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TERÇA-FEIRA, DIA 28 DE NOVEMBRO DE 2023

XXXIV SEMANA COMUM
Cor Litúrgica (verde)

Primeira leitura
Dn 2,31-45 
– Leitura da profecia de Daniel: Naqueles dias, disse Daniel a Nabucodonosor: 31“Tu, ó rei, olhavas, e pareceu-te ver uma estátua grande, muito alta, erguida à tua frente, de aspecto aterrador. 32A cabeça da estátua era de ouro fino, peito e braços eram de prata, ventre e coxas, de bronze; 33sendo as pernas de ferro, e os pés, parte de ferro e parte de barro. 34Estavas olhando, quando uma pedra, sem ser empurrada por ninguém, se desprendeu de algum lugar, e veio bater na estátua, em seus pés de ferro e barro, fazendo-os em pedaços; 35então, a um só tempo, despedaçaram-se ferro, barro, bronze, prata e ouro, tudo ficando como a palha miúda das eiras, no verão, que o vento varre sem deixar vestígios; mas a pedra que atingira a estátua transformou-se num grande monte e encheu toda a terra. 36Este foi o sonho; vou dar também a interpretação, ó rei, em tua presença. 37Tu és um grande rei, e o Deus do céu te deu a realeza, o poder, a autoridade e a glória; 38ele entregou em tuas mãos os filhos dos homens, os animais do campo e as aves do céu, onde quer que habitem, e te constituiu senhor de todos eles: tu és a cabeça de ouro. 39Depois de ti, surgirá outro reino, que é inferior ao teu, e ainda um terceiro, que será de bronze, e dominará toda a terra. 40O quarto reino será forte como ferro; e assim como o ferro tudo esmaga e domina, do mesmo modo, à semelhança do ferro, ele esmagará e destruirá todos aqueles reinos. 41Viste os pés e dedos dos pés, parte de barro e parte de ferro, porque o reino será dividido; terá a força do ferro, conforme viste o ferro misturado com barro cozido. 42Viste também que os dedos dos pés eram parte de ferro e parte de barro, porque o reino em parte será sólido e em parte quebradiço. 43Quanto ao ferro misturado com barro cozido, haverá decerto ligações por via de casamentos, mas sem coesão entre as partes, assim como o ferro não faz liga com o barro. 44No tempo desses reinos, o Deus do céu suscitará um reino que nunca será destruído, um reino que não passará a outro povo; antes, esmagará e aniquilará todos esses reinos, e ele permanecerá para sempre. 45Quanto à pedra que, sem ser tocada por mãos, se desprendeu do monte e despedaçou o barro cozido, o ferro, o bronze, a prata e o ouro, o grande Deus faz saber ao rei o que acontecerá depois, no futuro. O sonho é verdadeiro, e sua interpretação, fiel”.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl (Dn) 3,57.58.59.60.61 (R: 59b)
– Louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim!
R: Louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim!

– Obras do Senhor, bendizei o Senhor! Louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim!  Céus do Senhor, bendizei o Senhor!  Anjos do Senhor, bendizei o Senhor!
R: Louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim!

– Águas do alto céu, bendizei o Senhor!  Potências do Senhor, bendizei o Senhor!
R: Louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim!

Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Permanece fiel até a morte, e a coroa da vida eu te darei (Ap 2,10).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 21,5-11
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!   
– Naquele tempo, 5algumas pessoas comentavam a respeito do Templo que era enfeitado com belas pedras e com ofertas vo­tivas. Jesus disse: 6“Vós admirais estas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído”. 7Mas eles perguntaram: “Mestre, quando acontecerá isto? E qual vai ser o sinal de que estas coisas estão para acontecer?”  8Jesus respondeu: “Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!’ E ainda: ‘O chegou o momento’. Não sigais essa gente! 9Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções, não fiqueis apavorados. É preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim”.  10E Jesus continuou: “Um povo se levantará contra outro povo, um país atacará outro país. 11Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em muitos lugares; acontecerão coisas pavorosas e grandes sinais serão vistos no céu”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santa Catarina Labouré e a Medalha de Nossa Senhora das Graças

Origens
Santa Catarina Labouré nasceu em Fain-lès-Moutiers, uma aldeia de Borgonha, na França, em 2 de maio de 1806. Seu pai era Pedro Labouré, e sua mãe Luísa Madalena Gontard. Catarina era a nona filha do casal. Moravam no campo, tinham amor ao trabalho e à simplicidade de vida.
Um desejo latente
Sua mãe faleceu aos 46 anos, quando Catarina tinha 9 anos de idade. Com a morte da mãe, assumiu com empenho a maternidade e a educação dos irmãos. Alimentava, em seu coração, o ardente desejo de ver Nossa Senhora, pedido esse constante em suas orações.
Compreensão do seu chamado
Um dia, dirigindo-se à Casa das Filhas da Caridade em Châtillon-sur-Seine, nota na parede da sala de visitas uma fotografia do sacerdote que ela via em seus sonhos. Uma irmã lhe explicou: “É o nosso pai, São Vicente de Paulo”. Catarina compreende que ela seria Filha da Caridade.
Noviciado
Em 21 de abril de 1830, Catarina entra no noviciado das Filhas da Caridade, na Rue du Bac, em Paris, após seu pai lhe dar permissão para sair de casa.
Aparição da Virgem Maria a Santa Catarina Labouré 
O Mistério de Deus
Aconteceu que, em 19 de julho de 1830, sua vida se entrelaçou mais intimamente com os mistérios de Deus, pois a Virgem Maria começou a aparecer a Santa Catarina, a fim de enriquecer toda a Igreja e atingir o mundo com sua Imaculada Conceição. Por isso descreveu Catarina:
“A Santíssima Virgem apareceu ao lado do altar, de pé, sobre um globo com o semblante de uma senhora de beleza indizível; de veste branca, manto azul, com as mãos elevadas até a cintura, sustentava um globo figurando o mundo encimado por uma cruzinha. A Senhora era toda rodeada de tal esplendor que era impossível fixá-la. O rosto radiante de claridade celestial conservava os olhos elevados ao céu, como para oferecer o globo a Deus. A Santíssima Virgem disse: Eis o símbolo das graças que derramo sobre todas as pessoas que mais pedem.”
A medalha de Nossa Senhora das Graças
Nossa Senhora apareceu, por três vezes, a Santa Catarina Labouré. Na terceira aparição, Nossa Senhora insiste nos mesmos pedidos e apresenta um modelo da medalha de Nossa Senhora das Graças. Ao final desta aparição, Nossa Senhora diz: “Minha filha, doravante não me tornarás a ver, mas hás de ouvir a minha voz em tuas orações”. No fim do ano de 1832, a medalha que Nossa Senhora viera pedir foi cunhada e espalhada por todo o mundo.
Santa Catarina Labouré foi silenciosa e fervorosa a Deus em sua humildade
O Convento
Santa Catarina passou 46 anos de sua vida num convento, onde viveu o Evangelho, principalmente no tocante da humildade, pois ninguém sabia que ela tinha sido o canal dessa aprovada devoção que antecedeu e ajudou na proclamação do Dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora em 1854.
Desconhecida Santa
Como cozinheira e porteira, tratando dos velhinhos no hospício de Enghien, em Paris, Santa Catarina assumiu para si o viver no silêncio, no escondimento e na humildade. Enquanto viveu, foi desconhecida.
Páscoa
Santa Catarina Labouré entrou no Céu, em 31 de dezembro de 1876, com 70 anos de idade. 
Via de Santificação
Em 1933, foi beatificada pelo Papa Pio XI. Por ordem do Arcebispo, seu corpo foi exumado. Verificou-se que estava perfeitamente conservado, até seus olhos ficaram intactos. Depositaram-no em um caixão de cristal sob o altar das aparições. Em 1947, foi canonizada pelo Papa Pio XII.
A Prodigiosa Medalha de Nossa Senhora das Graças
Como disse sua santidade Pio XII, esta prodigiosa medalha “desde o primeiro momento, foi instrumento de tão numerosos favores, tanto espirituais como temporais, de tantas curas, proteções e, sobretudo, conversões, que a voz unânime do povo a chamou, desde logo, medalha milagrosa”.
Essa devoção nascida a partir de uma Providência Divina e abertura de coração da simples Catarina tornou-se escola de santidade para muitos, a começar pela própria Catarina, que muito bem soube relacionar-se com Jesus por meio da Imaculada Senhora das Graças.
Minha oração
“Humilde serva de Maria, divulgadora das tuas mensagens e devoção, que assim como a ti também nos tornemos verdadeiros devotos e divulgadores do amor a Virgem Santíssima. Assim como tu, através dessa espiritualidade, sejamos santos como o Senhor nos quer. Amém.”
Santa Catarina Labouré, rogai por nós!

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SEGUNDA-FEIRA, DIA 27 DE NOVEMBRO DE 2023

XXXIV SEMANA COMUM
NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS
Cor Litúrgica (verde)

