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SÁBADO, DIA 16 DE ABRIL DE 2022

VIGÍLIA PASCAL
(branco)

Primeira leitura
Gn 1,1 – 2,2 
– Leitura do livro do Gênesis: 1No princípio Deus criou o céu e a terra. 2A terra estava deserta e vazia, as trevas cobriam a face do abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas. 3Deus disse: ‘Faça-se a luz!’ E a luz se fez.

4Deus viu que a luz era boa e separou a luz das trevas. 5E à luz Deus chamou ‘dia’ e às trevas, ‘noite’. Houve uma tarde e uma manhã: primeiro dia.6Deus disse: ‘Faça-se um firmamento entre as águas, separando umas das outras’.

7E Deus fez o firmamento, e separou as águas que estavam embaixo, das que estavam em cima do firmamento. E assim se fez. 8Ao firmamento Deus chamou ‘céu’. Houve uma tarde e uma manhã: segundo dia. 9Deus disse: ‘Juntem-se as águas que estão debaixo do céu num só lugar e apareça o solo enxuto!’ E assim se fez. 10Ao solo enxuto Deus chamou ‘terra’ e ao ajuntamento das águas, ‘mar’. E Deus viu que era bom. 11Deus disse: ‘A terra faça brotar vegetação e plantas que dêem semente, e árvores frutíferas que dêem fruto segundo a sua espécie, que tenham nele a sua semente sobre a terra’. E assim se fez. 12E a terra produziu vegetação e plantas que trazem semente segundo a sua espécie, e árvores que dão fruto tendo nele a semente da sua espécie. E Deus viu que era bom. 13Houve uma tarde e uma manhã: terceiro dia. 14Deus disse: ‘Façam-se luzeiros no firmamento do céu, para separar o dia da noite. Que sirvam de sinais para marcar as épocas os dias e os anos, 15e que resplandeçam no firmamento do céu  e iluminem a terra’. E assim se fez. 16Deus fez os dois grandes luzeiros: o luzeiro maior para presidir ao dia,e o luzeiro menor para presidir à noite, e as estrelas. 17Deus colocou-os no firmamento do céu para alumiar a terra, 18para presidir ao dia e à noite e separar a luz das trevas. E Deus viu que era bom. 19E houve uma tarde e uma manhã: quarto dia. 20Deus disse: ‘Fervilhem as águas de seres animados de vida e voem pássaros sobre a terra, debaixo do firmamento do céu’. 21Deus criou os grandes monstros marinhos e todos os seres vivos que nadam, em multidão, nas águas, segundo as suas espécies, e todas as aves, segundo as suas espécies. E Deus viu que era bom. 22E Deus os abençoou, dizendo:

‘Sede fecundos e multiplicai-vos e enchei as águas do mar, e que as aves se multipliquem sobre a terra’. 23Houve uma tarde e uma manhã: quinto dia.

24Deus disse: ‘Produza a terra seres vivos segundo as suas espécies, animais domésticos, répteis e animais selvagens, segundo as suas espécies’. E assim se fez. 25Deus fez os animais selvagens, segundo as suas espécies, os animais domésticos segundo as suas espécies e todos os répteis do solo segundo as suas espécies. E Deus viu que era bom. 26Deus disse: ‘Façamos o homem à nossa imagem e segundo à nossa semelhança, para que domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, e sobre todos os répteis que rastejam sobre a terra’. 27E Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus ele o criou: homem e mulher os criou. 28E Deus os abençoou e lhes disse: ‘Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a! Dominai sobre os peixes do mar, sobre os pássaros do céu e sobre todos os animais que se movem sobre a terra’. 29E Deus disse: ‘Eis que vos entrego todas as plantas que dão semente sobre a terra, e todas as árvores que produzem fruto com sua semente, para vos servirem de alimento. 30E a todos os animais da terra, e a todas as aves do céu, e a tudo o que rasteja sobre a terra e que é animado de vida, eu dou todos os vegetais para alimento’. E assim se fez. 31E Deus viu tudo quanto havia feito, e eis que tudo era muito bom. Houve uma tarde e uma manhã: sexto dia. 2,1E assim foram concluídos o céu e a terra com todo o seu exército. 2No sétimo dia, Deus considerou acabada toda a obra que tinha feito; e no sétimo dia descansou de toda a obra que fizera. 
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus

Salmo responsorial: Sl 104, 1-2a.5-6.10.12.13-14.24.35c (R: 30)
– Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai.
R: Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai.
– Bendize, ó minha alma, ao Senhor! Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande! De majestade e esplendor vos revestis e de luz vos envolveis como num manto.
R: Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai.
 – A terra vós firmastes em suas bases, ficará firme pelos séculos sem fim; os mares a cobriam como um manto, e as águas envolviam as montanhas.
 R: Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai.
– Fazeis brotar em meio aos vales as nascentes que passam serpeando entre as montanhas; às suas margens vêm morar os passarinhos, entre os ramos eles erguem o seu canto.
R: Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai.
– De vossa casa as montanhas irrigais, com vossos frutos saciais a terra inteira; fazeis crescer os verdes pastos para o gado e as plantas que são úteis para o homem.
R: Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai.
– Quão numerosas, ó Senhor, são vossas obras, e que sabedoria em todas elas! Encheu-se a terra com as vossas criaturas! Bendize, ó minha alma, ao Senhor!
R: Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai.
Oração:
– Ó Deus, admirável na criação do ser humano e mais ainda na sua redenção, dai-nos a sabedoria de resistir ao pecado e chegar à eterna alegria. Por Cristo, nosso senhor.
2ª Leitura: Gn 22,1-2.9-13.15-18 – breve
– Leitura do livro do Gênesis: Naqueles dias, 1Deus pôs Abraão à prova. Chamando-o, disse: “Abraão!” E ele respondeu: “Aqui estou”. 2E Deus disse: “Toma teu filho único, Isaac, a quem tanto amas, dirije-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre um monte que eu te indicar”. 9Chegados ao lugar indicado por Deus, Abraão ergueu um altar, colocou a lenha em cima, amarrou o filho e o pôs sobre a lenha em cima do altar. 10Depois, estendeu a mão, empunhando a faca para sacrificar o filho. 11E eis que o anjo do Senhor gritou do céu, dizendo: “Abraão! Abraão!” Ele respondeu: “Aqui estou!” 12E o anjo lhe disse: “Não estendas a mão contra teu filho e não lhe faças nenhum mal! Agora sei que temes a Deus, pois não me recusaste teu filho único”. 13Abraão, erguendo os olhos, viu um carneiro preso num espinheiro pelos chifres; foi buscá-lo e ofereceu-o em holocausto no lugar do seu filho. 15O anjo do Senhor chamou Abraão, pela segunda vez, do céu, 16e lhe disse: “Juro por mim mesmo – oráculo do Senhor -, uma vez que agiste deste modo e não me recusaste teu filho único, 17eu te abençoarei e tornarei tão numerosa tua descendência como as estrelas do céu e como as areias da praia do mar. Teus descendentes conquistarão as cidades dos inimigos. 18Por tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra, porque me obedeceste”.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus
Salmo responsorial: Sl 16, 5.8.9-10.11 (R: 1a)
– Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
R: Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
– Ó Senhor, sois minha herança e minha taça, meu destino está seguro em vossas mãos! Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, pois se o tenho a meu lado não vacilo.
R: Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
– Eis por que meu coração está em festa, minha alma rejubila de alegria, e até meu corpo no repouso está tranquilo; pois não haveis de me deixar entregue à morte, nem vosso amigo conhecer a corrupção.
R: Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
– Vós me ensinais vosso caminho para a vida; junto a vós, felicidade sem limites, delícia eterna e alegria ao vosso lado!
R: Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
Oração:
– Ó Deus, Pai de todos os fiéis, vós multiplicais por toda a terra os filhos da vossa promessa, derramando sobre eles a graça da filiação, e, pelo mistério pascal, tornais vosso servo Abraão pai de todos os povos, como lhe tínheis prometido. Concedei, portanto, a todos os povos a graça de corresponder ao vosso chamado. Por Cristo, nosso Senhor.
3ª Leitura: Êx 14,15-15,1
– Leitura do livro do Êxodo: Naqueles dias, 15 o Senhor disse a Moisés: “Por que clamas a mim por socorro? Dize aos filhos de Israel que se ponham em marcha. 16Quanto a ti, ergue a vara, estende o braço sobre o mar e divide-o, para que os filhos de Israel caminhem em seco pelo meio do mar. 17De minha parte, endurecerei o coração dos egípcios, para que sigam atrás deles, e eu seja glorificado às custas do Faraó, e de todo o seu exército, dos seus carros e cavaleiros. 18E os egípcios saberão que eu sou o Senhor, quando eu for glorificado às custas do Faraó, dos seus carros e cavaleiros”. 19Então, o anjo do Senhor, que caminhava à frente do acampamento dos filhos de Israel, mudou de posição e foi para trás deles; e com ele, ao mesmo tempo, a coluna de nuvem, que estava na frente, pôs-se atrás, 20inserindo-se entre o acampamento dos egípcios e o acampamento dos filhos de Israel. Para aqueles a nuvem era tenebrosa, para estes, iluminava a noite. Assim, durante a noite inteira, uns não puderam aproximar-se dos outros. 21Moisés estendeu a mão sobre o mar, e durante toda a noite o Senhor fez soprar sobre o mar um vento leste muito forte; e as águas se dividiram. 22Então, os filhos de Israel entraram pelo meio do mar a pé enxuto, enquanto as águas formavam como que uma muralha à direita e à esquerda. 23Os egípcios puseram-se a persegui-los, e todos os cavalos do Faraó, carros e cavaleiros os seguiram mar adentro. 24Ora, de madrugada, o Senhor lançou um olhar, desde a coluna de fogo e da nuvem, sobre as tropas egípcias e as pôs em pânico. 25Bloqueou as rodas dos seus carros, de modo que só a muito custo podiam avançar. Disseram, então, os egípcios: “Fujamos de Israel! Pois o Senhor combate a favor deles, contra nós”. 26O Senhor disse a Moisés: “Estende a mão sobre o mar, para que as águas se voltem contra os egípcios, seus carros e cavaleiros”. 27Moisés estendeu a mão sobre o mar e, ao romper da manhã, o mar voltou ao seu leito normal, enquanto os egípcios, em fuga, corriam ao encontro das águas, e o Senhor os mergulhou no meio das ondas. 28As águas voltaram e cobriram carros, cavaleiros e todo o exército do Faraó, que tinha entrado no mar em perseguição de Israel. Não escapou um só. 29Os filhos de Israel, ao contrário, tinham passado a pé enxuto pelo meio do mar, cujas águas lhes formavam uma muralha à direita e à esquerda. 30Naquele dia, o Senhor livrou Israel da mão dos egípcios, e Israel viu os egípcios mortos nas praias do mar, 31e a mão poderosa do Senhor agir contra eles. O povo temeu o Senhor, e teve fé no Senhor e em Moisés, seu servo. 1Então, Moisés e os filhos de Israel cantaram ao Senhor este cântico:
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus
Salmo responsorial: Sl, Ex 15,1-18
– Cantemos ao Senhor que fez brilhar a sua glória!
R: Cantemos ao Senhor que fez brilhar a sua glória!
– Ao Senhor quero cantar, pois fez brilhar a sua glória: precipitou no Mar Vermelho o cavalo e o cavaleiro! O Senhor é minha força, é a razão do meu cantar, pois foi ele neste dia para mim libertação!
R: Cantemos ao Senhor que fez brilhar a sua glória!
– Ele é meu Deus e o louvarei, Deus de meu pai, e o honrarei. – O Senhor é um Deus guerreiro; o seu nome é “Onipotente”. Os soldados e os carros do Faraó jogou no mar; seus melhores capitães afogou no mar Vermelho,
R: Cantemos ao Senhor que fez brilhar a sua glória!
– Afundaram como pedras e as ondas os cobriram. Ó Senhor, o vosso braço é duma força insuperável! Ó Senhor, o vosso braço esmigalhou os inimigos!
R: Cantemos ao Senhor que fez brilhar a sua glória!
– Vosso povo levareis e o plantareis em vosso Monte, no lugar que preparastes para a vossa habitação, no Santuário construído pelas vossas próprias mãos. O Senhor há de reinar eternamente, pelos séculos!
R: Cantemos ao Senhor que fez brilhar a sua glória!
Oração:
– Ó Deus, vemos brilhar ainda em nossos dias as vossas antigas maravilhas. Como manifestastes outrora o vosso poder, libertando um só povo da perseguição do faraó, realizais agora a salvação de todas as nações, fazendo-as renascer nas águas do batismo. Concedei a todos os seres humanos tornarem-se filhos de Abraão e membros do vosso povo eleito. Por Cristo, nosso Senhor.
4ª Leitura: Is 54,5-14
– Leitura do profeta Isaías: 5Teu esposo é aquele que te criou, seu nome é Senhor dos exércitos; teu redentor, o santo de Israel, chama-se Deus de toda a terra. 6O Senhor te chamou, como a mulher abandonada e de alma aflita; como a esposa repudiada na mocidade, falou o teu Deus. 7Por um breve instante eu te abandonei, mas com imensa compaixão volto a acolher-te. 8Num momento de indignação, por um pouco ocultei de ti minha face, mas com misericórdia eterna compadeci-me de ti, diz teu salvador, o Senhor. 9Como fiz nos dias de Noé, a quem jurei nunca mais inundar a terra, assim juro que não me irritarei contra ti nem te farei ameaças. 10Podem os montes recuar e as colinas abalar-se, mas minha misericórdia não se apartará de ti, nada fará mudar a aliança de minha paz, diz o teu misericordioso Senhor. 11Pobrezinha, batida por vendavais, sem nenhum consolo, eis que assentarei tuas pedras sobre rubis, e tuas bases sobre safiras; 12revestirei de jaspe tuas fortificações, e teus portões, de pedras preciosas, e todos os teus muros, de pedra escolhida. 13Todos os teus filhos serão discípulos do Senhor, teus filhos possuirão muita paz; 14terás a justiça por fundamento. Longe da opressão, nada terás a temer; serás livre do terror, porque ele não se aproximará de ti.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus
Salmo responsorial: Sl 30, 2.4.5-6.11.12a.13b (R: 2a)
– Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes!
R: Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes!
– Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes, e não deixastes rir de mim meus inimigos! Vós tirastes minha alma dos abismos e me salvastes, quando estava já morrendo!
R: Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes!
 – Cantai salmos ao Senhor, povo fiel, dai-lhe graças e invocai seu santo nome! Pois sua ira dura apenas um momento, mas sua bondade permanece a vida inteira; se à tarde vem o pranto visitar-nos, de manhã vem saudar-nos a alegria.
R: Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes!
– Escutai-me, Senhor Deus, tende piedade! Sede, Senhor, o meu abrigo protetor! Transformastes o meu pranto em uma festa, Senhor meu Deus, eternamente hei de louvar-vos!
R: Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes!
Oração:
– Deus eterno e todo-poderoso, para a glória do vosso nome, multiplicai a posteridade que prometestes aos nossos pais, aumentando o número dos vossos filhos adotivos. Possa a Igreja reconhecer que já se realizou em grande parte a promessa feita a nossos pais, da qual jamais duvidaram. Por Cristo, nosso Senhor.
5ª Leitura: Is 55,1-11
– Leitura do livro do profeta Isaías: – Assim diz o Senhor: 1″Ó vós todos que estais com sede, vinde às águas; vós que não tendes dinheiro, apressai-vos, vinde e comei, vinde comprar sem dinheiro, tomar vinho e leite, sem nenhuma paga. 2Por que gastar dinheiro com outra coisa que não o pão, desperdiçar o salário senão com satisfação completa? Ouvi-me com atenção, e alimentai-vos bem, para deleite e revigoramento do vosso corpo. 3Inclinai vosso ouvido e vinde a mim, ouvi e tereis vida; farei convosco um pacto eterno, manterei fielmente as graças concedidas a Davi. 4Eis que fiz dele uma testemunha para os povos, chefe e mestre para as nações. 5Eis que chamarás uma nação que não conhecias, e acorrerão a ti povos que não te conheciam, por causa do Senhor, teu Deus, e do Santo de Israel, que te glorificou. 6Buscai o Senhor, enquanto pode ser achado; invocai-o, enquanto ele está perto. 7Abandone o ímpio seu caminho, e o homem injusto, suas maquinações; volte para o Senhor, que terá piedade dele, volte para nosso Deus, que é generoso no perdão. 8Meus pensamentos não são como os vossos pensamentos e vossos caminhos não são como os meus caminhos, diz o Senhor. 9Estão meus caminhos tão acima dos vossos caminhos e meus pensamentos acima dos vossos pensamentos, quanto está o céu acima da terra. 10Assim como a chuva e a neve descem do céu e para lá não voltam mais, mas vêm irrigar e fecundar a terra, e fazê-la germinar e dar semente, para o plantio e para a alimentação, 11assim a palavra que sair de minha boca: não voltará para mim vazia; antes, realizará tudo que for de minha vontade e produzirá os efeitos que pretendi, ao enviá-la”.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus
Salmo responsorial: Sl, (Is) 12,2-6
– Com alegria bebereis do manancial da salvação
R: Com alegria bebereis do manancial da salvação
– Eis o Deus, meu Salvador, eu confio e nada temo; o Senhor é minha força, meu louvor e Salvação. Com alegria bebereis do manancial da Salvação.
R: Com alegria bebereis do manancial da salvação
– E direis naquele dia: “Dai louvores ao Senhor, invocai seu santo nome, anunciai suas maravilhas, entre os povos proclamai que seu nome é o mais sublime”.
R: Com alegria bebereis do manancial da salvação
– Louvai cantando ao nosso Deus, que fez prodígios e portentos, publicai em toda a terra suas grandes maravilhas! Exultai cantando alegres, habitantes de Sião, porque é grande em vosso meio o Deus santo de Israel!”
R: Com alegria bebereis do manancial da salvação
Oração:
– Deus eterno e todo poderoso, única esperança do mundo, anunciastes pela voz dos profetas os mistérios que hoje se realizam. Aumentai o fervor do vosso povo, pois nenhum dos vossos filhos conseguirá progredir na virtude sem o auxílio da vossa graça. Por Cristo, nosso Senhor.
6ª Leitura: Br 3,9-15.32.4,4
– Leitura do profeta Baruc: 9Ouve, Israel, os preceitos da vida; presta atenção, para aprenderes a sabedoria. 10Que se passa, Israel? Como é que te encontras em terra inimiga? 11Envelheceste num país estrangeiro, te contaminaste com os mortos, foste contado entre os que descem à mansão dos mortos. 12Abandonaste a fonte da sabedoria! 13Se tivesses continuado no caminho de Deus, viverias em paz para sempre. 14Aprende onde está a sabedoria, onde está a fortaleza e onde está a inteligência, e aprenderás também onde está a longevidade e a vida, onde está o brilho dos olhos e a paz. 15Quem descobriu onde está a sabedoria? Quem penetrou em seus tesouros? 32Aquele que tudo sabe, conhece-a, descobriu-a com sua inteligência; 33aquele que criou a terra para sempre e a encheu de animais e quadrúpedes; aquele que manda a luz, e ela vai, chama-a de volta, e ela obedece tremendo. 34As estrelas cintilam em seus postos de guarda e alegram-se; 35ele chamou-as, e elas respondem: “Aqui estamos”; e alumiam com alegria o que as fez. 36Este é o nosso Deus, e nenhum outro pode comparar-se com ele. 37Ele revelou todo o caminho da sabedoria a Jacó, seu servo, e a Israel, seu bem-amado. 38Depois, ela foi vista sobre a terra e habitou entre os homens. 4,1A sabedoria é o livro dos mandamentos de Deus, é a lei, que permanece para sempre. Todos os que a seguem, têm a vida, e os que a abandonam, têm a morte. 2Volta-te, Jacó e abraça-a; marcha para o esplendor, à sua luz. 3Não dês a outro a tua glória nem cedas a uma nação estranha teus privilégios. 4Ó Israel, felizes somos nós, porque nos é dado conhecer o que agrada a Deus.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus
Salmo responsorial: Sl 19, 18,8.9.10.11 (R: Jo 6,68c)
– Senhor, tens palavras de vida eterna
R: Senhor tens palavras de vida eterna
– A lei do Senhor Deus é perfeita, conforto para a alma! O testemunho do Senhor é fiel, sabedoria dos humildes.
R: Senhor, tens palavras de vida eterna
– Os preceitos do Senhor são precisos, alegria ao coração. O mandamento do Senhor é brilhante, para os olhos é uma luz.
R: Senhor, tens palavras de vida eterna
 – É puro o temor do Senhor, imutável para sempre. Os julgamentos do Senhor são corretos e justos igualmente.
R: Senhor, tens palavras de vida eterna
– Mais desejáveis do que o ouro são eles do que o ouro refinado. Suas palavras são mais doces que mel, que o mel que sai dos favos.
R: Senhor, tens palavras de vida eterna
Oração:
– Ó Deus, que fazeis vossa Igreja crescer sempre mais, chamando todos os povos ao evangelho, guardai sob a vossa contínua proteção os que purificais na água do batismo. Por Cristo, nosso Senhor.
7ª Leitura: Ez 36,16-28
– Leitura da profecia de Ezequiel: 16A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 17″Filho do homem, os da casa de Israel estavam morando em sua terra. Mancharam-na com sua conduta e suas más ações. 18Então derramei sobre eles a minha ira, por causa do sangue que derramaram no país e dos ídolos com os quais o mancharam. 19Eu dispersei-os entre as nações, e eles foram espalhados pelos países. Julguei-os de acordo com sua conduta e suas más ações. 20Quando eles chegaram às nações para onde foram, profanaram o meu santo nome; pois deles se comentava: ‘Esse é o povo do Senhor; mas tiveram de sair do seu país!’ 21Então eu tive pena do meu santo nome que a casa de Israel estava profanando entre as nações para onde foi. 22Por isso, dize à casa de Israel: ‘Assim fala o Senhor Deus: Não é por causa de vós que eu vou agir, casa de Israel, mas por causa do meu santo nome, que profanastes entre as nações para onde fostes. 23Vou mostrar a santidade do meu grande nome, que profanastes no meio das nações. As nações saberão que eu sou o Senhor, – oráculo do Senhor Deus – quando eu manifestar minha santidade à vista delas por meio de vós. 24Eu vos tirarei do meio das nações, vos reunirei de todos os países, e vos conduzirei para a vossa terra. 25Derramarei sobre vós uma água pura, e sereis purificados. Eu vos purificarei de todas as impurezas e de todos os ídolos. 26Eu vos darei um coração novo e porei um espírito novo dentro de vós. Arrancarei do vosso corpo o coração de pedra e vos darei um coração de carne; 27porei o meu espírito dentro de vós e farei com que sigais a minha lei e cuideis de observar os meus mandamentos. 28Habitareis no país que dei a vossos pais. Sereis o meu povo e eu serei o vosso Deus.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus
Salmo responsorial: Sl 42, 3.5bcd; 42, 3.4 (R: 41,2)
–  A minha alma tem sede de Deus
R: A minha alma tem sede de Deus
– A minha alma tem sede de Deus, e deseja o Deus vivo. Quando terei a alegria de ver a face de Deus?
R: A minha alma tem sede de Deus
 – Peregrino e feliz caminhando para a casa de Deus, entre gritos, louvor e alegria da multidão jubilosa.
R: A minha alma tem sede de Deus
– Enviai vossa luz, vossa verdade: elas serão o meu guia; que me levem ao vosso monte santo, até a vossa morada!
R: A minha alma tem sede de Deus
– Então irei aos altares do Senhor, Deus da minha alegria. Vosso louvor cantarei, ao som da harpa, meu Senhor e meu Deus!
R: A minha alma tem sede de Deus
Oração do dia
– Ó Deus, que iluminais esta noite santa com a glória da ressurreição do Senhor, despertai na vossa Igreja o espírito filial, para que, inteiramente renovados, vos sirvamos de todo coração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
8ª Leitura: Rm: 6,3-11
– Leitura da carta de são Paulo aos Romanos: Irmãos: 3Será que ignorais que todos nós, batizados em Jesus Cristo, é na sua morte que fomos batizados? 4Pelo batismo na sua morte, fomos sepultados com ele, para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim também nós levemos uma vida nova. 5Pois, se fomos de certo modo identificados a Jesus Cristo por uma morte semelhante à sua, seremos semelhantes a ele também pela ressurreição. 6Sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com Cristo, para que seja destruído o corpo de pecado, de maneira a não mais servirmos ao pecado. 7Com efeito, aquele que morreu está livre do pecado. 8Se, pois, morremos com Cristo, cremos que também viveremos com ele. 9Sabemos que Cristo ressuscitado dos mortos não morre mais; a morte já não tem poder sobre ele. 10Pois aquele que morreu, morreu para o pecado uma vez por todas; mas aquele que vive, é para Deus que vive. 11Assim, vós também considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus, em Jesus Cristo.
– Palavra do Senhor
– Graças a Deus
Salmo responsorial: Sl 118, 1-2.16ab-17.22-23 (R: Aleluia 3x)
– Aleluia, aleluia, aleluia.
R: Aleluia, aleluia, aleluia.
– Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! Eterna é a sua misericórdia! A casa de Israel agora o diga: “Eterna é a sua misericórdia!”
R: Aleluia, aleluia, aleluia.
– A mão direita do Senhor fez maravilhas, a mão direita do Senhor me levantou, a mão direita do Senhor fez maravilhas! Não morrereis, mas, ao contrário, viverei para cantar as grandes obras do Senhor!
R: Aleluia, aleluia, aleluia.
– A pedra que os pedreiros rejeitaram tornou-se agora a pedra angular. Pelo Senhor é que foi feito tudo isso: que maravilhas ele fez a nossos olhos!
R: Aleluia, aleluia, aleluia.
 Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas Lc 24,1-12
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!  
–  1No primeiro dia da semana, bem de madrugada, as mulheres foram ao túmulo de Jesus, levando os perfumes que haviam preparado. 2Elas encontraram a pedra do túmulo removida. 3Mas ao entrar, não encontraram o corpo do Senhor Jesus 4e ficaram sem saber o que estava acontecendo. Nisso, dois homens com roupas brilhantes pararam perto delas. 5Tomadas de medo, elas olhavam para o chão, mas os dois homens disseram: ‘Por que estais procurando entre os mortos aquele que está vivo? 6Ele não está aqui. Ressuscitou! Lembrai-vos do que ele vos falou, quando ainda estava na Galiléia: 7’O Filho do Homem deve ser entregue nas mãos dos pecadores, ser crucificado e ressuscitar ao terceiro dia’.’ 8Então as mulheres se lembraram das palavras de Jesus. 9Voltaram do túmulo e anunciaram tudo isso aos Onze e a todos os outros. 10Eram Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago. Também as outras mulheres que estavam com elas contaram essas coisas aos apóstolos. 11Mas eles acharam que tudo isso era desvario, e não acreditaram. 12Pedro, no entanto, levantou-se e correu ao túmulo. Olhou para dentro e viu apenas os lençóis. Então voltou para casa, admirado com o que havia acontecido.
– Palavra da Salvação.
– Glória a Vós Senhor

