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QUARTA-FEIRA, DIA 22 DE MAIO DE 2024

VII SEMANA COMUM
Cor Litúrgica verde

Primeira leitura
Tg 4,13-17
– Leitura da carta de são Tiago: Caríssimos, 13e agora, vós que dizeis: ‘Hoje ou amanhã iremos a tal cidade, passaremos ali um ano, negociando e ganhando dinheiro’. 14No entanto, não sabeis nem mesmo o que será da vossa vida, amanhã! Com efeito, não passais de uma neblina que se vê por um instante e logo desaparece. 15Em vez de dizer: ‘Se o Senhor quiser, estaremos vivos e faremos isto ou aquilo’, 16vós vos gloriais de vossas fanfarronadas. Ora, toda a arrogância deste tipo é um mal.17Assim, aquele que sabe fazer o bem e não o faz incorre em pecado.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 49,2-3.6-7.8-10.11 (R: Mt 5,3)
– Felizes os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos Céus!
R: Felizes os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos Céus!
– Ouvi isto, povos todos do universo, muita atenção, ó habitantes deste mundo; poderosos e humildes, escutai-me, ricos e pobres, todos juntos, sede atentos!
R: Felizes os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos Céus!
– Por que temer os dias maus e infelizes, quando a malícia dos perversos me circunda? Por que temer os que confiam nas riquezas e se gloriam na abundância de seus bens?
R: Felizes os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos Céus!
– Ninguém se livra de sua morte por dinheiro nem a Deus pode pagar o seu resgate. A isenção da própria morte não tem preço; não há riqueza que a possa adquirir, nem dar ao homem uma vida sem limites e garantir-lhe uma existência imortal.
R: Felizes os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos Céus!
 Morrem os sábios e os ricos igualmente; morrem os loucos e também os insensatos, e deixam tudo o que possuem aos estranhos.
R: Felizes os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos Céus!
Aclamação ao santo Evangelho.
 Aleluia, aleluia, aleluia.
 Aleluia, aleluia, aleluia.
– Sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai, senão por mim
(Jo 14,6).
 Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 9,38-40

– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 38João disse a Jesus: “Mestre, vimos um homem expulsar demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque ele não nos segue”.
39Jesus disse: “Não o proibais, pois ninguém faz milagres em meu nome para depois falar mal de mim. 40Quem não é contra nós é a nosso favor”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santa Rita de Cássia

Numa noite, Santa Rita dormia, quando ouviu uma voz chamando: Rita. Rita. Rita. Ela abriu a porta e estavam ali, São Francisco, São Nicolau e São João Batista
Santos e Ícones Católicos / Cruz da Terra Santa
Santa Rita de Cássia era filha única. Nasceu em maio do ano de 1381, nas montanhas em Roccaporena, perto de Cássia, região da Umbria, Itália. Era filha de Antônio Mancini e Amata Ferri, casal de muita oração e do qual todos gostavam. Não sabiam ler nem escrever, mas ensinaram à filha tudo sobre a fé em Jesus e Nossa Senhora. Eles contavam a ela também histórias de vida de muitos santos e santas, o que muito contribuiu para sua formação.
Vida de Santa Rita de Cássia
Santa Rita de Cássia queria ser religiosa, mas seus pais escolheram para ela um marido, como era costume na época. O marido escolhido foi Paolo Ferdinando. Não foi uma boa escolha, pois Paolo era um infiel no matrimônio e tinha o hábito de beber demais. Por causa dele, Santa Rita sofreu por 18 anos, período em que foi casada. O casal teve dois filhos. Durante o tempo de casada, Rita demonstrou muita paciência e resignação por tudo que sofreu.
Mesmo sofrendo, ela nunca deixou de rezar pela conversão dele. Por fim, a mansidão e o amor de Rita transformaram aquele homem rude e bruto. Paolo se converteu e mudou sua vida conjugal de tal forma que as amigas de Rita e as mulheres da cidade vinham aconselhar-se com ela.
Paolo, embora verdadeiramente convertido, tinha deixado um rastro de violência e rixas entre alguns grupos da cidade. Assim, um dia ele saiu para trabalhar e não voltou para casa. Santa Rita de Cássia teve a certeza de que algo horrível tinha acontecido.
No dia seguinte ele foi encontrado morto. Tinha sido assassinado. Seus dois filhos, que já eram jovens, juraram vingar a morte do pai. Santa Rita, então, pediu a Deus que não deixasse eles cometerem esse pecado mortal. Logo os dois ficaram muito doentes, de forma incurável. Antes que eles morressem, porém, Santa Rita ajudou os dois a se converterem, ao amor de Deus e ao perdão. A graça foi tão grande que os dois conseguiram perdoar o assassino do pai, e morreram.
Parece estranho, mas a morte dos dois filhos de Santa Rita quebrou uma corrente de ódio e vingança que poderia durar anos, causando muito mais sofrimentos e mortes. Depois disso, Santa Rita de Cássia teve a certeza em seu coração de que os três estavam juntos no céu. Assim, tudo tinha valido a pena.
Deus coloca Santa Rita de Cássia no convento
Santa Rita, estando sozinha na vida, quis entrar para o convento das irmãs Agostinianas, obedecendo ao chamado que sentia desde menina. As irmãs, porém, estavam em dúvida sobre sua vocação, visto que tinha sido casada, o marido fora assassinado e os dois filhos morreram de peste. Por tudo isso, elas não queriam aceitar Rita no convento.
Então, numa noite, Santa Rita dormia, quando ouviu uma voz chamando: Rita. Rita. Rita.
Ela abriu a porta e estavam ali, São Francisco, São Nicolau e São João Batista. Eles pediram que ela os seguisse e depois de andarem pelas ruas, os santos desapareceram e Rita sentiu um suave empurrão. Ela caiu em êxtase e, quando voltou a si, estava dentro do mosteiro, estando este com as portas trancadas. Então as freiras não lhe puderam negar a entrada. Rita viveu ali por quarenta anos.
Milagres de Santa Rita de Cássia
Em dúvida se vocação de Rita era verdadeira, a superiora mandou-a regar um pedaço de madeira seca que estava no jardim do convento. Ela deveria fazer aquilo por um ano. Rita obedeceu com paciência e amor. Depois de um ano, para a surpresa de todos, mais um milagre aconteceu: o galho se transformou numa videira que dá uvas até hoje.
Sofrimento de Cristo no corpo de Santa Rita de Cássia
Orando aos pés da cruz Santa Rita de Cássia pediu a Jesus que pudesse sentir um pouco das dores que ele sentiu na sua crucificação. Então, um dos espinhos da coroa de Jesus cravou-se em sua cabeça e Santa Rita sentiu um pouco daquela dor terrível que Jesus passou.
O espinho fez em Santa Rita uma grande ferida, de tal forma que ela tinha que ficar isolada de suas irmãs. Assim, ela fazia mais orações e jejuns para Deus. Santa Rita de Cássia ficou com a ferida por 15 anos. A chaga só foi curada quando Irmã Rita foi a Roma, no ano santo. Quando voltou ao mosteiro, porém, a ferida se abriu novamente.
Morte de Santa Rita de Cássia
No dia 22 de maio de 1457, o sino do convento começou a tocar sozinho. Santa Rita estava com 76 anos. Sua ferida cicatrizou-se e seu corpo começou a exalar um perfume de rosas. Uma freira chamada Catarina Mancini, que tinha um braço paralítico, ao abraçar Santa Rita de Cássia em seu leito de morte, ficou curada.
No lugar da ferida apareceu uma mancha vermelha que exalava um perfume celestial que encantou a todos. Logo apareceu uma multidão para vê-la. Então, tiveram que levar seu corpo para a igreja e lá está até hoje, exalando suave perfume, que a todos impressiona.
Devoção a Santa Rita de Cássia
Santa Rita de Cássia foi beatifica no ano 1627, em Roma, pelo Papa Urbano Vlll. Sua canonização foi no ano de 1900, no dia 24 de maio, pelo Papa Leão Xlll e sua festa foi é comemorada no dia 22 de maio de todo ano.
No nordeste do Brasil, na cidade de Santa Cruz, Rio Grande do Norte, ela é sua padroeira, inclusive lá está a maior estátua católica do mundo, com 56 metros de altura. Santa Rita é considerada a Madrinha dos sertões. Em Minas Gerais existe a Cidade de Cássia que Santa Rita também é a padroeira, e seu aniversário é no dia 22 de maio também.
Oração a Santa Rita de Cássia
Ó Poderosa e Gloriosa Santa Rita de Cássia, eis, a vossos pés, uma alma desamparada que, necessitando de auxilio, a vós recorre com a doce esperança de ser atendida por vós que tem o título de Santa dos casos impossíveis e desesperados. Ó cara Santa, interessai-vos pela minha causa, intercedei junto a Deus para que me conceda a graça, de que tanto necessito, (fazer o pedido). Não permitais que tenha de me afastar de vossos pés sem ser atendido. Se houver em mim algum obstáculo que impeça de alcançar a graça que imploro, auxiliai-me para que o afaste. Envolvei o meu pedido em vossos preciosos méritos e apresentai-o a vosso celeste esposo, Jesus, em união com a vossa prece. Ó Santa Rita, eu ponho em vós toda a minha confiança. Por vosso intermédio, espero tranquilamente a graça que vos peço. Santa Rita, advogada dos impossíveis, rogai por nós.

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TERÇA-FEIRA, DIA 21 DE MAIO DE 2024

VII SEMANA DO TEMPO COMUM
Cor Litúrgica verde

Primeira leitura
Tg 4,1-10
– Leitura da carta de são Tiago: Caríssimos, 1de onde vêm as guerras? De onde vêm as brigas entre vós? Não vêm, justamente, das paixões que estão em conflito dentro de vós? 2Cobiçais, mas não conseguis ter. Matais e cultivais inveja, mas não conseguis êxito. Brigais e fazeis guerra, mas não conseguis possuir. E a razão está em que não pedis. 3Pedis, sim, mas não recebeis, porque pedis mal. Pois só quereis esbanjar o pedido nos vossos prazeres. 4Adúlteros, não sabeis que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Assim, todo aquele que pretende ser amigo do mundo toma-se inimigo de Deus. 5Ou julgais ser em vão que a Escritura diz: “Com ciúme anela o espírito que nos habita”? 6Mas ele nos dá uma graça maior. Por isso, a Escritura diz: “Deus resiste aos soberbos, mas concede a graça aos humildes”. 7Obedecei pois a Deus, mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. 8Aproximai-vos de Deus, e ele se aproximará de vós. Purificai as mãos, ó pecadores, e santificai os corações, homens dúbios. 9Ficai tristes, vesti o luto e chorai. Transforme-se em luto o vosso riso, e a vossa alegria em desalento. 10Humilhai-vos diante do Senhor, e ele vos exaltará.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 55,7-8.9-10a.10b-11a.23 (R: 23a)
– Confia teus cuidados ao Senhor, e ele há de ser o teu sustento!
R: Confia teus cuidados ao Senhor, e ele há de ser o teu sustento!

– É por isso que eu digo na angústia: “Quem me dera ter asas de pomba e voar para achar um descanso! Fugiria, então, para longe, e me iria esconder no deserto.
R: Confia teus cuidados ao Senhor, e ele há de ser o teu sustento!

– Acharia depressa um refúgio contra o vento, a procela, o tufão”. Ó Senhor, confundi as más línguas.
R: Confia teus cuidados ao Senhor, e ele há de ser o teu sustento!

– Dispersai-as, porque na cidade só se vê violência e discórdia! Dia e noite circundam seus muros.
R: Confia teus cuidados ao Senhor, e ele há de ser o teu sustento!