Primeira leitura
Dn 1,1-6.8-20
– Leitura do início da profecia de Daniel – 1No terceiro ano do reinado de Joaquim, rei de Judá, Nabucodonosor, rei da Babilônia, avançou sobre Jerusalém e pôs-lhe cerco; 2o Senhor entregou em suas mãos Joaquim, rei de Judá, e parte dos vasos da casa de Deus, e ele os levou para a terra de Senaar, para o templo de seus deuses, depositando os vasos no tesouro dos deuses. 3Então o rei ordenou ao chefe dos eunucos, Asfenez, para que trouxesse, dentre os filhos de Israel, alguns jovens de estirpe real ou de família nobre, 4sem defeito físico e de boa aparência, preparados com boa educação, experientes em alguma ciência e instruídos, e que pudessem estar no palácio real, onde lhes deveriam ser ensinadas as letras e a língua dos caldeus. 5O rei fixou-lhes uma ração diária da comida e do vinho de sua mesa, de tal modo que, assim alimentados e educados durante três anos, eles pudessem no fim entrar para o seu próprio serviço. 6Havia, entre esses moços, filhos de Judá, Daniel, Ananias, Misael e Azarias. 8Ora, Daniel decidiu secretamente não comer nem beber da mesa do rei por convicções religiosas, e pediu ao chefe dos eunucos que o deixasse abster-se para não se contaminar. 9Deus concedera que Daniel obtivesse simpatia e benevolência por parte do mordomo. Este disse-lhe: “Tenho medo do rei, meu Senhor, que determinou alimentação e bebida para todos vós; 10se vier a perceber em vós um aspecto mais abatido que o dos outros moços da vossa idade, estareis condenando minha cabeça perante o rei”. 11Mas disse Daniel ao guarda que o chefe dos eunucos tinha designado para tomar conta dele, de Ananias, Misael e Azarias: 12“Por favor, faze uma experiência com estes teus criados por dez dias, e nos sejam dados legumes para comer e água para beber; 13e que à tua frente seja examinada nossa aparência e a dos jovens que comem da mesa do rei, e, conforme achares, assim resolverás com estes teus criados”. 14O homem, depois de ouvir esta proposta, experimentou-os por dez dias. 15Depois desses dez dias, eles apareceram com melhor aspecto e mais robustos do que todos os outros jovens que se alimentavam com a comida do rei. 16O guarda, desde então, retirava a comida e bebida deles para dar-lhes legumes. 17A esses quatro jovens Deus concedeu inteligência e conhecimento das letras e das ciências, e a Daniel, o dom da interpretação de todos os sonhos e visões. 18Terminado, pois, o prazo que o rei tinha fixado para a apresentação dos jovens, foram estes trazidos à presença de Nabucodonosor pelo chefe dos eunucos. 19Depois de o rei lhes ter falado, não se achou ninguém, dentre todos os presentes, que se igualasse a Daniel, Ananias, Misael e Azarias. E passaram à companhia do rei. 20Em todas as questões de sabedoria e entendimento que lhes dirigisse, achava o rei neles dez vezes mais valor do que em todos os adivinhos e magos que haviam em todo o reino.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl (Dn) 3, 52.53.54.55.56 (R: 52b)
– A vós louvor, honra e glória eternamente!
R: A vós louvor, honra e glória eternamente!
– Sede bendito, Senhor Deus de nossos pais. A vós louvor, honra e glória, eternamente! Sede bendito, nome santo e glorioso. A vós louvor, honra e glória, eternamente!
R: A vós louvor, honra e glória eternamente!
– No templo santo onde refulge a vossa glória. A vós louvor, honra e glória, eternamente! Em vosso trono de poder vitorioso. A vós louvor, honra e glória, eternamente!
R: A vós louvor, honra e glória eternamente!
– Sede bendito, que sondais as profundezas. A vós louvor, honra e glória, eternamente! E superior aos querubins vos assentais. A vós louvor, honra e glória, eternamente!
R: A vós louvor, honra e glória eternamente!
– Sede bendito no celeste firmamento. A vós louvor, honra e glória, eternamente!
R: A vós louvor, honra e glória eternamente!

Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
 – Vigiai, diz Jesus, vigiai, pois no dia em que não esperais, o vosso Senhor há de vir (Mt 24,42.44)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 21,1-4
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.
– Glória a vós, Senhor!

– Naquele tempo, 1Jesus ergueu os olhos e viu pessoas ricas depositando ofertas no tesouro do Templo. 2Viu também uma pobre viúva que depositou duas pequenas moedas. 3Diante disso, ele disse: “Em verdade vos digo que essa pobre viúva ofertou mais do que todos. 4Pois todos eles depositaram, como oferta feita a Deus, aquilo que lhes sobrava. Mas a viúva, na sua pobreza, ofertou, da sua penúria, tudo quanto tinha para viver”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Nossa Senhora das Graças e a Medalha Milagrosa

Origens
A devoção a Nossa Senhora das Graças teve início, em 1830, com as aparições da Virgem Maria à piedosa e humilde Santa Catarina Labouré, na época freira do convento das Filhas da Caridade. Ao todo, foram três aparições que aconteceram no convento das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, em Paris, na França.
Primeira Aparição
A primeira aparição aconteceu na noite do dia 18 para o dia 19 de julho de 1830, onde Nossa Senhora revela a Santa Catarina grandes calamidades e perseguições que aconteceriam na França.
Segunda Aparição
A segunda aparição aconteceu no dia 27 de novembro de 1830. A Santíssima Virgem aparece vestida de seda branca, um véu branco desce até a barra de seu vestido. Seus pés estão apoiados sobre a metade de um globo e esmagam uma serpente. Suas mãos estão erguidas à altura do peito e seguram um globo de ouro com uma cruz em cima. Seus olhos estão voltados para o céu. Nossa Senhora apareceu-lhe mostrando nos dedos anéis incrustados de belíssimas pedras preciosas, “lançando raios para todos os lados, cada qual mais belo que o outro”. 
“Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”
Logo após, formou-se em torno da Virgem um quadro oval no alto, na qual estavam escritas em letras de ouro: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. Esta foi a prova do Céu de que Nossa Senhora é imaculada e concebida sem o pecado original.
Medalha Milagrosa
A Virgem mandou que fossem cunhadas medalhas, conforme as visões concedidas a Santa Catarina. A devoção a Nossa Senhora das Graças e a “Medalha Milagrosa”, como ficou popularmente conhecida entre os povos, espalhou-se rapidamente, bem como os milagres e prodígios, conforme prometeu a Virgem Maria àqueles que usarem devotamente a sua medalha: “Todos os que a usarem, trazendo-a ao pescoço, receberão grandes graças”. Com a aprovação eclesiástica, as medalhas foram confeccionadas e distribuídas, inicialmente na França, e mais tarde pelo mundo todo.
Verso da Medalha
Após alguns instantes, o quadro se vira. Sobre o reverso, Catarina vê a letra “M” com uma cruz sobreposta e embaixo dois corações: o da esquerda cercado de espinhos e o da direita transpassado por uma espada. Doze estrelas distribuídas em forma oval cercam esse conjunto.
Terceira Aparição
Em dezembro de 1830, a Virgem Maria aparece pela terceira vez, apresentando a Santa Catarina os mesmos raios luminosos, dessa vez junto ao tabernáculo, e lhe confirma sua missão de cunhar a medalha.
Nossa Senhora das Graças é invocada em todo o mundo
O Dogma
Desde o ano de 1830, a invocação “Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós” é pronunciada várias vezes por cristãos no mundo todo. Em 8 de dezembro de 1854, Pio IX proclama o dogma da Imaculada Conceição.
A Festa
Em 1894, Papa Leão XIII concede a todas as Dioceses da França a festa na Manifestação da Virgem Imaculada, chamada de “Medalha Milagrosa”, a ser celebrada no dia 27 de novembro. Em julho de 1897, Papa Leão XIII, por meio de seu legado, coroou solenemente a imagem da Medalha Milagrosa.
Devoção
A devoção a Nossa Senhora das Graças e a Medalha Milagrosa está presente no mundo inteiro devido à propagação da devoção realizada pelos Padres Lazaristas, pelas Filhas da Caridade e por toda a Família Vicentina.
Oração a Nossa Senhora das Graças:
Sim, ó Virgem Santa, não esqueçais as tristezas dessa terra; lançai um olhar de vontade aos que estão no sofrimento, aos que não cessam de provar o cálice das amarguras da vida. Tende piedade dos que se amam e que estão separados pela discórdia, pela doença, pelo cárcere, exílio ou morte. Tende piedade dos que choram, dos que suplicam, e dai a todos o conforto, a esperança e a paz! Atendei, pois, a minha humilde súplica e alcançai-me as graças que agora fervorosamente vos peço por intermédio de vossa santa Medalha Milagrosa! Amém.
Minha oração
“ Ó Mãe querida, nos cuide e nos proteja das doenças, da violência, da miséria física e espiritual. Sede nossa Senhora em tudo o que temos e somos, porque a ti confiamos a nossa vida, sabendo que de ti não somos decepcionados, mas sempre vistos como filhos queridos. Amém.”
Nossa Senhora das Graças, rogai por nós!
Outros santos e beatos celebrados em 27 de novembro
• Junto ao rio Cea, na Galécia, hoje na Espanha, os santos Facundo e Primitivo, mártires. († s. IV)
• Em Grumento, na Lucânia, hoje na Basilicata, região da Itália, São Lavério, mártir. († s. IV)
• Em Aquileia, na Venécia, agora no Friúli, também região da Itália, São Valeriano, bispo. († 388)
• Na antiga Pérsia, São Tiago, denominado Interciso, mártir. († c. 420)
• Em Riez, na Provença, actualmente na França, São Máximo, que foi abade do mosteiro de Lérins, sucedendo a Santo Honorato, o fundador deste cenóbio, e depois foi bispo de Riez. († d. 455)
• No território de Blois, na Gália, na atual França, Santo Eusício, solitário. († 542)
• Em Carpentras, na Provença, também na actual França, São Sifrido, bispo. († s. VI)
• Em Noyon, cidade da Gália, igualmente na hodierna França, Santo Acário, bispo. († 640)
• Em Mogúncia, na Renânia da Austrásia, na atual Alemanha, Santa Bililde, virgem, que fundou um cenóbio no qual morreu santamente. († s. VIII in.)
• Na Escócia, São Fergusto, bispo, que, segundo a tradição, exerceu o ministério entre os Pictos. († a. 721)
• Em Salzburgo, na Baviera, na hodierna Áustria, São Virgílio, bispo. († 784)
• Em Beauvoir-sur-Mer, localidade do litoral da França, no território de Nantes, na Bretanha Menor, São Gulstano, monge. († c. 1040)
• Em L’Áquila, na região dos Vestinos, hoje nos Abruzos, região da Itália, o Beato Bernardino de Fossa , presbítero da Ordem dos Menores. († 1503)
• Em Nagasaki, no Japão, os beatos Tomás Koteda Kiuni e dez companheiros, mártires.  († 1619)
• No campo de concentração de Dachau, perto de Munique, cidade da Baviera, na Alemanha, o Beato Bronislau Kostowski, mártir. († 1942)
Fonte:
• Devocionário a Nossa Senhora das Graças – Editora Canção Nova
Nossa Senhora das Graças, rogai por nós.