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SEXTA-FEIRA, DIA 15 DE ABRIL DE 2022

PAIXÃO DO SENHOR DIA DE JEJUM E ABSTINÊNCIA
(vermelho)
– ofício próprio)
Oração do dia 
– Ó Deus, pela paixão de nosso Senhor Jesus Cristo destruístes a morte que o primeiro pecado transmitiu a todos. Concedei que nos tornemos semelhantes ao vosso Filho e, assim como trouxemos pela natureza a imagem do homem terreno, possamos trazer pela graça a imagem do homem novo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Primeira leitura
Is 52, 13-53,12
– Leitura do livro do profeta Isaías – 13Ei-lo, o meu servo será bem-sucedido; sua ascensão será ao mais alto grau. 14Assim como muitos ficaram pasmados ao vê-lo – tão desfigurado ele estava que não parecia ser um homem ou ter aspecto humano -, 15do mesmo modo ele espalhará sua fama entre os povos. Diante dele os reis se manterão em silêncio, vendo algo que nunca lhes foi narrado e conhecendo coisas que jamais ouviram. 53, 1Quem de nós deu crédito ao que ouvimos? E a quem foi dado reconhecer a força do Senhor? 2Diante do Senhor ele cresceu como renovo de planta ou como raiz em terra seca. Não tinha beleza nem atrativo para o olharmos, não tinha aparência que nos agradasse. 3Era desprezado como o último dos mortais, homem coberto de dores, cheio de sofrimentos; passando por ele, tapávamos o rosto; tão desprezível era, não fazíamos caso dele. 4A verdade é que ele tomava sobre si nossas enfermidades e sofria, ele mesmo, nossas dores; e nós pensávamos fosse um chagado, golpeado por Deus e humilhado! 5Mas ele foi ferido por causa de nossos pecados, esmagado por causa de nossos crimes; a punição a ele imposta era o preço da nossa paz, e suas feridas, o preço da nossa cura. 6Todos nós vagávamos como ovelhas desgarradas, cada qual seguindo seu caminho; e o Senhor fez recair sobre ele o pecado de todos nós. 7Foi maltratado, e submeteu-se, não abriu a boca; como cordeiro levado ao matadouro ou como ovelha diante dos que a tosquiam, ele não abriu a boca. 8Foi atormentado pela angústia e foi condenado. Quem se preocuparia com sua história de origem? Ele foi eliminado do mundo dos vivos; e por causa do pecado do meu povo foi golpeado até morrer. 9Deram-lhe sepultura entre ímpios, um túmulo entre os ricos, porque ele não praticou o mal nem se encontrou falsidade em suas palavras. 10O Senhor quis macerá-lo com sofrimentos. Oferecendo sua vida em expiação, ele terá descendência duradoura, e fará cumprir com êxito a vontade do Senhor. 11Por esta vida de sofrimento, alcançará luz e uma ciência perfeita. Meu Servo, o justo, fará justos inúmeros homens, carregando sobre si suas culpas. 12Por isso, compartilharei com ele multidões e ele repartirá suas riquezas com os valentes seguidores, pois entregou o corpo à morte, sendo contado como um malfeitor; ele, na verdade, resgatava o pecado de todos e intercedia em favor dos pecadores.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 31,2.6.12-13.15 – 17.25 (R: Lc 23,46) 
– Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito.
R: Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito.
– Senhor, eu ponho em vós minha esperança; que eu não fique envergonhado eternamente! Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, porque vós me salvareis, ó Deus fiel!
R: Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito.
– Tornei-me o opróbrio do inimigo, o desprezo e zombaria dos vizinhos e objeto de pavor para os amigos; fogem de mim os que me veem pela rua. Os corações me esqueceram como um morto, e tornei-me como um vaso espedaçado.
R: Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito.
– A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio e afirmo que só vós sois o meu Deus! Eu entrego em vossas mãos o meu destino; libertai-me do inimigo e do opressor!
R: Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito.
– Mostrai serena a vossa face aos vossos servos e salvai-me pela vossa compaixão. Fortalecei os corações, tende coragem, todos vós que ao
Senhor vos confiais!
R: Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito.