– Lança sobre o Senhor teus cuidados, porque ele há de ser teu sustento, e jamais ele irá permitir que o justo para sempre vacile!
R: Confia teus cuidados ao Senhor, e ele há de ser o teu sustento!
Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Minha glória é a cruz do Senhor Cristo Jesus, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para este mundo (Gl 6,14).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 9,30-37

– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 30Jesus e seus discípulos atravessaram a Galiléia. Ele não queria que ninguém soubesse disso, 31pois estava ensinando a seus discípulos. E dizia-lhes: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles o matarão, mas, três dias após sua morte, ele ressuscitará”. 32Os discípulos, porém, não compreendiam estas palavras e tinham medo de perguntar. 33Eles chegaram a Cafarnaum. Estando em casa, Jesus perguntou-lhes: “Que discutíeis pelo caminho?” 34Eles, porém, ficaram calados, pois pelo caminho tinham discutido qual deles seria o maior. 35Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse: “Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!” 36Em seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles, e abraçando-a disse: 37″Quem acolher em meu nome uma dessas crianças, é a mim que estará acolhendo. E quem me acolher, está acolhendo, não a mim, mas aquele que me enviou”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Beatos Padre Manuel González e seu coroinha, Adílio Daronch, fuzilados no Brasil

Resumo
Padre Manuel Gómez González (1877-1924) e seu coroinha Adílio Daronch (1908-1924), mártires que, no Brasil, depois de serem maltratados e amarrados a duas árvores em um morro, foram fuzilados, morrendo por causa do ódio que seus algozes tinham da fé cristã e da Igreja Católica.
Vida de González
Emmanuel Gómez González, filho de José e Josefina, nasceu em 29 de maio de 1877 em São José de Ribarteme, na Diocese de Tuy, Espanha. Ele foi batizado no dia seguinte. Ordenado sacerdote, em 24 de maio de 1902, exerceu seu ministério sacerdotal em sua diocese natal por dois anos. 
Missionário
Em 1904, seu pedido para ser incardinado na vizinha Diocese de Braga, Portugal, foi atendido. Ele serviu lá como pároco de 1905 a 1913. Quando a perseguição política e religiosa começou, em 1913, Padre González foi autorizado a navegar para o Brasil. Após breve passagem pelo Rio de Janeiro, Dom Miguel de Lima Valverde o acolheu na Diocese de Santa Maria (RS), e, em 23 de janeiro de 1914, confiou-lhe o cargo de pároco da Saudade. Em dezembro de 1915, o Padre González foi transferido para a parte norte da diocese, para uma grande paróquia de Nonoai (RS), que poderia ser considerada uma pequena diocese. 
Frutos do ministério
Dedicou-se à evangelização com tanto entusiasmo que, nos oito anos de seu ministério, melhorou significativamente o nível de fé nessa área. Seu ministério também incluiu o cuidado pastoral dos índios nativos e o cargo de administrador paroquial na paróquia vaga de Palmeiras das Missões. Ele foi, de fato, martirizado naquela região remota.
Adílio Daronch
O terceiro dos oito filhos de Pedro Daronch e Judite Segabinazzi nasceu, em 25 de outubro de 1908, em Dona Francisca, no município de Cachoeira do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil. Em 1911, a família mudou-se para Passo Fundo, e, em 1913, para Nonoai (RS).
Fiel discípulo do Padre González
Adílio foi um dos adolescentes que acompanhou o Padre González em suas longas e cansativas visitas pastorais, que incluíam também os índios Kaingang. Foi também fiel coroinha e aluno da escola fundada pelo Padre Manuel. Em 21 de maio de 1924, com quase 16 anos de idade, este jovem corajosamente deu seu testemunho de Cristo ao lado de seu mentor.
O martírio dos dois
O bispo de Santa Maria pediu ao padre espanhol que visitasse as colônias teutônicas na floresta de Três Passos, perto da fronteira com o Uruguai. Depois de celebrar a Semana Santa na paróquia de Nonoai (RS), e apesar de a região estar repleta de movimentos revolucionários, o padre embarcou nesta perigosa viagem missionária, acompanhado pelo seu bravo coroinha e protegido, Adílio. Ao longo do caminho, o padre parou em Palmeria, onde administrou os sacramentos e exortou os revolucionários locais ao respeito mútuo, pelo menos por causa da fé cristã comum que compartilhavam. Os piores extremistas não apreciaram sua mensagem, nem o fato de ele ter dado sepultura cristã às vítimas das bandas locais. Assim, o Padre Manuel passou a ser visto com desconfiança. Continuando o caminho missionário, pararam novamente no caminho para pedir indicações e celebrar a Santa Missa; o dia era 20 de maio de 1924. Desejando trazer a graça de Deus e proclamar a Boa Nova, os missionários ardentes não atenderam ao aviso dos moradores, que tentaram impedi-los de seguir a missão na floresta. Assim, aceitaram a assistência dos militares que se ofereceram para acompanhá-los até Três Passos. Então, caíram na armadilha preparada para eles e foram levados para uma área remota da floresta, onde foram amarrados às árvores e depois foram fuzilados em 21 de maio de 1924, mártires da fé.
Restos mortais
Embora os seres humanos se recusassem a aceitar a mensagem de respeito mútuo dos santos mártires, parece que a natureza o fez, pois nenhuma fera ou animal os tocou: os habitantes de Três Passos encontraram seus corpos ainda intactos quatro dias depois. Seus restos mortais foram enterrados nas proximidades por 40 anos. Em 1964, seus corpos foram exumados e trasladados para a igreja paroquial de Nonoai (RS), e um monumento foi erguido no local de seu martírio. Em 16 de dezembro de 2006, o Papa Bento XVI proclamou o decreto de martírio desses dois fiéis servos de Cristo assassinados por causa de sua fé.
A minha oração
“Segundo a amizade dos mártires, que foram fiéis a Cristo e companheiros um do outro na hora da morte, pedimos o dom da amizade que nos leva a evangelizar doando a nossa vida. Fazei-nos anunciadores da Palavra a todo custo e evangelizadores dos lugares mais remotos, por Cristo, nosso Senhor. Amém!”
Beatos padre Manuel e Adílio mártires, rogai por nós!

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SEGUNDA-FEIRA, DIA 20 DE MAIO DE 2024

MARIA MÃE DA IGREJA
Cor Litúrgica branca

Primeira leitura
Gn 3,9-15.20
– Leitura do livro de Gênesis: Depois que Adão comera do fruto da árvore 9  o Senhor Deus chamou o homem e perguntou: “Onde estás?” 10Ele respondeu: “Ouvi teu ruído no jardim. Fiquei com medo, porque estava nu, e escondi-me”. 11Deus perguntou: “E quem te disse que estavas nu? Então comeste da árvore, de cujo fruto te proibi comer?” 12O homem respondeu: “A mulher que me deste por companheira, foi ela que me fez provar do fruto da árvore, e eu comi”. 13Então o Senhor Deus perguntou à mulher: “Por que fizeste isso?” E a mulher respondeu: “A serpente enganou-me, e eu comi”. 14E o Senhor Deus disse à serpente: “Porque fizeste isso, serás maldita entre todos os animais domésticos e entre todos os animais selvagens. Rastejarás sobre teu ventre e comerás pó todos os dias de tua vida. 15 Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. “Esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar”. 20O homem chamou à sua mulher “Eva”, porque ela se tornou a mãe de todos os viventes.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 87,1-23.5.6-7 (R: Dizem coisas gloriosas da cidade do Senhor)
– Dizem coisas gloriosas da cidade do Senhor.
R: Dizem coisas gloriosas da cidade do Senhor.
– O Senhor ama a cidade que fundou no monte santo; ama as portas de Sião mais que as casa de Jacó.
R: Dizem coisas gloriosas da cidade do Senhor.
– Dizem coisas gloriosas da cidade do Senhor. De Sião, porém, se diz: “Nasceu nela todo homem; Deus é sua segurança”.
R: Dizem coisas gloriosas da cidade do Senhor.
– Deus anota no seu livro, onde inscreve os povos todos: “Foi ali que estes nasceram”. E por isso todos juntos a cantar se alegrarão; e, dançando, exclamarão: “Estão em ti as nossas fontes!”
R: Dizem coisas gloriosas da cidade do Senhor.
Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Sois feliz, Virgem Maria, e mereceis todo louvor, pois de vós se levantou o Sol brilhante da justiça!
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 19,25-34
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a vós, Senhor!  
– Naquele tempo: 25Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe e a irmã de sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. 26Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: “Mulher, eis o teu filho!” 27Depois disse ao discípulo: “Eis a tua mãe!” A partir daquela hora, o discípulo a acolheu no que era seu. 28Depois disso, sabendo Jesus que tudo estava consumado, e para que se cumprisse a Escritura até o fim, disse: “Tenho sede”! 29Havia ali uma jarra cheia de vinagre. Amarraram num ramo uma esponja embebida de vinagre e a levaram à sua boca. 30Ele tomou o vinagre e disse: “Está consumado”. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito. 31Era o dia de preparação do sábado, e este seria solene. Para que os corpos não ficassem na cruz no sábado, os judeus pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas dos crucificados e os tirasse da cruz. 32Os soldados foram e quebraram as pernas, primeiro a um dos crucificados com ele e depois ao outro.33Chegando a Jesus viram que já estava morto. Por isso, não lhe quebraram as pernas, 34mas um soldado golpeou-lhe o lado com uma lança, e imediatamente saiu sangue e água.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Bernardino de Sena, pregador e padroeiro dos publicitários

Bernardino de Sena
Nasceu na Itália no ano de 1380. Aos três anos, ficou órfão de mãe e, aos 7 anos, ficou órfão de pai. O jovem Bernardino foi criado pelas tias as quais o ensinaram sobre a devoção a Nossa Senhora e a Jesus Cristo. Teve uma boa educação na fé e nos seus ensinamentos, estudou na universidade de Sena e, aos 22 anos, decidiu abandonar tudo e entrar para a ordem dos Franciscanos.
O frade
Já como frade franciscano, São Bernardino ingressou no movimento da observância, que constituía numa vivencia mais radical da pobreza a exemplo de São Francisco de Assis. E se dedicava de forma tão concreta que foi o responsável geral pelos mosteiros nos quais viviam os frades adeptos a essa observância dentro da ordem.
O pregador
Muito conhecido pelo seu trabalho com o povo e por suas pregações incisivas, numa época em que a Itália passava por muitos problemas, como pestes e divisões políticas. São Bernardino pregava sobre caridade, paz, concórdia e a justiça e, com simplicidade, falava de coisas grandiosas, atingindo diretamente o coração e indo ao encontro da necessidade daquele povo. Houveram muitas conversões por meio de suas pregações.
O símbolo
Por onde ia, carregava consigo o sinal JHS, significando “Jesus Salvador dos Homens”, e orientava aos fiéis que se voltassem a esse símbolo e se recordassem que Jesus veio para salvá-los e, assim, se convertendo e arrependendo de seus pecados pudessem encontrar a salvação.
O “publicitário”
Os seus sermões tiveram um grande alcance e chegaram até nós, pois São Bernardino tinha consigo um Taquigrafo, uma pessoa com a habilidade de transcrever com facilidade e rapidez. Assim, suas exortações e apelos à conversão puderam alcançar inúmeras pessoas ao longo dos anos, não só naquele período histórico. Tornando-se padroeiro dos publicitários.
O devoto
Com a sua vida de penitência e pobreza, dedicava-se à evangelização dos povos, encontrando a sua força na eucaristia e sendo orientado pelo Espirito Santo. Devoto da Santíssima Virgem Maria, queria espalhar esse amor a Ela e a seu filho Jesus. Em um texto retirado de seus sermões, exortava o povo dizendo: “O nome de Jesus é a luz dos pregadores, porque ilumina, com o seu esplendor, os que anunciam e os que ouvem a Sua Palavra. Por que razão a luz da fé se difundiu no mundo inteiro tão rápida e ardentemente, senão por que foi pregado este nome?”.
Sua morte e canonização
Após anos de dedicação apostólica, São Bernardino adoeceu e partiu para a glória no ano de 1444. Hoje, intercede por nós junto a Deus Pai. De forma especial, pelos pregadores e anunciadores da Palavra de Deus, por todos aqueles que comunicam o amor de Deus. No ano de 1450 foi canonizado pelo Papa Nicolau V. Seu túmulo se encontra na igreja dos Franciscanos em Áquila.
A minha oração
“Senhor Jesus, o Seu Nome é o maior e melhor opção de vida. Obrigado pela vida de São Bernardino, que contribuiu para que a fé cristã se espalhasse por toda a terra. Amém.”
São Bernardino de Sena, rogai por nós!

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DOMINGO, DIA 19 DE MAIO DE 2024

PENTECOSTES
Cor Litúrgica vermelha

Primeira leitura
At 2,1-11
– Leitura dos Atos dos Apóstolos: 1Quando chegou o dia de Pentecostes, os discípulos estavam todos reunidos no mesmo lugar. 2De repente, veio do céu um barulho como se fosse uma forte ventania, que encheu a casa onde eles se encontravam. 3Então apareceram línguas como de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. 4Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito os inspirava. 5Moravam em Jerusalém judeus devotos, de todas as nações do mundo. 6Quando ouviram o barulho, juntou-se a multidão, e todos ficaram confusos, pois cada um ouvia os discípulos falar em sua própria língua. 7Cheios de espanto e admiração, diziam: “Esses homens que estão falando não são todos galileus? 8Como é que nós os escutamos na nossa própria língua? 9Nós, que somos partos, medos e elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, 10da Frígia e da Panfília, do Egito e da parte da Líbia próxima de Cirene, também romanos que aqui residem; 11judeus e prosélitos, cretenses e árabes, todos nós os escutamos anunciarem as maravilhas de Deus em nossa própria língua!”
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 104,1ab.24ac.29bc-30.31.34 (R: 30)
– Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai!
R: Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai!

– Bendize, ó minha alma, ao Senhor! Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande! Quão numerosas, ó Senhor, são vossas obras! Encheu-se a terra com as vossas criaturas!
R: Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai!

– Se tirais o seu respiro, elas perecem e voltam para o pó de onde vieram. Enviais o vosso espírito e renascem e da terra toda a face renovais.
R: Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai!

– Que a glória do Senhor perdure sempre, e alegre-se o Senhor em suas obras! Hoje lhe seja agradável o meu canto, pois o Senhor é a minha grande alegria!
R: Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai!

