-4 (R. cf. 2b)
— O Senhor fez conhecer seu poder salvador perante as nações.
— O Senhor fez conhecer seu poder salvador perante as nações.
— Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória.
— O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça; recordou o seu amor sempre fiel pela casa de Israel.
— Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai!

Evangelho (Lc 16,1-8)
— Aleluia, Aleluia, Aleluia.
— O amor de Deus se realiza em todo aquele que guarda sua palavra fielmente. (1Jo 2,5)
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 1 Jesus disse aos discípulos: “Um homem rico tinha um administrador que foi acusado de esbanjar os seus bens. 2 Ele o chamou e lhe disse: ‘Que é isto que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, pois já não podes mais administrar meus bens’.
3 O administrador então começou a refletir: ‘O Senhor vai me tirar a administração. Que vou fazer? Para cavar, não tenho forças; de mendigar, tenho vergonha.4 Ah! Já sei o que fazer, para que alguém me receba em sua casa quando eu for afastado da administração’.
5 Então ele chamou cada um dos que estavam devendo ao seu patrão. E perguntou ao primeiro: ‘Quanto deves ao meu patrão?’ 6 Ele respondeu: ‘Cem barris de óleo! “O administrador disse: ‘Pega a tua conta, senta-te, depressa, e escreve cinquenta!’ 7 Depois ele perguntou a outro: ‘E tu, quanto deves?’ Ele respondeu: ‘Cem medidas de trigo’. O administrador disse: ‘Pega tua conta e escreve oitenta’.
8 E o Senhor elogiou o administrador desonesto, porque ele agiu com esperteza. Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

SANTO DO DIA
São Leão Magno, o 45º Papa da Igreja Católica

Os seus 96 sermões e as 173 cartas, nos mostram que ele encarnava a dignidade, o poder e a solicitude do príncipe dos apóstolos
Nascido provavelmente em Roma, de pais de origem toscana, Leão foi elevado ao sólio pontifício em 440. No seu longo pontificado realizou a unidade da Igreja, impedindo usurpações de jurisdição pelo patriarcado de Constantinopla e vicariato de Arles.
Combateu as heresias dos pelagianos, dos maniqueus, dos nestorianos e sobretudo dos monofisitas, com a célebre Carta dogmática endereçada ao patriarca Flaviano de Constantinopla, na qual expõe a doutrina católica das duas naturezas de Cristo em uma só pessoa. A carta, lida pelos legados romanos na assembleia conciliar de Calcedônia (451), forneceu o sentido e as próprias fórmulas da definição dogmática e marcou época na teologia católica.
Mas não só por esse ato solene Leão teve — o primeiro entre os papas — o título de Magno e, em 1754, o de doutor da Igreja. Ele tinha uma ideia altíssima da própria função. Encarnava a dignidade, o poder e a solicitude do príncipe dos apóstolos.
Os seus 96 sermões e as 173 cartas chegadas até nós mostram-nos um papa paternalmente dedicado ao bem espiritual dos fiéis, aos quais se dirige com uma linguagem sóbria e eficaz. Mesmo não se detendo nos particulares de uma questão doutrinária, expõe os conteúdos dogmáticos dela com clareza e precisão, e ao mesmo tempo com um estilo culto e atento a certa cadência, que torna agradável a sua leitura.
O seu pontificado corresponde a um dos períodos mais atormentados da história; assim, ao cuidado espiritual dos fiéis uniu-se uma solicitude pela salvação de Roma. Quando, na primavera de 452, os hunos transpuseram os Alpes, Valentiniano III, refugiado em Roma, não encontrou outra solução senão rogar ao papa que fosse ao encontro de Átila, acampado perto de Mântua.
Leão foi até ali e convenceu o feroz guerreiro a retirar-se para a outra margem do Danúbio. A lenda conta que Átila viu no céu os apóstolos Pedro e Paulo com as espadas desembainhadas em defesa do pontífice. Este repetiu a mesma tentativa três anos depois com o bárbaro Genserico, mas com menos sucesso. Os vândalos, oriundos da África, aportaram na Itália e adentraram a Cidade Eterna. O papa foi o único a defendê-la e conseguiu que Genserico não a incendiasse nem matasse os habitantes. Em 14 dias de ocupação contentou-se em saqueá-la. A história da arte lhe é grata.
Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas
São Leão Magno, rogai por nós.

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QUINTA-FEIRA, DIA 09 DE NOVEMBRO DE 2023

BASÍLICA DE LATRÃO – CATEDRAL DE ROMA
Cor Litúrgica (branco)

Primeira leitura
Ez 47,1-2.8-9.12 
– Leitura da profecia de Ezequiel: Naqueles dias, 1o homem fez-me voltar até a entrada do Templo e eis que saía água da sua parte subterrânea na direção leste, porque o Templo estava voltado para o oriente; a água corria do lado direito do Templo, a sul do altar. 2Ele fez-me sair pela porta que dá para o norte, e fez-me dar uma volta por fora, até à porta que dá para o leste, onde eu vi a água jorrando do lado direito. 8Então ele me disse: “Estas águas correm para a região oriental, descem para o vale do Jordão, desembocam nas águas salgadas do mar, e elas se tornarão saudáveis. 9Onde o rio chegar, todos os animais que ali se movem poderão viver. Haverá peixes em quantidade, pois ali desembocam as águas que trazem saúde; e haverá vida onde chegar o rio. 12Nas margens junto ao rio, de ambos os lados, crescerá toda espécie de árvores frutíferas; suas folhas não murcharão e seus frutos jamais se acabarão: cada mês darão novos frutos, pois as águas que banham as árvores saem do santuário. Seus frutos servirão de alimento e suas folhas serão remédio”.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 46,2-3.5-6.8-9 (R: 5)
– Os braços de um rio vêm trazer alegria à Cidade de Deus, à morada do Altíssimo.
R: Os braços de um rio vêm trazer alegria à Cidade de Deus, à morada do Altíssimo.

– O Senhor para nós é refúgio e vigor, sempre pronto, mostrou-se um socorro na angústia; assim não tememos, se a terra estremece, se os montes desabam, caindo nos mares.
R: Os braços de um rio vêm trazer alegria à Cidade de Deus, à morada do Altíssimo.

– Os braços de um rio vêm trazer alegria à Cidade de Deus, à morada do Altíssimo. Quem a pode abalar? Deus está no seu meio! Já bem antes da aurora, ele vem ajudá-la.
R: Os braços de um rio vêm trazer alegria à Cidade de Deus, à morada do Altíssimo.