Segunda leitura
Hebreus 4, 14-16; 5, 7-9
– Leitura da carta aos Hebreus – Irmãos: 14Temos um sumo sacerdote eminente, que entrou no céu, Jesus, o Filho de Deus. Por isso, permaneçamos firmes na fé que professamos. 15Com efeito, temos um sumo sacerdote capaz de se compadecer de nossas fraquezas, pois ele mesmo foi provado em tudo como nós, com exceção do pecado. 16Aproximemo-nos então, com toda a confiança, do trono da graça, para conseguirmos misericórdia e alcançarmos a graça de um auxílio no momento oportuno. 5,7Cristo, nos dias de sua vida terrestre, dirigiu preces e súplicas, com forte clamor e lágrimas, àquele que era capaz de salvá-lo da morte. E foi atendido, por causa de sua entrega a Deus. 8Mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência a Deus, por aquilo que ele sofreu. 9Mas, na consumação de sua vida, tornou-se causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 18, 1-19, 42
Louvor e honra a vós, Senhor Jesus.
Louvor e honra a vós, Senhor Jesus.
 – Jesus Cristo se tornou obediente, obediente até a morte numa cruz; pelo que o Senhor Deus o exaltou e deu-lhe um nome muito acima de outro nome
Louvor e honra a vós, Senhor Jesus.
– Narrador 1: Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo, segundo João.
Naquele tempo, 1Jesus saiu com os discípulos para o outro lado da torrente do Cedron. Havia aí um jardim, onde ele entrou com os discípulos. 2Também Judas, o traidor, conhecia o lugar, porque Jesus costumava reunir-se aí com os seus discípulos. 3Judas levou consigo um destacamento de soldados e alguns guardas dos sumos sacerdotes e fariseus, e chegou ali com lanternas, tochas e armas. 4Então Jesus, consciente de tudo o que ia acontecer, saiu ao encontro deles e disse:
Pres.: “A quem procurais?”
Narrador 1: 5Responderam:
– “A Jesus, o Nazareno”.
Narrador 1: Ele disse:
Pres.: “Sou eu”.
Narrador 1: Judas, o traidor, estava junto com eles. 6Quando Jesus disse: “Sou eu”, eles recuaram e caíram por terra. 7De novo lhes perguntou:
Pres.: “A quem procurais?”
Narrador 1: Eles responderam:
– “A Jesus, o Nazareno”.
Narrador 1: 8Jesus respondeu:
Pres.: “Já vos disse que sou eu. Se é a mim que procurais, então deixai que estes se retirem”.
Narrador 1: 9Assim se realizava a palavra que Jesus tinha dito:
Pres.: “Não perdi nenhum daqueles que me confiaste”.
Narrador 2: 10Simão Pedro, que trazia uma espada consigo, puxou dela e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. O nome do servo era Malco. 11Então Jesus disse a Pedro:
Pres.: “Guarda a tua espada na bainha. Não vou beber o cálice que o Pai me deu?”
Narrador 2: 12Então, os soldados, o comandante e os guardas dos judeus prenderam Jesus e o amarraram. 13Conduziram-no primeiro a Anás, que era o sogro de Caifás, o Sumo Sacerdote naquele ano. 14Foi Caifás que deu aos judeus o conselho:
Leitor 1: “É preferível que um só morra pelo povo”.
Narrador 2: 15Simão Pedro e um outro discípulo seguiam Jesus. Esse discípulo era conhecido do Sumo Sacerdote e entrou com Jesus no pátio do Sumo Sacerdote. 16Pedro ficou fora, perto da porta. Então o outro discípulo, que era conhecido do Sumo Sacerdote, saiu, conversou com a encarregada da porta e levou Pedro para dentro. 17A criada que guardava a porta disse a Pedro:
Mulher: “Não pertences também tu aos discípulos desse homem?”
Narrador 2: Ele respondeu:
Leitor 1: “Não”.
Narrador 2: 18Os empregados e os guardas fizeram uma fogueira e estavam se aquecendo, pois fazia frio. Pedro ficou com eles, aquecendo-se. 19Entretanto, o Sumo Sacerdote interrogou Jesus a respeito de seus discípulos e de seu ensinamento. 20Jesus lhe respondeu:
Pres.: “Eu falei às claras ao mundo. Ensinei sempre na sinagoga e no Templo, onde todos os judeus se reúnem. Nada falei às escondidas. 21Por que me interrogas? Pergunta aos que ouviram o que falei; eles sabem o que eu disse”.
Narrador 2: 22Quando Jesus falou isso, um dos guardas que ali estava deu-lhe uma bofetada, dizendo:
Leitor 1: “É assim que respondes ao Sumo Sacerdote?”
Narrador 2: 23Respondeu-lhe Jesus:
Pres.: “Se respondi mal, mostra em quê; mas, se falei bem, por que me bates?”
Narrador 1: 24Então, Anás enviou Jesus amarrado para Caifás, o Sumo Sacerdote. 25Simão Pedro continuava lá, em pé, aquecendo-se. Disseram-lhe:
Leitor 1: “Não és tu, também, um dos discípulos dele?”
Narrador 1: Pedro negou:
Leitor 2: “Não!”
Narrador 1: 26Então um dos empregados do Sumo Sacerdote, parente daquele a quem Pedro tinha cortado a orelha, disse:
Leitor 1: “Será que não te vi no jardim com ele?”
Narrador 2: 27Novamente Pedro negou. E na mesma hora, o galo cantou. 28De Caifás, levaram Jesus ao palácio do governador. Era de manhã cedo. Eles mesmos não entraram no palácio, para não ficarem impuros e poderem comer a páscoa. 29Então Pilatos saiu ao encontro deles e disse:
Pilatos: “Que acusação apresentais contra este homem?”
Narrador 2: 30Eles responderam:
– “Se não fosse malfeitor, não o teríamos entregue a ti!”
Narrador 2: 31Pilatos disse:
Pilatos: “Tomai-o vós mesmos e julgai-o de acordo com a vossa lei”.
Narrador 2: Os judeus lhe responderam:
– “Nós não podemos condenar ninguém à morte”.
Narrador 1: 32Assim se realizava o que Jesus tinha dito, significando de que morte havia de morrer. 33Então Pilatos entrou de novo no palácio, chamou Jesus e perguntou-lhe:
Pilatos: “Tu és o rei dos judeus?”
Narrador 1: 34Jesus respondeu:
Pres.: “Estás dizendo isto por ti mesmo ou outros te disseram isto de mim?”
Narrador 1: 35Pilatos falou:
Pilatos: “Por acaso, sou judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes te entregaram a mim. Que fizeste?”
Narrador 1: 36Jesus respondeu:
Pres.: “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui”.
Narrador 1: 37Pilatos disse a Jesus:
Pilatos: “Então, tu és rei?”
Narrador 1: Jesus respondeu:
Pres.: “Tu o dizes: eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz”.
Narrador 1: 38Pilatos disse a Jesus:
Pilatos: “O que é a verdade?”
Narrador 1: Ao dizer isso, Pilatos saiu ao encontro dos judeus, e disse-lhes:
Pilatos: “Eu não encontro nenhuma culpa nele. 39Mas existe entre vós um costume, que pela Páscoa eu vos solte um preso. Quereis que vos solte o rei dos Judeus?”
Narrador 1: 40Então, começaram a gritar de novo:
– “Este não, mas Barrabás!”
Narrador 2: Barrabás era um bandido. 19,1Então Pilatos mandou flagelar Jesus. 2Os soldados teceram uma coroa de espinhos e colocaram-na na cabeça de Jesus. Vestiram-no com um manto vermelho, 3aproximavam-se dele e diziam:
– “Viva o rei dos judeus!”
Narrador 2: E davam-lhe bofetadas. 4Pilatos saiu de novo e disse aos judeus:
Pilatos: “Olhai, eu o trago aqui fora, diante de vós, para que saibais que não encontro nele crime algum”.
Narrador 2: 5Então Jesus veio para fora, trazendo a coroa de espinhos e o manto vermelho. Pilatos disse-lhes:
Pilatos: “Eis o homem!”
Narrador 2: 6Quando viram Jesus, os sumos sacerdotes e os guardas começaram a gritar:
– “Crucifica-o! Crucifica-o!”
Narrador 2: Pilatos respondeu:
Pilatos: “Levai-o vós mesmos para o crucificar, pois eu não encontro nele crime algum”.
Narrador 2: 7Os judeus responderam:
– “Nós temos uma Lei, e, segundo esta Lei, ele deve morrer, porque se fez Filho de Deus”.
Narrador 2: 8Ao ouvir estas palavras, Pilatos ficou com mais medo ainda. 9Entrou outra vez no palácio e perguntou a Jesus:
Pilatos: “De onde és tu?”
Narrador 2: Jesus ficou calado. 10Então Pilatos disse:
Pilatos: “Não me respondes? Não sabes que tenho autoridade para te soltar e autoridade para te crucificar?”
Narrador 2: 11Jesus respondeu:
Pres.: “Tu não terias autoridade alguma sobre mim, se ela não te fosse dada do alto. Quem me entregou a ti, portanto, tem culpa maior”.
Narrador 2: 12Por causa disso, Pilatos procurava soltar Jesus. Mas os judeus gritavam:
– “Se soltas este homem, não és amigo de César. Todo aquele que se faz rei, declara-se contra César”.
Narrador 2: 13Ouvindo essas palavras, Pilatos levou Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no lugar chamado “Pavimento”, em hebraico “Gábata”. 14Era o dia da preparação da Páscoa, por volta do meio-dia. Pilatos disse aos judeus:
Pilatos: “Eis o vosso rei!”
Narrador 2: 15Eles, porém, gritavam:
– “Fora! Fora! Crucifica-o!”
Narrador 2: Pilatos disse:
Pilatos: “Hei de crucificar o vosso rei?”
Narrador 2: Os sumos sacerdotes responderam:
– “Não temos outro rei senão César”.
Narrador 2: 16Então Pilatos entregou Jesus para ser crucificado, e eles o levaram.
Narrador 1: 17Jesus tomou a cruz sobre si e saiu para o lugar chamado Calvário”, em hebraico “Gólgota”. 18Ali o crucificaram, com outros dois: um de cada lado, e Jesus no meio.
Narrador 1: 19Pilatos mandou ainda escrever um letreiro e colocá-lo na cruz; nele estava escrito:
– “Jesus Nazareno, o Rei dos Judeus”.
Narrador 1: 20Muitos judeus puderam ver o letreiro, porque o lugar em que Jesus foi crucificado ficava perto da cidade. O letreiro estava escrito em hebraico, latim e grego.
Narrador 1: 21Então os sumos sacerdotes dos judeus disseram a Pilatos:
– “Não escrevas ‘O Rei dos Judeus’, mas sim o que ele disse: ‘Eu sou o Rei dos judeus’”.
Narrador 1: 22Pilatos respondeu:
Pilatos: “O que escrevi, está escrito”.
Narrador 1: 23Depois que crucificaram Jesus, os soldados repartiram a sua roupa em quatro partes, uma parte para cada soldado. Quanto à túnica, esta era tecida sem costura, em peça única de alto abaixo. 24Disseram então entre si:
– “Não vamos dividir a túnica. Tiremos a sorte para ver de quem será”.
Narrador 2: Assim se cumpria a Escritura que diz: “Repartiram entre si as minhas vestes e lançaram sorte sobre a minha túnica”. Assim procederam os soldados.
Narrador 1: 25Perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. 26Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe:
Pres.: “Mulher, este é o teu filho”.
Narrador 1: 27Depois disse ao discípulo:
Pres.: “Esta é a tua mãe”.
Narrador 1: Daquela hora em diante, o discípulo a acolheu consigo. 28Depois disso, Jesus, sabendo que tudo estava consumado, e para que a Escritura se cumprisse até o fim, disse:
Pres.: “Tenho sede”.
Narrador 1: 29Havia ali uma jarra cheia de vinagre. Amarraram numa vara uma esponja embebida de vinagre e levaram-na à boca de Jesus. 30Ele tomou o vinagre e disse:
Pres.: “Tudo está consumado”.
Narrador 1: E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.
(Aqui todos se ajoelham.)
Narrador 2: 31Era o dia da preparação para a Páscoa. Os judeus queriam evitar que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque aquele sábado era dia de festa solene. Então pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas aos crucificados e os tirasse da cruz.
Narrador 1: 32Os soldados foram e quebraram as pernas de um e depois do outro que foram crucificados com Jesus. 33Ao se aproximarem de Jesus, e vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas; 34mas um soldado abriu-lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água.
Narrador 2: 35Aquele que viu dá testemunho e seu testemunho é verdadeiro; e ele sabe que fala a verdade, para que vós também acrediteis. 36Isso aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz: “Não quebrarão nenhum dos seus ossos”. 37E outra Escritura ainda diz: “Olharão para aquele que transpassaram”.
Narrador 1: 38Depois disso, José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus — mas às escondidas, por medo dos judeus — pediu a Pilatos para tirar o corpo de Jesus. Pilatos consentiu. Então José veio tirar o corpo de Jesus. 39Chegou também Nicodemos, o mesmo que antes tinha ido a Jesus de noite. Trouxe uns trinta quilos de perfume feito de mirra e aloés. 40Então tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no, com os aromas, em faixas de linho, como os judeus costumam sepultar.
Narrador 2: 41No lugar onde Jesus foi crucificado, havia um jardim e, no jardim, um túmulo novo, onde ainda ninguém tinha sido sepultado. 42Por causa da preparação da Páscoa, e como o túmulo estava perto, foi ali que colocaram Jesus.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor! 

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QUINTA-FEIRA, DIA 14 DE ABRIL DE 2022

CEIA DO SENHOR
(branco)

Antífona da entrada 
– A cruz do nosso Senhor Jesus Cristo deve ser nossa glória: nele está nossa vida e ressurreição; foi ele que nos salvou e libertou (Gl 6,14).
Oração do dia
 – Ó Pai, estamos reunidos para santa ceia, na qual o vosso Filho único, ao entregar-se à morte, deu à sua Igreja um novo e eterno sacrifício, como banquete do seu amor. Concedei-nos, por mistério tão excelso, chegar à plenitude da caridade e da vida. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo, Amém.

Primeira leitura
Ex 12,1-8.11-14 
– Leitura do livro do Êxodo: Naqueles dias: 1O Senhor disse a Moisés e a Aarão no Egito: 2”Este mês será para vós o começo dos meses; será o primeiro mês do ano. 3Falai a toda a comunidade dos filhos de Israel, dizendo: ‘No décimo dia deste mês, cada um tome um cordeiro por família, um cordeiro para cada casa. 4Se a família não for bastante numerosa para comer um cordeiro, convidará também o vizinho mais próximo, de acordo com o número de pessoas. Deveis calcular o número de comensais, conforme o tamanho do cordeiro. 5O cordeiro será sem defeito, macho, de um ano. Podereis escolher tanto um cordeiro, como um cabrito: 6e devereis guardá-lo preso até ao dia catorze deste mês. Então toda a comunidade de Israel reunida o imolará ao cair da tarde. 7Tomareis um pouco do seu sangue e untareis os marcos e a travessa da porta, nas casas em que o comerem. 8Comereis a carne nessa mesma noite, assada ao fogo, com pães ázimos e ervas amargas. 11Assim devereis comê-lo: com os rins cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão. E comereis às pressas, pois é a Páscoa, isto é, a ‘Passagem’ do Senhor!
12E naquela noite passarei pela terra do Egito e ferirei na terra do Egito todos os primogênitos, desde os homens até os animais; e infligirei castigos contra todos os deuses do Egito, eu, o Senhor. 13O sangue servirá de sinal nas casas onde estiverdes. Ao ver o sangue, passarei adiante, e não vos atingirá a praga exterminadora, quando eu ferir a terra do Egito. 14Este dia será para vós uma festa memorável em honra do Senhor, que haveis de celebrar por todas as gerações, como instituição perpétua.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 116B,12-13.15-16bc.17-18 (R: 1Cor 10,16) 
– O Cálice por nós abençoado é a nossa comunhão com o sangue do Senhor.
R: O Cálice por nós abençoado é a nossa comunhão com o sangue do Senhor.
– Que poderei retribuir ao Senhor Deus por tudo aquilo que ele fez em meu favor?  Elevo o cálice da minha salvação, invocando o nome santo do Senhor.
R: O Cálice por nós abençoado é a nossa comunhão com o sangue do Senhor.
– È sentida por demais pelo Senhor a morte de seus santos, seus amigos. Eis que sou o vosso servo, ó Senhor, mas me quebrastes os grilhões da escravidão!
R: O Cálice por nós abençoado é a nossa comunhão com o sangue do Senhor.
– Por isso oferto um sacrifício de louvor, invocando o nome santo do senhor. Vou cumprir minhas promessas ao Senhor na presença de seu povo reunido.
R: O Cálice por nós abençoado é a nossa comunhão com o sangue do Senhor.

Segunda leitura
1 Cor 11,23-26 
Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios: Irmãos: 23O que eu recebi do Senhor foi isso que eu vos transmiti: Na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão 24e, depois de dar graças, partiu-o e disse: “Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em minha memória”. 25Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o cálice e disse: “Este cálice é a nova aliança, em meu sangue. Todas as vezes que dele beberdes, fazei isto em minha memória”. 26Todas as vezes, de fato, que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, estareis proclamando a morte do Senhor, até que ele venha.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 13,1-15
Glória, ó Cristo, Verbo de Deus.
Glória, ó Cristo, Verbo de Deus.
– Eu vos dou um novo mandamento, nova ordem agora vos dou, que também vos ameis uns aos outros, como eu vos amei, diz o Senhor! (Jo 13,34)
Glória, ó Cristo, Verbo de Deus.
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a vós, Senhor!  
– 1Era antes da festa da Páscoa. Jesus sabia que tinha chegado a sua hora de passar deste mundo para o Pai; tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim. 2Estavam tomando a ceia. O diabo já tinha posto no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o propósito de entregar Jesus. 3Jesus, sabendo que o Pai tinha colocado tudo em suas mãos e que de Deus tinha saído e para Deus voltava, 4levantou-se da mesa, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. 5Derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos, enxugando-os com a toalha com que estava cingido. 6Chegou a vez de Simão Pedro. Pedro disse: “Senhor, tu me lavas os pés?” 7Respondeu Jesus: “Agora, não entendes o que estou fazendo; mais tarde compreenderás”. 8Disse-lhe Pedro: “Tu nunca me lavarás os pés!” Mas Jesus respondeu: “Se eu não te lavar, não terás parte comigo”. 9Simão Pedro disse: “Senhor, então lava não somente os meus pés, mas também as mãos e a cabeça”. 10Jesus respondeu: “Quem já se banhou não precisa lavar senão os pés, porque já está todo limpo. Também vós estais limpos, mas não todos”.