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SEXTA-FEIRA, DIA 24 DE NOVEMBRO DE 2023

SANTO ANDRÉ DUNG-LAC PRESBÍTERO E MÁRTIR
(vermelho)

Primeira leitura
1 Mc 4,36-37.52-59 
– Leitura do primeiro livro dos Macabeus: 36Naqueles dias, Judas e seus irmãos disseram: “Nossos inimigos foram esmagados. Vamos purificar o lugar santo e reconsagrá-lo”. 37Todo o exército então se reuniu e subiu ao monte Sião. 52No vigésimo quinto dia do nono mês, chamado Casleu, do ano cento e quarenta e oito, levantaram-se ao romper da aurora 53e ofereceram um sacrifício conforme a Lei, sobre o novo altar dos holocaustos que haviam construído. 54O altar foi novamente consagrado ao som de cânticos, acompanhados de cítaras, harpas e címbalos, na mesma época do ano e no mesmo dia em que os pagãos o haviam profanado. 55Todo o povo prostrou-se com o rosto em terra para adorar e louvar a Deus que lhes tinha dado um feliz triunfo. 56Durante oito dias, celebraram a dedicação do altar, oferecendo com alegria holocaustos e sacrifícios de comunhão e de louvor. 57Ornaram com coroas de ouro e pequenos escudos a fachada do templo. Reconstruíram as entradas e os alojamentos, nos quais puseram portas. 58Grande alegria tomou conta do povo, pois fora reparado o ultraje infligido pelos pagãos. 59De comum acordo com os irmãos e toda a assembléia de Israel, Judas determinou que os dias da dedicação do altar fossem celebrados anualmente com alegres festejos, no tempo exato, durante oito dias, a partir do dia vinte e cinco do mês de Casleu.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl (1Cr 29, 10.11abc.11d-12a.12bcd) (R: 1Cr 13b)
– Queremos celebrar o vosso nome glorioso.
R: Queremos celebrar o vosso nome glorioso.

– Bendito sejais vós, ó Senhor Deus, Senhor Deus de Israel, o nosso pai, desde sempre e por toda a eternidade!
R: Queremos celebrar o vosso nome glorioso.

– A vós pertencem a grandeza e o poder, toda a glória, esplendor e majestade, pois tudo é vosso: o que há no céu e sobre a terra!
R: Queremos celebrar o vosso nome glorioso.

– A vós, Senhor, também pertence a realeza, pois sobre a terra, como rei, vos elevais. Toda glória e riqueza vêm de vós!
R: Queremos celebrar o vosso nome glorioso.

– Sois o Senhor e dominais o universo, em vossa mão se encontra a força e o poder, em vossa mão tudo se afirma e tudo cresce!
R: Queremos celebrar o vosso nome glorioso.
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Minhas ovelhas escutam minha voz, eu as conheço e elas me seguem
 (Jo 10,27).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 19,45-48
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!   
– Naquele tempo, 45Jesus entrou no Templo e começou a expulsar os vendedores. 46E disse: “Está escrito: ‘Minha casa será casa de oração’. No entanto, vós fizestes dela um antro de ladrões”. 47Jesus ensinava todos os dias no Templo. Os sumos sacerdotes, os mestres da Lei e os notáveis do povo procuravam um modo de matá-lo. 48Mas não sabiam o que fazer, porque o povo todo ficava fascinado quando ouvia Jesus falar.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santo André Dung-Lac e companheiros mártires

Origens
Memória dos santos André Dung Lac, presbítero e companheiros mártires. Numa celebração comum, veneram-se os 117 missionários que sofreram o martírio no Tonquim, Anam e Cochinchina, regiões da Ásia, do atual Vietnã. Entre eles, há oito bispos, muitos presbíteros e um ingente número de fiéis de ambos os sexos e de todas as condições e idades. Estes abraçaram seu desterro, os cárceres, os tormentos, enfim, os mais cruéis suplícios, por recusarem calcar a cruz e abjurar da fé cristã.
A Chegada do Cristianismo no Vietnã
O cristianismo chegou ao Vietnã no início do século XVI, por obra do padre Alexandre Rhodes, jesuíta francês, considerado “apóstolo da jovem Igreja asiática”, ainda dividida em três regiões: Tonquim, Aname e Cochinchina. Em 1645, foi expulso do país. Desde então, ao longo dos séculos, a situação dos cristãos tornou-se cada vez mais difícil, por causa das sucessivas ondas de perseguições, que se alternavam com breves períodos de paz.
A vida do Santo André Dung-Lac 
Santo André Dung-Lac
Tran An Dung nasceu em Bac Ninh, em 1795, no seio de uma família tão pobre que, para garantir a sobrevivência do filho, foi obrigada a confiá-lo aos cuidados de um catequista católico. Por isso, foi educado na fé e batizado com o nome de André. Este futuro mártir foi ordenado sacerdote. Em 1823, tornou-se vice-pároco, em Dongchuan, onde ficou conhecido por seu estilo de vida simples, assistência assídua aos pobres e sobriedade em tudo. 
A Primeira Prisão
Em 1833, após a celebração da Missa, Santo André Dung-Lac foi preso pela primeira vez pelos guardas imperiais. Ao ser resgatado, mediante o pagamento de uma alta soma de dinheiro, arrecadado pelos fiéis, decidiu mudar seu nome de Dung para Lac, para chamar menos atenção. Assim, arriscou evangelizar as populações das províncias mais perigosas de Hanói e Nam-Dihn.
O Chamado para o Martírio
No final de 1839, André foi preso, pela terceira vez, junto com seu irmão Pedro. Assim, começou a entender que era chamado para o martírio: o Senhor queria que ele banhasse, com seu próprio sangue, aquela terra atormentada. Por isso, pediu ao Bispo para não pagar por sua libertação. 
Páscoa
Durante a sua transferência para a prisão de Hanói, muitos fiéis se reuniram e choravam; mas ele encorajava a todos, recomendando que continuassem a viver segundo os ensinamentos da Igreja. Na nova prisão, os dois irmãos sacerdotes foram obrigados a retratar-se e pisar na cruz. Como resposta, ajoelharam-se e a beijaram. Logo, para eles, a sentença não podia ser outra que a pena de morte: ambos foram justiçados com a decapitação, em dia 21 de dezembro, na periferia da cidade, no portão de Cau-Giay.
A Via de Santificação dos Mártires no Vietnã
Editais contra os Cristãos
De 1645 a 1886, os editais contra os cristãos, no Vietnã, foram 53, causando a morte de 113 mil fiéis. Diante da firmeza da sua fé, a monarquia vietnamita determinou a sua dispersão e confisco dos bens. 
Grupos Beatificados
O primeiro grupo de 64 mártires foi beatificado por Leão XIII, em 1900; depois, Pio X beatificou outros três grupos, entre os quais alguns Dominicanos: dois em 1906 e o outro em 1909. Por fim, Pio XII beatificou o quinto grupo em 1951. Com um Decreto, datado de 1986, a Igreja reuniu todos estes grupos distintos em um único, composto de 117 mártires – entre sacerdotes, religiosos e leigos – que foram canonizados por São João Paulo II, em 1990. 
O Líder do Grupo: André Dung- Lac
O líder deste grande grupo foi Santo André Dung-Lac, que, provavelmente, era o mais conhecido. Entre os 117 mártires, 96 eram de nacionalidade vietnamita, 11 espanhóis da Ordem dos Pregadores e 10 franceses da Sociedade de Missões Estrangeiras de Paris.
A Comemoração de hoje nos faz refletir sobre a união em favor da fé
A Data
Essa data demonstra a grande força da união comunitária em favor da fé. O exemplo dos primeiros mártires estimulou os conseguintes a fazerem o mesmo entregando suas vidas em oferta de oblação, em testemunho de fidelidade a Jesus até a morte. Isso marca o trabalho catequético e a experiência religiosa desse grupo que não se preocupou com aquilo que passa, mas preferiu abraçar as coisas que não passam. Nota-se, então, até que ponto pode chegar uma comunidade de fé reunida em torno amor a Jesus, ela é capaz do martírio. 
Minha oração
“ Nossos companheiros mártires, rogamos a vossa fortaleza nos momentos mais intensos de tentação e apostasia da fé. Pedimos que nos preparem nesta vida para as moradas eternas onde viveremos felizes para sempre junto a Jesus. Amém.”
Santo André Dung-Lac e companheiros mártires, rogai por nós! 

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QUARTA-FEIRA, DIA 22 DE NOVEMBRO DE 2023

SANTA CECILIA – VIRGEM E MÁRTIR
(vermelho)

Primeira leitura
2Mc 7,1.20-31 
– Leitura do segundo livro dos Macabeus: Naqueles dias, 1aconteceu que foram presos sete irmãos, com sua mãe, aos quais o rei, por meio de golpes de chicote e de nervos de boi, quis obrigar a comer carne de porco, que lhes era proibida. 20Mas especialmente admirável e digna de abençoada memória foi a mãe, que, num só dia, viu morrer sete filhos, e tudo suportou valorosamente por causa da esperança que depositou no Senhor. 21Cheia de nobres sentimentos, ela exortava a cada um na língua de seus pais e, revestindo de coragem varonil sua alma de mulher, dizia-lhes: 22“Não sei como aparecestes em minhas entranhas: não fui eu quem vos deu o espírito e a vida nem fui eu quem organizou os elementos dos vossos corpos. 23Por isso, o Criador do mundo, que formou o homem na sua origem e preside à geração de todas as coisas, ele mesmo, na sua misericórdia, vos dará de novo o espírito e a vida, pois agora vos desprezais a vós mesmos, por amor às suas leis”. 24Antíoco julgou que ela o desprezasse e suspeitou que o estivesse insultando. Como o mais novo dos irmãos ainda estivesse vivo, o rei tentava persuadi-lo. E não só com palavras, mas também com juramento, prometeu fazê-lo rico e feliz, além de torná-lo seu amigo e confiar-lhe altas funções, contanto que abandonasse as leis de seus antepassados. 25Vendo que o jovem não lhe prestava nenhuma atenção, o rei chamou a mãe e exortou-a a dar conselhos ao rapaz, para que salvasse a sua vida. 26Como ele insistisse com muitas palavras, ela concordou em persuadir o filho. 27Inclinou-se então para ele e, zombando do cruel tirano, assim falou na língua de seus pais: “Filho, tem compaixão de mim, que te trouxe nove meses em meu seio e por três anos te amamentei; que te criei e eduquei até a idade que tens, sempre cuidando do teu sustento. 28Eu te peço, meu filho: contempla o céu e a terra e observa tudo o que neles existe. Reconhece que não foi de coisas existentes que Deus os fez, e que também o gênero humano surgiu da mesma forma. 29Não tenhas medo desse carrasco. Pelo contrário, sê digno de teus irmãos e aceita a morte, a fim de que eu torne a receber-te com eles no tempo da misericórdia”. 30Mal tinha ela acabado de falar, o jovem declarou: “Que esperais? Não obedecerei às ordens do rei, mas aos mandamentos da Lei dada aos nossos pais por Moisés. 31E tu, que inventaste toda espécie de maldades contra os hebreus, não escaparás às mãos de Deus”.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 17,1.5-6.8b.15 (R: 15b)
– Ao despertar me saciará vossa presença, ó Senhor!
R: Ao despertar me saciará vossa presença, ó Senhor!