– Conosco está o Senhor do universo! O nosso refúgio é o Deus de Jacó. Vinde ver, contemplai os prodígios de Deus e a obra estupenda que fez no universo: reprime as guerras na face da terra.
R: Os braços de um rio vêm trazer alegria à Cidade de Deus, à morada do Altíssimo.
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Esta casa eu escolhi e santifiquei, para nela estar meu nome para sempre
(2Cr 7,16).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 2,13-22
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
– Glória a vós, Senhor!   
– 13Estava próxima a Páscoa dos judeus e Jesus subiu a Jerusalém. 14No Templo, encontrou os vendedores de bois, ovelhas e pombas e os cambistas que estavam aí sentados. 15Fez então um chicote de cordas e expulsou todos do Templo, junto com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas e derrubou as mesas dos cambistas. 16E disse aos que vendiam pombas: “Tirai isto daqui! Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!” 17Seus discípulos lembraram-se, mais tarde, que a Escritura diz: “O zelo por tua casa me consumirá”. 18Então os judeus perguntaram a Jesus: “Que sinal nos mostras para agir assim?” 19Ele respondeu: “Destruí este Templo, e em três dias o levantarei”. 20Os Judeus disseram: “Quarenta e seis anos foram precisos para a construção deste santuário e tu o levantarás em três dias?” 21Mas Jesus estava falando do Templo do seu corpo. 22Quando Jesus ressuscitou, os discípulos lembraram-se do que ele tinha dito e acreditaram na Escritura e na palavra dele.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Dedicação da Basílica de Latrão, a Mãe de todas as Igrejas

Origens 
Sob o Pontificado de Bento XIII, em 1724, houve a criação da Festa que hoje celebramos. Desde então, ela foi estendida a toda a cristandade. Bento reconsagrou a Basílica depois dela ser várias vezes destruída e reconstruída, tendo a sua última atualização nesta data. Na Igreja Latina, essa data é sinal de amor e unidade ao Papa. O dia é dedicado para rezar pelo Papa e fazer memória de sua importância religiosa particular e mundial. E ainda dia de louvor e agradecimento pelo local físico (Igreja, capela, Matriz), no qual cada um frequenta como patrimônio e fonte de união eclesial.
Liberdade aos Cristãos
Quando o imperador Constantino deu plena liberdade aos cristãos (ano 313), estes não pouparam esforços para construir templos ao Senhor. Por isso, muitas igrejas foram construídas naquela época.
O próprio imperador doou ao Papa Melquíades a antiga propriedade da família Lateranense. Ali, se construiu a Basílica, o Batistério e a “Patriarquia”, ou seja, a residência do Bispo de Roma. Onde os papas habitaram até o período de Avinhão. 
Basílica do Santíssimo Salvador e dos Santos João Batista e João Evangelista de Latrão
A Dedicação
O Papa Silvestre I dedicou-a ao Santíssimo Salvador (318 ou 324). Só no século VI foram acrescentados os títulos dos santos São João Batista e João Evangelista. Ali, foi construída uma Capela dedicada a São João Batista, que servia de batistério. No século IX, o Papa Sérgio III confirmou a dedicação a João Batista. Por fim, no século XII, Papa Lúcio II também a dedicou a São João Evangelista. Daí a denominação da Basílica Papal do Santíssimo Salvador e dos Santos João Batista e Evangelista de Latrão. A Basílica é considerada pelos cristãos como a principal, “a mãe e cabeça de todas as igrejas da cidade e do mundo”.
A Importância dos Edifícios Materiais
Bento XVI expressou essa data da seguinte forma: “Queridos amigos, a festa de hoje celebra um Mistério sempre atual, isto é, Deus quer edificar no mundo um templo espiritual, uma comunidade que o adore em espírito e verdade (cf. Jo 4, 23-24). Mas esta celebração recorda também a importância dos edifícios materiais, nos quais as comunidades reúnem para celebrar o louvor de Deus. Cada comunidade tem, portanto, o dever de conservar com cuidado os próprios edifícios sagrados, que constituem um preciosos patrimônio religioso e histórico. Invoquemos então a intercessão de Maria Santíssima, para que nos ajude a tornar-nos como ela, ‘casa de Deus’, templo vivo do seu amor”. (Angelus, 9 de novembro de 2008).
Somos morada do Jesus Ressuscitado 
Somos a casa de Deus
Assim, cada um de nós também é a “casa de Deus”, em Jesus ressuscitado, porque o Espírito mora em mim, em cada um de nós (1Cor 3,16). Por um lado, o simples fato de estarmos cientes disso, leva-nos a louvar o Senhor e, por outro, a dizer, às vezes, de modo excessivo: “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa…” (Mt 8,8), esquecendo que Ele já está em nós, nos acolhe e nos ama, não como gostaríamos de ser, mas como somos, aqui e agora. 
Tenhamos o olhar fixo em Jesus
As distrações, presentes em nós, tornam desfocada a face do Senhor! Quando aprendermos a manter o nosso olhar fixo em Jesus, autor e aperfeiçoador da nossa fé e da nossa amizade com Ele (Cf. Hb 12,1-4), então o nosso rosto brilhará com a luz, que brota de um coração “unificado”. O equilíbrio exigido não deve ser coisa passageira, mas todo um caminho de vida, um contínuo entrar em nós mesmos em vista da “morada do Rei” (Cf. Castelo Interior, Santa Teresa de Ávila).
Minha oração
“ Ao festejar essa basílica, pedimos ao Senhor que sejamos templos vivos de Deus e saibamos cuidar tanto do templo feito de tijolos quanto aqueles de carne. Que vejamos o sagrado nos objetos e nas pessoas que nos circundam. Amém.”

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QUARTA-FEIRA, DIA 08 DE NOVEMBRO DE 2023

XXXI SEMANA DO TEMPO COMUM
Cor Litúrgica (verde)

Primeira leitura
Rm 13, 8-10
– Leitura da carta de são Paulo aos Romanos: Irmãos, 8não fiqueis devendo nada a ninguém, a não ser o amor mútuo – pois quem ama o próximo está cumprindo a Lei. 9De fato, os mandamentos: “Não cometerás adultério”, “Não matarás”, “Não roubarás”, “Não cobiçarás”, e qualquer outro mandamento se resumem neste: “Amarás a teu próximo como a ti mesmo”.10O amor não faz nenhum mal contra o próximo. Portanto, o amor é o cumprimento perfeito da Lei.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 112,1-2.4-5.9 (R: 5a)
– Feliz quem tem piedade e empresta!
R: Feliz quem tem piedade e empresta!
– Feliz o homem que respeita o Senhor e que ama com carinho a sua lei! Sua descendência será forte sobre a terra, abençoada a geração dos homens retos!
R: Feliz quem tem piedade e empresta!
– Ele é correto, generoso e compassivo, como luz brilha nas trevas para os justos. Feliz o homem caridoso e prestativo, que resolve seus negócios com justiça.
R: Feliz quem tem piedade e empresta!
– Ele reparte com os pobres os seus bens, permanece para sempre o bem que fez, e crescerão a sua glória e seu poder.
R: Feliz quem tem piedade e empresta!
Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
 – Felizes sereis vós se fordes ultrajados por causa de Jesus, pois repousa sobre vós o Espírito de Deus (1Pd 4,14)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 14,25-33

– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 25grandes multidões acompanhavam Jesus. Voltando-se, ele lhes disse: 26“Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo. 27Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo. 28Com efeito: qual de vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro e calcula os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar? Caso contrário, 29ele vai lançar o alicerce e não será capaz de acabar. E todos os que virem isso começarão a caçoar, dizendo: 30‘Este homem começou a construir e não foi capaz de acabar!’ 31Ou ainda: Qual rei que, ao sair para guerrear com outro, não se senta primeiro e examina bem se com dez mil homens poderá enfrentar o outro que marcha contra ele com vinte mil? 32Se ele vê que não pode, enquanto o outro rei ainda está longe, envia mensageiros para negociar as condições de paz. 33Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo!”
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Deodato