11Jesus sabia quem o ia entregar; por isso disse: “Nem todos estais limpos”.

12Depois de ter lavado os pés dos discípulos, Jesus vestiu o manto e sentou-se de novo. E disse aos discípulos: “Compreendeis o que acabo de fazer? 13Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, pois eu o sou. 14Portanto, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. 15Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor! 

SANTO DO DIA
Santa Ludovina, invocada como intercessora dos doentes crônicos

14-Santa-Ludovina-santo-do-dia…
Virgem [1380 – 1433]
Segundo a tradição
É invocada como intercessora dos doentes crônicos
Origem Holandesa
Santa Ludovina nasceu em 1380 na Holanda. Sua família era humilde, caridosa e, principalmente, riquíssima em espiritualidade. 
Infância caridosa
Ainda quando criança, Ludovina recolhia alimentos e roupas para doar aos pobres e doentes. Foi uma jovem viva, eficaz e cheia de brincadeiras.
Possibilidades
Antes dos 15 anos de idade, ela recebeu muitas propostas de casamento, mas, por amor a Jesus, permaneceu fiel em sua vocação por uma vida consagrada ao Senhor.
Em sua adolescência sofreu um acidente e ficou praticamente paralisada. Enfrentou a enfermidade com ajuda da família e de seu diretor espiritual. Encontrou, nessa situação, uma oportunidade de se unir-se à cruz gloriosa do Senhor.
Espiritualidade da cruz
Tinha uma forte intimidade com a cruz do Senhor. E pautava sua vida pela ciência da cruz. Enfrentou vários desafios. Ao longo de sua vida, foi incompreendida por muitos e até acusada de mentirosa. Seu legado não para por aí, diante de todas as realidades, a jovem resolveu dar a mesma resposta de Jesus no alto da cruz. Enxergando todas essas realidades, a partir do amor e do perdão, a santa oferecia todas as suas dores pela conversão dos pecadores, e pela salvação das almas. Por fim, não pedia mais que o Senhor aliviasse suas dor, pois todas as coisas eram ordenadas para o amor.
Vida penitencial intensa
Segundo a história, passou cerca de 7 anos sem comer nem beber nada. Recebia, como alimento, Jesus Eucarístico. No dia 14 de abril do ano de 1433, foi chamada à eternidade. Morreu de forma serena e em paz.
Em 1890, o Papa Leão XII elevou a santa ao altar e autorizou o seu culto para o dia de sua morte.
A minha oração
“Senhor Jesus, perdoe nossas ansiedades e desespero nos momentos de dor. Concedei-nos, pelas preces de Santa Ludovina, que soube manter a serenidade durante sua enfermidade, a paciência para enfrentar com coragem e paz as dores e as tristezas. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!”
Santa Ludovina, rogai por nós!

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QUARTA-FEIRA, DIA 13 DE ABRIL DE 2022

SEMANA SANTA
(roxo)

Primeira leitura
Is 50,4-9a 
– Leitura do livro do profeta Isaías: 4O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida; ele me desperta cada manhã e me excita o meu ouvido, para prestar atenção como um discí-pulo. 5O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás. 6Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba: não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. 7Mas o Senhor Deus é o meu Auxi-liador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado. 8A meu lado está quem me justifica; alguém me fará objeções? Vejamos. Quem é meu adversário? Aproxime-se. 9aSim, o Senhor Deus é meu Auxiliador; quem é que me vai condenar?

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 69, 8-10.21bcd-22.31.33-34 (R: 14cb) 
– Respondei-me pelo vosso imenso amor, neste tempo favorável, Senhor Deus.
R: Respondei-me pelo vosso imenso amor, neste tempo favorável, Senhor Deus.

– Por vossa causa é que sofri tantos insultos, e o meu rosto se cobriu de confusão; eu me tornei como um estranho a meus irmãos, como estrangeiro para os filhos de minha mãe. Pois meu zelo e meu amor por vossa casa me devoram como fogo abrasador: e os insultos de infiéis que vos ultrajam recaíram todos eles sobre mim!
R: Respondei-me pelo vosso imenso amor, neste tempo favorável, Senhor Deus.

– O insulto me partiu o coração; Eu esperei que alguém, de mim tivesse pena; procurei quem me aliviasse e não achei! Deram-me fel como se fosse um alimento, em minha sede ofereceram-me vinagre!
R: Respondei-me pelo vosso imenso amor, neste tempo favorável, Senhor Deus.

– Cantando eu louvarei o vosso nome e agradecido exultarei de alegria! Humildes, vede isto e alegrai-vos: o vosso coração reviverá, se procurardes o Senhor continuamente! Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres, e não despreza o clamor de seus cativos.
R: Respondei-me pelo vosso imenso amor, neste tempo favorável, Senhor Deus.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 26,14-25 
Salve, Cristo, luz da vida, companheiro na partilha!
Salve, Cristo, luz da vida, companheiro na partilha!
– Salve nosso rei, somente vós tendes compaixão dos nossos erros.
Salve, Cristo, luz da vida, companheiro na partilha!
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus
– Glória a vós, Senhor!  
– Naquele tempo, 14um dos doze discípulos, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes 15e disse: “Que me dareis se vos entregar Jesus?” Combinaram, então, trinta moedas de prata. 16E daí em diante, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus. 17No primeiro dia da festa dos Ázimos, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?” 18Jesus respondeu: “Ide à cidade, procurai certo homem e dizei-lhe: ‘O Mestre manda dizer: o meu tempo está próximo, vou celebrar a Páscoa em tua casa, junto com meus discípulos’”. 19Os discípulos fizeram como Jesus mandou e prepararam a Páscoa. 20Ao cair da tarde, Jesus pôs-se à mesa com os doze discípulos. 21Enquanto comiam, Jesus disse: “Em verdade eu vos digo, um de vós vai me trair”. 22Eles ficaram muito tristes e, um por um, começaram a lhe perguntar: “Senhor, será que sou eu?” 23Jesus respondeu: “Quem vai me trair é aquele que comigo põe a mão no prato. 24O Filho do Homem vai morrer, conforme diz a Escritura a respeito dele. Contudo, ai daquele que trair o Filho do Homem! Seria melhor que nunca tivesse nascido!” 25Então Judas, o traidor, perguntou: “Mestre, serei eu?” Jesus lhe respondeu: “Tu o dizes”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Martinho I

São Martinho nasceu em Todi, e foi diácono da igreja, acabou sendo eleito sumo pontífice após a morte do papa teodoro em 13 de maio de 649, se mostrando um homem firme ao guiar a Igreja. Subindo ao poder mesmo antes do referendo do imperador quanto a sua eleição.
Apesar de seu pulso forte São Martinho I sabia que sua atitude traria consequências como perseguição, torturas e grandes humilhações, pois naquele período os reis como o imperador Constante II achavam que poderiam interferir na igreja, como se a fé e as doutrinas fossem submissas ao Estado.
Um ano antes de São Martinho assumir como Papa, Constante II publicou um documento “Tipo”, que apoiava heresias monotelistas que negavam a condição humana do Cristo, se opondo diretamente as principais raízes do cristianismo, inclusive resultando na convocação de um Concílio pelo imperador, que ao contrário do que ele esperava todas as teses monotelistas foram condenadas, assim provocando uma ira mortal em Constante II.
A Perseguição
Não contente com o ocorrido no grande Concílio, Constante II ordenou que Olímpio, seu representante em Ravena prendesse o papa, porém o homem decidiu que iria matar o Santo Padre, e ordenou que seu escudeiro o apunhalasse no momento da comunhão em uma missa do qual São Martinho estava pessoalmente comungando com os fiéis, eis que no momento que o assassino tentou apunhalar-lo, ficou completamente cego saindo correndo daquele local. Após este incidente Olímpio decidiu que acompanharia São Martinho para tomar Constantinopla. Porém devido à peste que assolava a Europa naqueles tempos Olímpio acabou morrendo vítima da doença.
Prisão e Martírio
O imperador herege Constante II então ordenou a prisão de São martinho I, que foi levado de barco em uma longa viagem, sem direito a água para se lavar, enclausurado no porão, rumo a cidade de Bósforo, sendo um cruel martírio contra o Santo Padre.
Sob acusações falsas de que o pontífice havia subido ao cargo sem ser seu por direito, Constantino II ordenou que fosse esticado em uma praça de Constantinopla, onde seria humilhado e apedrejado pelo povo, após isso São Martinho I, foi levado para uma prisão onde viveu grande sofrimento a mando do imperador.
O papa Martinho I foi julgado e condenado ao exílio na Crimeia, sul da Rússia, sendo levado para lá em março de 655, em outra angustiante e sofrida viagem que durou dois meses. Ele acabou morrendo de fome quatro meses depois, em 16 de setembro daquele ano. Foi o último papa a ser martirizado e sua comemoração foi determinada pelo novo calendário litúrgico da Igreja para o dia 13 de abril.
São Martinho I, rogai por nós!

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TERÇA-FEIRA, DIA 12 DE ABRIL DE 2022

SEMANA SANTA (Roxo)

Primeira leitura
(Isaías 49,1-6)
Leitura do livro do profeta Isaías.
49 1 Ilhas, ouvi-me; povos de longe, prestai atenção! O Senhor chamou-me desde meu nascimento; ainda no seio de minha mãe, ele pronunciou meu nome.
2 Tornou minha boca semelhante a uma espada afiada, cobriu-me com a sombra de sua mão. Fez de mim uma flecha penetrante, guardou-me na sua aljava.
3 E disse-me: “Tu és meu servo, (Israel), em quem me rejubilarei”.
4 E eu dizia a mim mesmo: “Foi em vão que padeci, foi em vão que gastei minhas forças. Todavia, meu direito estava nas mãos do Senhor, e no meu Deus estava depositada a minha recompensa”.
5 E agora o Senhor fala, ele, que me formou desde meu nascimento para ser seu Servo, para trazer-lhe de volta Jacó e reunir-lhe Israel, (porque o Senhor fez-me esta honra, e meu Deus tornou-se minha força).
6 Disse-me: “Não basta que sejas meu servo para restaurar as tribos de Jacó e reconduzir os fugitivos de Israel; vou fazer de ti a luz das nações, para propagar minha salvação até os confins do mundo”.
Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

Salmo Responsorial 70/71
Minha boca anunciará vossa justiça.
Eu procuro meu refúgio em vós, Senhor,
que eu não seja envergonhado para sempre!
Porque sois justo, defendei-me e libertai-me!
Escutai a minha voz, vinde salvar-me!
Sede uma rocha protetora para mim,
um abrigo bem seguro que me salve!
Porque sois a minha força e meu amparo,
o meu refúgio, proteção e segurança!
Libertai-me, ó meu Deus, das mãos do ímpio.
Porque sois, ó Senhor Deus, minha esperança,
em vós confio desde a minha juventude!
Sois meu apoio desde antes que eu nascesse,
desde o seio maternal, o meu amparo.
Minha boca anunciará todos os dias
vossa justiça e vossas graças incontáveis.
Vós me ensinastes desde a minha juventude
e até hoje canto as vossas maravilhas.