– Ó Senhor, ouvi a minha justa causa, escutai-me e atendei o meu clamor! Inclinai o vosso ouvido à minha prece, pois não existe falsidade nos meus lábios!
R: Ao despertar me saciará vossa presença, ó Senhor!

– Os meus passos eu firmei na vossa estrada, e por isso os meus pés não vacilaram. Eu vos chamo, ó meu Deus, porque me ouvis, inclinai o vosso ouvido e escutai-me!
R: Ao despertar me saciará vossa presença, ó Senhor!

– Protegei-me qual dos olhos a pupila e guardai-me, à proteção de vossas asas. Mas eu verei, justificado, a vossa face e ao despertar me saciará vossa presença.
R: Ao despertar me saciará vossa presença, ó Senhor!
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Eu vos escolhi afim de que deis, no meio do mundo, um fruto que dure 
(Jo 15,16).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 19,11-28
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!   
– Naquele tempo, 11Jesus acrescentou uma parábola, porque estava perto de Jerusalém e eles pensavam que o Reino de Deus ia chegar logo. 12Então Jesus disse: “Um homem nobre partiu para um país distante, a fim de ser coroado rei e depois voltar. 13Chamou então dez dos seus empregados, entregou cem moedas de prata a cada um e disse: ‘Procurai negociar até que eu volte’. 14Seus concidadãos, porém, o odiavam, e enviaram uma embaixada atrás dele, dizendo: ‘Nós não queremos que esse homem reine sobre nós’. 15Mas o homem foi coroado rei e voltou. Mandou chamar os empregados, aos quais havia dado o dinheiro, a fim de saber quanto cada um havia lucrado.
16O primeiro chegou e disse: ‘Senhor, as cem moedas renderam dez vezes mais’. 17O homem disse: ‘Muito bem, servo bom. Como foste fiel em coisas pequenas, recebe o governo de dez cidades’. 18O segundo chegou e disse: ‘Senhor, as cem moedas renderam cinco vezes mais’. 19O homem disse também a este: ‘Recebe tu também o governo de cinco cidades’. 20Chegou o outro empregado e disse: ‘Senhor, aqui estão as tuas cem moedas que guardei num lenço, 21pois eu tinha medo de ti, porque és um homem severo. Recebes o que não deste e colhes o que não semeaste’.  22O homem disse: ‘Servo mau, eu te julgo pela tua própria boca. Tu sabias que eu sou um homem severo, que recebo o que não dei e colho o que não semeei. 23Então, por que tu não depositaste meu dinheiro no banco? Ao chegar, eu o retiraria com juros’. 24Depois disse aos que estavam aí presentes: ‘Tirai dele as cem moedas e dai-as àquele que tem mil’. 25Os presentes disseram: ‘Senhor, esse já tem mil moedas!’ 26Ele respondeu: ‘Eu vos digo: a todo aquele que já possui, será dado mais ainda; mas àquele que nada tem, será tirado até mesmo o que tem. 27E quanto a esses inimigos, que não queriam que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui e matai-os na minha frente’”. 28Jesus caminhava à frente dos discípulos, subindo para Jerusalém.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santa Cecília, padroeira dos músicos e cantores

Origens 
Santa Cecília era uma nobre jovem romana, foi martirizada por volta do ano 230, durante o império de Alexandre Severo e o Pontificado de Urbano I. Seu culto é antiquíssimo: a Basílica a ela dedicada no bairro romano de Trastevere é anterior ao edito de Constantino. Em 313, decretou o domingo como dia ferial; e a festa em sua memória foi celebrada no ano 545.
Voto de Virgindade Perpétua
A narração do seu martírio está contida na Passio Sanctae Caeciliae, um texto mais literário que histórico caracterizado por uma forte conotação lendária. Segundo a Passio, Santa Cecília era esposa do patrício Valeriano, para quem, no dia do matrimônio, revelou ter-se convertido ao Cristianismo e ter feito o voto de virgindade perpétua, por isso, não poderia viver as relações matrimoniais, além disso, indicou que ele fizesse o mesmo. Valeriano aceitou, então, foi catequizado e batizado pelo Papa Urbano I. 
A Prisão dos Irmãos
Logo depois, também seu irmão Tibúrcio abraçou a fé cristã. Ambos os irmãos foram presos, por ordem do prefeito Turcio Almachio; após serem torturados, foram decapitados, juntos com Máximo, o oficial encarregado de levá-los ao cárcere; mas que, ao longo do caminho, também se convertera e, por isso, morreu junto a eles.
A fé de Santa Cecília venceu a morte 
As Frustradas tentativas de Almachio
Por conseguinte, Almachio decidiu também matar Santa Cecília. No entanto, ele temia as repercussões por uma execução pública, visto a popularidade da jovem cristã. Então, após tê-la submetido a um julgamento sumário, mandou levá-la para a sua casa, onde foi trancada em uma terma, em altíssima temperatura, simulando uma morte por asfixia. Depois de um dia e uma noite, os guardas a encontraram milagrosamente viva, envolvida em um celeste refrigério. Assim, Almachio mandou decapitá-la. Mas apesar de três golpes violentos na nuca, o algoz não conseguiu cortar sua cabeça. 
Páscoa
Santa Cecília morreu após três dias de agonia, durante os quais doou todos os seus bens aos pobres, a sua casa à Igreja. Não podendo mais pronunciar sequer uma palavra, continuou a professar a sua fé em Deus, Uno e Trino, apenas com os dedos das mãos. Foi desta forma que o pintor Stefano Maderno a esculpiu na famosa estátua, que ainda se encontra sob o altar central da Basílica a ela dedicada.
“A virgem Cecília que trazia sempre em seu coração o Evangelho de Cristo” (Papa Pascoal I)
Relíquias
A Lenda Áurea, a coletânea medieval de biografias hagiográficas, composta em latim pelo dominicano, Jacopo de Varazze, que conta uma série de elementos narrativos da Passio. Na coletânea, narra que foi o próprio Papa Urbano I, com a ajuda de alguns diáconos, que sepultou o corpo da jovem mártir nas Catacumbas de São Calisto. Foi sepultada em um lugar de honra, perto da cripta dos Papas. 
A Transladação das Relíquias
No ano 821, o Papa Pascoal I, grande devoto da santa, transladou suas relíquias à cripta da Basílica de Santa Cecília, no bairro romano de Trastevere, edificada em sua memória. Às vésperas do Jubileu de 1600, durante as obras de restauração da Basílica, a pedido do Cardeal Paulo Emílio Sfrondati, foi encontrado o sarcófago, com o corpo da jovem Santa. O corpo estava em ótimo estado de conservação, coberto com um vestido de seda e ouro.
Santa Cecília e a Música
A conexão com a Música
Há uma conexão explícita entre Santa Cecília e a Música, documentada desde a Idade Média tardia. O motivo deve-se a uma errada interpretação, segundo alguns, de um trecho da Passio. Segundo outros, da antífona de entrada da Missa, por ocasião da sua festa, onde se lê: “Enquanto os órgãos tocavam, ela canta, em seu coração, somente ao Senhor”. A partir da segunda metade do século XV, em diversos lugares da Europa, a iconografia da Santa começa a proliferar-se e a enriquecer-se de elementos musicais.
Obra de Rafael Sanzio
O êxtase de Santa Cecília, obra-prima de Rafael Sanzio para a igreja de São João no Monte, em Bolonha, que a representa com uma mão em um órgão móvel e, em seus pés, vários instrumentos musicais. A obra confirma a íntima ligação da mártir romana com a música. Ela já era invocada e celebrada como Padroeira dos músicos e cantores. Foi dedicada a ela a Academia de Música, fundada em Roma em 1584.
Exemplo de Entrega total a Jesus
Santa Cecília é para a Igreja um grande sinal de fé e pureza, pois ela permaneceu fiel aos seus votos de virgindade mesmo em meio às ameaças contra a sua vida. Escolheu abraçar o martírio do que renunciar seu amor total a Jesus. Torna-se, então, um exemplo de mulher forte na fé, convicta no amor. Portanto, é padroeira da música porque cantou com a vida uma canção de amor a Jesus.
Minha oração
“Ó querida santa, rogai pelos músicos, para que tenham composições santas, que se inspirem cada dia mais na vida e no testemunho da Igreja de Cristo; e, por meio disso, o nome do Senhor seja anunciado, querido e amado por todos os que rezam através das músicas. Amém.”
Santa Cecília, rogai por nós! 