Segunda leitura
1Cor 12,3b-7.12-13
– Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios: Irmãos: 3bNinguém pode dizer: Jesus é o Senhor, a não ser no Espírito Santo. 4Há diversidade de dons, mas um mesmo é o Espírito. 5Há diversidade de ministérios, mas um mesmo é o Senhor. 6Há diferentes atividades, mas um mesmo Deus que realiza todas as coisas em todos. 7A cada um é dada a manifestação do Espírito em vista do bem comum. 12Como o corpo é um, embora tenha muitos membros, e como todos os membros do corpo, embora sejam muitos, formam um só corpo, assim também acontece com Cristo. 13De fato, todos nós, judeus ou gregos, escravos ou livres, fomos batizados num único Espírito, para formarmos um único corpo, e todos nós bebemos de um único Espírito.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Sequência
– Espírito de Deus, enviai dos céus um raio de luz!
– Vinde, Pai dos pobres, dai aos corações vossos sete dons.
– Consolo que acalma, hóspede da alma, doce alívio, vinde!
– No labor descanso, na aflição remanso, no calor aragem.
– Enchei, luz bendita, chama que crepita, o íntimo de nós!
– Sem a luz que acolhe, nada o homem pode, nenhum bem há nele.
– Ao sujo lavai, ao seco regai, curai o doente.
– Dobrai o que é duro, guiai no escuro, o frio aquecei.
– Dai à vossa Igreja, que espera e deseja, vossos sete dons.
– Dai em prêmio ao forte uma santa morte, alegria eterna.
– Amém
Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Vinde, Espírito divino, e enchei com vossos dons os corações dos fiéis; e acendei neles o amor como um fogo abrasador!
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 20,19-23

– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Conclusão do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
– Glória a vós, Senhor!
– 19Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”. 20Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor. 21Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. 22E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. 23A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem não os perdoardes, eles lhes serão retidos”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santo Ivo

Morreu em 19 de maio de 1303, aos cinquenta anos de idade. O papa Clemente VI declarou-o santo 1347. Ele é o padroeiro da Bretanha, dos advogados, dos juízes e dos escrivães
Ivo, ou melhor, Yves Hélory de Kermartin, filho de um nobre, nasceu em 17 de outubro de 1253, no castelo da família, na Baixa Bretanha, França. Educado e orientado por sua mãe, muito religiosa, até a idade de catorze anos, recebeu uma sólida formação religiosa e cultural. Nessa ocasião, decidiu continuar os estudos em Paris, acompanhado de seu professor, João de Kernhoz.
Os próximos doze anos foram dedicados aos estudos de teologia e filosofia na escola de são Boaventura e de direito civil e canônico, cursados na cidade de Orleans, junto ao famoso jurista Peter de la Chapelle. Era muito respeitado no meio acadêmico, por sua aplicação nos estudos e devido à sua vida de piedade muito intensa. Dessa forma, atender o chamado do Senhor pelo sacerdócio seria apenas uma questão de tempo para Ivo.
Atuou como destacado advogado, tanto na corte civil quanto na corte eclesiástica. Aos vinte e sete anos, passou a trabalhar para o diaconato da diocese de Rennes, onde foi nomeado juiz eclesiástico. Pouco tempo depois, o bispo o convocou para trabalhar junto dele na mesma função, mas antes o consagrou sacerdote.
Ivo, aos poucos, se despojou de tudo para se conformar de maneira radical a Jesus Cristo, exortando os seus contemporâneos a fazerem o mesmo, por meio de uma existência diária feita de santidade, no caminho da verdade, da justiça, do respeito pelo direito e da solidariedade para com os mais pobres.
Seus conhecimentos legais estavam sempre à disposição dos seus paroquianos, defendendo a todos, ricos e pobres, com igual lisura. Foi o primeiro a instituir, na diocese, a justiça gratuita para os que não podiam pagá-la. A fama de juiz austero, que não se deixava corromper, correu rapidamente e Ivo se tornou o melhor mediador da França, sempre tentando os acordos fora das cortes para diminuir os custos legais para ambas as partes.
Essa sua dedicação na defesa dos fracos, inocentes, viúvas e pobres lhe conferiu o título de “advogado dos pobres”. Muitos foram os casos julgados por ele, registrados na jurisprudência, que mostraram bem seu modo de agir. Ficou constatado que, quando lhe eram denunciados roubos de carneiros, bois e cavalos, com a desculpa de impostos não pagos, Ivo ia pessoalmente aos castelos recuperar os animais. Famosa também era sua caridade.
Contam os devotos que ele tirava a roupa do corpo, mesmo no inverno, e ia distribuindo aos pobres e mendigos, indo para sua casa muitas vezes só com a camisa. Diz a tradição que, certa vez, deu sua cama a um mendigo que dormia na porta de uma casa e foi dormir onde dormia o mendigo.
Por tudo isso, sua saúde ficou comprometida. Em 1298, a doença se agravou e ele se retirou no seu castelo, o qual transformara num asilo para os mendigos e pobres ali tratados com conforto, respeito e fervor. Morreu em 19 de maio de 1303, aos cinquenta anos de idade. O papa Clemente VI declarou-o santo 1347. Ele é o padroeiro da Bretanha, dos advogados, dos juízes e dos escrivães.
Fonte: Pia Sociedade Filhas de São Paulo Paulinas
Santo Ivo, rogai por nós!

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SÁBADO, DIA 18 DE MAIO DE 2024

MISSA DA VIGÍLIA
Cor Litúrgica Veremelha

Gn 11,1-9
– Leitura do livro do Gênesis – 1Toda a terra tinha uma só linguagem, e servia-se das mesmas palavras. 2Alguns homens, partindo para o oriente, encontraram na terra de Senaar uma planície onde se estabeleceram. 3E disseram uns aos outros: “Vamos, façamos tijolos e cozamo-los no fogo.” Serviram-se de tijolos em vez de pedras, e de betume em lugar de argamassa. 4Depois disseram: “Vamos, façamos para nós uma cidade e uma torre cujo cimo atinja os céus. Tornemos assim célebre o nosso nome, para que não sejamos dispersos pela face de toda a terra.” 5Mas o senhor desceu para ver a cidade e a torre que construíram os filhos dos homens. 6″Eis que são um só povo, disse ele, e falam uma só língua: se começam assim, nada futuramente os impedirá de executarem todos os seus empreendimentos. 7Vamos: desçamos para lhes confundir a linguagem, de sorte que já não se compreendam um ao outro.” 8Foi dali que o Senhor os dispersou daquele lugar pela face de toda a terra, e cessaram a construção da cidade. 9Por isso deram-lhe o nome de Babel, porque ali que o Senhor confundiu a linguagem de todo o mundo, e daí os dispersou os homens por toda a terra.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 104,1ab.24ac.29bc-30.31.34 (R: 30)
– Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai!
R: Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai!

– Bendize, ó minha alma, ao Senhor! Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande! Quão numerosas, ó Senhor, são vossas obras! Encheu-se a terra com as vossas criaturas!
R: Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai!

– Quão numerosas, ó Senhor, são vossas obras, e que sabedoria em todas elas. Encheu-se a terra com vossas criaturas. Bendize, ó minha alma, ao Senhor!
R: Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai!
– Todos eles, ó Senhor, de vos esperam que a seu tempo vós lhes deis o alimento; vós lhes dai o que comer, e eles recolhem, vós abris a vossa mão, e eles se fartam.
R: Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai!
– Se tirais o seu respiro, eles perecem/ e voltam para o pó de onde vieram. / Enviais o vosso espírito e renascem/ e da terra toda a face renovais.
R: Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai!

Segunda Leitura
Rm 8,22-27

– Leitura da carta de são Paulo aos Romanos – Irmãos 22 sabemos que toda a criação, até o tempo presente, está gemendo como que em dores de parto.23   E não somente ela, mas nós também, que temos os primeiros frutos do Espírito, estamos interiormente gemendo, aguardando a adoção filial e a libertação para o nosso corpo. 24Porque pela esperança é que fomos salvos. Ora, ver o objeto da esperança já não é esperança; porque o que alguém vê, como é que ainda o espera? 25Nós que esperamos o que não vemos, é em paciência que o aguardamos. 26Outrossim, o Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza; porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis. 27E aquele que perscruta os corações sabe o que deseja o Espírito, o qual intercede pelos santos, segundo Deus.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Vinde, Espírito divino, e enchei com vossos dons os corações dos fiéis; e acendei neles o amor como um fogo abrasador! 
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 7,37-39

– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
– Glória a vós, Senhor!
– 37No último dia da festa, o dia mais solene, estava Jesus de pé e clamava: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. 38Quem crê em mim, conforme diz a Escritura, rios de água viva jorraram do seu interior (Zc 14,8; Is 58,11). 39Jesus falava do Espírito, que deviam de receber os que tivessem fé nele, pois ainda não tinha sido dado o Espírito, porque Jesus ainda não tinha sido glorificado.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Leonardo Murialdo, salesiano e fundador da Congregação de São José

Realidade familiar
Leonardo Murialdo nasceu no dia 26 de outubro de 1828, na cidade de Turim, na Itália. Aos cinco anos, já era órfão de pai. A família era abastada, numerosa, profundamente cristã e muito tradicional em Turim, sua cidade natal. Isso lhe garantiu uma boa formação acadêmica e religiosa.
Escolhas
A mãe, sua primeira educadora, o enviou para Savona, a fim de estudar no colégio dos padres Scolapi. Na adolescência, atravessou uma séria crise de identidade, ficando indeciso entre ser um oficial do rei Carlos Alberto ou engenheiro. Mas a vida dos jovens pobres e órfãos, sem oportunidades e perspectivas, lhe trazia grandes angústias e desejava fazer algo por eles. Por isso, Leonardo escolheu o caminho do sacerdócio e da caridade para aplacar essa grande inquietação de sua alma.
Títulos
Com muito estudo, tornou-se doutor em teologia em 1850; depois, em 1851, foi ordenado sacerdote. Seus primeiros anos de ministério se distinguiram pela dedicação à catequese das crianças e à criação de vários orfanatos dedicados aos jovens pobres da periferia, aos órfãos e abandonados.
Amor à juventude
A sua mentalidade aberta e o trabalho voltado à juventude lhe trouxeram o convite para ser reitor do colégio de jovens artesãos, o qual aceitou com amor. Na direção do colégio, Leonardo instaurou um clima de moralidade, harmonia, formação religiosa e disciplina familiar, apoiado por competentes colaboradores, leigos e religiosos. Com essa política, assegurou a muitos jovens o acesso a uma adequada formação cristã, cultural e profissional. Ali, os jovens, assistidos de perto por Leonardo, ingressavam com a idade de oito anos e recebiam formação até os vinte e quatro anos, quando conseguiam um trabalho qualificado.
Fundador
O êxito da pedagogia do amor fez com que o pequeno colégio crescesse em tamanho e expressão. Surgiram, de várias partes da Itália, solicitações para a criação desses colégios de apoio à juventude. Nesse momento, Leonardo criou a Pia Sociedade Turinense de São José, mais conhecida como Congregação de São José, que se espalhou pela Europa, África e Américas. A entrega total a essa missão e as extenuantes horas de trabalho lhe custaram graves danos à saúde. Em 30 de março de 1900, depois de várias crises de pneumonia, Leonardo morreu.
Em 1970, foi canonizado pelo Papa Paulo VI. A festa de São Leonardo Murialdo foi designada para o dia 18 de maio.
A minha oração
“Jesus Cristo, nosso amigo, dai-nos a graça de, a exemplo de São Leonardo Murialdo, amarmos os jovens que precisam de uma experiência Contigo. Amém.”
São Leonardo Murialdo, rogai por nós!

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SEXTA-FEIRA, DIA 17 DE MAIO DE 2024

VII SEMANA DA PÁSCOA
Cor Litúrgica branca

Primeira leitura
At 25,13b-21
– Leitura dos Atos dos Apóstolos – Naqueles dias, 13b o rei Agripa e Berenice chegaram a Cesaréia e foram cumprimentar Festo. 14Como ficassem alguns dias aí, Festo expôs ao rei o caso de Paulo, dizendo: “Está aqui um homem que Félix deixou como prisioneiro. 15Quando eu estive em Jerusalém, os sumos sacerdotes e os anciãos dos judeus apresentaram acusações contra ele e pediram-me que o condenasse. 16Mas eu lhes respondi que os romanos não costumam entregar um homem antes que o acusado tenha sido confrontado com os acusadores e possa defender-se da acusação. 17Eles vieram para cá e, no dia seguinte, sem demora, sentei-me no tribunal e mandei trazer o homem. 18Seus acusadores comparece-ram diante dele, mas não trouxeram nenhuma acusação de crimes de que eu pudesse suspeitar. 19Tinham somente certas questões sobre a sua própria religião e a respeito de um certo Jesus que já morreu, mas que Paulo afirma estar vivo. 20Eu não sabia o que fazer para averiguar o assunto. Perguntei então a Paulo se ele preferia ir a Jerusalém, para ser julgado lá. 21Mas Paulo fez uma apelação para que a sua causa fosse reservada ao juízo do Augusto Imperador. Então ordenei que ficasse preso até que eu pudesse enviá-lo a César.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 103,1-2.11-12.19-20ab (R: 19a)
– O Senhor pôs o seu trono lá nos céus.
R: O Senhor pôs o seu trono lá nos céus.
– Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e todo o meu ser, seu santo nome! Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não te esqueças de nenhum de seus favores!
R: O Senhor pôs o seu trono lá nos céus.
– Quanto os céus por sobre a terra se elevam, tanto é grande o seu amor aos que o temem; quanto dista o nascente do poente, tanto afasta para longe nossos crimes.
R: O Senhor pôs o seu trono lá nos céus.
– O Senhor pôs o seu trono lá nos céus, e abrange o mundo inteiro seu reinado. Bendizei ao Senhor Deus, seus anjos todos, valorosos que cumpris as suas ordens.
R: O Senhor pôs o seu trono lá nos céus.
Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– O Espírito Santo, o Paráclito, haverá de lembrar-vos de tudo o que tenho falado (Jo 14,26).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 21,20-25

– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 20Pedro virou-se e viu atrás de si aquele outro discípulo que Jesus amava, o mesmo que se reclinara sobre o peito de Jesus durante a ceia e lhe perguntara: “Senhor, quem é que te vai entregar? ” 21Quando Pedro viu aquele discípulo, perguntou a Jesus: “Senhor, o que vai ser deste? ” 22Jesus respondeu: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa isso? Tu, segue-me!” 23Então, correu entre os discípulos a notícia de que aquele discípulo não morreria. Jesus não disse que ele não morreria, mas apenas: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa?” 24Este é o discípulo que dá testemunho dessas coisas e que as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro. 25Jesus fez ainda muitas outras coisas, mas, se fossem escritas todas, penso que não caberiam no mundo os livros que deveriam ser escritos.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
SÃO PASCOAL BAILÃO

Hoje é celebrado São Pascoal Bailão, o santo apaixonado pela Eucaristia
São Pascoal Bailão foi um frade franciscano que amou tanto e dedicou tantas horas de sua vida ao Santíssimo Sacramento, que foi declarado padroeiro dos Congressos Eucarísticos e Associações Eucarísticas por Leão XIII em 28 de novembro de 1897.
Embora este santo soubesse apenas ler e escrever, era capaz de expressar-se com grande eloquência sobre a presença de Jesus na Eucaristia. Tinha o dom da ciência infundida, ou seja, possuía um vasto conhecimento teológico sem nenhum estudo, o que surpreendeu seus mestres que costumavam fazer-lhe perguntas complexas.
Pascoal Bailão nasceu em Torre Hermosa, no reino de Aragão (Espanha), em 24 de maio de 1540. O dia de seu nascimento coincidiu com a festa de Pentecostes, chamada na Espanha “a Páscoa do Espírito Santo”, e por isso recebeu o nome de Pascoal.
Seus pais eram camponeses e ele também se dedicou a este ofício dos 7 aos 24 anos, quando ingressou no convento dos frades menores (franciscanos) de Albatera.
Por causa de sua pouca instrução, os franciscanos lhe deram ofícios humildes. Foi porteiro, cozinheiro, mensageiro e auxiliar de serviços gerais.
Dedicava seu tempo livre à Adoração Eucarística, de joelhos com os braços em cruz. Durante as noites, passava horas diante do Santíssimo Sacramento. Continuava sua adoração até tarde da noite e, de madrugada, chegava à capela antes que os demais.
Tempos depois, foi enviado a Paris para entregar sua carta ao superior geral da ordem e, no trajeto, “professou abertamente a verdade da Eucaristia entre os hereges e, por isso, teve que passar por graves provações” (Breve apostólico Providentissimus do Papa Leão XIII). Entre as provações, uma tentativa de assassinato.
Pascoal faleceu na Espanha em 15 de maio de 1592, durante o Domingo de Pentecostes, e sabe-se que realizou muitos milagres após sua morte.
Foi beatificado em 29 de outubro de 1618 pelo Papa Paulo V e canonizado em 16 de outubro de 1690 pelo Papa Alexandre VIII. Seu culto cresceu, sobretudo, em sua terra natal e no sul da Itália, também difundiu-se amplamente na Espanha e na América do Sul.
São Pascoal Bailão, rogai por nós!

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QUINTA-FEIRA, DIA 16 DE MAIO DE 2024

VII SEMANA DA PÁSCOA
Cor Litúrgica branca

Primeira Leitura
At 22,30; 23,6-11
– Leitura dos Atos dos Apóstolos: Naqueles dias, 30querendo saber com certeza por que Paulo estava sendo acusado pelos judeus, o tribuno soltou-o e mandou reunir os chefes dos sacerdotes e todo o conselho dos anciãos. Depois fez trazer Paulo e colocou-o diante deles. 23,6Sabendo que uma parte dos presentes eram saduceus e a outra parte eram fariseus, Paulo exclamou no conselho dos anciãos: “Irmãos, eu sou fariseu e filho de fariseus. Estou sendo julgado por causa da nossa esperança na ressurreição dos mortos”. 7Apenas falou isso, armou-se um conflito entre fariseus e saduceus, e a assembleia se dividiu. 8Com efeito, os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito, enquanto os fariseus sustentam uma coisa e outra. 9Houve, então, uma enorme gritaria. Alguns doutores da Lei, do partido dos fariseus, levantaram-se e começaram a protestar, dizendo: “Não encontramos nenhum mal neste homem. E se um espírito ou anjo tivesse falado com ele?” 10E o conflito crescia cada vez mais. Receando que Paulo fosse despedaçado por eles, o comandante ordenou que os soldados descessem e o tirassem do meio deles, levando-o de novo para o quartel. 11Na noite seguinte, o Senhor aproximou-se de Paulo e lhe disse: “Tem confiança. Assim como tu deste testemunho de mim em Jerusalém, é preciso que tu sejas também minha testemunha em Roma”.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 16,1-2a.5,7-8.9-10.11 (R: 1)
– Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refúgio!
R: Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refúgio!
– Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refúgio! Digo ao Senhor: “Somente vós sois meu Senhor”. Ó Senhor, sois minha herança e minha taça, meu destino está seguro em vossas mãos!
R: Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refúgio!
– Eu bendigo o Senhor, que me aconselha, e até de noite me adverte o coração. Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, pois se o tenho a meu lado não vacilo.
R: Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refúgio!
– Eis por que meu coração está em festa, minha alma rejubila de alegria, e até meu corpo no repouso está tranquilo; pois não haveis de me deixar entregue à morte, nem vosso amigo conhecer a corrupção.
R: Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refúgio!
– Vós me ensinais vosso caminho para a vida; junto a vós, felicidade sem limites, delícia eterna e alegria ao vosso lado!
R: Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refúgio!
Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Para que todos sejam um, diz o Senhor, como tu estas em mim e eu em ti, para que o mundo possa crer que me enviaste (Jo 17,21).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 17,20-26

– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao céu e rezou, dizendo: 20“Pai santo, eu não te rogo somente por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim pela sua palavra; 21para que todos sejam um como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, e para que eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste.
22Eu dei-lhes a glória que tu me deste, para que eles sejam um, como nós somos um: 23eu neles e tu em mim, para que assim eles cheguem à unidade perfeita e o mundo reconheça que tu me enviaste e os amaste, como me amaste a mim. 24Pai, aqueles que me deste, quero que estejam comigo onde eu estiver, para que eles contemplem a minha glória, glória que tu me deste porque me amaste antes da fundação do universo. 25Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheci, e estes também conheceram que tu me enviaste. 26Eu lhes fiz conhecer o teu nome, e o tornarei conhecido ainda mais, para que o amor com que me amaste esteja neles, e eu mesmo esteja neles”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santa Margarida de Cortona

Penitente da Terceira Ordem (1247-1297). Canonizada por Bento XIII no dia 16 de maio de 1728
A penitência marcou a vida de Margarida que nasceu em 1247, em Alviano, Itália. Foi por causa de sua juventude, período em que experimentou todos os prazeres de uma vida voltada para as diversões mais irresponsáveis.
Margarida ficou órfã de mãe, quando ainda era muito criança. O pai se casou de novo e a pequena menina passou a sofrer duramente nas mãos da madrasta. Sem apoio familiar, ela cresceu em meio a toda sorte de desordens, luxos e prazeres. No início da adolescência se tornou amante de um nobre muito rico e passou a desfrutar de sua fortuna e das diversões mundanas.
Um dia, porém, o homem foi vistoriar alguns terrenos dos quais era proprietário e foi assassinado. Margarida só descobriu o corpo alguns dias depois, levada misteriosamente até ele pela cachorrinha de estimação que acompanhara o nobre na viagem. Naquele momento, a moça teve o lampejo do arrependimento. Percebeu a inutilidade da vida que levava e voltou para a casa paterna, onde pretendia passar o resto da vida na penitência.
Para mostrar publicamente sua mudança de vida, compareceu à missa com uma corda amarrada ao pescoço e pediu desculpas a todos pelos excessos da sua vida passada. Só que essa atitude encheu sua madrasta de inveja, que fez com que ela fosse expulsa da paróquia. Margarida sofreu muito com isso e chegou a pensar em retomar sua vida de luxuria e riqueza. No entanto, com firmeza conseguiu se manter dentro da decisão religiosa, procurando os franciscanos de Cortona e conseguindo ser aceita na Ordem Terceira.
Para ser definitivamente incorporada à Ordem teria que passar por três anos de provação. Foi nesta época que ela se infligiu as mais severas penitências, que foram vistas como extravagantes, relatadas nos antigos escritos, onde se lê também que a atitude foi tomada para evitar as tentações do demônio. Seus superiores passaram a orienta-la e isso a impediu de cometer excessos nas penitências.
Aos 23 anos, Margarida de Cortona, como passou a ser chamada, foi premiada com várias experiências de religiosidade que foram presenciadas e comprovadas pelos seus orientadores espirituais franciscanos. Recebeu visitas do anjo da guarda, teve visões, revelações e mesmo aparições de Jesus, com quem conversava com frequência durante suas orações contemplativas.
Ela percebeu que o momento de sua morte se aproximava e foi ao encontro de Jesus serenamente, no dia 22 de fevereiro de 1297. Margarida de Cortona foi canonizada pelo Papa Bento XIII em 1728 e o dia de sua morte indicado para a sua veneração litúrgica.
Fonte: franciscanos.org.br
Santa Margarida de Cortona, rogai por nós!

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QUARTA-FEIRA, DIA 15 DE MAIO DE 2024

VII SEMANA DA PÁSCOA
Cor Litúrgica branca

Primeira leitura
At 20,28-38
– Leitura dos Atos dos Apóstolos: Naqueles dias, Paulo disse aos anciãos da Igreja de Éfeso: 28“Cuidai de vós mesmos e de todo o rebanho, sobre o qual o Espírito Santo vos colocou como guardas, para pastorear a Igreja de Deus, que ele adquiriu com o sangue do seu próprio Filho. 29Eu sei, depois que eu for embora, aparecerão entre vós lobos ferozes, que não pouparão rebanho. 30Além disso, do vosso próprio meio aparecerão homens com doutrinas perversas que arrastarão discípulos atrás de si. 31Por isso, estai sempre atentos: lembrai-vos de que, durante três anos, dia e noite, com lágrimas, não parei de exortar a cada um em particular. 32Agora entrego-vos a Deus e à mensagem de sua graça, que tem poder para edificar e dar a herança a todos os que foram santificados. 33Não cobicei prata, ouro ou vestes de ninguém. 34Vós bem sabeis que estas minhas mãos providenciaram o que era necessário para mim e para os que estavam comigo. 35Em tudo vos mostrei que, trabalhando deste modo, se deve ajudar os fracos, recordando as palavras do Senhor Jesus, que disse: ‘Há mais alegria em dar do que em receber’”. 36Tendo dito isto, Paulo ajoelhou-se e rezou com todos eles. 37Todos, depois, prorromperam em grande pranto, e lançando-se ao pescoço de Paulo, o beijavam, 38aflitos, sobretudo por lhes haver ele dito que não tornariam a ver-lhe o rosto. E o acompanharam até o navio.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 68,29.30.33-34.35-36 (R: 33a)
– Reinos da terra cantai ao Senhor.
R: Reinos da terra, cantai ao Senhor.
– Suscitai, ó Senhor Deus, suscitai vosso poder, confirmai este poder que por nós manifestastes, a partir de vosso templo, que está em Jerusalém, para vós venham os reis e vos ofertem seus presentes!
R: Reinos da terra, cantai ao Senhor.
– Reinos da terra, celebrai o nosso Deus, cantai-lhe salmos! Ele viaja no seu carro sobre os céus dos céus eternos. Eis que eleva e faz ouvir a sua voz, voz poderosa.
R: Reinos da terra, cantai ao Senhor.
– Dai glória a Deus e exaltai o seu poder por sobre as nuvens. Sobre Israel, eis sua glória e sua grande majestade! Em seu templo ele é admirável e a seu povo dá poder. Bendito seja o Senhor Deus, agora e sempre. Amém, amém!
R: Reinos da terra, cantai ao Senhor.
Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Vossa Palavra é a verdade; santificai-nos na verdade! (Jo 17,7)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 17,11b-19

– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos para o céu e rezou, dizendo: 11bPai santo, guarda-os em teu nome, o nome que me deste, para que eles sejam um assim como nós somos um. 12Quando eu estava com eles, guardava-os em teu nome, o nome que me deste. Eu os guardei e nenhum deles se perdeu, a não ser o filho da perdição, para se cumprir a Escritura. 13Agora, eu vou para junto de ti, e digo estas coisas, estando ainda no mundo, para que eles tenham em si a minha alegria plenamente realizada. 14Eu lhes dei a tua palavra, mas o mundo os rejeitou, porque não são do mundo, como eu não sou do mundo. 15Não te peço que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno. 16Eles não são do mundo, como eu não sou do mundo. 17Consagra-os na verdade; a tua palavra é verdade. 18Como tu me enviaste ao mundo, assim também eu os enviei ao mundo. 19Eu me consagro por eles, a fim de que eles também sejam consagrados na verdade”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santo Isidoro