Deodato faleceu no 618, amado e chorado pelos romanos que tiveram a oportunidade de parcial seu bom coração
O santo de hoje, cujo nome significa “dado por Deus” , foi por quarenta anos Padre em Roma, antes de suceder ao Papa Bonifácio IV a 19 de outubro de 615. Em Roma, o Papa não era somente o Bispo e o Pai espiritual, mas também o guia civil, o juiz, o supremo magistrado, a garantia da ordem. Com a morte de cada pontífice, os romanos se sentiam privados de proteção, expostos às invasões dos bárbaros nórdicos ou às específicas do império do Oriente. A teoria dos dois únicos, Papa e imperador, que deviam governar unidos o mundo cristão, não encontrava grandes adesões em Constantinopla.
O Papa Deodato, entretanto, buscou o diálogo junto ao imperador intercedendo pelas necessidades de seu povo e, apesar do imperador mostrar-se pouco solícito para o bem do povo, adicionou o exarca Eleutério para acabar com as revoltas de Ravena e de Nápoles. Foi uma única vez que o Papa Deodato, ocupado em aliviar os desconfortos da população da cidade, nas calamidades acima mencionadas, teve um contato, se bem que indireto, com o imperador.
Foi inserido no Martirológio Romano, um episódio que revalidaria a fama de santidade que circundava este pontífice que guiou os cristãos em épocas tão difíceis: durante uma das suas visitas feitas aos doentes, os mais abandonados, os que eram atingidos pela lepra, teria curado um desses infelizes, após havê-lo amavelmente abraçado e beijado.
São Deodato morreu em novembro do ano 618, amado e chorado pelos romanos que tiveram a oportunidade de parcial seu bom coração, durante as grandes calamidades que se abateram sobre Roma nos seus três anos de Pontificado (inclusive um terremoto, que deu golpe de graça aos edifícios de mármore dos Foros, já devastados por sucessivas invasões bárbaras e horríveis epidemia).
São Deodato, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova

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TERÇA-FEIRA, DIA 07 DE NOVEMBRO DE 2023

XXXI SEMANA DO TEMPO COMUM
Cor Litúrgica (verde)

Primeira leitura
Rm 12,5-16a 
– Leitura da carta de são Paulo aos Romanos: Irmãos, 5 nós, embora muitos, somos em Cristo um só corpo e, todos membros uns dos outros. 6Temos dons diferentes, de acordo com a graça dada a cada um de nós: se é a profecia, exerçamo-la em harmonia com a fé; 7se é o serviço, pratiquemos o serviço; se é o dom de ensinar, consagremo-nos ao ensino; 8se é o dom de exortar, exortemos. Quem distribui donativos faça-o com simplicidade; quem preside presida com solicitude; quem se dedica a obras de misericórdia, faça-o com alegria. 9O amor seja sincero. Detestai o mal, apegai-vos ao bem. 10Que o amor fraterno vos una uns aos outros com terna afeição, prevenindo-vos com atenções recíprocas. 11Sede zelosos e diligentes, fervorosos de espírito, servindo sempre ao Senhor, 12alegres por causa da esperança, fortes nas tribulações, perseverantes na oração. 13Socorrei os santos em suas necessidades, persisti na prática da hospitalidade. 14Abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis. 15Alegrai-vos com os que se alegram, chorai com os que choram. 16aMantende um bom entendimento uns com os outros; não vos deixeis levar pelo gosto de grandeza, mas acomodai-vos às coisas humildes.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 131,1,2,3 (R: Guardai-me, em paz, junto a vós, ó  Senhor!)
– Guardai-me, em paz, junto a vós, ó Senhor!
R: Guardai-me, em paz, junto a vós, ó Senhor!
– Senhor, meu coração não é orgulhoso, nem se eleva arrogante o meu olhar; não ando à procura de grandezas, nem tenho pretensões ambiciosas!
R: Guardai-me, em paz, junto a vós, ó Senhor!
– Fiz calar e sossegar a minha alma; ela está em grande paz dentro de mim, como a criança bem tranquila, amamentada no regaço acolhedor de sua mãe.
R: Guardai-me, em paz, junto a vós, ó Senhor!
– Confia no Senhor, ó Israel, desde agora e por toda a eternidade!
R: Guardai-me, em paz, junto a vós, ó Senhor!
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Vinde a mim, todos vós que estais cansados, e descanso eu vos darei, diz o Senhor (Mt 11,28).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 14,15-24
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!   
– Naquele tempo, 15um homem que estava à mesa disse a Jesus: “Feliz aquele que come o pão no Reino de Deus!” 16Jesus respondeu: “Um homem deu um grande banquete e convidou muitas pessoas. 17Na hora do banquete, mandou seu empregado dizer aos convidados: ‘Vinde, pois tudo está pronto’. 18Mas todos, um a um, começaram a dar desculpas. O primeiro disse: ‘Comprei um campo, e preciso ir vê-lo. Peço-te que aceites minhas desculpas’. 19Um outro disse: ‘Comprei cinco juntas de bois, e vou experimentá-las. Peço-te que aceites minhas desculpas’. 20Um terceiro disse: ‘Acabo de me casar e, por isso, não posso ir’. 21O empregado voltou e contou tudo ao patrão. Então o dono da casa ficou muito zangado e disse ao empregado: Sai depressa pelas praças e ruas da cidade. Traze para cá os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos’.
22O empregado disse: ‘Senhor, o que tu mandaste fazer foi feito, e ainda há lugar’. 23O patrão disse ao empregado: ‘Sai pelas estradas e atalhos, e obriga as pessoas a virem aqui, para que minha casa fique cheia’. 24Pois eu vos digo: nenhum daqueles que foram convidados provará do meu banquete”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Vilibrordo, o bispo de Utrecht

Origens 
São Vilibrordo nasceu em Nortúmbria, Alemanha, em 658. Pertencente a uma família cristã, foi enviado pelo pai como oblato, aos cinco anos, para o mosteiro de York, Inglaterra. Crescido, decidiu dedicar-se ao estado monástico. Ingressou para a Irlanda para aperfeiçoar sua cultura teológica sob guia do abade Egberto. Após nove anos de estudos, foi ordenado sacerdote.
Missionário na Holanda
No ano de 690, foi enviado como missionário acompanhado de onze companheiros para a Frísia, para a evangelização de bárbaros que viviam na Holanda. Escolhido pelo rei Franco Pepino, foi-lhe confiado como campo de apostolado a região ao leste, onde viviam povos hostis ao Evangelho e estavam em frequentes revoltas.
Tornou-se Bispo pelo Papa Sérgio I
Realizou uma viagem para Roma, após sua experiência de apostolado, com o intuito de receber o apoio do Papa Sérgio I, que muito o animou e o presenteou com as relíquias de santos mártires para serem colocadas nas futuras igrejas. Voltou para Roma alguns anos mais tarde, a fim de relatar ao Papa seus sucessos, suas dificuldades e seus planos. Contente com seu empenho, o Papa decidiu torná-lo bispo, acrescentando ao seu nome um nome latino: Clemente.
São Vilibrorbo: o fundador de sedes episcopais e mosteiros
Sede episcopal em Utrecht
Em seu árduo apostolado, São Vilibrordo fundou sua primeira sede episcopal em Utrecht, conquistou a catedral, dedicando-a ao Santíssimo Redentor. Fez progressos na conversão da Frísia e, em seguida, na Dinamarca e na região da Turíngia.
O Afastamento de Frísia
Com a morte do rei Pepino, seu protetor, duque Ratbodo reconquistou parte do território que havia perdido na Frísia, obrigando São Vilibrordo a se afastar da região, ficando retirado perto de Treves, onde anteriormente havia fundado um mosteiro.
O Retorno
Retornou para a Frísia um tempo depois, após a morte de Ratbodo, ajudou São Bonifácio alguns anos no apostolado da Alemanha, conseguindo consolidar a evangelização entre os povos do norte da Europa.
Grande Homem
Descrito por muitos biógrafos com pequena estatura,  São Vilibrordo foi um homem grandioso em suas ações, sobretudo um grande organizador, com destacado senso de comando que lhe permitiu graças também à formação de muitos bispos.
Páscoa
Cansado pelas fadigas apostólicas  e debilitado pela idade, afastou-se no mosteiro de Echternach, onde faleceu no dia 7 de novembro de 739.
Minha oração
“Com grande alma formativa, soubeste ensinar o evangelho aos líderes tanto quanto aos mais simples, educai-nos para uma vida entregue a Deus na formação das nossas almas, assim como a daqueles que necessitam de orientação. Que sejamos fiéis conselheiros, sem medo da verdade e da caridade. Amém.”
São Vilibrordo, rogai por nós!