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TERÇA-FEIRA, DIA 21 DE NOVEMBRO DE 2023

APRESENTAÇÃO DE NOSSA SENHORA
(branco)

Primeira leitura
Zc 2,14-17
– Leitura da profecia de Zacarias: 14“Rejubila, alegra-te, cidade de Sião, eis que venho para habitar no meio de ti, diz o Senhor. 15Muitas nações se aproximarão do Senhor, naquele dia, e serão o seu povo. Habitarei no meio de ti, e saberás que o Senhor dos exércitos me enviou a ti. 16O Senhor entrará em posse de Judá, como sua porção na terra santa, e escolherá de novo Jerusalém. 17Emudeça todo mortal diante do Senhor, ele acaba de levantar-se de sua santa habitação”.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl (Lc) 1, 46-47.48-49.50-51.52-53.54-55 (R: 49)
– O Poderoso fez por mim maravilhas e santo é o seu nome.
R: O Poderoso fez por mim maravilhas e santo é o seu nome.
– A minha alma engrandece o Senhor, e se alegrou o meu espírito em Deus, meu salvador.
R: O Poderoso fez por mim maravilhas e santo é o seu nome.
– Pois ele viu a pequenez de sua serva, desde agora as gerações hão de chamar-me de bendita. O Poderoso fez por mim maravilhas e santo é o seu nome!
R: O Poderoso fez por mim maravilhas e santo é o seu nome.
– Seu amor, de geração em geração, chega a todos os que o respeitam. Demonstrou o poder de seu braço, dispersou os orgulhos.
R: O Poderoso fez por mim maravilhas e santo é o seu nome.
– Derrubou os poderosos de seus tronos e os humildes exaltou. De bens saciou os famintos e despediu, sem nada, os ricos.
R: O Poderoso fez por mim maravilhas e santo é o seu nome.
– Acolheu Israel, seu servidor, fiel ao seu amor, como havia prometido aos nossos pais em favor de Abraão e de seus filhos, para sempre.
R: O Poderoso fez por mim maravilhas e santo é o seu nome.
Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Feliz quem ouve e observa a Palavra de Deus! (Lc 11,28)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 12,46-50

– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 46enquanto Jesus estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele. 47Alguém disse a Jesus: “Olha! Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar contigo”. 48Jesus perguntou àquele que tinha falado: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?” 49E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: “Eis minha mãe e meus irmãos. 50Pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Apresentação de Nossa Senhora no Templo

Origens 
A Festa da Apresentação de Nossa Senhora ao Templo recorda, segundo os Evangelhos apócrifos, o dia em que Maria, ainda criança, vai ao templo de Jerusalém para se consagrar a Deus.
Ciclo Mariano
Depois de ter celebrado a Natividade de Maria Santíssima no dia 8 de setembro e quatro dias depois, dia 12, a Festa do Seu Santíssimo Nome, que lhe foi imposto logo após o seu nascimento. O Ciclo Mariano celebra, neste dia, a Apresentação no templo desta jovem, filha da bênção.
A Memória
A memória que a Igreja celebra hoje não encontra fundamentos explícitos nos Evangelhos Canônicos, mas algumas pistas no chamado protoevangelho de Tiago, livro de Tiago, ou ainda, História do nascimento de Maria. A validade do acontecimento que lembramos possui real alicerce na Tradição que a liga à Dedicação da Igreja de Santa Maria Nova, construída em 543, perto do templo de Jerusalém.
O Dom de Maria
A Igreja não pretende dar realce apenas ao acontecimento histórico, que não existe nos Evangelhos, mas ao dom total da jovem de Nazaré, que, ao ouvir a frase “Bem-aventurados os que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática”, se preparou para ser “templo do Filho”.
Apresentação de Nossa Senhora no Templo: um ato de amor e consagração 
Os Manuscritos
Os manuscritos não canônicos contam que Joaquim e Ana, por muito tempo, não tinham filhos, até que nasceu Maria, cuja infância se dedicou total e livremente a Deus, impelida pelo Espírito Santo desde sua concepção imaculada. Tanto no Oriente quanto no Ocidente observamos esta celebração mariana nascendo do meio do povo e com muita sabedoria sendo acolhida pela Liturgia Católica. Por isso, essa festa aparece no Missal Romano a partir de 1505, onde busca exaltar Jesus através daquela que muito bem soube fazer isso com a vida, como partilha Santo Agostinho, em um dos seus Sermões:
“Acaso não fez a vontade do Pai a Virgem Maria, que creu pela fé, pela fé concebeu, foi escolhida dentre os homens para que dela nos nascesse a salvação, criada por Cristo antes que Cristo nela fosse criado? Fez Maria totalmente a vontade do Pai e por isso mais valeu para ela ser discípula de Cristo do que mãe de Cristo; maior felicidade gozou em ser discípula do que mãe de Cristo. E assim Maria era feliz porque já antes de dar à luz o Mestre, trazia-o na mente”.
Um ato de Amor
A vida de Maria no Templo foi um profundo ato de amor e consagração de si mesma aos planos do Senhor. A festa da Apresentação de Maria nos leva a pensar em nossa consagração a Deus. A refletir sobre a graça que recebemos por meio de nosso batismo. Amar a Deus e servi-Lo é um compromisso ao qual nenhum cristão pode abrir mão. 
Devoção da Beata Maria do Divino Coração
A Beata Maria do Divino Coração dedicava devoção especial à festa da Apresentação de Nossa Senhora no Templo, de modo que quis que os atos mais importantes da sua vida se realizassem neste dia.
O Mundo Consagrado ao Coração de Maria
Concílio Vaticano II
Foi no dia 21 de novembro de 1964 que o Papa Paulo VI, na clausura da 3ª Sessão do Concílio Vaticano II, consagrou o mundo ao Coração de Maria e declarou Nossa Senhora Mãe da Igreja.
A Festa
Neste dia de festa, o “dom” que Maria faz de si a Deus se entrelaça com seu compromisso de viver a vida, animada pela fé, na certeza de que o próprio Deus providenciará tudo (cf. Gn 22). Quando, para o homem, tudo parece impossível, tudo se torna possível para quem acredita em Deus. É preciso, com fé, confiar na intercessão de Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe.
Nossa Senhora da  Saúde 
Neste mesmo dia 21 de novembro celebra-se a festa mais famosa de Maria, Nossa Senhora da Saúde. A festa foi instituída na então República do Vêneto, em 1630, que, depois, se espalhou por toda parte. Esta recorrência e tradição tiveram origem depois da epidemia, que atingiu todo o norte da Itália, entre 1630 e 1631, que também citada por Alessandro Manzoni em “Os Noivos”. Além disso, por desejo de Pio XII, a Igreja também celebra, desde 1953, o “Dia das Monjas de Clausura”. 
Minha oração
“Ó Maria, assim como foste consagrada a Deus, faça de nós homens e mulheres consagrados da mesma forma. Não queremos nos consagrar só a Deus, mas também a ti porque reconhecemos que tu és um caminho perfeito para Cristo Jesus. Amém.”
Nossa Senhora da Apresentação, rogai por nós!

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SÁBADO, DIA 18 DE NOVEMBRO DE 2023

COMEMORAÇÃO DAS BASÍLICAS DE São PEDRO E São PAULO, APÓSTOLOS.
Cor Litúrgica (branco)

Primeira leitura
Sb 18,14-16;19,6-9 
– Leitura do livro da Sabedoria: 18,14Quando um tranquilo silêncio envolvia todas as coisas e a noite chegava ao meio de seu curso, 15a tua palavra onipotente, vinda do alto do céu, do seu trono real, precipitou-se, como guerreiro impiedoso, no meio de uma terra condenada ao extermínio; como espada afiada, levava teu decreto irrevogável; 16defendendo-se, encheu tudo de morte e, mesmo estando sobre a terra, ela atingia o céu. 19,6Então, a criação inteira, obediente às tuas ordens, foi de novo remodelada em cada espécie de seres, para que teus filhos fossem preservados de todo perigo. 7Apareceu a nuvem para dar sombra ao acampamento, e a terra enxuta surgiu onde antes era água: o mar Vermelho tornou-se caminho desimpedido, e as ondas violentas se transformaram em campo verdejante, 8por onde passaram, como um só povo, os que eram protegidos por tua mão, contemplando coisas assombrosas. 9Como cavalos soltos na pastagem e como cordeiros, correndo aos saltos, glorificaram-te a ti, Senhor, seu libertador
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 105,2-3.36-37.42-43 (R: 5a)
– Lembrai sempre as maravilhas do Senhor!
R: Lembrai sempre as maravilhas do Senhor!

– Cantai, entoai salmos para ele, publicai todas as suas maravilhas! Gloriai-vos em seu nome que é santo, exulte o coração que busca a Deus!
R: Lembrai sempre as maravilhas do Senhor!

– Matou na própria terra os primogênitos, a fina flor de sua força varonil. Fez sair com ouro e prata o povo eleito, nenhum doente se encontrava em suas tribos.
R: Lembrai sempre as maravilhas do Senhor!

– Ele lembrou-se de seu santo juramento, que fizera a Abraão, seu servidor. Fez sair com grande júbilo o seu povo, e seus eleitos, entre gritos de alegria.
R: Lembrai sempre as maravilhas do Senhor!

Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Pelo Evangelho o Pai nos chamou, a fim de alcançarmos a glória de nosso Senhor Jesus Cristo (2Ts 2,14).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 18,1-8
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!   
– Naquele tempo, 1Jesus contou aos discípulos uma parábola, para mostrar-lhes a necessidade de rezar sempre, e nunca desistir, dizendo: 2“Numa cidade havia um juiz que não temia a Deus, e não respeitava homem algum. 3Na mesma cidade havia uma viúva, que vinha à procura do juiz, pedindo: ‘Faze-me justiça contra o meu adversário!’ 4Durante muito tempo, o juiz se recusou. Por fim, ele pensou: ‘Eu não temo a Deus, e não respeito homem algum. 5Mas esta viúva já me está aborrecendo. Vou fazer-lhe justiça, para que ela não venha agredir-me!’” 6E o Senhor acrescentou: “Escutai o que diz este juiz injusto. 7E Deus, não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? Será que vai fazê-los esperar?  8Eu vos digo que Deus lhes fará justiça bem depressa. Mas o Filho do homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?”
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Dedicação das Basílicas de São Pedro e de São Paulo