Vida difícil e sacrificante, Isidoro santificou-se ao aprender a mística de aceitar e oferecer a Deus suas dores
Com quatro decretos emanados no mesmo dia (12/03/1622), o Papa Gregório XV canoniza Inácio de Loyola, Teresa de Ávila, Francisco Xavier, Filipe Néri e Isidoro. Haviam chegado à santidade por caminhos bem diferentes. Isidoro conquistou a santidade cavando a terra. A pobreza da família (nasceu em Madri em 1080) obrigou-o ainda muito jovem a procurar um trabalho braçal no campo. Com muitos camponeses, levanta-se ao cantar do galo para assistir à Missa antes de ir ao trabalho. Seu primeiro empregador, um tal Vera, muito o apreciou desde logo, seja pela vontade de trabalhar, seja pela sua retidão e honestidade. Não obstante isso, o incansável trabalhador foi acusado pelos companheiros inclusive de fugir do serviço. Porque se ausentava para rezar, diziam movidos pela inveja e ciúme, que Isidoro abandonava o posto de trabalho. Era verdade, mas o jovem recuperava aquela horinha passada em oração a Deus nos tempos mais castigados pelo sol, redobrando seu empenho.
O proprietário não quis conversa e exigiu a entrega de toda a colheita do campo que lhe havia dado de meia, além do abandono imediato das práticas de piedade durante o trabalho. Deus premiou o humilde e paciente trabalhador, multiplicando o pouco trigo que ficara nas tulhas. Quando pôde voltar ao seu torrão natal, após forçada emigração, foi contratado por um proprietário de terra mais compreensivo, João Vargas, que fez dele seu braço direito. Novamente atingido pela maledicência dos outros trabalhadores, Isidoro aceitou tranquilamente a provação sem protestar. O Vargas quis tirar a limpo as acusações e se colocou escondido perto do campo de trabalho de Isidoro.
De fato o surpreendeu de joelhos rezando, mas não muito longe estava um anjo dirigindo o arado e outro guiando os bois. O Vargas que até então tinha admiração, passou a ter devoção. De acordo com sua piedosa esposa, em uma nobre disputa de caridade para com o próximo, Isidoro não tirou vantagens pessoais de benevolência do seu empregador: continuou trabalhando a terra com alegre dedicação, repartindo com os pobres os bens materiais adquiridos com o suor da própria fronte.
Tinha sempre algo para dar aos necessitados, até aos passarinhos. Indo com o burrinho espalhava pela estrada mãozadas de trigo sem que o conteúdo do saco diminuísse de peso.
Morreu em cerca de 1130. Filipe II, atribuindo a sua cura à intercessão do santo camponês, de quem havia levado algumas relíquias, tornou-se um dos mais zelosos promotores da sua canonização, que, tardou a vir, mas se transformou em verdadeira apoteose.
Santo Isidoro, rogai por nós.

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TERÇA-FEIRA, DIA 14 DE MAIO DE 2024

SÃO MATIAS, APÓSTOLO
Cor Litúrgica vermelha

Primeira leitura
At 1,15-17.20-26
– Leitura dos Atos dos Apóstolos – 15Naqueles dias, Pedro levantou-se no meio dos irmãos e disse: 16“Irmãos, era preciso que se cumprisse o que o Espírito Santo, por meio de Davi, anunciou na Escritura sobre Judas, que se tornou o guia daqueles que prenderam Jesus. 17Judas era um dos nossos e participava do mesmo ministério. 20De fato, no livro dos Salmos está escrito: ‘Fique deserta a sua morada, nem haja quem nela habite!’ E ainda: ‘Que outro ocupe o seu lugar!’ 21Há homens que nos acompanharam durante todo o tempo em que o Senhor Jesus vivia no meio de nós, 22a começar pelo batismo de João até o dia em que foi elevado ao céu. Agora, é preciso que um deles se junte a nós para ser testemunha da sua ressurreição”. 23Então eles apresentaram dois homens: José, chamado Barsabás, que tinha o apelido de Justo, e Matias. 24Em seguida, fizeram esta oração: “Senhor, tu conheces os corações de todos. Mostra-nos qual destes dois escolheste 25para ocupar, neste ministério e apostolado, o lugar que Judas abandonou para seguir o seu destino!”. 26Então tiraram a sorte entre os dois. A sorte caiu em Matias, o qual foi juntado ao número dos onze apóstolos.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 113,1-2.3-4.5-6.7-8 (R: 8)
– O Senhor fez o indigente assentar-se com os nobres.
R:O Senhor fez o indigente assentar-se com os nobres.
– Louvai, louvai, ó servos do Senhor, louvai, louvai o nome do Senhor! Bendito seja o nome do Senhor, agora e por toda a eternidade!
R:O Senhor fez o indigente assentar-se com os nobres.
– Do nascer do sol até o seu ocaso, louvado seja o nome do Senhor! O Senhor está acima das nações, sua glória vai além dos altos céus.
R:O Senhor fez o indigente assentar-se com os nobres.
– Quem pode comparar-se ao nosso Deus, ao Senhor, que no alto céu tem o seu trono e se inclina para olhar o céu e a terra?
R:O Senhor fez o indigente assentar-se com os nobres.
– Levanta da poeira o indigente e do lixo ele retira o pobrezinho, para fazê-lo assentar-se com os nobres, assentar-se com os nobres do seu povo.
R: O Senhor fez o indigente assentar-se com os nobres.
Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Eu vos designei para que vades e deis frutos e o vosso fruto permaneça
(Jo 15,16).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 15,9-17

 – O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 9Como meu Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor. 10Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu guardei os mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor. 11E eu vos disse isto, para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja plena. 12Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. 13Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos. 14Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. 15Já não vos chamo servos, pois o servo não sabe o que faz o seu senhor. Eu vos chamo amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai. 16Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e para que produzais fruto e o vosso fruto permaneça. O que então pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo concederá. 17Isto é o que vos ordeno: amai-vos uns aos outros.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Matias, apóstolo e mártir, testemunho vivo da ressurreição de Jesus

Nome e eleição
Matias é nome frequente entre os judeus e quer dizer “dom de Deus”. É o apóstolo que recebeu o dom do grande privilégio de ser agregado aos Doze, tomando o lugar vago deixado pela deserção de Judas Iscariotes. Sua eleição foi mediante sorteio, após a ascensão do Senhor, pela proposta de Simão Pedro, que, em poucas palavras, fixou os três requisitos para o ministério apostólico: pertencer aos que seguiam Jesus desde o começo, ser chamado e enviado: “É necessário, pois, que, destes homens que nos acompanharam durante todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu no meio de nós, a começar pelo batismo de João até ao dia em que nos foi arrebatado, haja um que se torne conosco testemunha de sua ressurreição”. Essa foi uma das condições necessárias: Ser testemunha ocular do ressuscitado!
Testemunha
Matias esteve, portanto, constantemente próximo de Jesus desde o início até o fim de sua vida pública. Testemunha de Cristo e mais precisamente da sua ressurreição, pois a ressurreição do Salvador é a própria razão de ser do cristianismo. Matias, portanto, viveu com os onze o milagre da Páscoa e poderá, com todo o direito, anunciar Cristo ao mundo, como espectador da vida e da obra de Cristo “desde o batismo de João”. Também a segunda e a terceira condições, ser divinamente chamado e enviado, estão claramente expressas pela oração do colégio apostólico: “Senhor, tu que conheces o coração de todos, mostra qual destes dois escolheste”.
Sorteio
A eleição de Matias por sorteio pode causar-nos espanto. Tirar a sorte para conhecer a vontade divina é método muito conhecido na Sagrada Escritura. A própria divisão da Terra prometida foi mediante sorteio; e os apóstolos julgaram oportuna a conformidade com esse costume. Entre os dois candidatos propostos pela comunidade cristã, José filho de Sabá, cognominado o Justo; e Matias, a escolha caiu sobre o último. O novo apóstolo, cujo nome brilha na Escritura somente no instante da eleição, viveu com os onze a fulgurante experiência de Pentecostes antes de encaminhar-se, como os outros, pelo mundo afora a anunciar “a glória do Senhor”. 
Tradição e morte
Segundo a tradição, Matias evangelizou na Judeia, na Capadócia e, depois, na Etiópia. Ele sofreu perseguições e o martírio, morreu apedrejado e decapitado em Colchis, Jerusalém, testemunhando sua fidelidade a Jesus. Nada se sabe de suas atividades apostólicas, nem se morreu mártir ou de morte natural, pois as narrações a seu respeito pertencem aos escritos apócrifos. À tradição da morte por decapitação com machado liga-se o seu patrocínio especial aos açougueiros e carpinteiros. Normalmente, é representado com um machado ou com uma alabarda, que são símbolos da força do cristianismo e do seu martírio.
Relíquias
Há registros de que Santa Helena, mãe do imperador Constantino, o Grande, mandou trasladar as relíquias de São Matias para Roma, onde uma parte está guardada na igreja de Santa Maria Maior. O restante delas se encontra na antiquíssima igreja de São Matias, em Treves, na Alemanha, cidade que a tradição diz ter sido evangelizada por ele e que o tem como seu padroeiro.
Festa
Sua festa, celebrada por muito tempo a 24 de fevereiro para evitar o período quaresmal, foi fixada pelo novo calendário a 14 de maio, data certamente mais próxima do dia da sua eleição.
A minha oração
“Ó glorioso Apóstolo, vós sois uma luz em meio à multidão, um testemunho vivo da ressurreição de nosso Senhor. Mesmo sem tê-lo visto, queremos também ser sinais e anunciadores do ressuscitado. Ajuda-nos, mesmo em meio às dificuldades, a evangelizar levando a experiência do encontro pessoal com Jesus!”
São Matias, rogai por nós!

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SEGUNDA-FEIRA, DIA 13 DE MAIO DE 2024

VII SEMANA DA PÁSCOA
Cor Litúrgica branca
Nossa Senhora de Fátima

Primeira leitura
At 19,1-8
– Leitura dos Atos dos Apóstolos: 1Enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo atravessou as regiões montanhosas e chegou a Éfeso. Aí encontrou alguns discípulos e perguntou-lhes: 2“Vós recebestes o Espírito Santo quando abraçastes a fé?” Eles responderam: “Nem sequer ouvimos dizer que existe o Espírito Santo!”
3Então Paulo perguntou: “Que batismo vós recebestes?” Eles responderam: “O batismo de João”. 4Paulo disse-lhes: “João administrava um batismo de conversão, dizendo ao povo que acreditasse naquele que viria depois dele, isto é, em Jesus”. 5Tendo ouvido isso, eles foram batizados no nome do Senhor Jesus.
6Paulo impôs-lhes as mãos e sobre eles desceu o Espírito Santo. Começaram então a falar em línguas e a profetizar. 7Ao todo, eram uns doze homens. 8Paulo foi então à sinagoga e, durante três meses, falava com toda convicção, discutindo e procurando convencer os ouvintes sobre o reino de Deus.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 68,2-3.4-5ac. 6-7ab (R: 33a)
– Reinos da terra, cantai ao Senhor.
R: Reinos da terra, cantai ao Senhor.
– Eis que Deus se põe de pé, e os inimigos se dispersam! Fogem longe de sua face os que odeiam o Senhor! Como a fumaça se dissipa, assim também os dissipais, como a cera se derrete, ao contato com o fogo, assim pereçam os iníquos ante a face do Senhor!
R: Reinos da terra cantai ao Senhor.
– Mas os justos se alegram na presença do Senhor; rejubilam satisfeitos e exultam de alegria! Cantai a Deus, a Deus louvai, cantai um salmo a seu nome! O seu nome é Senhor: exultai diante dele!
R: Reinos da terra cantai ao Senhor.
– Dos órfãos ele é pai, e das viúvas protetor; é assim o nosso Deus em sua santa habitação. É o Senhor quem dá abrigo, dá um lar aos deserdados, quem liberta os prisioneiros e os sacia com fartura.
R: Reinos da terra cantai ao Senhor.
Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Se com Cristo ressurgistes, procurai o que é do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus Pai (Cl 3,1)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 16,29-33

– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo: 29Os discípulos disseram a Jesus: ‘Eis, agora falas claramente e não usas mais figuras. 30Agora sabemos que conheces tudo e que não precisas que alguém te interrogue. Por isto cremos que vieste da parte de Deus. 31Jesus respondeu: ‘Credes agora? 32Eis que vem a hora – e já chegou – em que vos dispersareis, cada um para seu lado, e me deixareis só. Mas eu não estou só; o Pai está comigo. 33Disse-vos estas coisas para que tenhais paz em mim. No mundo, tereis tribulações. Mas, tende coragem! Eu venci o mundo!’
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Nossa Senhora de Fátima