Evangelho (João 13,21-33.36-38)
Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!
Salve, ó rei, obediente ao Pai, vós fostes levado para ser crucificado, como um manso cordeiro é conduzido à matança.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
– Glória a Vós, Senhor!
Naquele tempo, estando à mesa com seus discípulos, 13 21 Jesus ficou perturbado em seu espírito e declarou abertamente: “Em verdade, em verdade vos digo: um de vós me há de trair!”
22 Os discípulos olhavam uns para os outros, sem saber de quem falava.
23 Um dos discípulos, a quem Jesus amava, estava à mesa reclinado ao peito de Jesus.
24 Simão Pedro acenou-lhe para dizer-lhe: “Dize-nos, de quem é que ele fala”.
25 Reclinando-se este mesmo discípulo sobre o peito de Jesus, interrogou-o: “Senhor, quem é?”
26 Jesus respondeu: “É aquele a quem eu der o pão embebido”. Em seguida, molhou o pão e deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes.
27 Logo que ele o engoliu, Satanás entrou nele. Jesus disse-lhe, então: “O que queres fazer, faze-o depressa”.
28 Mas ninguém dos que estavam à mesa soube por que motivo lho dissera.
29 Pois, como Judas tinha a bolsa, pensavam alguns que Jesus lhe falava: “Compra aquilo de que temos necessidade para a festa”. Ou: “Dá alguma coisa aos pobres”.
30 Tendo Judas recebido o bocado de pão, apressou-se em sair. E era noite.
31 Logo que Judas saiu, Jesus disse: “Agora é glorificado o Filho do Homem, e Deus é glorificado nele.
32 Se Deus foi glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, e o glorificará em breve.
33 Filhinhos meus, por um pouco apenas ainda estou convosco. Vós me haveis de procurar, mas como disse aos judeus, também vos digo agora a vós: para onde eu vou, vós não podeis ir”.
36 Perguntou-lhe Simão Pedro: “Senhor, para onde vais?” Jesus respondeu-lhe: “Para onde vou, não podes seguir-me agora, mas seguir-me-ás mais tarde”.
37 Pedro tornou a perguntar: “Senhor, por que te não posso seguir agora? Darei a minha vida por ti!”
38 Respondeu-lhe Jesus: “Darás a tua vida por mim! Em verdade, em verdade te digo: não cantará o galo até que me negues três vezes”.
Palavra da Salvação.
– Glória a Vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São Victor de Braga

São Vitor ou Victor, nasceu em Portugal, na aldeia de Passos, próxima a Braga, vivendo uma juventude focada em Deus, catecúmeno, se preparava para receber o Batismo.
Uma pessoa de bom coração, São Vitor sempre foi amigo de todos, porém um dia ao encontrar um grupo de pagãos que prestavam culto a um ídolo se recusou a participar, sendo levado pelos homens até o governador, e sendo questionado.
O Martírio
São Vitor viveu o martírio, que ao não renunciar sua fé em Jesus Cristo, foi preso em uma árvore e flagelado, sendo em seguida decapitado, devido ao seu martírio e fé inabalado foi considerado um dos Santos Mártires da Igreja, mesmo ainda jovem.
São Victor de Braga, rogai por nós!

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SEGUNDA-FEIRA, DIA 11 DE ABRIL DE 2022

SEMANA SANTA
(roxo)

Primeira leitura
Is 42,1-7 
– Leitura do livro do profeta Isaías: 1“Eis o meu servo – eu o recebo; eis o meu eleito – nele se compraz minha alma; pus meu espírito sobre ele, ele promoverá o julgamento das nações. 2Ele não clama nem levanta a voz, nem se faz ouvir pelas ruas. 3Não quebra uma cana rachada nem apaga um pavio que ainda fumega; mas promoverá o julgamento para obter a verdade. 4Não esmorecerá nem se deixará abater, enquanto não estabelecer a justiça na terra; os países distantes esperam seus ensinamentos”. 5Isto diz o Senhor Deus, que criou o céu e o estendeu, firmou a terra e tudo que dela germina, que dá a respiração aos seus habitantes e o sopro da vida ao que nela se move: 6“Eu, o Senhor, te chamei para a justiça e te tomei pela mão; eu te formei e te constituí como o centro de aliança do povo, luz das nações, 7para abrires os olhos dos cegos, tirar os cativos da prisão, livrar do cárcere os que vivem nas trevas.

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.  
Salmo Responsorial: Sl 27,1 – 3.13-14 (R:1a) 
– O Senhor é minha luz e salvação.
R: O Senhor é minha luz e salvação.

– O Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo? O Senhor é a proteção da minha vida; perante quem eu tremerei?
R: O Senhor é minha luz e salvação.

– Quando avançam os malvados contra mim, querendo devorar-me, são eles, inimigos e opressores, que tropeçam e sucumbem.
R: O Senhor é minha luz e salvação.

– Se contra mim um exército se armar, não temerá meu coração; se contra mim uma batalha estourar, mesmo assim confiarei.
R: O Senhor é minha luz e salvação.

– Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver na terra dos viventes. Espera no Senhor e tem coragem, espera no Senhor!
R: O Senhor é minha luz e salvação.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 12,1-11
Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!
Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!
– Salve, nosso rei, somente vós tendes compaixão dos nossos erros (Ez 33,11) 
Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a vós, Senhor!  
– 1Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde morava Lázaro, que ele havia ressuscitado dos mortos. 2Ali ofereceram a Jesus um jantar; Marta servia e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. 3Maria, tomando quase meio litro de perfume de nardo puro e muito caro, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus cabelos. A casa inteira ficou cheia do perfume do bálsamo.  4Então, falou Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de entregar: 5“Por que não se vendeu este perfume por trezentas moedas de prata, para dá-las aos pobres?” 6Judas falou assim, não porque se preocupasse com os pobres, mas porque era ladrão; ele tomava conta da bolsa comum e roubava o que se depositava nela. 7Jesus, porém, disse: “Deixa-a; ela fez isto em vista do dia da minha sepultura. 8Pobres, sempre os tereis convosco, enquanto a mim, nem sempre me tereis”. 9Muitos judeus, tendo sabido que Jesus estava em Betânia, foram para lá, não só por causa de Jesus, mas também para verem Lázaro, que Jesus ressuscitara dos mortos. 10Então, os sumos sacerdotes decidiram matar também Lázaro, 11porque por causa dele, muitos deixavam os judeus e acreditavam em Jesus.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor! 

SANTO DO DIA

Santo Estanislau Kostka e Beata Elena Guerra

Santo Estanislau Kostka
Bispo e mártir
O rei Boleslau II da Polônia (1058-1079) é lembrado nas páginas da história pelos empreendimentos militares vitoriosos que consolidaram o jovem Estado, alargando-lhe os limites à custa da Rússia, pela valorização das terras, por ele promovida com nova organização fundiária e pelas reformas políticas e econômicas. Deste rei, porém, o primeiro historiador polonês, Vicente Kadlubeck, lembra também as graves injustiças e o comportamento imoral na vida particular. Mas em seu caminho, Boleslau encontra severo repreensor. Qual João Batista em relação a Herodes, o destemido bispo de Cracóvia, Estanislau, levantou sua voz, admoestando o onipotente soberano sobre seu dever de respeitar os direitos alheios.
Estanislau nasceu em 1030 na diocese de Cracóvia, em Szczepanowa, filho de pais pobres. Concluindo os primeiros estudos com os beneditinos de Cracóvia, aperfeiçoou-os na Bélgica, na célebre escola de Liège, Voltando a sua pátria, distinguiu-se pelo zelo pastoral e pelas benéficas iniciativas realizadas com caridade e inteligência. Morto o bispo de Cracóvia, o papa Alexandre II nomeou-o para o alto cargo: A sua designação foi, além do povo e do clero, acalentada pelo próprio Boleslau II, que nos primeiros anos consentiu na obra de evangelização em toda a região e na formação do clero local, secular, que devia ocupar progressivamente o lugar dos monges beneditinos na administração da Igreja polonesa.
A boa harmonia entre o bispo e o soberano durou até que o corajoso Estanislau teve de antepor seus deveres pastorais à tolerância para com as faltas do amigo, pois a reprovável conduta do soberano corria o risco de alimentar os maus costumes dos súditos. As crônicas do tempo contam de fato que o rei, apaixonado por uma bela matrona, Cristina, esposa de Miecislau, sem demora mandou raptá-la, com grave escândalo para todo o país.
Ameaçada e depois efetivada a excomunhão do soberano, este não mais conteve o seu furor, fazendo trucidar Estanislau em Cracóvia, na igreja de são Miguel, durante a celebração da missa. O ignóbil assassínio na catedral parece ter sido perpetuado pelas mãos do próprio soberano depois que os guardas tiveram de se retirar, porque eram impedidos por força misteriosa. Venerado pelos poloneses desde o dia do seu martírio, santo Estanislau foi canonizado a 17 de agosto de 1253 na basílica de são Francisco de Assis e desde então o seu culto é muito difundido na Europa e na América.
Beata Elena Guerra
Apóstola do Espírito Santo
Elena Guerra nasceu em Lucca (Itália), no dia 23 de Junho de 1835. Viveu e cresceu em um clima familiar profundamente religioso. Durante uma longa enfermidade, se dedica à meditação da Palavra de Deus e ao estudo dos Padres da Igreja, o que determina seu orientamento da vida interior e de seu apostolado; primeiro na Associação das Amigas Espirituais, idealizada por ela mesma para promover entre as jovens a amizade em seu sentido cristão, e depois nas Filhas de Maria.
Em Abril de 1870, Elena participa de uma peregrinação pascal em Roma juntamente com seu pai, Antônio. Entre outros momentos marcantes, a visita às Catacumbas dos Mártires confirmam nela o desejo pela vida consagrada. Em 24 de Abril, assiste na Basílica de São Pedro a terceira sessão conciliar do Vaticano I, na qual vinha aprovada a Constituição “Dei Filius” sobre a Fé. A visita ao Papa Pio IX a comove de tal maneira que depois de algumas semanas, já em Lucca, no dia 23 de Junho, faz a oferta de toda a sua vida pelo Papa.
No ano de 1871, depois de uma grande noite escura, seguida de graças místicas particulares, Elena com um grupo de Amigas Espirituais e Filhas de Maria, dá início a uma nova experiência de vida religiosa comunitária, que em 1882 culminará na fundação da Congregação das Irmãs de Santa Zita, dedicada a educação cultural e religiosa da juventude. É neste período que Santa Gemma Galgani se tornará “sua aluna predileta”.
Em 1886, Elena sente o primeiro apelo interior a trabalhar de alguma forma para divulgar a Devoção ao Espírito Santo na Igreja. Para isto, escreve secretamente muitas vezes ao Papa Leão XIII, exortando-o a convidar “os cristãos modernos” a redescobrirem a vida segundo o Espírito; e o Papa, amavelmente solicitado pela mística Luquese, dirige à toda Igreja alguns documentos, que são como uma introdução a vida segundo o Espírito e que podem ser considerados também como o início do “retorno ao Espírito Santo” dos tempos atuais: A breve “Provida Matris Charitate” de 1895; a Encíclica “Divinum Illud Munus” em 1897 e a carta aos bispos “Ad fovendum in christiano populo”, de 1902.
Em Outubro de 1897, Elena é recebida em audiência por Leão XIII, que a encoraja a prosseguir o apostolado pela causa do Espírito Santo e autoriza também a sua Congregação a mudar de nome, para melhor qualificar o carisma próprio na Igreja: Oblatas do Espírito Santo.
Para Elena, a exortação do Papa é uma ordem, e se dedica ainda com maior empenho à causa do Espírito Santo, aprofundando assim, para si e para os outros, o verdadeiro sentido do “retorno ao Espírito Santo”: Será este o mandato da sua Congregação ao mundo.
Elena, em suas meditações com a Palavra de Deus, é profundamente impressionada e comovida por tudo o que acontece no Cenáculo histórico da Igreja Nascente: Ali, Jesus se oferece como vítima a Deus para a salvação dos homens; ali institui o Sacramento de Amor, a Eucaristia; ali, aparece aos seus discípulos depois da ressurreição e ali, enfim, manda de junto do Pai o Espírito Santo sobre a Igreja Nascente.
A Igreja é descricao a realizar os Mistérios do Cenáculo, Mistérios permanentes, e, portanto, o Mistério Pascal: A Igreja é, por isto, prolongamento do Cenáculo, e, analogamente, é ela mesma como um Cenáculo Espiritual Permanente.
É neste Cenáculo do Mistério Pascal, no qual o Senhor Ressuscitado reúne a comunidade sacerdotal real e profética, que também nós, e cada fiél em particular, fomos inseridos pelo Espírito mediante o Batismo e a Crisma, e capacitados a participar da Eucaristia, que é uma assembléia de confirmados, e, portanto, semelhante a primeira comunidade do Cenáculo depois da descida do Espírito Santo. É nesta prospectiva que Elena Guerra concebe e inicia o “Cenáculo Universal” como movimento de oração ao Espírito Santo.
Elena morreu no dia 11 de Abril de 1914, sábado santo, com o grande desejo no coração de ver “os cristãos modernos” tomando consciência da presença e da ação do Espírito Santo em suas vidas, condição indispensável para um verdadeiro “renovamento da face da terra”.
Elevada à honra dos altares em 26 de Abril de 1959, justamente o Papa a definiu “Apóstola do Espírito Santo dos tempos modernos”, assim como Santa Maria Madalena foi a apóstola da Ressurreição e Santa Maria Margarida Alacoque a apóstola do Sagrado Coração.
O carisma profético de Elena é ainda atual, visto que a única necessidade da Igreja e do Mundo é a renovação contínua de um perene e “Novo Pentecostes” que por fim “renove a face da terra”.
Santo Estanislau Kostka e Beata Elena Guerra, rogai por nós!