Origens 
Celebra-se o aniversário de duas grandes Basílicas pontifícias: São Pedro, no Vaticano, e a de São Paulo fora dos Muros. Localizadas em Roma, a dedicação da Basílica de São Pedro foi feita pelo Papa Silvestre, que governou a Igreja entre o ano 314 a 335. A Basílica de São Paulo foi dedicada pelo Papa Sirício, cujo pontificado ocorreu entre 384 a 399. Na cripta da Basílica de São Pedro de Roma, descansam os seus restos mortais.
Importância dos Apóstolos
Nesta celebração das belas basílicas, são ressaltadas a importância dos dois apóstolos, chamados “as duas colunas da Igreja”. Um foi o grande condutor e primeiro Papa da Igreja, o outro desbravou a evangelização e levou Cristo aos gentios. Celebrando essa memória, deseja-se ressaltar a fraternidade entre os apóstolos e a unidade dentro da Igreja. São locais importantíssimos para o catolicismo por terem os corpos (relíquias) dessas grandes personalidades. Essa data faz pensar que cada qual em seu chamado tem seu papel fundamental dentro do contexto eclesial.
São Pedro e de São Paulo: as duas colunas da Igreja 
Basílica de São Pedro
Início da Construção
No ano 323, o imperador Constantino começou a construir a Basílica de São Pedro, a pedido da sua mãe, Santa Helena, sobre o lugar da sepultura do apóstolo Pedro. Durante o pontificado de Júlio II, a antiga igreja de São Pedro foi demolida e construída outra. Inspirada na memória do Príncipe dos Apóstolos, foi desenhada por Bramante, em forma de uma Cruz grega, que correspondia aos ideais da Renascença.
Cúpula por Michelangelo
Em 1506, a pedido do Papa Paulo III, o gênio imortal de Michelangelo construiu a famosa Cúpula, entre 1546 e 1564, mas não conseguiu completá-la antes da sua morte, em 1564. Carlos Maderno construiu a fachada e terminou a nave a pedido do Papa Paulo V, entre 1607 e 1614. Bernini levantou o grande baldaquino do altar-mor, em 1623. Continuou a decoração interior e desenhou as Colunas da Praça São Pedro.
Dedicação da Basílica de São Pedro
No dia 18 de novembro de 1626, o Papa Urbano VIII consagrou a Basílica dedicada ao Apóstolo São Pedro. A Basílica de São Pedro é a maior de todas as igrejas católicas do mundo. Foi construída sobre o túmulo do Apóstolo Pedro, ocupa uma área de 23.000 m² e comporta mais de 60 mil pessoas.
Basílica de São Paulo
Relíquia de São Paulo
São Paulo foi enterrado, provavelmente, no lugar do seu suplício, em um cemitério comum dos cristãos, sobre o qual foi construída a Basílica a ele dedicada. Ao longo dos séculos, houve um grande movimento de peregrinações à sua sepultura. A partir do século XIII, data do primeiro Ano Santo, a Basílica de São Paulo fora dos Muros, por se encontrar fora da Porta da Cidade Eterna, fez parte do itinerário do ano jubilar, para se obter indulgência plenária. Além disso, contava com uma Porta Santa. Na entrada, encontra-se uma enorme estátua do evangelista Paulo. A estátua possui 131,66 metros de comprimento, 65 de largura e 29,70 de altura.
A Construção
Trata-se de uma construção imponente, a segunda em grandeza das quatro Basílicas papais. A primeira é a de São Pedro, a segunda de São Paulo e, a seguir, as outras duas: Santa Maria Maior e São João de Latrão, sede da diocese de Roma. A atual Basílica de São Paulo fora dos Muros é uma reconstrução, do século XVIII, da antiga basílica de Constantino. A Basílica, situada em um lugar, que, antes, se encontrava fora dos Muros da Cidade de Roma, foi restaurada entre o ano 440 e 461 pelo Papa São Leão.
Dedicação da Basílica de São Paulo
Em 15 de julho de 1823, um incêndio destruiu a Basílica Paulina, mas a sua reconstrução ficou bem mais formosa. Sob o altar-mor, uma placa de mármore indica o lugar, onde o Apóstolo Paulo foi sepultado. Ali, está escrita a seguinte frase: “Paulo, Apóstolo, mártir”. O Papa Pio IX quis que a Dedicação da Basílica de São Paulo fosse no mesmo dia da Basílica de São Pedro, em 18 de novembro.
Minha oração
“Aos templos que recordam os dois pilares da Igreja, pedimos aos santos Apóstolos que inspirem e iluminem a Igreja neste tempo tão necessário à evangelização. Conduzi o nosso Papa nos caminhos que Deus lhe pede, desafios tão difíceis da atualidade e concedei que seja fiel até o fim. Aos leigos dai o amor e zelo pela Igreja. Amém.”
São Pedro e São Paulo, rogai por nós! 

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QUINTA-FEIRA, DIA 16 DE NOVEMBRO DE 2023

XXXII SEMANA DO TEMPO COMUM
Cor Litúrgica (verde)

Primeira leitura
Sb 7,22-8,1 
– Leitura do livro da Sabedoria: 7,22Na Sabedoria há um espírito inteligente, santo, único, múltiplo, sutil, móvel, perspicaz, imaculado, lúcido, invulnerável, amante do bem, penetrante, 23desimpedido, benfazejo, amigo dos homens, constante, seguro, sem inquietação, que tudo pode, que tudo supervisiona, que penetra todos os espíritos, os inteligentes, os puros, os mais sutis. 24Pois a Sabedoria é mais ágil que qualquer movimento, e atravessa e penetra tudo por causa da sua pureza. 25Ela é um sopro do poder de Deus, uma emanação pura da glória do todo-poderoso; por isso, nada de impuro pode introduzir-se nela: 26ela é um reflexo da luz eterna, espelho sem mancha da atividade de Deus e imagem da sua bondade. 27Sendo única, tudo pode; permanecendo imutável, renova tudo; e comunicando-se às almas santas de geração em geração, forma os amigos de Deus e os profetas. 28Pois Deus ama tão-somente aquele que vive com a Sabedoria. 29De fato, ela é mais bela que o sol e supera todas as constelações; comparada à luz, ela tem a primazia: 30pois a luz cede lugar à noite, ao passo que, contra a Sabedoria, o mal não prevalece. 8,1Ela se estende com vigor de uma extremidade à outra da terra e com suavidade governa todas as coisas.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 119,89.90.91.130.135.175 (R: 89a)
– É eterna, ó Senhor, vossa Palavra!
R: É eterna, ó Senhor, vossa Palavra!

– É eterna, ó Senhor, vossa Palavra, ela é tão firme e estável quanto o céu.
R: É eterna, ó Senhor, vossa Palavra!

– De geração em geração, vossa verdade permanece como a terra que firmastes.
R: É eterna, ó Senhor, vossa Palavra!

– Porque mandastes, tudo existe até agora; todas as coisas, ó Senhor, vos obedecem!
R: É eterna, ó Senhor, vossa Palavra!

– Vossa Palavra, ao revelar-se, me ilumina, ela dá sabedoria aos pequeninos.
R: É eterna, ó Senhor, vossa Palavra!

– Fazei brilhar vosso semblante ao vosso servo, e ensinai-me vossas leis e mandamentos!
R: É eterna, ó Senhor, vossa Palavra!

– Possa eu viver e para sempre vos louvar; e que me ajudem, ó Senhor, vossos conselhos!
R: É eterna, ó Senhor, vossa Palavra!
 Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Eu sou a videira e vós sois os ramos; um fruto abundante vós haveis de dar (Jo 15,5).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 17,20-25
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!   
– Naquele tempo, 20os fariseus perguntaram a Jesus sobre o momento em que chegaria o Reino de Deus. Jesus respondeu: “O Reino de Deus não vem ostensivamente. 21Nem se poderá dizer: ‘Está aqui’ ou ‘Está ali’, porque o Reino de Deus está entre vós”. 22E Jesus disse aos discípulos: “Dias virão em que desejareis ver um só dia do Filho do Homem e não podereis ver. 23As pessoas vos dirão: ‘Ele está ali’ ou ‘Ele está aqui’. Não deveis ir, nem correr atrás. 24Pois, como o relâmpago brilha de um lado até o outro do céu, assim também será o Filho do Homem, no seu dia. 25Antes, porém, ele deverá sofrer muito e ser rejeitado por esta geração”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santa Margarida da Escócia, a caridosa rainha

Origens 
Santa Margarida nasceu em Mecseknádasd, Hungria, no ano de 1046, isso quando seu pai Eduardo III (de nobre família inglesa) ali vivia exilado devido aos conflitos pelo trono da Inglaterra (o rei da Dinamarca ocupara o trono inglês). Em 1054, seu pai retornou à Inglaterra, Margarida tinha, portanto, oito ou nove anos quando conheceu a pátria inglesa. 
Restauração da Guerra
No entanto, após a morte de seu tio-avô, Santo Eduardo, em 1066, recomeçaram os conflitos. A luta entre Haroldo e Guilherme da Normandia obrigou Edgardo, irmão de Margarida, a refugiar-se novamente na Escócia com a mãe e as irmãs, tendo-lhes o pai morrido alguns anos antes.
Esposa do Rei Malcom III
Vivendo na Escócia, em 1070, Margarida casou-se com o rei Malcom III, tornando-se rainha da Escócia, dessa união, tiveram oito filhos. Seis príncipes e duas princesas, uma delas chamada Edite, que veio posteriormente a ser rainha da Inglaterra e ficou conhecida com o nome de Santa Matilde com os quais buscava a graça de constituir uma verdadeira Igreja doméstica. 
Santa Margarida da Escócia: Caridosa Rainha 
Rainha da Escócia
Como rainha da Escócia, procurou cooperar com o rei, tanto no seu aperfeiçoamento humano, pois de rude passou a doce. Quanto à administração do reino, baniu todas as futilidades e aproximou os bens reais das necessidades dos pobres.

Caridade
Conta-se que a própria Santa Margarida da Escócia alimentava e servia diariamente mais de cem pobres. Ela cuidava a ponto de lavar os pés e beijar as chagas daqueles que eram vistos e tratados por ela como irmãos e presença de Cristo.
Disseminadora da Fé Católica
Graças a Santa Margarida da Escócia, os cultos religiosos foram uniformizados e conformados com os da Igreja de Roma. Determinou que o jejum quaresmal fosse respeitado, e que a Páscoa fosse celebrada; recomendou a frequente busca pela confissão e a abstenção dos trabalhos aos domingos. Incentivou a construção de igrejas, capelas e escolas, difundindo a educação religiosa. Com seu intermédio, monges beneditinos fundaram mosteiros na Escócia.
Santa Margarida da Escócia, teve fé nos momentos mais difíceis
Morte do Rei Malcolm III
Com a saúde debilitada, Margarida adoeceu, em 1093. Ao mesmo tempo, o seu esposo e filho mais velho tiveram que participar de uma batalha contra Guilherme, o Vermelho, que invadia toda a Escócia. Ambos faleceram nesse mesmo ano. Margarida, que tanto os amava, não se desesperou, e sim aceitou; entregou tudo a Deus rezando: “Agradeço, ó Deus, porque me dás a paciência para suportar tantas desgraças!”.
Páscoa
Santa Margarida da Escócia faleceu no dia 16 de novembro de 1093 no Castelo de Edimburgo. Foi sepultada na igreja da Santíssima Trindade, em Dunfermline, para onde também o corpo do rei Malcom III foi levado mais tarde.
Via de Santificação
Em 1250, foi canonizada pelo Papa Inocêncio IV devido a seu exemplo de vida e fidelidade à Igreja e caridade para com os necessitados.
Minha oração
“Santa rainha, foste nobre no sangue e na alma, soubeste amar os irmãos como Jesus ensinou, e a viver a caridade como ele ordenou.  Do mesmo modo, dai a cada um de nós as mesmas virtudes para que sejamos nobres em santidade e humildes em todas as ocasiões. Amém.”
Santa Margarida da Escócia, rogai por nós!