Havendo passado mais de 100 anos das aparições de Nossa Senhora em Fátima, muito se fala, mas pouco se conhece a respeito de suas revelações, tão cheias de significado e de mistério.
Neste artigo apresentamos a você um resumo da história de Fátima que poderá ser desdobrado para maior aprofundamento.
INÍCIO DAS APARIÇÕES
Em 1917, Nossa Senhora de Fátima profetizou aos três pastorinhos, Lúcia, Francisco e Jacinta, que, se a humanidade não desse ouvidos aos apelos que Ela vinha fazer, começaria uma segunda guerra mundial pior que a primeira e que a Rússia espalharia seus erros pelo mundo.
O que de fato aconteceu: a segunda guerra ocorreu de 1939 a 1945 e a revolução comunista na Rússia eclodiu um mês depois da sexta aparição.
Nossa Senhora vinha pedir a conversão pois, do contrário, duras perseguições se desencadeariam contra a Igreja e a mão de Deus puniria a terra por sua infidelidade.
Qual caminho a humanidade seguiu? Todos nós sabemos.
Entretanto, por cima destas previsões mais catastróficas, Nossa Senhora anunciou um sol de esperança:
“Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará.”
Nossa Senhora de Fátima
As profecias de Fátima são, antes de tudo, palavras de confiança e de certeza da vitória. Não é o anúncio do fim, mas a aurora de uma nova era histórica.
Esta era histórica virá como uma grande misericórdia. O triunfo d’Ela é o triunfo de Cristo. É o Reino de Maria no Reino de Cristo!
Aparições de Fátima
APARIÇÕES DO ANJO DE PORTUGAL
Assim como o nascimento de Jesus foi anunciado pelo Arcanjo São Gabriel, também as aparições de Nossa Senhora aos pastorinhos foram preparadas por meio de três aparições do Anjo de Portugal, depois das quais passaram a ter uma vida de oração e sacrifício muito mais intensa, tudo oferecido em reparação pelos pecados cometidos contra Deus e pela conversão dos pecadores.
A primeira das aparições deu-se numa colina próxima da Cova da Iria, denominada Cabeço.
No verão de 1916, quando os três pastorinhos brincavam no terreiro da casa dos pais de Lúcia, junto a um poço ali existente, aparece-lhes novamente o Anjo, como o narra a Ir. Lúcia.
As crianças passam a ter presente em sua alma a necessidade de reparar os pecados dos homens, como conta Walsh a respeito de Francisco.
No fim do verão ou princípio do outono de 1916, mais uma vez na Loca do Cabeço, deu-se a última aparição do celeste mensageiro. Havendo as crianças terminado de merendar, em vez de começarem a brincar, foram rezar numa gruta próxima. Estavam eles de joelhos e inclinados, rezando a oração ensinada pelo Anjo, quando ele tornou a se fazer ver, como nos conta a Ir. Lúcia.
As palavras do Anjo produziram profunda impressão nas três crianças, as quais, a partir de então, começaram a sofrer e rezar fervorosamente pelos pecadores.
Estavam assim já preparados para o encontro com a Rainha dos Anjos!
Anjo de Portugal – Salvai-me, Rainha da Fátima!
A Loca do Cabeço no local da sua aparição aos três pastorinhos, em Portugal
Os três pastorinhos: Lúcia, Francisco e Jacinta
13 de Maio de 1917
PRIMEIRA APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
Um dos mais marcantes fatos de nossos tempos deu-se no começo do século XX, no dia 13 de maio de 1917, quando Nossa Senhora se manifestou aos três pastorinhos, pedindo orações e sacrifícios em reparação pelos pecados cometidos contra Deus e pela conversão dos pecadores. Recomendou também que rezassem o Terço todos os dias.
Naquela manhã de domingo, 13 de maio, depois de assistirem à Missa na igreja de Aljustrel, onde moravam, saíram em direção à serra com seu pequeno rebanho de ovelhas. Lúcia disse em tom categórico:
— Vamos para as terras de meu pai, na Cova da Iria.
Obedecendo, os outros tocaram as ovelhas, e lá se foram pela Serra de Aire.
Por volta do meio-dia, após terem tomado seu lanche e rezado o Terço, conforme o pedido que o Anjo lhes havia feito, de súbito, as três crianças viram como que um clarão de relâmpago, que as surpreendeu. Olharam para o céu e, depois, umas para as outras: ficaram mudas e pasmas, pois o horizonte estava limpo e sereno. Que seria?
Lúcia, então, ordenou:
— Vamos embora, que pode vir trovoada.
— Pois vamos – disse Jacinta.
A meio caminho, viram um segundo relâmpago. Com redobrado susto apertaram o passo, continuando a descer. Porém, mal haviam chegado ao fundo da Cova da Iria pararam, confusos e maravilhados: ali, a curta distância, sobre uma carrasqueira de pouco mais de um metro, aparecia-lhes a Mãe de Deus.
Segundo as descrições da Ir. Lúcia, era “uma Senhora, vestida toda de branco, mais brilhante que o sol, espargindo luz mais clara e intensa que um copo de cristal cheio de água cristalina, atravessado pelos raios do sol mais ardente”. Seu semblante era de inenarrável beleza, nem triste, nem alegre, mas sério, talvez com uma suave expressão de ligeira censura. O vestido, mais alvo que a própria neve, parecia tecido de luz. Tinha as mangas relativamente estreitas e era fechado ao pescoço, descendo até os pés, os quais, envolvidos por uma tênue nuvem, mal eram vistos roçando as folhas da azinheira. Um manto lhe cobria a cabeça, também branco com bordas de ouro, do mesmo comprimento que o vestido, envolvendo-Lhe quase todo o corpo. As mãos, as trazia juntas a rezar, apoiadas no peito; da direita pendia um lindo rosário de contas como pérolas brilhantes, do qual pendia uma Cruz de intensa luz prateada. Seu único adorno era um delicado colar de ouro, de pura luz, que Lhe caía sobre o peito, do qual pendia uma pequena esfera do mesmo metal, quase à altura da cintura.
Diante da admiração respeitosa dos pastorinhos, a Santíssima Virgem lhes disse com suave bondade, segundo o relato da Ir. Lúcia:
“— Não tenhais medo. Eu não vos faço mal.
“— De onde é Vossemecê? – Lhe perguntei.
“— Sou do Céu.
“— E que é que Vossemecê me quer?
“— Vim para vos pedir que venhais aqui seis meses seguidos, no dia 13 a esta mesma hora.
Depois vos direi quem sou e o que quero. Depois voltarei ainda aqui uma sétima vez.
“— E eu também vou para o Céu?
“— Sim, vais.
“— E a Jacinta?
“— Também.
“— E o Francisco?
“— Também, mas tem que rezar muitos Terços.
“Lembrei-me então de perguntar por duas raparigas que tinham morrido há pouco. Eram minhas amigas e estavam em minha casa a aprender a tecedeiras com minha irmã mais velha.
“— A Maria das Neves já está no Céu?
“— Sim, está.
“Parece-me que devia ter uns dezesseis anos.
“— E a Amélia?
“— Estará no Purgatório até o fim do mundo.
“Parece-me que devia ter de dezoito a vinte anos.
“— Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores?
“— Sim, queremos.
“— Ides, pois, ter muito que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto.
“Foi ao pronunciar estas últimas palavras (a graça de Deus, etc.) que abriu pela primeira vez as mãos, comunicando-nos uma luz tão intensa, como que reflexo que delas expedia, que penetrando-nos no peito e no mais íntimo da alma, fazendo-nos ver a nós mesmos em Deus, que era essa luz, mais claramente que nos vemos no melhor dos espelhos. Então, por um impulso íntimo também comunicado, caímos de joelhos e repetíamos intimamente:
“— Ó Santíssima Trindade, eu Vos adoro. Meu Deus, meu Deus, eu Vos amo no Santíssimo Sacramento.
“Passados os primeiros momentos, Nossa Senhora acrescentou:
“— Rezem o Terço todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra.
“Em seguida, começou-Se a elevar serenamente, subindo em direção ao nascente, até desaparecer na imensidade da distância”.
A Celeste Mensageira havia produzido nas crianças uma deliciosa impressão de paz e de alegria radiante. De tempos em tempos, o silêncio em que tinham caído era cortado por esta jubilosa exclamação de Jacinta:
— Ai! Que Senhora tão bonita! Ai! Que Senhora tão bonita!
Nesta, como nas outras aparições, a Virgem Santíssima falou apenas com Lúcia, sendo que Jacinta só via e ouvia o que Ela dizia. Francisco, entretanto, não A ouvia, mas somente A via.
Quando as duas meninas lhe relataram o que Nossa Senhora disse a respeito dele, ficou muito contente e, cruzando as mãos acima de sua cabeça, exclamou em alta voz:
— Ó minha Nossa Senhora! Terços digo eu quantos Vós quiserdes!
Aquela Senhora tão bonita, como dizia Jacinta, não deu nenhuma ordem para as crianças manterem sigilo sobre a aparição. Mesmo assim, fizeram um “pacto infantil” de segredo, resolvendo não contar nada a ninguém, tal como haviam feito quando o Anjo lhes aparecera.
Como sabemos, crianças não são boas para guardar segredo… e Jacinta tão logo se encontrou com a mãe, correu para contar-lhe o que tinha ocorrido na Cova da Iria.
Mas esta não lhe deu nenhum crédito e julgou tratar-se de imaginação infantil.
Mais tarde, durante o jantar com toda a família reunida, Jacinta tornou a contar sua história, deixando seu irmão Francisco numa situação bem difícil. Por um lado, não queria mentir e, por outro, não queria quebrar a promessa feita à prima Lúcia. Optou por ficar em silêncio.
Porém, ao ser interrogado pelo pai, o qual sabia ser o filho incapaz de mentir, não restou outra saída senão confirmar o que Jacinta acabava de contar.
Foi impossível evitar que a notícia corresse por toda a parte.
RECEBA UM TERÇO DOURADO!
13 de Junho de 1917
SEGUNDA APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
Por ocasião da segunda aparição, Nossa Senhora revela que levaria em breve Jacinta e Francisco, mas Lúcia ficaria por mais algum tempo, sendo instrumento para tornar Nossa Senhora mais conhecida e amada. Revelou também o desejo de seu Divino Filho de se estabelecer no mundo a devoção ao Imaculado Coração d’Dela.
No dia 13 de junho, muitos devotos e curiosos compareceram ao local da aparição.
Era por volta de cinquenta o número de pessoas.
Depois de rezarem o Terço, uma moça pediu que se recitasse também a Ladainha da Santíssima Virgem. Lúcia, entretanto, disse que não daria mais tempo. A luz, que elas chamavam de relâmpago, começava a aparecer.
As crianças se ajoelharam perto da azinheira e ali pousou Nossa Senhora, como no mês anterior.
Ir. Lúcia assim transcreve o diálogo:
“— Vossemecê que me quer? – perguntei.
“— Quero que venhais aqui no dia 13 do mês que vem, que rezeis o Terço todos os dias e que aprendais a ler. Depois direi o que quero.
“Pedi a cura dum doente.
“— Se se converter, curar-se-á durante o ano.
“— Queria pedir-Lhe para nos levar para o Céu.
“— Sim; a Jacinta e o Francisco levo-os em breve. Mas tu ficas cá mais algum tempo.
Jesus quer servir-Se de ti para Me fazer conhecer e amar. Ele quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração. A quem a aceita, prometer-lhe-ei a salvação e estas almas serão amadas de Deus, como flores colocadas por Mim para enfeitar o seu trono.
“— Fico cá sozinha? – perguntei, com pena.
“— Não, filha. E tu sofres muito? Não desanimes. Eu nunca te deixarei. O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus.
“Foi no momento em que disse estas últimas palavras, que abriu as mãos e nos comunicou, pela segunda vez, o reflexo dessa luz imensa. Nela nos víamos como que submergidos em Deus. A Jacinta e o Francisco pareciam estar na parte dessa luz que se elevava para o Céu e eu na que se espargia sobre a terra. À frente da palma da mão direita de Nossa Senhora, estava um Coração cercado de espinhos que pareciam estar nele cravados. Compreendemos que era o Imaculado Coração de Maria, ultrajado pelos pecados da humanidade, que queria reparação”.
A Senhora, então, começou a Se elevar acima do arbusto e, subindo suavemente pela luminosa estrada que seu incomparável brilho parecia abrir no firmamento, até desaparecer.
Lúcia gritou aos circunstantes:
— Se A querem ver, olhem… vai além…
Desaparecida por completo a visão, Lúcia exclamou:
— Pronto! Agora não se vê mais, já entrou no Céu e se fecharam as portas.
O público ali presente, embora não tivesse visto Nossa Senhora, compreendeu que acabava de se passar algo de extraordinário e sobrenatural. Várias pessoas começaram a tirar raminhos e folhinhas da copa da azinheira, mas logo foram advertidos por Lúcia que colhessem apenas os de baixo.
No caminho de volta para casa, todos iam rezando o Terço em louvor à augusta Senhora que Se dignara descer do Céu até aquele perdido recanto de Portugal.
COLOQUE SEU NOME NO CORAÇÃO DE MARIA!
Os três pastorinhos no local das aparições
Jacinta Marto (à esq.) e Lúcia dos Santos
13 de Julho de 1917
TERCEIRA APARIÇÃO: “ISTO NÃO O DIGAIS A NINGUÉM”
Foi na terceira aparição que Nossa Senhora revelou-lhes o famoso “Segredo”, nas suas 3 partes, ordenando que não contassem a ninguém. Anunciou também que no mês de outubro faria um milagre por onde todos acreditariam nas aparições.
No dia anterior em que se daria a terceira aparição de Nossa Senhora de Fátima, Lúcia estava resolvida a não comparecer à Cova da Iria, por estar passando por uma dura prova. A
mãe não lhe dava crédito e a acusava de mentirosa. Ademais, o pároco do local, depois de a ter interrogado meticulosamente, pronunciou-se da seguinte forma: “Não
me parece uma revelação do Céu. Quando se dão estas coisas, por ordinário, Nosso Senhor manda essas almas, a quem Se comunica, dar conta do que se passa a seus confessores ou párocos, e esta, ao contrário, retrai-se quanto pode. Isto também pode ser um engano do demônio. Vamos ver. O futuro nos dirá o que havemos de pensar”.
A tal ponto esta dúvida foi tomando o seu subconsciente que, certa noite, acordou gritando. Depois, contou o que havia sonhado:
“Vi o demônio que, rindo-se de me ter enganado, fazia esforços por me arrastar para o inferno. Ao ver-me nas suas garras, comecei a gritar de tal forma, chamando Nossa Senhora, que acordei minha mãe, a qual me chamou, aflita, perguntando-me o que eu tinha”.
No dia 12 pela tarde, Jacinta e Francisco, tentaram convencer Lúcia de todos os modos, mostrando-lhe ser impossível que a Senhora tivesse qualquer relação com o
inferno, muito pelo contrário! Lúcia, todavia, permanecia firme em sua resolução. A Jacinta, que lhe insistia com lágrimas nos olhos para acompanhá-los até a Cova da
Iria, Lucia disse: “Olha: se a Senhora te perguntar por mim, diz-Lhe que não vou, porque tenho medo que seja o demônio”.
No dia seguinte, ao aproximar-se a hora em que deviam partir, Lucia sentiu-se impulsionada por uma estranha força, que não era fácil resistir. Foi se encontrar com os primos e os encontrou no quarto, de joelhos, chorando e rezando, como ela mesma conta:
“— Então vocês não vão? – lhes perguntei.
“— Sem ti não nos atrevemos a ir. Anda, vem.
“— Já cá vou – lhes respondi.
“Então, com um semblante já alegre, partiram comigo”.
E as três crianças se puseram a caminho. Ao chegarem no local das aparições, surpreenderam-se com a multidão que ali se encontrava: eram entre duas ou três mil pessoas.
A Ir. Lúcia narra o que sucedeu:
“Vimos o reflexo da costumada luz e, em seguida, Nossa Senhora sobre a carrasqueira.
“— Vossemecê que me quer? – perguntei.
“— Quero que venham aqui no dia 13 do mês que vem, que continuem a rezar o Terço todos os dias, em honra de Nossa Senhora do Rosário, para obter a paz do mundo e o
fim da guerra, porque só Ela lhes poderá valer.
“— Queria pedir-Lhe para nos dizer quem é, para fazer um milagre com que todos acreditem que Vossemecê nos aparece.
“— Continuem a vir aqui todos os meses. Em outubro direi quem sou, o que quero e farei um milagre que todos hão de ver, para acreditar”.
E foi então que Nossa Senhora lhes revelou o Segredo, o coração da Mensagem de Fátima, ordenando-lhes ao final: “Isto não o digais a ninguém”…
AJUDE-NOS A DIVULGAR A MENSAGEM DE FÁTIMA!
19 de Agosto de 1917
QUARTA APARIÇÃO: A PROVAÇÃO DOS PASTORINHOS
A quarta aparição foi assinalada por inúmeros acontecimentos que marcaram profundamente a vida das crianças: Seus pais foram intimados pelas autoridades locais, o padre local não lhes dava crédito, foram elas submetidas a exaustivos interrogatórios, sequestradas, ameaçadas de morte e até mesmo ficaram presas em uma cadeia pública junto com outros detentos!