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SEGUNDA-FEIRA, DIA 06 DE NOVEMBRO DE 2023

XXXI SEMANA DO TEMPO COMUM
Cor Litúrgica (verde)

Primeira leitura
Rm 11,29-36 
– Leitura da carta de são Paulo aos Romanos: Irmãos, 29os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis. 30Outrora, vós fostes desobedientes a Deus, mas agora alcançastes misericórdia, em consequência da desobediência deles. 31Assim são eles agora os desobedientes, para que, em consequência da misericórdia usada convosco, alcancem finalmente misericórdia. 32Com efeito, Deus encerrou todos os homens na desobediência, a fim de exercer misericórdia para com todos. 33A profundidade da riqueza, da sabedoria e da ciência de Deus! Como são inescrutáveis os seus juízos e impenetráveis os seus caminhos! 34De fato, quem conheceu o pensamento do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? 35Ou quem se antecipou em dar-lhe alguma coisa, de maneira a ter direito a uma retribuição? 36Na verdade, tudo é dele, por ele, e para ele. A ele, a glória para sempre. Amém!
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 69,30-31.33-34.36-37 (R: 14c)
– Respondei-me, ó Senhor, pelo vosso imenso amor!
R: Respondei-me, ó Senhor, pelo vosso imenso amor!

– Pobre de mim, sou infeliz e sofredor! Que vosso auxílio me levante, Senhor Deus! Cantando eu louvarei o vosso nome e agradecido exultarei de alegria!
R: Respondei-me, ó Senhor, pelo vosso imenso amor!

– Humildes, vede isto e alegrai-vos: o vosso coração reviverá, se procurardes o Senhor continuamente! Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres, e não despreza o clamor de seus cativos.
R: Respondei-me, ó Senhor, pelo vosso imenso amor!

– Sim, Deus virá e salvará Jerusalém, reconstruindo as cidades de Judá, onde os pobres morarão, sendo seus donos. A descendência de seus servos há de herdá-las, e os que amam o santo nome do Senhor dentro delas fixarão sua morada!
R: Respondei-me, ó Senhor, pelo vosso imenso amor!
 
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Se guardais minha Palavra, diz Jesus, realmente vós sereis os meus discípulos (Jo 8,31s).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 14,12-14
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!   
– Naquele tempo, 12dizia Jesus ao chefe dos fariseus que o tinha convidado: “Quando deres um almoço ou um jantar, não convides teus amigos nem teus irmãos nem teus parentes nem teus vizinhos ricos. Pois estes poderiam também convidar-te e isto já seria a tua recompensa. 13Pelo contrário, quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. 14Então serás feliz! Porque eles não te podem retribuir. Tu receberás a recompensa na ressurreição dos justos”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Nuno de Santa Maria, o grande Santo Condestável

Origens 
Nuno Álvares Pereira nasceu em Portugal em 24 de junho de 1360. Filho do cavaleiro dos hospitalários, Álvaro Gonçalves Pereira recebeu a educação cavalheiresca, típica dos filhos das famílias nobres de seu tempo.
Juventude
Aos treze anos, tornou-se pajem da rainha D. Leonor, tendo sido bem recebido na Corte e acabando por ser, pouco depois, cavaleiro. Em 1376, aos 16 anos, casou-se, por vontade de seu pai, com a jovem e rica viúva, D. Leonor de Alvim. De sua união nasceram três filhos: dois homens, que morreram em tenra idade; e uma menina, Beatriz, a qual mais tarde viria a casar-se com o filho do rei D. João I, D. Afonso, primeiro duque de Bragança.
Condestável por D. João I
Em 1383, diante da crise causada pela morte do rei D. Fernando, sem ter deixado filhos varões, seu irmão D. João, Mestre de Avis, viu-se envolvido na luta pela coroa lusitana, que lhe era disputada pelo rei de Castela por ter se casado com a filha do falecido rei. Tomando o partido de D. João, o qual o nomeou Condestável, isto é, comandante supremo do exército, Nuno conduziu o exército português repetidas vezes à vitória, até ser consagrado na batalha de Aljubarrota, em 14 de agosto de 1385, a qual acabou por determinar a resolução do conflito.
A  Perspicácia Militar de São Nuno de Santa Maria era acompanhado pela sua espiritualidade 
Dotes Militares
Os dotes militares de São Nuno eram, no entanto, acompanhados por uma espiritualidade sincera e profunda. O amor pela Eucaristia e pela Virgem Maria eram os alicerces de sua vida interior. O estandarte que elegeu como insígnia pessoal traz as imagens do Crucificado, de Maria e dos cavaleiros de São Tiago e São Jorge. Construiu ainda às suas próprias custas numerosas igrejas e mosteiros, entre os quais se contam o Carmo de Lisboa e a Igreja de Santa Maria da Vitória.
Entrada no Convento
Após a morte de sua esposa, no ano 1387, Nuno recusou um novo casamento, tornando-se um modelo de pureza de vida. Quando finalmente alcançou a paz, distribuiu a maior parte de seus bens entre os seus companheiros, antigos combatentes, e acabou por se desfazer totalmente dos demais em 1423, quando decidiu entrar no convento carmelita por ele fundado, tomando então o nome de frei Nuno de Santa Maria.
São Nuno dedicou-se totalmente aos Serviços do Senhor e de Maria 
Abandono das Armas
Impelido pelo amor, abandonando as armas e o poder, para revestir-se da armadura do Espírito recomendado pela Regra do Carmo, essa era a opção por uma mudança radical de vida em que selava o percurso da fé autêntica que sempre o tinha norteado.
Abandono dos Privilégios
O Condestável do rei de Portugal, o comandante supremo do exército e seu guia vitorioso, o fundador e benfeitor da comunidade carmelita, ao ingressar no convento, abriu mão de todos os privilégios para assumir a condição mais humilde, a de frade Donato, dedicando-se totalmente ao serviço do Senhor e de Maria — sua Padroeira que sempre venerou —, e dos pobres, nos quais reconhece o rosto de Jesus.
Páscoa
São Nuno de Santa Maria morreu aos 71 anos de idade. Era o domingo de Páscoa, dia 1 de abril de 1431. Após sua morte, passou imediatamente a ser aclamado “santo” pelo povo que, desde então, começou a chamá-lo de “Santo Condestável”.
Via de Santificação
Nuno Álvares Pereira foi beatificado em 23 de janeiro de 1918 pelo Papa Bento XV através do Decreto “Clementíssimus Deus”, e foi consagrado beato no dia 6 de novembro. O Santo Padre, Papa Bento XVI, durante o Consistório de 21 de fevereiro de 2009, determinou que o beato Nuno fosse inscrito no álbum dos santos no dia 26 de abril de 2009.
Minha oração
“São Nuno, que soube desapegar-se dos cargos para seguir a Deus por inteiro, rogai por nós para que não coloquemos o trabalho ou qualquer outro tipo de coisa acima do Senhor Jesus. Que Ele reine em nossas vidas e de nossas famílias. Amém.”
São Nuno de Santa Maria, rogai por nós!