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TERÇA-FEIRA, DIA 14 DE NOVEMBRO DE 2023

XXXII SEMANA TEMPO COMUM
Cor Litúrgica (verde)

Primeira leitura
Sb 2,23-3,9 
– Leitura do livro da Sabedoria: 2,23Deus criou o homem para a imortalidade e o fez à imagem de sua própria natureza; 24foi por inveja do diabo que a morte entrou no mundo, e experimentam-na os que a ele pertencem. 3,1A vida dos justos está nas mãos de Deus, e nenhum tormento os atingirá. 2Aos olhos dos insensatos parecem ter morrido; sua saída do mundo foi considerada uma desgraça, 3e sua partida do meio de nós, uma destruição; mas eles estão em paz. 4Aos olhos dos homens parecem ter sido castigados, mas sua esperança é cheia de imortalidade; 5tendo sofrido leves correções, serão cumulados de grandes bens, porque Deus os pôs à prova e os achou dignos de si. 6Provou-os como se prova o ouro no fogo e aceitou-os como ofertas de holocausto; 7no dia do seu julgamento hão de brilhar, correndo como centelhas no meio da palha; 8vão julgar as nações e dominar os povos, e o Senhor reinará sobre eles para sempre. 9Os que nele confiam compreenderão a verdade, e os que perseveram no amor ficarão junto dele, porque a graça e a misericórdia são para seus eleitos.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 34,2-3.16-17.18-19 (R: 2a)
– Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo!
R: Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo!

– Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. Minha alma se gloria no Senhor; que ouçam os humildes e se alegrem!
R: Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo!

– O Senhor pousa seus olhos sobre os justos, e seu ouvido está atento ao seu chamado; mas ele volta a sua face contra os maus, para da terra apagar sua lembrança.
R: Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo!

– Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta e de todas as angústias os liberta. Do coração atribulado ele está perto e conforta os de espírito abatido.
R: Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo!
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Quem me ama realmente, guardará minha Palavra, e meu Pai o amará e a ele nós viremos (Jo 14,23).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 17,7-10
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!   
– Naquele tempo, disse Jesus: 7“Se algum de vós tem um empregado que trabalha a terra ou cuida dos animais, por acaso vai dizer-lhe, quando ele volta do campo: ‘Vem depressa para a mesa?’ 8Pelo contrário, não vai dizer ao empregado: ‘Prepara-me o jantar, cinge-te e serve-me, enquanto eu como e bebo; depois disso poderás comer e beber?’ 9Será que vai agradecer ao empregado, porque fez o que lhe havia mandado? 10Assim também vós: quando tiverdes feito tudo o que vos mandaram, dizei: ‘Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer’”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São José Pignatelli

Profundo devoto do Sagrado Coração de Jesus e da Virgem Santíssima, homem adorador, São José Pignatelli foi canonizado em 1954 pelo Papa Pio XII
San_Giuseppe_Pignatelli
José Pignatelli nasceu em 1737, em Saragoça, do ramo espanhol de uma nobilíssima família do reino de Nápoles. Perdendo a mãe aos cinco anos, veio para essa cidade onde recebeu de uma irmã uma ótima educação católica. Voltando para Espanha, aos quinze anos, entrou na Companhia de Jesus. Feito o Noviciado e emitidos depois os primeiros votos em Tarragona, aplicou-se aos estudos, primeiro em Manresa e, depois, nos colégios de Bilbau e de Saragoça.
Ordenado sacerdote, dedicou-se ao ensino das Letras e, com grande fruto, aos ministérios apostólicos. Levantou-se, porém, uma grande perseguição contra a Companhia de Jesus e ele figurou entre os jesuítas, que foram expulsos da Espanha para a Córsega.
Entre as adversidades, Padre Pignatelli mostrou grande fortaleza e constância; por isso, foi nomeado Provincial de todos esses exilados. E recomendaram-lhe especial cuidado pelos mais jovens, o que ele praticou com grande zelo. Da Córsega foi obrigado a transferir-se, com os outros, para várias regiões, vindo finalmente a fixar-se em Ferrara (Itália), onde fez a profissão solene de quatro votos.
Pouco depois, sendo a Companhia de Jesus dissolvida por Clemente XIV, em 1773, Padre Pignatelli deu exemplo extraordinário de perfeita obediência à Sé Apostólica como também de intenso amor para com a Companhia de Jesus. Indo para Bolonha e estando proibido de exercer o ministério apostólico com as almas, durante quase vinte e cinco anos, entregou-se totalmente ao estudo, reunindo uma biblioteca de valor, dando-se principalmente às obras de caridade para com os antigos membros da suprimida Companhia.
Logo, porém, que lhe foi possível, pediu para ser recebido na Família Inaciana existente na Rússia, onde reinava Catarina que, sendo cismática, não aceitara a supressão vinda de Roma. Os jesuítas da Rússia ligaram-se ao bom número de ex-jesuítas italianos, e Padre Pignatelli uniu-se a todos eles, tendo-lhe sido permitido renovar a profissão solene. Com licença do Papa Pio VI, foi construída uma casa para noviços no ducado de Parma, onde o Padre Pignatelli foi reitor. Em 1804, Pio VII restaurou a Companhia de Jesus no reino de Nápoles, e o Padre Pignatelli vem a ser Provincial. Mas o exército francês aparece e dispersa este grupo de jesuítas.
Em 1806, transfere-se para Roma onde é muito bem recebido pelo Sumo Pontífice. Os franceses, que estão a ocupar Roma, toleram-no. No silêncio, Padre Pignatelli vai preparando o renascimento da sua Companhia. Esse fato ocorre em 1814, com o citado Papa beneditino Pio VII. Mas o Padre Pignatelli já tinha morrido em 1811, com setenta e quatro anos. O funeral decorreu quase secretamente.
Foi beatificado por Pio XI, em 1933, que chamou o santo de “o principal anel da cadeia entre a Companhia que existira e a Companhia que ia existir(…). O restaurador dos Jesuítas”.
Profundo devoto do Sagrado Coração de Jesus e da Virgem Santíssima, homem adorador (passava noites inteiras diante do Santíssimo Sacramento), São José Pignatelli foi canonizado em 1954 pelo Papa Pio XII.
São José Pignatelli, rogai por nós!

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SEGUNDA-FEIRA, DIA 13 DE NOVEMBRO DE 2023

XXXII SEMANA tempo COMUM
Cor Litúrgica (verde)

Primeira leitura
Sb 1,1-7 
– Início do livro da Sabedoria: 1Amai a justiça, vós que governais a terra; tende bons sentimentos para com o Senhor e procurai-o com simplicidade de coração. 2Ele se deixa encontrar pelos que não exigem provas, e se manifesta aos que nele confiam. 3Pois os pensamentos perversos afastam de Deus; e seu poder, posto à prova, confunde os insensatos. 4A Sabedoria não entra numa alma que trama o mal nem mora num corpo sujeito ao pecado. 5O espírito santo, que a ensina, foge da astúcia, afasta-se dos pensamentos insensatos e retrai-se quando sobrevém a injustiça. 6Com efeito, a Sabedoria é o espírito que ama os homens, mas não deixa sem castigo quem blasfema com seus próprios lábios, pois Deus é testemunha dos seus pensamentos, investiga seu coração segundo a verdade e mantém-se à escuta da sua língua; 7porque o espírito do Senhor enche toda a terra, mantém unidas todas as coisas e tem conhecimento de tudo o que se diz.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 139,1-3.4-6.7-8.9-10 (R: 24b)
– Conduzi-me no caminho para a vida, ó Senhor!
R: Conduzi-me no caminho para a vida, ó Senhor!

– Senhor, vós me sondais e conheceis, sabeis quando me sento ou me levanto; de longe penetrais meus pensamentos, percebeis quando me deito e quando eu ando, os meus caminhos vos são todos conhecidos.
R: Conduzi-me no caminho para a vida, ó Senhor!

– A palavra nem chegou à minha língua, e já, Senhor, a conheceis inteiramente. Por detrás e pela frente me envolveis; pusestes sobre mim a vossa mão. Esta verdade é por demais maravilhosa, é tão sublime que não posso compreendê-la.
R: Conduzi-me no caminho para a vida, ó Senhor!

– Em que lugar me ocultarei de vosso espírito? E para onde fugirei de vossa face? Se eu subir até os céus, ali estais; se eu descer até o abismo, estais presente.
R: Conduzi-me no caminho para a vida, ó Senhor!

– Se a aurora me emprestar as suas asas, para eu voar e habitar no fim dos mares; mesmo lá vai me guiar a vossa mão e segurar-me com firmeza a vossa destra.
R: Conduzi-me no caminho para a vida, ó Senhor!
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Como astros no mundo brilhareis, pregando a Palavra da vida! (Fl 2,15).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 17,1-6
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!   
– Naquele tempo, 1Jesus disse a seus discípulos: “É inevitável que aconteçam escândalos. Mas ai daquele que produz escândalos! 2Seria melhor para ele que lhe amarrassem uma pedra de moinho no pescoço e o jogassem no mar, do que escandalizar um desses pequeninos. 3Prestai atenção: se o teu irmão pecar, repreende-o. Se ele se converter, perdoa-lhe. 4Se ele pecar contra ti sete vezes num só dia, e sete vezes vier a ti, dizendo: ‘Estou arrependido’, tu deves perdoá-lo”. 5Os apóstolos disseram ao Senhor: “Aumenta a nossa fé!” 6O Senhor respondeu: “Se vós ti­vésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: ‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela vos obedeceria”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor! 