No dia marcado para a aparição não puderam comparecer, mas nem por isso Nossa Senhora de Fátima deixou de visitá-los dias depois em outro local, onde pede novamente que rezem muito pelos pecadores, porque “vão muitas almas para o inferno por não haver quem se sacrifique e peça por elas.”
Aproximava-se o dia 13 de agosto, data prevista para a quarta aparição da Mensageira Celestial. A situação das crianças, porém, não era nada fácil. Elas estavam no meio de um fogo cruzado, pois, de um lado, havia autoridades civis e políticas abertamente contrárias à Religião e, de outro, a prudência da Igreja que não se pronunciava favoravelmente com relação às aparições.
Eram os anos posteriores à queda do regime monárquico em Portugal, fato ocorrido em 1910, e a Igreja Católica vivia dias difíceis. O administrador do concelho de Vila Nova de Ourém, Artur de Oliveira Santos, era anticatólico. Como Fátima pertencia justo ao concelho de Vila Nova de Ourém,  o administrador mandou intimar os pais dos pastorinhos, com seus filhos, para o sábado, dia 11 de agosto, ao meio-dia.
Na realidade, os pais de Lúcia não acreditavam nas aparições e esperavam que o medo vencesse a filha, para que pudessem voltar à tranquilidade de seus afazeres.
Lúcia e o pai foram inquiridos a respeito do Segredo e ela resistiu, mesmo tendo sido ameaçada de morte. O Sr. Marto foi sozinho e não levou Jacinta nem Francisco, pois ele e Da. Olímpia, sua esposa, pensavam diferente dos pais de Lúcia. O administrador foi duro com o Sr. Marto, porque ele não levou os filhos, e resolveu ir até sua casa, desta vez acompanhado de um sacerdote.
O sequestro dos pastorinhos
Estando o administrador em casa dos pastorinhos, acompanhado do pároco local, quis interrogar Francisco e Jacinta. Como não conseguiu nenhum resultado, resolveu se utilizar de uma artimanha, levando os videntes até a casa do pároco, para serem novamente examinados por ele e pelo próprio sacerdote.
O pároco, querendo “lavar as mãos” e ficar bem com a autoridade civil, interrogou Lúcia primeiro, dizendo-lhe que estavam mentindo, enganando muita gente com a história das aparições, concluindo que todo aquele que diz mentiras vai para o inferno… A menina, inspirada pelo Espírito Santo, respondeu com firmeza: “Se quem mente vai para o inferno, eu não vou para o inferno. Porque eu não minto e digo somente o que vi e o que a Senhora me disse. Quanto ao povo que vai lá, vai porque quer. Nós não chamamos ninguém”.
Tendo sido frustrada a tentativa, o administrador resolveu usar de outra tática. Enganou os pastorinhos, os convidando a irem em seu carro até o local das aparições, mas na verdade os sequestrou, indo para Ourém a toda a velocidade. Lá, os deixou em casa com sua esposa. Cumulou os pequenos de saborosas comidas, fazendo-os brincar com os próprios filhos. Esperava, com isso, amolecer as crianças com todas aquelas manifestações de falsa amabilidade.
Deste modo, os pastorinhos passaram o dia da aparição distantes da Cova da Iria. Na ocasião, Francisco soube exprimir bem a dúvida que brotava no coração dos três pastorinhos: “Nossa Senhora é capaz de ter ficado triste, por a gente não ir à Cova de Iria, e não volte mais a aparecer-nos. E eu gostava tanto de A ver!”
E, com uma inocência de comover qualquer coração, concluía: “Decerto não nos apareceu no dia 13 para não ir à casa do senhor administrador, talvez por ele ser tão mau”.
Enquanto isso, na Cova da Iria…
Já na Cova da Iria, uma multidão calculada entre cinco a seis mil pessoas, esperava os pequenos videntes na hora em que Nossa Senhora de Fátima costumava aparecer.
Desde as onze horas o povo rezava e cantava. No entanto, onde estavam as crianças? Por volta do meio-dia, enquanto rezavam o Terço, chegou alguém de Fátima com a notícia do rapto dos pastorinhos, despertando forte indignação entre todos.
Neste momento, repentinamente ouviu-se um leve murmúrio, seguido de um estrondo de trovão e um relâmpago, como das outras vezes. Viram, então, uma nuvenzinha branca, transparente e leve, pousar suavemente sobre a carrasqueira por uns instantes. Pouco depois, elevou-se e se dissipou no azul do céu. Tudo indica que Nossa Senhora de Fátima veio e, não encontrando os pequenos, Se retirou, manifestando-Se por meio destes sinais para que a multidão se desse conta de sua presença.
A prisão das crianças
Havendo passado a noite na casa do administrador, na manhã seguinte os guardas levaram os pequenos para exaustivos interrogatórios na sede da administração. Queriam a todo custo descobrir o Segredo, mas as crianças ficaram firmes e tudo foi em vão. Até mesmo ouro lhes ofereceram; todavia eles resistiram e não contaram nada.
Depois, partiram para as ameaças, e ameaças terríveis para pequenas crianças, como a de jogá-las num caldeirão de azeite onde morreriam fritas. Por fim, o administrador terminou por prender os pastorinhos numa cela da cadeia pública, junto com criminosos.
Jacinta chorava com saudade dos pais, que temia nunca mais voltar a ver. Francisco, para encorajar a irmãzinha e a prima a oferecerem tais tormentos como sacrifício pela conversão dos pecadores, conforme o Anjo e a própria Virgem os havia ensinado, disse: “A mãe, se não a tornarmos a ver, paciência! Oferecemos pela conversão dos pecadores. O pior é se Nossa Senhora não volta mais! Isso é que mais me custa! Mas também o ofereço pelos pecadores”.
A isto, Jacinta acrescentou que deviam oferecer também pelo Santo Padre e em reparação às ofensas cometidas contra o Imaculado Coração de Maria.
No convívio com os criminosos, na prisão, resolveram rezar o Terço. Cena inaudita: os detentos que ali se encontravam se ajoelharam também, movidos pelo exemplo irresistível daqueles três confessores da Fé.
Apesar do alívio que sentiram na recitação do Terço, terminada a oração Jacinta voltou-se para a janela e tornou a chorar. Os presos que ali se encontravam queriam consolar aquela heroína de apenas sete anos, tentando convencê-la a revelar o Segredo:
“— Mas vocês – diziam eles – digam ao senhor administrador lá esse Segredo. Que lhes importa que essa Senhora não queira?
“— Isso não! – respondeu a Jacinta com vivacidade – Antes quero morrer”.
Ameaças e heroísmo dos videntes
Chegou a hora mais crucial da prova: chamaram os pastorinhos para o gabinete do administrador. Em tom intimidativo, este mandou levar Jacinta para, segundo sua ameaça, o caldeirão de azeite fervendo, já que ela não revelava o Segredo. Pensavam que, sendo a mais nova, não resistiria ao medo e o contaria. No entanto, a menina acompanhou aquele que a chamava sem dizer uma palavra.
Em seguida pegaram Francisco pelo braço. Ele, em lágrimas, mas resoluto e firme, tampouco contou o Segredo. Por fim, foi a vez de Lúcia… Ainda que tivesse a ideia de que seus primos estivessem mortos e de que ela seria a próxima, não revelou o Segredo e resistiu àquela cruel pressão, também com heroísmo notável.
Pouco tempo depois, estavam ela e os dois primos num quarto, abraçando-se com alegria! Sem embargo, o tormento ainda não havia passado. Recordemos que a todo este sofrimento se deve acrescentar o aparente abandono da família e as dúvidas que o pároco levantou…
No dia seguinte, 15 de agosto, festa da Assunção de Maria, o administrador os submeteu a novos inquéritos. Vendo perdido seu intento, temendo o pior, devido a um verdadeiro levante popular em defesa das crianças, e querendo salvar a própria pele, resolveu devolvê-las na residência do pároco de Fátima.
Nossa Senhora os visita em Valinhos
Tendo em vista que não se encontraram com Nossa Senhora no dia 13 de agosto, os pastorinhos ficaram com um misto de esperança e desânimo…
Quatro dias depois do sequestro, em 19 de agosto, Jacinta não foi ao campo, e seu irmão João, de onze anos, a substituiu na guarda do rebanho. Estando próximos de Aljustrel, num local chamado Valinhos, Francisco e Lúcia, por volta das quatro horas da tarde, perceberam algo de sobrenatural prenunciando a chegada da Celeste Mensageira.
Lembraram-se imediatamente de Jacinta e pediram que João fosse chamar sua irmã às pressas, chegando esta justo a tempo da aparição.
Assim narra Lúcia o que aconteceu:
“Entretanto, vi, com o Francisco, o reflexo da luz a que chamávamos relâmpago; e chegada a Jacinta, um instante depois, vimos Nossa Senhora sobre uma carrasqueira.
“— Que é que Vossemecê me quer?
“— Quero que continueis a ir à Cova de Iria no dia 13, que continueis a rezar o Terço todos os dias. No último mês, farei o milagre, para que todos acreditem.
“— Que é que Vossemecê quer que se faça ao dinheiro que o povo deixa na Cova de Iria?
“— Façam dois andores: um, leva-o tu com a Jacinta e mais duas meninas vestidas de branco; o outro, que o leve o Francisco com mais três meninos. O dinheiro dos andores é para a festa de Nossa Senhora do Rosário e o que sobrar é para a ajuda duma capela que hão de mandar fazer”.
Lúcia pede pela cura de uns doentes e Nossa Senhora de Fátima diz que alguns curaria durante o ano.
Em seguida, com uma fisionomia entristecida acrescenta: “Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores, que vão muitas almas para o inferno por não haver quem se sacrifique e peça por elas”.
Como se pode facilmente concluir, a Virgem Maria, em sua indizível bondade materna, quis vir em socorro daqueles filhos prediletos para os confortar depois do terrível sofrimento pelo qual haviam passado.
“Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados” (Mt 5, 4).
13 de Setembro de 1917
QUINTA E PENÚLTIMA APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
Na quinta aparição recomendou que continuassem a rezar o terço para o fim da guerra, disse que Deus estava contente com os sacrifícios dos pastorinhos e reafirmou que faria um milagre em outubro.
Ao longo das sucessivas aparições de Nossa Senhora na Cova da Iria, aumentava o número dos que nelas acreditavam. No dia 13 de setembro verificou-se um extraordinário número de peregrinos presentes no local. Muitos já se haviam posto a caminho desde o dia anterior e formavam uma multidão cheia de respeito, calculada entre quinze e vinte mil pessoas, ou talvez mais.
Assim narra a Ir. Lúcia:
“Ao aproximar-se a hora, lá fui, com a Jacinta e o Francisco, entre numerosas pessoas que a custo nos deixavam andar. As estradas estavam apinhadas de gente. Todos nos queriam ver e falar. Ali não havia respeito humano. Numerosas pessoas, e até senhoras e cavalheiros, conseguindo romper por entre a multidão que à nossa volta se apinhava, vinham prostrar-se, de joelhos, diante de nós, pedindo que apresentássemos a Nossa Senhora as suas necessidades”.
Tão logo chegaram à Cova da Iria, junto da carrasqueira, começaram a rezar o Terço com o povo.
“Pouco depois, vimos o reflexo da luz e a seguir Nossa Senhora sobre a azinheira.
“— Continuem a rezar o Terço, para alcançarem o fim da guerra. Em outubro virá também Nosso Senhor, Nossa Senhora das Dores e do Carmo, São José com o Menino Jesus, para abençoarem o mundo. Deus está contente com os vossos sacrifícios, mas não quer que durmais com a corda; trazei-a só durante o dia”.
As crianças tinham passado a usar como cilício um pedaço de corda grossa, que não tiravam nem para dormir. Isto lhes impedia muitas vezes o sono e passavam noites inteiras em claro. Daí o elogio e a recomendação de Nossa Senhora.
Continua Lúcia a narrar seu diálogo com a Virgem Santíssima:
“— Têm-me pedido para Lhe pedir muitas coisas: a cura de alguns doentes, dum surdo-mudo.
“— Sim, alguns curarei; outros não. Em outubro farei o milagre, para que todos acreditem.
“E começando a elevar-Se, desapareceu como de costume”.
Ainda que breve, a aparição de Nossa Senhora deixou os pequenos videntes felicíssimos, consolados e fortalecidos em sua fé. Francisco, de modo especial, sentia-se transportado de alegria com a perspectiva “de que, no próximo mês, veriam Nosso Senhor”, como lhes prometera a Rainha do Céu e da terra.
ÚLTIMA APARIÇÃO: “EU SOU A SENHORA DO ROSÁRIO”
Na última aparição, Nossa Senhora revelou-Se como sendo a Senhora do Rosário, pediu que fizessem uma capela no local em sua honra, que rezassem o terço todos os dias e profetizou que a Guerra terminaria em breve.
Realizou também diante da multidão o milagre anunciado: o Sol começou a bailar, várias pessoas foram curadas e as roupas ensopadas pela chuva que caíra caudalosamente antes da aparição estavam completamente secas.
Naquela manhã fria de outono, uma chuva persistente e abundante tinha transformado a Cova da Iria num imenso lamaçal, e parecia ensopar até os ossos da multidão de cinquenta a setenta mil peregrinos que ali se apinhava, vinda de todos os cantos de Portugal.
Por volta das onze e meia da manhã, aquele mar de gente abriu passagem aos três videntes que se aproximavam.
É a Ir. Lúcia quem nos relata o que se seguiu:
“Saímos de casa bastante cedo, contando com as demoras do caminho. O povo era em massa. A chuva, torrencial. Minha mãe, temendo que fosse aquele o último dia da minha vida, com o coração retalhado pela incerteza do que iria acontecer, quis acompanhar-me. Pelo caminho, as cenas do mês passado, mais numerosas e comovedoras. Nem a lamaceira dos caminhos impedia essa gente de se ajoelhar na atitude mais humilde e suplicante. Chegados à Cova da Iria, junto da carrasqueira, levada por um movimento interior, pedi ao povo que fechasse os guarda-chuvas para rezarmos o Terço. Pouco depois, vimos o reflexo da luz e, em seguida, Nossa Senhora sobre a carrasqueira.
“— Que é que Vossemecê me quer?
“— Quero dizer-te que façam aqui uma capela em minha honra, que sou a Senhora do Rosário, que continuem sempre a rezar o Terço todos os dias. A guerra vai acabar e
os militares voltarão em breve para suas casas.
“— Eu tinha muitas coisas para Lhe pedir: se curava uns doentes e se convertia uns pecadores, etc.
“— Uns, sim; outros, não. É preciso que se emendem, que peçam perdão dos seus pecados.
“E tomando um aspecto mais triste:
“— Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor que já está muito ofendido.
“E, abrindo as mãos, fê-las refletir no sol. E enquanto que Se elevava, continuava o reflexo da sua própria luz a projetar-se no sol”.
Tendo Nossa Senhora desaparecido nesta luz que Ela mesma irradiava, no céu sucederam-se três novas visões, “três quadros, simbolizando, um após outro, os Mistérios Gozosos, Dolorosos e Gloriosos do Rosário”.
Junto ao sol apareceu a Sagrada Família: São José, com o Menino Jesus nos braços, e Nossa Senhora do Rosário. A Virgem vestia uma túnica branca e um manto azul, São José estava “também de branco, e o Menino Jesus de vermelho claro”.
Traçando três vezes no ar uma cruz, “São José com o Menino pareciam abençoar o mundo”.
As duas cenas seguintes foram vistas apenas por Lúcia.
Primeiramente, Nosso Senhor, transido de sofrimento, como a caminho do Calvário, e Nossa Senhora das Dores, “mas sem a espada no peito”. O Divino Redentor abençoou “o mundo da mesma forma que São José”.
Logo depois, apareceu gloriosa Nossa Senhora do Carmo,
coroada Rainha do universo, com o Menino Jesus ao colo. Enquanto os três pastorinhos contemplavam os celestiais personagens, operou-se ante os olhos da multidão o milagre anunciado…
Chovera durante toda a aparição. Lúcia, ao término de seu colóquio com Nossa Senhora, gritara para o povo:
— Olhem para o sol!
Então rasgaram-se as nuvens e o sol apareceu como um imenso disco luminoso. Apesar de seu intenso brilho, podia ser olhado diretamente sem ferir a vista. As pessoas o contemplavam absortas quando, de súbito, o astro se pôs “a dançar, a bailar; parou outra vez e outra vez começou a dançar, até que por fim pareceu que se soltasse do céu e viesse para cima da gente”, segundo a descrição de um dos presentes.
O ciclo das visões de Fátima estava encerrado.
Após tais prodígios, todos se entreolhavam perturbados. Em seguida, a alegria explodiu:
— Milagre! As crianças tinham razão!
Os gritos de entusiasmo ecoavam pelas colinas e muitos notavam que sua roupa, encharcada alguns minutos antes, estava completamente seca.
O milagre do sol pôde ser observado a uma distância de muitos quilômetros do local das aparições.
Nossa Senhora de Fátima, rogai por nós.
Santa Maria Domingas Mazzarello, fundadora das Filhas de Maria Auxiliadora