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QUINTA-FEIRA, DIA 02 DE NOVEMBRO DE 2023

COMEMORAÇÃO DOS FINADOS
Cor Litúrgica (roxo

Primeira leitura
Jó 19,1.23-27 
– Leitura do livro de Jó: 1Jó tomou a palavra e disse: 23 ”Gostaria que minhas palavras fossem escritas e gravadas numa inscrição 24com ponteiro de ferro e com chumbo, cravadas na rocha para sempre! 25Eu sei que o meu redentor está vivo e que, por último, se levantará sobre o pó; 26e depois que tiverem destruído esta minha pele, na minha carne, verei a Deus. 27aEu mesmo o verei, meus olhos o contemplarão, e não os olhos de outros”.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 27,1-4 (R: 12a)
– Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver na terra dos viventes.
R: Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver na terra dos viventes.

– O Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo? O Senhor é a proteção da minha vida; perante quem eu tremerei?
R: Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver na terra dos viventes.

– Ao Senhor eu peço apenas uma coisa, e é só isto que eu desejo: habitar no santuário do Senhor por toda a minha vida; saborear a suavidade do Senhor e contemplá-lo no seu templo.
R: Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver na terra dos viventes.

– Ó Senhor, ouvi a voz do meu apelo, atendei por compaixão! É vossa face que eu procuro. Não afasteis em vossa ira o vosso servo, sois vós o meu auxílio!
R: Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver na terra dos viventes.

– Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver na terra dos viventes. Espera no Senhor e tem coragem, espera no Senhor!
R: Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver na terra dos viventes.)

Segunda leitura
Rm 5,5-11 
– Leitura da carta de são Paulo aos Romanos: 5 Irmãos a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações
pelo Espírito Santo que nos foi dado. 6Com efeito, quando éramos ainda fracos, foi então, no devido tempo, que Cristo morreu pelos ímpios. 7Dificilmente alguém morrerá por um justo; por uma pessoa muito boa, talvez alguém se anime a morrer. 8Pois bem, a prova de que Deus nos ama é que Cristo morreu por nós, quando éramos ainda pecadores. 9Muito mais agora que já estamos justificados pelo sangue de Cristo, seremos salvos da ira, por ele. 10Se, quando éramos inimigos de Deus, fomos reconciliados com ele pela morte de seu Filho, quanto mais agora, estando já reconciliados, seremos salvos por sua vida! 11Ainda mais: nós nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo. É por ele que, já desde o tempo presente, recebemos a reconciliação.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Esta é a vontade de quem me enviou: que eu não perca nenhum dos que ele me deu, mas que eu ressuscite no último dia (Jo 6,39).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 6,37-40
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a vós, Senhor!   
– Naquele tempo, disse Jesus às multidões: 37Todos os que o Pai me confia, virão a mim, e quando vierem, não os afastarei, 38porque eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. 39E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas ressuscite no último dia. 40Esta é a vontade do meu Pai: quem vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Na comemoração dos Fiéis Defuntos, recordemos das almas

Origens 
Em vez de propor-nos, hoje, a veneração de um santo, a Igreja nos convida a comemorar, pelo nosso sufrágio, as almas dos fiéis já falecidos. A comemoração de todos os fiéis defuntos foi instituída neste dia a fim de socorrer, por boas obras gerais, os que não se beneficiam de preces especificamente dedicadas a eles. Deve-se a uma iniciativa tomada pelos monges beneditinos por volta do ano 1000. 
A data
O abade São Odilo, superior mosteiro de Cluny na França, deu ordem para que em todos os conventos filiados a esta Ordem se celebrasse um ofício pelos defuntos na tarde do dia 1º de novembro. Essa comemoração foi adotada pela autoridade da Igreja, de tal modo que, aos poucos, se tornou universal a dedicação de dois de novembro à memória dos irmãos já falecidos.
Exortação de Paulo
Essa exortação de Paulo é dirigida também a cada um de nós:
“Irmãos, nos diz São Paulo apóstolo, não queremos que ignoreis o que se refere aos mortos, para não ficardes tristes como os outros que não tem esperança. Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, cremos também que Deus levará com Jesus os que nele morrerem.” (ITs 4,13-14).
Dia dos Fiéis Defuntos: um dia para recordação, não tristeza
Dia de Saudosa Reflexão
O Dia dos Finados não é dia de tristeza nem lamúrias, como o é para aqueles que não tem fé, mas é dia de saudosa recordação, confortada pela fé, que nos garante que nosso relacionamento com as almas dos finados não está interrompido pela morte, mas é sempre vivo e atuante pela oração de sufrágio. A doutrina relativa aos finados põe em admirável luz a harmonia entre a justiça e a bondade de Deus Pai, de tal modo que também os corações mais frios não resistem hoje a um saudoso pensamento de piedade religiosa em favor dos irmãos falecidos.
Purgatório: o lugar de purificação
A fé nos ensina que existe um lugar de purificação pelas almas depois da morte, pois toda criatura que morre carrega faltas, misérias, dívidas espirituais por pecados cometidos, mesmo morrendo reconciliada com Deus. Essas faltas o impedem de entrar diretamente no Reino de Deus, que é o reino da santidade perfeita, da luz e felicidade. Deus, em Sua bondade, providenciou um lugar de purificação que a tradição da Igreja chamou de purgatório. O Catecismo da Igreja Católica afirma:
“O pecado grave priva-nos da comunhão com Deus e, portanto, torna-nos incapazes da vida eterna, cuja privação se chama «pena eterna» do pecado. Por outro lado, todo pecado, mesmo venial, traz consigo um apego desordenado às criaturas, o qual precisa ser purificado, quer nesta vida quer depois da morte, no estado que se chama Purgatório. Esta purificação liberta do que se chama «pena temporal» do pecado. Estas duas penas não devem ser consideradas como uma espécie de vingança, infligida por Deus, do exterior, mas como algo decorrente da própria natureza do pecado. Uma conversão procedente duma caridade fervorosa pode chegar à total purificação do pecador, de modo que nenhuma pena subsista (82).” (CIC 1472)
Temos condições de oferecer preces, sacrifícios em sufrágios das almas do purgatório
A Solidariedade Espiritual
Pela solidariedade espiritual que existe entre os batizados por força de nossa inserção no Corpo Místico de Cristo, temos condições de oferecer preces, sacrifícios em sufrágios das almas do purgatório que ficam assim beneficiadas em suas penas. Esta doutrina já era conhecida no Antigo Testamento. De fato, lemos, no Segundo livro do Macabeus que, depois de uma batalha do povo judeu contra os inimigos, Judas Macabeu mandou recolher ofertas a serem enviados ao Templo de Jerusalém solicitando orações e sacrifícios em sufrágio dos soldados tombados na guerra, pois ele concluiu: “É um pensamento santo e salutar orar pelos mortos para que sejam livres dos seus pecados” (2Mc 14,45). Também Jesus Cristo fez alusão aos pecados que não são perdoados nem nesta terra nem na outra vida.
Orações de  Sufrágio
Orações de sufrágio em favor das almas dos mortos sempre foram praticadas nas Igrejas desde os primeiros séculos. Nas catacumbas romanas onde se sepultavam os cristãos há inúmeras inscrições alusivas a preces que os defuntos solicitam dos irmãos na fé. Santa Mônica, mãe de Santo Agostinho, ao falecer perto de Roma, enquanto viajava para África, assim falava aos dois filhos que a acompanhavam: “Ponde meu corpo em qualquer lugar, e não vos preocupeis com ele. Só vos peço que, no altar de Deus, vos lembreis de mim, onde quer que estiveres”.
As almas dos nossos falecidos parecem dizer com o patriarca Jó: “Compadecei-vos de mim, ao menos vós que sois meus amigos, porque a mão do meu Senhor me tocou”.
“Santo e salutar é o pensamento de orar pelos mortos, para que sejam livres dos seus pecados.”
A Indulgência e a Oração pelos falecidos
Indulgência: 
No dia de Finados, “aos que visitarem o cemitério e rezarem, mesmo só mentalmente, pelos defuntos, concede-se uma Indulgência Plenária, só aplicável aos defuntos. Diariamente, do dia 1º ao dia 8 de novembro, nas condições costumeiras, isto é, confissão sacramental, comunhão eucarística e oração nas intenções do Sumo Pontífice; nos restantes dias do ano, Indulgência Parcial (Enchr. Indulgentiarum, n.13)”.
“Ainda neste dia, em todas as igrejas, oratórios públicos ou semipúblicos, igualmente lucra-se uma Indulgência Plenária, só aplicável aos defuntos; a obra que se prescreve é a piedosa visitação à igreja, durante a qual se deve rezar o Pai-Nosso e Creio, confissão sacramental, comunhão eucarística e oração na intenção do Sumo Pontífice (que pode ser um Pai-Nosso e Ave-Maria, ou qualquer outra oração conforme inspirar a piedade e devoção).” (pg. 462 do Diretório Litúrgico da CNBB).
Oração pelos falecidos:
Pai santo, Deus eterno e Todo-Poderoso, nós Vos pedimos por (nome do falecido), que chamastes deste mundo. Dai-lhe a felicidade, a luz e a paz. Que ele, tendo passado pela morte, participe do convívio de Vossos santos na luz eterna, como prometestes a Abraão e à sua descendência. Que sua alma nada sofra, e Vos digneis ressuscitá-lo com os Vossos santos no dia da ressurreição e da recompensa. Perdoai-lhe os pecados para que alcance junto a Vós a vida imortal no reino eterno. Por Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém! (Rezar Pai-Nosso e Ave-Maria.)
Dai-lhe, Senhor, o repouso eterno e brilhe para ele a Vossa luz! Amém.
Minha oração
“Senhor, nosso Deus, resgatai as almas dos nossos conhecidos e familiares do purgatório, além daquelas que necessitam das nossas orações. Pedimos também a intercessão para que sejamos santos e purificados nessa vida, a fim de chegar diretamente ao Céu. Amém.”
Almas do purgatório, rogai por nós!