SANTO DO DIA
Santo Abão de Fluery, um Abade acadêmico

Origem
Nasceu perto de Orléans, entre 945 e 950, e foi confiado, ainda criança, à abadia de São Bento do Loire (Fleury), onde aprendeu gramática, dialética e aritmética. Ele progrediu tanto em seus estudos que, ainda muito jovem, obteve a atribuição de ensinar na escola do mosteiro. 
Acadêmico
Não satisfeito com seus estudos, foi para Paris e Reims, onde aprendeu astronomia; depois, voltou para Orleans, onde se aperfeiçoou na música. Após sua formação com o estudo de retórica e geometria, voltou a lecionar no mosteiro de Fleury. Nessa época, compôs uma obra sobre silogismos dialéticos e alguns escritos sobre cálculo e astronomia para refutar a opinião daqueles que anunciavam o fim do mundo para o ano mil. Sob sua direção, a escola do mosteiro floresceu. É interessante notar, entre outras coisas, que ali também se praticava o ensino do tacógrafo. Em 982, foi chamado por Dom Oswald, Arcebispo de York, para dirigir a Ramsey Abbey School. 
Nomeado Abade
Na Inglaterra, Abão tinha grande reputação e foi capaz de forjar laços de profunda amizade com eminentes personalidades religiosas e civis da época. Dois anos depois, voltou a Fleury e, em 988, foi nomeado abade. O novo ofício deu outra direção aos seus estudos: era preciso defender os direitos do mosteiro, ameaçado pelo bispo de Orleans, Arnolfo; tinha que pensar no governo espiritual e material de sua grande comunidade. 
Santo Abão de Fluery buscou trazer a paz entre a Igreja e o Estado
Embates clericais 
Provocado pelas circunstâncias, ele também se envolveu em problemas relativos às relações dos bispos com o rei, e do rei com o Papa. A hostilidade do bispo Arnolfo foi exasperada a ponto de que, um dia, enquanto Abão ia a Tours para a festa de São Martinho, foi atacado junto com seus companheiros por um grupo de ladrões, que os feriram. Abão lutou contra o rei Hugo Capeto para defender o direito dos bispos aos dízimos da colheita. Nesta ocasião, ele escreveu seu Apologeticus, dirigido aos reis Hugh e Robert, em que ele lida com virgens e viúvas, agricultura e guerra, casamento e simonia.
Sua aspiração de estabelecer a lei do direito contra os abusos dos poderosos o levou a compilar uma coleção de Cânones, na qual se propõe a esclarecer os direitos e deveres do poder civil e a posição dos monges diante dos bispos. Enviado a Roma em abril de 996, e no outono do ano seguinte por Hugo Capeto para evitar uma interdição papal para o casamento do soberano Roberto II com Berta, Abão retornou à França convencendo o Papa e despertando a ira do rei, que precisou obedecer. 
Santo Abão de Fleury foi um reformador monástico
Ideias de Reforma
Um fervoroso admirador das ideias de reforma que irradiavam do mosteiro de Cluny, ele trabalhou duro para tornar seu mosteiro também um centro de intensa vida espiritual. Em 1004, ele partiu em uma viagem à Gasconha para visitar o mosteiro de La Réole e restabelecer a observância religiosa lá.
Páscoa
Durante um motim que eclodiu em La Réole entre os francos e os gascões, o monge ficou gravemente ferido e morreu alguns dias depois (13 de novembro de 1004).
Abão foi um dos escritores mais frutíferos de seu tempo. As primeiras indicações de um culto público a este santo datam do ano de 1031. 
Minha oração
“Querido Abade, a ti rogamos as aptidões para o estudo e ensino das coisas de Deus. Pedimos que nos leve a compreender Jesus cada dia mais através do intelecto, mas também de uma vida santa na presença de Deus. ”
Santo Abão de Fluery, rogai por nós!

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DOMINGO, DIA 12 DE NOVEMBRO DE 2023

XXXII SEMANA DO TEMPO COMUM
Cor Litúrgica (verde)

Primeira leitura
1º Sb 6,12-16
– Leitura do livro da Sabedoria: 12A Sabedoria é resplandecente e sempre viçosa.
Ela é facilmente contemplada por aqueles que a amam, e é encontrada por aqueles que a procuram. 13Ela até se antecipa, dando-se a conhecer aos que a desejam. 14Quem por ela madruga não se cansará, pois a encontrará sentada à sua porta. 15Meditar sobre ela é a perfeição da prudência; e quem ficar acordado por causa dela em breve há de viver despreocupado. 16Pois ela mesma sai à procura dos que a merecem, cheia de bondade, aparece-lhes nas estradas
e vai ao seu encontro em todos os seus projetos.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 63, 2-8 (R: 2b)
– A minh’alma tem sede de vós, e vos deseja, ó Senhor.
R: A minh’alma tem sede de vós, e vos deseja, ó Senhor.

– Sois vós, ó Senhor, o meu Deus! Desde a aurora ansioso vos busco! A minh’alma tem sede de vós, minha carne também vos deseja, como terra sedenta e sem água!
R: A minh’alma tem sede de vós, e vos deseja, ó Senhor.

– Venho, assim, contemplar-vos no templo, para ver vossa glória e poder. Vosso amor vale mais do que a vida: e por isso meus lábios vos louvam.
R: A minh’alma tem sede de vós, e vos deseja, ó Senhor.

– Quero, pois vos louvar pela vida, e elevar para vós minhas mãos! A minh’alma será saciada, como em grande banquete de festa; cantará a alegria em meus lábios.
R: A minh’alma tem sede de vós, e vos deseja, ó Senhor.

– Penso em vós no meu leito, de noite, nas vigílias suspiro por vós! Para mim fostes sempre um socorro; de vossas asas à sombra eu exulto!
R: A minh’alma tem sede de vós, e vos deseja, ó Senhor.

Segunda leitura
1Ts 4,13-18
– Leitura da primeira carta de são Paulo aos Tessalonicenses: 13Irmãos, não queremos deixar-vos na incerteza a respeito dos mortos, para que não fiqueis tristes como os outros, que não têm esperança. 14Se Jesus morreu e ressuscitou – e esta é nossa fé – de modo semelhante Deus trará de volta, com Cristo, os que através dele entraram no sono da morte. 15 Isto vos declaramos, segundo a palavra do Senhor: nós que formos deixados com vida para a vinda do Senhor não levaremos vantagem em relação aos que morreram. 16Pois o Senhor mesmo, quando for dada a ordem, à voz do arcanjo e ao som da trombeta, descerá do céu
e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. 17Em seguida, nós que formos deixados com vida seremos arrebatados com eles nas nuvens, para o encontro com o Senhor, nos ares. E assim estaremos sempre com o Senhor. 18Exortai-vos, pois, uns aos outros, com estas palavras.

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
 – É preciso vigiar e ficar de prontidão; em que dia o Senhor há de vir, não sabeis, não! (Mt 24,42.44)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 25,1-13

 – O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, disse Jesus, a seus discípulos, esta parábola: 1’O Reino dos Céus é como a história das dez jovens que pegaram suas lâmpadas de óleo e saíram ao encontro do noivo. 2Cinco delas eram imprevidentes, e as outras cinco eram previdentes. 3As imprevidentes pegaram as suas lâmpadas, mas não levaram óleo consigo. 4As previdentes, porém, levaram vasilhas com óleo junto com as lâmpadas. 5O noivo estava demorando e todas elas acabaram cochilando e dormindo. 6No meio da noite, ouviu-se um grito: `O noivo está chegando. Ide ao seu encontro!’ 7Então as dez jovens se levantaram e prepararam as lâmpadas. 8As imprevidentes disseram às previdentes: `Dai-nos um pouco de óleo, porque nossas lâmpadas estão se apagando.’ 9As previdentes responderam: `De modo nenhum, porque o óleo pode ser insuficiente para nós e para vós. É melhor irdes comprar aos vendedores’. 10Enquanto elas foram comprar óleo, o noivo chegou,
e as que estavam preparadas entraram com ele para a festa de casamento. E a porta se fechou. 11Por fim, chegaram também as outras jovens e disseram: `Senhor! Senhor! Abre-nos a porta!’ 12Ele, porém, respondeu: `Em verdade eu vos digo: Não vos conheço!’ 13Portanto, ficai vigiando, pois não sabeis qual será o dia, nem a hora.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Josafá, o incessante zelo ao seu povo à unidade católica

Origens 
João Kuncewicz nasceu em Wladimir (Ucrânia), no ano de 1580, numa família de ortodoxos cismáticos, ou seja, ligados à Igreja Bizantina e não à Igreja Romana. Com a mudança de vida, mudou também o nome para Josafá, pois era comerciante; até que, tocado pelo Espírito do Senhor, abraçou a fé católica e entrou para a Ordem de São Basílio.
Ordenação
Como monge desde os 24 anos, tornou-se apóstolo da unidade e sacerdote do Senhor em 1609, quando foi ordenado. Em seguida, nomeado superior dos conventos de Briten e, logo depois, arquimandrita de Vilna.
Virtuoso
Dotado de muitas virtudes e dons, tornou-se Arcebispo de Polotsk, sede primacial dos Rutenos, em 1617. Lutou pela formação do clero, pela catequese do povo e pela evangelização de todos.
São Josafá havia um grande coração para acolher os necessitados
Caridade
As portas de sua casa e do seu coração estavam sempre abertas para acolher os pobres e necessitados. Josafá, além de promover com o seu testemunho a caridade para com os pobres, desgastou-se por inteiro na promoção da unidade da Igreja Bizantina com a Romana, por isso, conseguiu levar muitos a viver unidos na Igreja de Cristo. Os que entravam em comunhão com a Igreja Romana, como Josafá, passaram a ser chamados de “uniatas”, ou seja, excluídos e acusados de maus patriotas e apóstolos, segundo os ortodoxos.
Unificação da Igreja
Dedicou-se no trabalho de unificação das Igrejas, buscando remover o cisma e reconduzir os hereges e cismáticos à união com a Cátedra de São Pedro. Seu apostolado foi coroado com êxito, pois muitos hereges voltaram ao seio da Igreja.
Páscoa
Seu zelo pelas causas da Igreja resultou em muitas perseguições, calúnias e oposições por parte dos cismáticos. Aconteceu que, em 1623, numa viagem pastoral, Josafá, com 43 anos na época, foi atacado, maltratado e martirizado. Após ser assassinado, São Josafá foi preso a um cão morto e lançado num rio. Dessa forma, entrou no Céu, donde continua intercedendo pela unidade dos cristãos, tanto assim que os próprios assassinos, mais tarde, converteram-se à unidade desejada por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Via de Santificação
Reconhecido pela Igreja por suas virtudes heroicas e, sobretudo, pela santidade de seu martírio, São Josafá foi solenemente canonizado por Pio IX em 1867.
Minha oração
“Santo bispo, combatente dos hereges e cismáticos, dai-nos a mesma busca pela unidade na verdade. Com teu pastoreio, ponha-nos diante do nosso Salvador, a fim de adorá-Lo e amá-Lo acima de tudo. Intercedei pela Igreja e seus membros desgarrados. Amém.”
São Josafá, rogai por nós!