Dia 13 de maio é conhecidíssimo na Igreja como o dia de Nossa Senhora de Fátima, a quem pedimos a graça de fazermos penitência e nos convertermos. Também, nesse dia, a Família Salesiana celebra a fundadora das Filhas de Maria Auxiliadora.
Berço
Foi em Mornese, um povoado ao norte da Itália, que, no dia 9 de maio de 1837, nasceu Maria Domingas Mazzarello, primeira de dez filhos do casal José Mazzarello e Maria Madalena Calcagno. Desde muito cedo, Maìn — apelido pelo qual Maria era carinhosamente conhecida –, ajudou a cuidar de seus irmãos e dos afazeres domésticos.
Iniciação cristã
Começou a frequentar as aulas de catecismo e a se destacar nelas, pois tinha grande paixão pelas coisas de Deus. Aos 13 anos, fez a primeira comunhão, assumindo o compromisso de fazer de Jesus o seu grande amor e da Eucaristia diária o seu centro de vida. Aos 16 anos, ajudava seu pai no trabalho dos vinhedos e era conhecida por seu forte caráter e espírito de liderança.
Quase todos os dias, bem cedo, Maria percorria um íngreme caminho para participar da missa. Percurso que, no inverno, ficava ainda mais difícil devido ao frio e à neve.
Caridade na epidemia
Em 1860, a epidemia do tifo se abateu sobre o povoado de Mornese. A família dos tios de Main foi uma das primeiras a contrair a doença. A pedido de padre Pestarino, seu diretor espiritual, Maria foi ajudá-los, mesmo sabendo que poderia contrair a doença, e foi o que realmente aconteceu. A partir daí, o rumo de sua vida mudou completamente. Perdendo as forças físicas e não podendo mais trabalhar no campo, começou a se questionar sobre o que iria fazer para ajudar as pessoas, foi então que certa vez, ao caminhar pela colina de Bargo Alto, teve a visão de um alto edifício, parecido com um colégio e com muitas meninas correndo, brincando num grande pátio interno e ouviu nitidamente estas palavras: “Tome conta destas meninas! A ti as confio!”.
A voz de Maria
E com coração aberto, Maìn compreendeu que a voz que confiava a ela as meninas era a de Nossa Senhora e decidiu aprender a costurar, para ensinar as jovens da sua pequena cidade, com isso, as manteria longe dos perigos e do pecado, ensinando-as a fazer de “cada ponto da agulha, um ato de amor a Deus”. E foi com Petronilla, sua amiga e companheira, que montou uma sala de costura e começou a ensinar o ofício.
Treinamento na virtude
As famílias de Mornese começaram a mandar-lhe as filhas; e as aulas de costura tornaram-se aulas de treinamento na virtude. Um dia, um senhor viúvo, entregou-lhe as suas filhas para que as educasse. Assim, a oficina passou a ser um novo lar para as várias meninas, que viam em Maria sua segunda mãe. Aos domingos, após a missa, na praça da igreja, outras crianças se uniam a Maria e a Petronilla para brincar e divertir-se.
Surge Dom Bosco
Em 1864, Dom Bosco chegou a Mornese com seus meninos. Todos queriam vê-lo e ouvi-lo, Maria também. Dom Bosco expôs ao padre Pestarino seu projeto: construir um colégio para os meninos. Antes de partir, ficou conhecendo as iniciativas de Maria e Petronilla: a oficina de costura, o orfanato e a recreação aos domingos para todas as crianças do povoado. Dom Bosco se empolgou com o trabalho delas e propôs a fundação de um instituto feminino que fizesse pelas meninas o que ele fazia em Turim para os meninos.
Início das Irmãs Salesianas de Dom Bosco
Após um caminho de acompanhamento feito por padre Pestarino e Dom Bosco que, no dia 5 de agosto de 1872, na Capela do Colégio de Mornese, 11 jovens – entre elas Main – emitiram os votos religiosos e se consagram a Deus, dando início a Congregação das Filhas de Maria Auxiliadora – irmãs Salesianas de Dom Bosco — o nome da congregação foi dado pelo fundador que desejava que cada Filha de Maria Auxiliadora fosse um monumento vivo de sua gratidão a Nossa Senhora, por tudo que realizou na obra salesiana.
Maria Mazzarello, foi escolhida para ser a primeira Madre da congregação; e tamanha era sua humildade que assumiu a função apenas se fosse ela a vigária porque Nossa Senhora era a verdadeira superiora. Madre Mazzarello foi sempre empenhada na animação das comunidades de Irmãs e na educação de crianças, adolescentes e jovens. Cultivou com sabedoria a união entre todas. Ocupou-se com a abertura de novas casas na Itália e além mar. Seu legado era marcado pela alegria, coragem e humildade, virtudes que sempre recomendava em suas cartas, além do grande amor que cultivava por Jesus e Maria.
Uma frase da santa
“A alegria é sinal de um coração que muito ama ao Senhor!”
Páscoa
No dia 13 de maio de 1881, Madre Mazzarello partiu deste mundo. Sua breve vida, 44 anos, continua sendo uma chama de amor contagiante, que ilumina, ainda hoje, a sua Família Religiosa. Suas filhas — as Filhas de Maria Auxiliadora, presentes nos cinco continentes —, continuam atuando no espaço-educação, fiéis ao carisma da fundação, à identidade que lhes é própria e à missão que lhes cabe no coração da Igreja.
No dia 24 de junho de 1951, a Igreja declarou oficialmente a santidade de Maria Domingas Mazzarello e sua festa litúrgica é celebrada no dia 13 de maio.
A minha oração
“Virgem Maria, a vida de Madre Mazzarello foi marcada com exemplos de uma espiritualidade simples, mas rica de interioridade, de uma profunda paixão pela salvação das jovens, um ardente espírito missionário aberto aos horizontes ilimitados e cheia da alegria que vem de Deus. Rogue por nós, junto a Jesus, para que sigamos seus passos. Amém.”
Santa Maria Domingas Mazzarello, Rogai por nós!