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QUARTA-FEIRA, DIA 01 DE NOVEMBRO DE 2023

30ª semana do Tempo Comum
Em Portugal Solenidade de todos os Santos, no Brasil transferido para o domingo.

Primeira leitura
Rm 8,26-30
Irmãos, 26o Espírito vem em socorro da nossa fraqueza. Pois nós não sabemos o que pedir, nem como pedir; é o próprio Espírito que intercede em nosso favor, com gemidos inefáveis. 27E aquele que penetra o íntimo dos corações sabe qual é a intenção do Espírito. Pois é sempre segundo Deus que o Espírito intercede em favor dos santos. 28Sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados para a salvação, de acordo com o projeto de Deus. 29Pois aqueles que Deus contemplou com seu amor desde sempre, a esses ele predestinou a serem conformes à imagem de seu Filho, para que este seja o primogênito numa multidão de irmãos. 30E aqueles que Deus predestinou, também os chamou. E aos que chamou, também os tornou justos; e aos que tornou justos, também os glorificou.
– Palavra do Senhor;
– Graças a Deus.

Salmo responsorial: Sl 12(13),4-5.6 (R. 6a)
R. Senhor, eu confiei na vossa graça!
4Olhai, Senhor, meu Deus, e respondei-me! †Não deixeis que se me apague a luz dos olhos *e se fechem, pela morte, adormecidos! 5Que o inimigo não me diga: “Eu triunfei!” *Nem exulte o opressor por minha queda. R.
6Uma vez que confiei no vosso amor! †Meu coração, por vosso auxílio, rejubile, *e que eu vos cante pelo bem que me fizestes! R.
Evangelho: Lc 13,22-30
– O Senhor esteja convosco;
– Ele está no meio de nós;
– Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas;
– Glória a Vós, Senhor.
Naquele tempo, 22Jesus atravessava cidades e povoados, ensinando e prosseguindo o caminho para Jerusalém. 23Alguém lhe perguntou: “Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?” Jesus respondeu: 24“Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita. Porque eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão. 25Uma vez que o dono da casa se levantar e fechar a porta, vós, do lado de fora, começareis a bater, dizendo: ‘Senhor, abre-nos a porta!’ Ele responderá: ‘Não sei de onde sois’. 26Então começareis a dizer: ‘Nós comemos e bebemos diante de ti, e tu ensinaste em nossas praças!’ 27Ele, porém, responderá: ‘Não sei de onde sois. Afastai-vos de mim todos vós que praticais a injustiça!’ 28Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac e Jacó, junto com todos os profetas no Reino de Deus, e vós, porém, sendo lançados fora. 29 Virão homens do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e tomarão lugar à mesa no Reino de Deus. 30E assim há últimos que serão primeiros, e primeiros que serão últimos”.
– Palavra da salvação;
– Glória a Vós, Senhor.

