V SEMANA DO TEMPO COMUM
Cor Litúrgica verde
Primeira leitura
2 Coríntios 4,7-15
Leitura da segunda carta de são Paulo aos Coríntios –
Irmãos, 7trazemos esse tesouro em vasos de barro, para que todos reconheçam que este poder extraordinário vem de Deus e não de nós.
8Somos afligidos de todos os lados, mas não vencidos pela angústia; postos entre os maiores apuros, mas sem perder a esperança;
9perseguidos, mas não desamparados; derrubados, mas não aniquilados;
10por toda parte e sempre levamos em nós mesmos os sofrimentos mortais de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifestada em nossos corpos.
11De fato, nós, os vivos, somos continuamente entregues à morte por causa de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifestada em nossa natureza mortal.
12Assim, a morte age em nós, enquanto a vida age em vós.
13Mas, sustentados pelo mesmo espírito de fé, conforme o que está escrito:
“Eu creio e, por isso, falei”, nós também cremos e, por isso, falamos,
14certos de que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também com Jesus e nos colocará ao seu lado, juntamente convosco.
15E tudo isso é por causa de vós, para que a abundância da graça em um número maior de pessoas faça crescer a ação de graças para a glória de Deus.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: 115(116B)
Oferto ao Senhor um sacrifício de louvor.
1. Guardei a minha fé, mesmo dizendo: / “É demais o sofrimento em minha vida!”
/ Confiei quando dizia na aflição: / “Todo homem é mentiroso! Todo homem!” –
R. Oferto ao Senhor um sacrifício de louvor.
2. É sentida por demais pelo Senhor / a morte de seus santos, seus amigos.
/ Eis que sou o vosso servo, ó Senhor, † vosso servo que nasceu de vossa serva;
/ mas me quebrastes os grilhões da escravidão! –
R. Oferto ao Senhor um sacrifício de louvor.
3. Por isso oferto um sacrifício de louvor,
/ invocando o nome santo do Senhor. /
Vou cumprir minhas promessas ao Senhor / na presença de seu povo reunido. –
R. Oferto ao Senhor um sacrifício de louvor.
Evangelho: (Mateus 5,27-32)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Como astros no mundo brilheis, pregando a palavra da vida! (Fl 2,15s) – R.
– O Senhor esteja convosco;
– Ele está no meio de nós;
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus –
– Glória a Vós, Senhor!
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
27“Ouvistes o que foi dito:
‘Não cometerás adultério’.
28Eu, porém, vos digo, todo aquele que olhar para uma mulher com o desejo de possuí-la já cometeu adultério
com ela no seu coração.
29Se o teu olho direito é para ti ocasião de pecado,
arranca-o e joga-o para longe de ti!
De fato, é melhor perder um de teus membros
do que todo o teu corpo ser jogado no inferno.
30Se a tua mão direita é para ti ocasião de pecado,
corta-a e joga-a para longe de ti!
De fato, é melhor perder um dos teus membros
do que todo o teu corpo ir para o inferno.
31Foi dito também: ‘Quem se divorciar de sua mulher,
dê-lhe uma certidão de divórcio’.
32Eu, porém, vos digo,
todo aquele que se divorcia de sua mulher, a não ser por motivo de união irregular,
faz com que ela se torne adúltera;
e quem se casa com a mulher divorciada comete adultério”.
– Palavra da salvação.
– Glória a Vós, Senhor!
SANTO DO DIA
São Valentim [padre] e São Valentim de Terni [bispo]: patronos dos namorados
Origens
Em 14 de fevereiro, a Igreja celebra São Cirilo, monge, e São Metódio, bispo. Além deles, também faz memória de dois santos mártires: o padre São Valentim e o bispo São Valentim de Terni.
Protetores dos namorados e noivos
Ambos os santos Valentim viveram na mesma época no século III. Os dois foram mártires e lutaram pelo matrimônio cristão. Por isso, o Dia dos Namorados em várias partes do mundo passou a ser chamado em inglês de Valentines Day ou Dia dos Valentins.
Solteiros nas batalhas
O padre São Valentim viveu em Roma no tempo do imperador romano Cláudio II (268-270), o Gótico. O Império enfrentava vários problemas, com um grande número de batalhas perdidas. Segundo a tradição, o imperador atribuiu a culpa aos soldados solteiros, pois julgava que os solteiros eram menos ousados nas batalhas; feriam-se levemente e, logo, pediam dispensa. Conseguiam um afastamento e, quando voltavam, estavam casados. Uma vez casados, não se arriscavam mais, com a intenção de voltar vivos. Isso, segundo Cláudio II, enfraquecia as legiões romanas. Por isso, o imperador proibiu o casamento dos soldados.