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DOMINGO DE RAMOS, DIA 10 DE ABRIL DE 2022

DOMINGO – RAMOS E PAIXÃO DO SENHOR.
(vermelho)

Antífona da entrada 
– Seis dias antes da solene Páscoa, quando o Senhor veio a Jerusalém, correram até ele os pequeninos. Trazendo em suas mãos ramos e palmas, em alta voz cantavam em sua honra: Bendito és tu que vens com tanto amor! Hosana nas alturas!
Oração do dia 
– Deus eterno e todo-poderoso, para dar aos homens um exemplo de humildade, quisestes que o nosso salvador se fizesse homem e morresse na cruz. Concedei-nos aprender o ensinamento da sua paixão e ressuscitar com ele em sua glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo, Amém.

Primeira leitura
Is 50,4-7 
– Leitura do livro do profeta Isaías: 4O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida; ele me desperta cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo. 5O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás. 6Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba; não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. 7Mas o Senhor Deus é meu auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 22,8-9.17-18a.19-20.23-24 (R: 2a) 
– Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?
R: Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?

– Riem de mim todos aqueles que me veem, torcem os lábios e sacodem a cabeça: “Ao Senhor se confiou, ele o liberte e agora o salve, se é verdade que ele o ama!”
R: Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?

– Cães numerosos me rodeiam furiosos, e por um bando de malvados fui cercado. Transpassaram minhas mãos e os meus pés e eu posso contar todos os meus ossos.
R: Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?

– Eles repartem entre si as minhas vestes e sorteiam entre si a minha túnica. Vós, porém, ó meu Senhor, não fiqueis longe, ó minha força, vinde logo em meu socorro!
R: Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?

– Anunciarei o vosso nome a meus irmãos e no meio da assembleia hei de louvar-vos! Vós, que temeis ao Senhor Deus, dai-lhe louvores, glorificai-o, descendentes de Jacó, e respeitai-o, toda a raça de Israel!
R: Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?

Segunda leitura
Fl 2,6-11
– Leitura da carta de são Paulo aos Filipenses: 6Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, 7mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, 8humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz. 9Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome. 10Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, 11e toda língua proclame: “Jesus Cristo é o Senhor”, para a glória de Deus Pai.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 22,14-23.56
Glória e louvor a vós, ó Cristo.
Glória e louvor a vós, ó Cristo.
– Jesus Cristo se tornou obediente, obediente até a morte numa cruz. Pelo que o Senhor Deus o exaltou e deu-lhe um nome muito acima de outro nome
(Fl 2,8)
Glória e louvor a vós, ó Cristo.
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a vós, Senhor!  
– Naquele tempo, 14Quando chegou a hora, Jesus pôs-se à mesa com os apóstolos 15e disse: “Ardentemente desejei comer convosco esta ceia pascal, antes de padecer. 16Pois eu vos digo que não mais a comerei, até que ela se realize no Reino de Deus”. 17Então pegou o cálice, deu graças e disse: “Recebei este cálice e fazei passar entre vós; 18pois eu vos digo que, de agora em diante, não mais beberei do fruto da videira, até que venha o Reino de Deus”. 19A seguir, tomou o pão, deu graças, partiu-o e lhes deu, dizendo: “Isto é o meu corpo, que é dado por vós. Fazei isto em memória de mim”. 20Depois da ceia, fez o mesmo com o cálice, dizendo: “Este cálice é a nova aliança no meu sangue, que é derramado por vós”. 21Todavia, a mão de quem vai me entregar está perto de mim, nesta mesa. 22Sim, o Filho do Homem se vai, como está determinado. Mas ai daquele por quem ele é entregue”. 23Então começaram a perguntar uns aos outros qual deles haveria de fazer tal coisa. 56Ora, uma criada viu Pedro sentado perto do fogo; encarou-o bem e disse: “Este aqui também estava com ele!”
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santa Madalena de Canossa

Nascida em 1774 em Verona na Itália, filha de um homem rico, que faleceu quando Santa Madalena de Canossa tinha apenas cinco anos, assim como seus irmãos foi abandonada por sua mãe que se casou com outro homem, sendo entregue aos cuidados de uma instituição religiosa.
Com apenas 17 anos Santa Madalena de Canossa desejou consagrar sua vida a Deus, tentando duas vezes a experiência do Carmelo, porém não acostumou-se à vida no convento, assim retornando para sua família, guardando sua vocação em seu coração, assumindo a administração dos bens da família.
Já em 1801 ao receber duas adolescentes abandonadas e muito pobres que lhe pediram abrigo, não só as acolheu, mas também outras. Esse evento fatia com que ela visse que este era o caminho que Deus queria para ela, descobrindo no Cristo Crucificado o centro de sua espiritualidade e missão, assim abrindo o palácio da família Canossa tornando-o uma comunidade religiosa.
Apesar dos trabalhos realizados com os abandonados Santa Madalena de Canossa não se sentia completa, então decidiu se mudar para o bairro mais pobre de sua cidade, concretizando eu ideal, trabalhando na evangelização e promoção humana, fundando a “Congregação das Filhas da Caridade”, assim formando religiosas educadoras dos pobres e mais necessitados.
Mais tarde o trabalho de Santa Madalena se espalharia, e sua família religiosa à serviço de Cristo cresceu ao fundar o primeiro oratório dos Filhos da Caridade, um ramo masculino da congregação voltada para educar jovens e adultos.
Faleceu em uma Sexta-Feira da Paixão.
Santa Madalena de Canossa, rogai por nós!

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SÁBADO, DIA 09 DE ABRIL DE 2022

V SEMANA DA QUARESMA
(roxo)

Primeira leitura
Ez 37,21-28 
– Leitura da profecia de Ezequiel: 21Assim diz o Senhor Deus: “Eu mesmo vou tomar os israelitas do meio das nações para onde foram, vou recolhê-los de toda parte e reconduzi-los para a sua terra. 22Farei deles uma nação única no país, nos montes de Israel, e apenas um rei reinará sobre todos eles. Nunca mais formarão duas nações, nem tornarão a dividir-se em dois reinos. 23Não se mancharão mais com os seus ídolos e nunca mais cometerão infames abominações. Eu os libertarei de todo o pecado que cometeram em sua infidelidade, e os purificarei. Eles serão o meu povo e eu serei o seu Deus.
24Meu servo Davi reinará sobre eles, e haverá para todos eles um único pastor. Viverão segundo meus preceitos e guardarão minhas leis, pondo-as em prática. 25Habitarão no país que dei a meu servo Jacó, onde moraram vossos pais; ali habitarão para sempre, também eles, com seus filhos e netos, e o meu servo Davi será o seu príncipe para sempre. 26Farei com eles uma aliança de paz, será uma aliança eterna. Eu os estabelecerei e multiplicarei, e no meio deles porei meu santuário para sempre. 27Minha morada estará junto deles. Eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. 28Assim as nações saberão que eu, o Senhor, santifico Israel, por estar o meu santuário no meio deles para sempre”.

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl, (Jr 31), 10.11-12ab.13 (R: 10d) 
– O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.
R: O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.

– Ouvi, nações, a palavra do Senhor e anunciai-a nas ilhas mais distantes: “Quem dispersou Israel, vai congregá-lo, e o guardará qual pastor a seu rebanho!”
R: O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.

– Pois, na verdade, o Senhor remiu Jacó e o libertou do poder do prepotente. Voltarão para o monte de Sião, entre brados e cantos de alegria afluirão para as bênçãos do Senhor:
R: O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.

– Então a virgem dançará alegremente, também o jovem e o velho exultarão; mudarei em alegria o seu luto, serei consolo e conforto após a guerra.
R: O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 11,45-56
Salve, ó Cristo, imagem do Pai, a plena verdade nos comunicai!
Salve, ó Cristo, imagem do Pai, a plena verdade nos comunicai!
– Lançai para bem longe toda a vossa iniqüidade! Criai em vós um novo espírito e um novo coração!  (Ez 18,31) 
Salve, ó Cristo, imagem do Pai, a plena verdade nos comunicai!
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a vós, Senhor!  
– Naquele tempo, 45muitos dos judeus que tinham ido à casa de Maria e viram o que Jesus fizera, creram nele. 46Alguns, porém, foram ter com os fariseus e contaram o que Jesus tinha feito. 47Então os sumos sacerdotes e os fariseus reuniram o Conselho e disseram: “Que faremos? Este homem realiza muitos sinais. 48Se deixamos que ele continue assim, todos vão acreditar nele, e virão os romanos e destruirão o nosso Lugar Santo e a nossa nação”. 49Um deles, chamado Caifás, sumo sacerdote em função naquele ano, disse: “Vós não entendeis nada. 50Não percebeis que é melhor um só homem morrer pelo povo do que perecer a nação inteira?” 51Caifás não falou isso por si mesmo. Sendo sumo sacerdote em função naquele ano, profetizou que Jesus iria morrer pela nação. 52E não só pela nação, mas também para reunir os filhos de Deus dispersos. 53A partir desse dia, as autoridades judaicas tomaram a decisão de matar Jesus.  54Por isso, Jesus não andava mais em público no meio dos judeus. Retirou-se para uma região perto do deserto, para a cidade chamada Efraim. Ali permaneceu com os seus discípulos. 55A Páscoa dos judeus estava próxima. Muita gente do campo tinha subido a Jerusalém para se purificar antes da Páscoa. 56Procuravam Jesus e, ao reunirem-se no Templo, comentavam entre si: “Que vos parece? Será que ele não vem para a festa?”
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor! 

SANTO DO DIA
Santa Maria de Cleófas

Santa Maria de Cléofas vivia em Nazaré com sua família e, provavelmente, tinha sua casa ao lado da casa de Nossa Senhora, como era o costume das famílias naquele tempo. Por isso, ela certamente acompanhou a Virgem Maria em todos os momentos do Mistério de Cristo. Como tia, carregou Jesus no colo, amparou-o, encantou-se com a bondade do sobrinho e alegrou-se ao ver seus filhos seguindo os passos de Jesus.
Cléofas Alfeu era irmão de São José e Maria de Cléofas era irmã da Virgem Maria segundo algumas tradições. Santa Maria de Cléofas acompanhou Jesus desde a gravidez da Virgem Maria até sua morte e ressurreição. É, portanto, uma testemunha ocular e preciosa dos fatos relativos à História da Salvação. Por tudo isso, Santa Maria de Cléofas pode ser chamada carinhosamente de padroeira das tias, pois ela foi tia amada e presente na vida de Jesus.
Santa Maria de Cléofas e seu marido tiveram três filhos mencionados nos Evangelhos: Simão, Tiago Menor, José e Judas Tadeu. Eles foram muitas vezes confundidos como sendo “irmãos do Senhor”, mas, na realidade, eram primos. É que nas línguas semíticas não existe uma palavra para designar “primo” e outros graus de parentesco. Por isso, parentes como tios e primos são chamados de irmãos.
Quando ela e outras mulheres foram ao túmulo para ungir o corpo do Mestre, acabaram encontrando-o vivo, ressuscitado.
E depois, muito provavelmente, ela e seu marido Cléofas estiveram no Cenáculo no dia de Pentecostes quando o Senhor enviou o Espírito Santo, dando início à Igreja.
Santa Maria de Cléofas rogai por nós!