SANTO DO DIA
SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS

A Solenidade de Todos os Santos antecede o Dia de Finados, 2 de novembro, data que recorda aqueles que já estão salvos, mas que ainda precisam ser purificados
santos
Neste dia 1° de novembro, a Igreja Católica se enche de alegria ao celebrar a Solenidade de Todos os Santos, os que foram e os que não foram canonizados, mas que, com sua vida, são exemplo de que a santidade é possível.
Diz o Catecismo da Igreja Católica: “Todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. Todos são chamados à santidade: ‘Deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito’ (Mt 5,48)”.
Cada cristão carrega dentro de si o dom da santidade dado por Deus, como diz a Carta de São Paulo aos Efésios: “Deus nos escolheu em Cristo, antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis, diante de seus olhos” (Ef 1,4).
O culto aos santos por parte dos cristãos remonta aos primeiros séculos, começando pelos mártires. Ao viver essa tradição, a Igreja convida cada um a contemplar essas pessoas, exemplos de fé, esperança e caridade, e lançar o olhar ao Alto.
“Hoje estamos imersos com o nosso espírito entre esta grande multidão de santos, de salvos, os quais, a partir do ‘justo Abel’, até a quem neste momento talvez esteja a morrer em qualquer parte do mundo, nos fazem coroa, nos dão coragem, e cantam todos juntos um poderoso coro de glória Aquele a quem os Salmistas chamam justamente ‘o Deus meu Salvador’ e ‘o Deus que é a minha alegria e o meu júbilo’”, afirmou São João Paulo II em uma data como esta de 1980.
A Solenidade de Todos os Santos foi instaurada como consequência da Grande Perseguição do Imperador Diocleciano, no princípio do século IV, pela grande quantidade de mártires causados pelo poder romano.
O Papa Gregório III a fixou para 1º de novembro no século VIII, como resposta à celebração pagã do “Samhain” ou ano novo celta, celebrada na noite de 31 de outubro. Mais tarde, Gregório IV estenderia esta festividade a toda a Igreja.
A Solenidade de Todos os Santos antecede o Dia de Finados, 2 de novembro, data que recorda aqueles que já estão salvos, mas que ainda precisam ser purificados.
Ao celebrar esta data em 2014, o Papa Francisco indicou como devem ser vividos esses dois dias: com esperança, seguindo os exemplos dos santos.
“Esta é a esperança que não cria desilusão. Hoje e amanhã são dias de esperança. A esperança é como o fermento que faz ampliar a alma. Mas também existem momentos difíceis na vida, mas com a esperança, a alma vai adiante. Olha o que te espera”, disse.
Fonte: ACI Digital
Todos os Santos e Santas de Deus, rogai por nós.

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TERÇA-FEIRA, DIA 31 DE OUTUBRO DE 2023

XXX SEMANA COMUM
Cor Litúrgica (verde)

Primeira leitura
Rm 8,18-25 
– Leitura da carta de são Paulo aos Romanos: Irmãos, 18Eu entendo que os sofrimentos do tempo presente nem merecem ser comparados com a glória que deve ser revelada em nós. 19De fato, toda a criação está esperando ansiosamente o momento de se revelarem os filhos de Deus. 20Pois a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua livre vontade, mas por sua dependência daquele que a sujeitou; 21também ela espera ser libertada da escravidão da corrupção e, assim, participar da liberdade e da glória dos filhos de Deus. 22Com efeito, sabemos que toda a criação, até o tempo presente, está gemendo como que em dores de parto. 23E não somente ela, mas nós também, que temos os primeiros frutos do Espírito, estamos interiormente gemendo, aguardando a adoção filial e a libertação para o nosso corpo. 24Pois já fomos salvos, mas na esperança. Ora, o objeto da esperança não é aquilo que a gente está vendo; como pode alguém esperar o que já vê? 25Mas se esperamos o que não vemos, é porque o estamos aguardando mediante a perseverança.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 126,1-2ab.2cd-3.4-5.6 (R:3a)
– Maravilhas fez conosco o Senhor!
R: Maravilhas fez conosco o Senhor!

– Quando o Senhor reconduziu nossos cativos, parecíamos sonhar; encheu-se de sorriso nossa boca, nossos lábios, de canções.
R: Maravilhas fez conosco o Senhor!

– Entre os gentios se dizia: “Maravilhas fez com eles o Senhor”! “Sim, maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria”!
R: Maravilhas fez conosco o Senhor!

– Mudai a nossa sorte, ó Senhor, como torrentes no deserto. Os que lançam as sementes entre lágrimas, ceifarão com alegria.
R: Maravilhas fez conosco o Senhor!

– Chorando de tristeza sairão, espalhando suas sementes; cantando de alegria voltarão, carregando os seus feixes!
R: Maravilhas fez conosco o Senhor!
Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois revelastes os mistérios do teu reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores! (Mt 11,25).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 13,18-21
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!   
– Naquele tempo, 18Jesus dizia: “A que é semelhante o Reino de Deus, e com que poderei compará-lo? 19Ele é como a semente de mostarda, que um homem pega e atira no seu jardim. A semente cresce, torna-se uma grande árvore e as aves do céu fazem ninhos nos seus ramos”. 20Jesus disse ainda: “Com que poderei ainda comparar o Reino de Deus? 21Ele é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santo Afonso Rodrigues

Místico de muitos carismas, Santo Afonso Rodrigues sofreu muito antes de morrer em 31 de outubro de 1617
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Afonso Rodrigues nasceu na Espanha, em 25 de julho de 1532. Pertencia à uma família pobre e profundamente cristã. Após viver uma sucessão de fatalidades pessoais, Afonso encontrou seu caminho na fé. A primeira provação foi a morte do pai. Diante da ausência paterna, Afonso assumiu os negócios da família.
Com 23 anos Afonso casou-se e o seu matrimônio gerou dois filhos. Mas aí veio a segunda provação: sua esposa adoeceu gravemente e faleceu. Em seguida seus filhos também faleceram. A perda da família fez Afonso descuidar-se dos negócios.
Afonso entrou então numa profunda crise espiritual. Retirado na própria casa, rezou e meditou muito e resolveu dedicar sua vida completamente à serviço de Deus servindo os semelhantes. Ingressou como irmão leigo na Companhia de Jesus em 1571 e um noviciado de sucesso, foi enviado para trabalhar no colégio de formação de padres jesuítas na ilha de Maiorca.
No colégio exerceu somente a simples e humilde profissão de porteiro, por quarenta e seis anos. Se materialmente não ocupava posição de destaque, espiritualmente era dos mais engrandecidos entre os irmãos. Recebera dons especiais e muitas manifestações místicas o cercavam, como visões, previsões, prodígios e cura.
Reflexão
A Companhia de Jesus gerou missionários santos que deixaram a assinatura dos jesuítas na história da evangelização e na história da humanidade. Figuras ilustres que se destacaram pela relevância de suas obras sociais cristã em favor das minorias pobres e marginalizadas, cujas contribuições ainda florescem no mundo todo. Santo Afonso Rodrigues é um desses grandes homens.
Oração
Ó Deus, concedei-nos, pelas preces de Santo Afonso Rodrigues, a quem destes perseverar na imitação de Cristo pobre e humilde, seguir a nossa vocação com fidelidade e chegar àquela perfeição que nos propusestes em vosso Filho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
A12 / Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
Santo Afonso Rodrigues, rogai por nós.

Publicado em

SEGUNDA-FEIRA, DIA 30 DE OUTUBRO DE 2023

XXX SEMANA COMUM
Cor Litúrgica (verde)

Primeira leitura
Rm 8,12-17 
– Leitura da carta de são Paulo aos Romanos: 12Irmãos, temos uma dívida, mas não para com a carne, para vivermos segundo a carne. 13Pois, se viverdes segundo a carne, morrereis, mas se, pelo espírito, matardes o procedimento carnal, então vivereis. 14Todos aqueles que se deixam conduzir pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. 15De fato, vós não recebestes um espírito de escravos, para recairdes no medo, mas recebestes um espírito de filhos adotivos, no qual todos nós clamamos: Abá – Pai! 16O próprio Espírito se une ao nosso espírito para nos atestar que somos filhos de Deus. 17E, se somos filhos, somos também herdeiros – herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo -; se realmente sofremos com ele, é para sermos também glorificados com ele.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 68,2.4.6-7ab.20-21 (R: 21a)
– Nosso Deus é um Deus que salva, é um Deus libertador.
R: Nosso Deus é um Deus que salva, é um Deus libertador.