Ousadia e martírio do padre
Padre Valentim continuou incentivando e celebrando os casamentos secretamente. Quando Cláudio II soube, mandou prender o padre e interrogou-o diante do povo. As respostas de São Valentim defendendo o matrimônio como união sagrada, querida por Deus e “sacramento”, impressionaram o imperador e todo o povo. Por isso, o imperador enviou-o apenas para uma “prisão domiciliar”. Porém, o local indicado para a prisão foi a casa do prefeito de Roma, chamado Astério, que era pagão e tinha uma filha cega. São Valentim curou a sua filha e conseguiu a conversão de toda a família. Ao saber disso, o imperador mandou que fosse açoitado e, a seguir, decapitado na via Flamínia no dia 14 de fevereiro de 269.
Bispo Conselheiro
Dom Valentim teria o dom extraordinário do conselho. Ele ficou famoso por conseguir reconciliar inúmeros casais de namorados. Conta-se que um dia, ouviu dois jovens namorados discutindo ao lado de seu jardim e foi até eles. Chegou com uma linda rosa na mão, o capuz sobre a cabeça, o semblante sereno e sorridente. A figura daquele bom idoso e a delicadeza da rosa acalmaram os dois namorados. Em seguida, deu a eles a mais valiosa lição. Pediu que os dois segurassem o caule da rosa com todo cuidado para não se espetarem. Eles assim o fizeram.
Depois, São Valentim explicou-lhes a beleza do sacramento do matrimônio e da união de corpos. E ensinou-lhes que “as rosas são lindas, perfumadas, delicadas, mas tem espinhos. E elas não vivem sem espinhos. Assim também são as diferenças entre o casal. É preciso conhecê-las, respeitá-las e tratá-las com delicadeza, para que nenhum dos cônjuges seja ferido. Agindo assim, serão felizes e as brigas desaparecerão.” O jovem casal aprendeu a lição. Pouco tempo depois, o santo bispo celebrava o casamento dos dois. Depois disso, sua fama de casamenteiro se espalhou.
O martírio
Dom Valentim, estando em Roma no ano 272, converteu um famoso filósofo grego chamado Crato e, além dele, mais três de seus discípulos. Isso levou-o a ser denunciado, preso e julgado pelo imperador Aureliano. Crato e seus discípulos defenderam o bispo no julgamento, porém, de nada adiantou. São Valentim de Terni foi condenado e decapitado no 14 de fevereiro do ano 273. Os três filósofos recém-convertidos tiveram o cuidado de resgatar seu corpo e transportarem-no para a cidade de Terni. Lá, ele foi sepultado.
A Igreja incluiu São Valentim de Terni, bispo e mártir, no Calendário litúrgico, o protetor dos namorados e dos jovens. Suas relíquias estão guardadas na Igreja das Carmelitas, em Terni, que hoje faz parte de Roma. Ao lado da urna de prata que guarda seus restos mortais, tem a inscrição: “São Valentim, patrono do amor”. Há ainda na igreja um lindo vitral que mostra a imagem de São Valentim abençoando um jovem casal ajoelhado e os dois seguram uma rosa.
Oração a São Valentim de Terni
“São Valentim, que semeastes a bondade, o amor e a paz na Terra, sede meu guia espiritual. Ensinai-me a aceitar os defeitos e as falhas do meu companheiro e ajudai-o a reconhecer as minhas virtudes e vocações. Vós, que compreendeis os que se amam e desejam ver a união abençoada por Cristo, sede nosso advogado, nosso protetor e nosso abençoador. Em nome de Jesus! Amém!”
São Valentim, rogai por nós!
Outros santos e santas celebrados em 14 de fevereiro:
• Santos Cirilo, monge e São Metódio, bispo. irmãos naturais de Tessalónica [ † 869; † 885]
• São Vital, da Itália [† data inc.]
• São Zenão, mártir na Itália [† data inc.]
• Santos mártires Bassiano, Toniano, Proto, Lúcio, que foram lançados ao mar; São Cirião, presbítero, Agatão, exorcista, Moisés, que foram queimados no fogo; São Dionísio e Amónio, passados ao fio da espada – todos no Egito [† data inc.]
• Santo Eleucádio, bispo na Itália [† s. III]
• Santo Auxêncio, presbítero e arquimandrita na Turquia [† s. V]
• São Nostriano, bispo na Itália [† c. 450]
• Santo Antonino, abade na Itália [† c. 830]
• São João Baptista da Conceição Garcia, presbítero da Ordem da Santíssima Trindade, que empreendeu a renovação da Ordem na Espanha [† 1613]