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SEXTA-FEIRA, DIA 08 DE ABRIL DE 2022

V SEMANA DA QUARESMA
(roxo)

Primeira leitura
Jr 20,10-13 
– Leitura do livro do profeta Jeremias: 10Eu ouvi as injúrias de tantos homens e os vi espalhando o medo em redor: “Denunciai-o, denunciemo-lo”. Todos os amigos observam minhas falhas: “Talvez ele cometa um engano e nós poderemos apanhá-lo e desforrar-nos dele”. 11Mas o Senhor está ao meu lado, como forte guerreiro; por isso, os que me perseguem cairão vencidos. Por não terem tido êxito, eles se cobrirão de vergonha. Eterna infâmia, que nunca se apaga! 12Ó Senhor dos exércitos, que provas o homem justo e vês os sentimentos do coração, rogo-te me faças ver tua vingança sobre eles; pois eu te declarei a minha causa. 13Cantai ao Senhor, louvai ao Senhor, pois ele salvou a vida de um pobre homem das mãos dos maus.

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 18,2-7 (R: 7)
– Ao Senhor eu invoquei na minha angústia e ele escutou a minha voz.
R: Ao Senhor eu invoquei na minha angústia e ele escutou a minha voz.

– Eu vos amo, ó Senhor! Sois minha força, minha rocha, meu refúgio e Salvador!
R: Ao Senhor eu invoquei na minha angústia e ele escutou a minha voz.

– Ó meu Deus, sois o rochedo que me abriga, minha força e poderosa salvação, sois meu escudo e proteção: em vós espero! Invocarei o meu Senhor: a ele a glória! e dos meus perseguidores serei salvo!
R: Ao Senhor eu invoquei na minha angústia e ele escutou a minha voz.

– Ondas da morte me envolveram totalmente, e as torrentes da maldade me aterraram; os laços do abismo me amarraram e a própria morte me prendeu em suas redes!
R: Ao Senhor eu invoquei na minha angústia e ele escutou a minha voz.

– Ao Senhor eu invoquei na minha angústia e elevei o meu clamor para meu Deus; de seu Templo ele escutou a minha voz, e chegou a seus ouvidos o meu grito!
R: Ao Senhor eu invoquei na minha angústia e ele escutou a minha voz.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 10,31-42
Glória a Cristo, Palavra eterna do Pai que é amor!
Glória a Cristo, Palavra eterna do Pai que é amor!
– Senhor, tuas palavras são espírito, são vida; só tu tens palavra de vida eterna! (Jo 6,63.68)
Glória a Cristo, Palavra eterna do Pai que é amor!
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 31os judeus pegaram pedras para apedrejar Jesus. 32E ele lhes disse: “Por ordem do Pai, mostrei-vos muitas obras boas. Por qual delas me quereis apedrejar?” 33Os judeus responderam: “Não queremos te apedrejar por causa das obras boas, mas por causa de blasfêmia, porque sendo apenas um homem, tu te fazes Deus!” 34Jesus disse: “Acaso não está escrito na vossa Lei: ‘Eu disse: vós sois deuses’?  35Ora, ninguém pode anular a Escritura: se a Lei chama deuses as pessoas às quais se dirigiu a palavra de Deus, 36por que então me acusais de blasfêmia, quando eu digo que sou Filho de Deus, eu a quem o Pai consagrou e enviou ao mundo? 37Se não faço as obras do meu Pai, não acrediteis em mim. 38Mas, se eu as faço, mesmo que não queirais acreditar em mim, acreditai nas minhas obras, para que saibais e reconheçais que o Pai está em mim e eu no Pai”. 39Outra vez procuravam prender Jesus, mas ele escapou das mãos deles. 40Jesus passou para o outro lado do Jordão, e foi para o lugar onde, antes, João tinha batizado. E permaneceu ali. 41Muitos foram ter com ele, e diziam: “João não realizou nenhum sinal, mas tudo o que ele disse a respeito deste homem, é verdade”. 42E muitos, ali, acreditaram nele.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
Santa Julia Billiart

Nascida na França com o nome de Maria Maria Rosa Júlia Billiart, foi batizada logo ao nascer, recebendo sua primeira comunhão com apenas sete anos, desde então entregando-se completamente a Jesus.
Vida de dificuldades
Devido a sérios problemas de saúde, e subnutrição Santa Júlia Billiart ficou paraplégica por vinte anos, mas isso não a abalou, pois durante este período se aprofundar nos mistérios do calvário, da glória da cruz e de uma vida de fé.
Santa Júlia Billiart foi sempre muito engajada em catequeses de sua paróquia, preocupando-se principalmente com a educação dos pobres, cultivando amizades com os religiosos, as carmelitas,e damas da nobreza que lhe conseguiam donativos.
Mulher de fé
Por ser muito entregue a Deus, Santa Júlia de Billiart decidiu ingressar na vida religiosa, porém já com uma meta estabelecida: fundar uma congregação voltada para a educação dos pobres, e formação de bons educadores, mesmo que não fosse letrada, durante os 20 anos em que ficou paraplégica se dedicou a entender e aprender sobre a pedagogia, e mesmo não curada da paralisia em 1804 fundou a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora.
Milagre do Sagrado Coração de Jesus
Após 30 anos sem andar, porém com muita fé e devoção Santa Julia Billiart voltou a caminhar devido a sua grande devoção ao Sagrado Coração de Jesus, tornando sua fé ainda mais forte e inabalável.
Tendo recuperado seus movimentos Santa Júlia Billiart fundou uma escola gratuita, sendo a primeira de muitas, além de pensionatos para os que viviam em miséria e grande necessidade.
Perseguição
Por se recusar a receber doações que pudessem tirar a independência de sua congregação foi injustamente perseguida pelo bispo de Amiens, sendo inclusive afastada de sua congregação.
Morte e canonização
Faleceu no dia 8 de Abril de 1816 em Namur na Bélgica.
Santa Julia Billiart, rogai por nós!

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QUINTA-FEIRA, DIA 07 DE ABRIL DE 2022

V SEMANA DA QUARESMA
(roxo)

Primeira leitura
Gn 17,3-9 
– Leitura do livro do Gênesis: Naqueles dias, 3Abrão prostrou-se com o rosto por terra. 4E Deus lhe disse: “Eis a minha aliança contigo: tu serás pai de uma multidão de nações. 5Já não te chamarás Abrão, mas o teu nome será Abraão, porque farei de ti o pai de uma multidão de nações. 6Farei crescer tua descendência infinitamente. Farei nascer de ti nações, e reis sairão de ti. 7Estabelecerei minha aliança entre mim e ti e teus descendentes para sempre; uma aliança eterna, para que eu seja teu Deus e o Deus de teus descendentes. 8A ti e aos teus descendentes darei a terra em que vives como estrangeiro, todo o país de Canaã como propriedade para sempre. E eu serei o Deus dos teus descendentes”. 9Deus disse a Abraão: “Guarda a minha aliança, tu e a tua descendência para sempre”.

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 105,4 – 9 (R: 8a)
– O Senhor se lembra sempre da Aliança!
R: O Senhor se lembra sempre da Aliança!

– Procurai o Senhor teu Deus e seu poder, buscai constantemente a sua face! Lembrai as maravilhas que ele fez, seus prodígios e as palavras de seus lábios!
R: O Senhor se lembra sempre da Aliança!

– Descendentes de Abraão, seu servidor, e filhos de Jacó, seu escolhido, ele mesmo, o Senhor, é nosso Deus, vigoram suas leis em toda a terra.
R: O Senhor se lembra sempre da Aliança!

– Ele sempre se recorda da Aliança, promulgada a incontáveis gerações; da Aliança que ele fez com Abraão, e do seu santo juramento a Isaac.
R: O Senhor se lembra sempre da Aliança!
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 8,51-59 
Glória a Cristo, Palavra eterna do Pai, que é amor!
Glória a Cristo, Palavra eterna do Pai, que é amor!
– Oxalá ouvísseis hoje sua voz. Não fecheis os corações como em Meriba!
 (Sl 94,8)
Glória a Cristo, Palavra eterna do Pai, que é amor!
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a vós, Senhor!  
– Naquele tempo, disse Jesus aos judeus: 51“Em verdade, em verdade vos digo: se alguém guardar a minha palavra, jamais verá a morte”. 52Disseram então os judeus: “Agora sabemos que tens um demônio. Abraão morreu e os profetas também, e tu dizes: ‘Se alguém guardar a minha palavra jamais verá a morte’. 53Acaso és maior do que nosso pai Abraão, que morreu, como também os profetas? Quem pretendes ser?” 54Jesus respondeu: “Se me glorifico a mim mesmo, minha glória não vale nada. Quem me glorifica é o meu Pai, aquele que vós dizeis ser o vosso Deus. 55No entanto, não o conheceis. Mas eu o conheço e, se dissesse que não o conheço, seria um mentiroso, como vós! Mas eu o conheço e guardo a sua palavra. 56Vosso pai Abraão exultou, por ver o meu dia; ele o viu, e alegrou-se”. 57Os judeus disseram-lhe então: “Nem sequer cinquenta anos tens, e viste Abraão!” 58Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo, antes que Abraão existisse, eu sou”. 59Então eles pegaram em pedras para apedrejar Jesus, mas ele escondeu-se e saiu do Templo.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

SANTO DO DIA
São João Batista de La Salle

A tradição da família de La Salle, na França, é muito antiga. No século XVII, descendente de Carlos Magno, Louis de La Salle era conselheiro do Supremo Tribunal quando sua esposa, também de família fidalga, deu à luz a João Batista de La Salle, em 30 de abril de 1651, na casa da rua de L’Arbatete, que ainda existe, na cidade de Reims.
O casal não era nobre só por descendência, ambos tinham também nobreza de espírito e seguiam os ensinamentos católicos, que repassaram aos sete filhos. João Batista era o mais velho deles. Dos demais, uma das filhas tornou-se religiosa, entrando para o convento de Santo Estevão, em Reims. Dois outros filhos ocuparam cargos elevados no clero secular, mas João Batista revelou-se o mais privilegiado em termos espirituais.
Desde pequeno a vocação se apresentava no garoto, que gostava de improvisar um pequeno altar para brincar de realizar os atos litúrgicos que assistia com a mãe. Paralelamente, teve no pai o primeiro professor. Apaixonado por música clássica, sacra e profana, toda semana havia, na casa dos de La Salle, uma “tarde musical”, onde se apresentavam os melhores e mais importantes artistas da cidade, assistidos pelas famílias mais prestigiadas de Reims. João Batista fazia parte da apresentação, executando as músicas de caráter religioso, o que fez com que o pai o estimulasse a ingressar no coral dos cônegos da catedral. Entretanto, no íntimo, o desejo dos seus pais era que ele seguisse uma carreira política.
Mas esse desejo durou pouco tempo, pois, na hora de definir sua profissão, João Batista confessou que queria ser padre. Seu pai entendeu que não poderia disputar o filho com Deus e ordenou que ele seguisse a voz do Criador, para onde fosse chamado. Ainda jovem, tornou-se coroinha e, com dezesseis anos, era nomeado cônego da catedral de Reims. Como tinha muita cultura e apreciava os estudos, com dezoito anos recebeu o título de mestre das Artes Livres, entrou para a Universidade de Sorbonne e passou a morar no seminário Santo Sulpício, em Paris. Ali se tornou catequista, chegando a ensinar um total de quatro mil crianças, preparando-as para a primeira comunhão.
Ao sair do seminário, João Batista, com vinte e um anos, tinha já perdido o pai e a mãe. Cuidou dos irmãos e depois pôde vestir a batina, em 1678, quando, finalmente, se ordenou sacerdote. Fundou uma escola para a formação de professores leigos e, mesmo em meio a todo esse trabalho, continuou estudando teologia, até receber o título de doutor, em 1681.
Fundou, ainda, a Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs, que em pouco tempo necessitou da implantação de muitas casas. Tão rápido cresceu a Ordem, que já em 1700 foi possível inaugurar um seminário, onde se lecionava pedagogia, leitura, gramática, física, matemática, catolicismo e canto litúrgico. Ele teve a grata felicidade de ver a congregação comportando setecentos e cinqüenta irmãos, possuindo cento e quatorze escolas e sendo frequentadas por trinta e um mil alunos, todos pobres.
Aqui no Brasil, os Irmãos das Escolas Cristãs se estabeleceram em 1907, espalhando-se pelos estados do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Ele morreu numa Sexta-Feira Santa, no dia 7 abril de 1719, em Rouen, e foi canonizado, em 1900, pelo papa Pio X. São João Batista de La Salle foi proclamado “padroeiro celeste, junto a Deus, de todos os educadores”, pelo papa Pio XII.
São João Batista de La Salle, rogai por nós!