– Eis que Deus se põe de pé, e os inimigos se dispersam! Fogem longe de sua face os que odeiam o Senhor! Mas os justos se alegram na presença do Senhor, rejubilam satisfeitos e exultam de alegria!
R: Nosso Deus é um Deus que salva, é um Deus libertador.

– Dos órfãos ele é pai, das viúvas, protetor; é assim o nosso Deus em sua santa habitação. É o Senhor quem dá abrigo, dá um lar aos deserdados, quem liberta os prisioneiros e os sacia com fartura.
R: Nosso Deus é um Deus que salva, é um Deus libertador.

– Bendito seja Deus, bendito seja cada dia, o Deus da nossa salvação, que carrega os nossos fardos! Nosso Deus é um Deus que salva, é um Deus libertador; o Senhor, só o Senhor, nos poderá livrar da morte!
R: Nosso Deus é um Deus que salva, é um Deus libertador.
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Vossa Palavra é a verdade; santificai-nos na verdade! (Jo 17,17).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 13,10-17
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!   
– Naquele tempo, 10Jesus estava ensinando numa sinagoga, em dia de sábado. 11Havia aí uma mulher que, fazia dezoito anos, estava com um espírito que a tornava doente. Era en­cur­vada e incapaz de se endireitar. 12Vendo-a, Jesus chamou-a e lhe disse: “Mulher, estás livre da tua doença”. 13Jesus pôs as mãos sobre ela, e imediatamente a mulher se endireitou e começou a louvar a Deus. 14O chefe da sinagoga ficou furioso, porque Jesus tinha feito uma cura em dia de sábado. E, tomando a palavra, começou a dizer à multidão: “Existem seis dias para trabalhar. Vinde, então, nesses dias para serdes curados, não em dia de sábado”. 15O Senhor lhe respondeu: “Hipócritas! Cada um de vós não solta do curral o boi ou o jumento, para dar-lhe de beber, mesmo que seja dia de sábado? 16Esta filha de Abraão, que satanás amarrou durante dezoito anos, não deveria ser libertada dessa prisão, em dia de sábado?” 17Esta resposta envergonhou todos os inimigos de Jesus. E a multidão inteira se alegrava com as maravilhas que ele fazia.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Marcelo de Tânger, mártir

O que Igreja diz
Diz o Martirológio Romano neste dia: “Em Tânger, na Mauritânia, no atual Marrocos, a paixão de São Marcelo, centurião, que na festa do imperador, enquanto todos faziam sacrifícios aos deuses, jogou o cinto militar, as armas e a própria vida diante da insígnia, professando ser cristão e não poder mais obedecer adequadamente ao juramento militar, mas apenas a Jesus Cristo, sofrendo assim o martírio por decapitação.”
Transmissão de sua Páscoa
A paixão de Marcello chegou até nós em duas resenhas, transmitidas por textos dispersos nas bibliotecas de Roma, Bruxelas, Londres, Madrid, Leão, Bordéus etc. Foi publicado pela primeira vez por Ruinart, depois por Allard e recentemente por Delehaye (1923), por García Villada (1929), por J. González (1943), por B. De Gaiffier (1943) e R. Rodriguez (1948).
Registros históricos e estudos
A resenha original é reconhecida como autêntica e consiste em dois relatórios de interrogatórios em dois tribunais diferentes com intervalo de três meses, em dois locais diferentes. Depois, por volta do século XI, são acrescentadas algumas interpolações que fazem de Marcello, o marido de são Nonia, ser o pai de doze filhos: Cláudio, Lupercio, Victorico, Facondo, Primitivo, Emeterio, Celidonio, Servando, Germano, Fausto, Gennaro e Marziale. A origem e evolução desta lenda, profundamente enraizada na tradição cristã do povo leonino, foi cuidadosamente estudada por De Gaiffier.
Segundo a passio, portanto, a festa dos “augostos imperadores” foi celebrada em 21 de julho de 298 e, nessa data, Marcelo, um centurião comum, depôs as armas na presença das tropas reunidas e proclamou a sua renúncia ao serviço militar. para servir na milícia de Cristo. No dia 28 de julho, foi interrogado pelo diretor Fortunato, que diante da gravidade do crime decidiu devolvê-lo ao seu superior hierárquico, Aurelio Agricolano de Tânger. No dia 30 de outubro, Marcelo foi novamente interrogado, desta vez em Tânger, e condenado à morte.
Do estudo cuidadoso de De Gaifiier fica claro que Marcelo é um autêntico mártir africano e que só nas sucessivas interpolações da paixão, feitas pelos escritores espanhóis, foi transformado em cidadão de Leão, sobre o falso fundamento de que pertencia a legio Traiarti, suposto fundador daquela cidade. Após esta identificação, feita no sec. XVI, acreditava-se também que Leão poderia indicar a casa do mártir perto da Porta Cauriense, hoje transformada em capela dedicada ao Cristo da Vitória. Seguindo esta mesma tradição, uma igreja dedicada a Marcelo foi construída em Leão com o advento da paz Constantiniana.
O código 11 do Arquivo da catedral de Leão relata que Ramiro I (842-850) “restaurou a igreja de Sâo Marcello no subúrbio Legionense perto da Porta Cauriense, fora dos muros da cidade…”. Perto desta igreja, surgiu um mosteiro onde viveu o famoso teólogo legionense, são Martin, e no sec. XII um hospital com o mesmo nome.
Surgimento da devoção
A devoção que fez de Marcelo o principal patrono da cidade de Leão, no entanto, nasceu e desenvolveu-se a partir dos seus restos mortais que foram preservados em Tânger, de modo que, imediatamente após a libertação desta cidade pelo Rei de Portugal, Leão solicitou os restos mortais de seu mártir. As cidades de Jerez e Sevilha também disputaram a sua posse. Em 29 de março de 1493, porém, os restos mortais de Marcelo trazidos pelo próprio rei Fernando, o Católico, entraram em Leão e foram colocados na igreja a ele dedicada. Segundo documentos contemporâneos conservados no arquivo municipal, os restos mortais foram recebidos “como nunca houve melhor”.
Relíquias de Marcello 
As relíquias estão hoje guardadas em uma arca de prata no altar-mor; encontram-se também um pergaminho que narra a entrada na cidade e os milagres que a acompanharam, documentos relativos à doação de uma relíquia de M. à igreja de São Gil em Sevilha e algumas cartas do rei Henrique IV de Castela e de Isabel, a Católica, ao Papa Sisto IV sobre a transferência do corpo do mártir para Leão.
As relíquias foram transportadas em procissão juntamente com as de São Froilano, por ocasião de grandes calamidades públicas. Todos os anos, no dia 9 de outubro, data da festa, o capítulo da catedral e a câmara municipal da cidade vão em procissão ao templo de Marcelo para assistir à missa solene: os cónegos e os vereadores revezam-se para simbolizar o comum e igual direito de patrocínio que durante muitos séculos tiveram sobre a igreja de São Marcello e para a qual o prefeito guardou uma das chaves da arca que contém as relíquias do santo.
Minha oração
“Deus eterno e todo poderoso, que destes a São Marcelo, a graça da fidelidade até a morte, concedei-nos, por sua intercessão, suportar, por Vosso amor, as adversidades, e correr ao encontro de Vós que sois a nossa vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso filho, na unidade do Espírito Santo. São Marcelo orai por nós e pela Santa Igreja! Amém!”