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SEGUNDA-FEIRA, DIA 10 DE ABRIL DE 2023

OITAVA DA PÁSCOA
(branco)

Primeira leitura
At 2,14.22-32
– Leitura dos Atos dos Apóstolos: No dia de Pentecostes, 14Pedro de pé, junto com os onze apóstolos, levantou a voz e falou à multidão: 22”Homens de Israel, escutai estas palavras: Jesus de Nazaré foi um homem aprovado por Deus, junto de vós, pelos milagres, prodígios e sinais que Deus realizou, por meio dele, entre vós. Tudo isto vós bem o sabeis. 23Deus, em seu desígnio e previsão, determinou que Jesus fosse entregue pelas mãos dos ímpios, e vós o matastes, pregando-o numa cruz. 24Mas Deus ressuscitou a Jesus, libertando-o das angústias da morte, porque não era possível que ela o dominasse.  25Pois Davi dele diz: ‘Eu via sempre o Senhor diante de mim, pois está à minha direita para eu não vacilar. 26Alegrou-se por isso meu coração e exultou minha língua e até minha carne repousará na esperança. 27Porque não deixarás minha alma na região dos mortos nem permitirás que teu Santo experimente corrupção. 28Deste-me a conhecer os caminhos da vida e a tua presença me encherá de alegria’. 29Irmãos, seja-me permitido dizer com franqueza que o patriarca Davi morreu e foi sepultado e seu sepulcro está entre nós até hoje. 30Mas, sendo profeta, sabia que Deus lhe jurara solenemente que um de seus descendentes ocuparia o trono. 31É, portanto, a ressurreição de Cristo que previu e anunciou com as palavras: ‘Ele não foi abandonado na região dos mortos e sua carne não conheceu a corrupção’. 32Com efeito, Deus ressuscitou este mesmo Jesus e disto todos nós somos testemunhas”.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 16,1-2a.5.7-8.9-10.11 (R: 1)
– Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
R: Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

– Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio! Digo ao Senhor: “Somente vós sois meu Senhor; Ó Senhor, sois minha herança e minha taça, meu destino está seguro em vossas mãos!
R: Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

– Eu bendigo o Senhor, que me aconselha, e até de noite me adverte o coração. Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, pois se o tenho a meu lado não vacilo.
R: Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

– Eis por que meu coração está em festa, minha alma rejubila de alegria, e até meu corpo no repouso está tranquilo; pois não haveis de me deixar entregue à morte, nem vosso amigo conhecer a corrupção.
R: Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

– Vós me ensinais vosso caminho para a vida; junto a vós, felicidade sem limites, delícia eterna e alegria ao vosso lado!
R: Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos!
(Sl 117,24)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 28,8-15
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus
– Glória a vós, Senhor!  
– Naquele tempo, 8as mulheres partiram depressa do sepulcro. Estavam com medo, mas correram com grande alegria, para dar a notícia aos discípulos. 9De repente, Jesus foi ao encontro delas, e disse: “Alegrai-vos!” As mulheres aproximaram-se, e prostraram-se diante de Jesus, abraçando seus pés.
10Então Jesus disse a elas: “Não tenhais medo. Ide anunciar a meus irmãos que se dirijam para a Galileia. Lá eles me verão”. 11Quando as mulheres partiram, alguns guardas do túmulo foram à cidade, e comunicaram aos sumos sacerdotes tudo o que havia acontecido. 12Os sumos sacerdotes reuniram-se com os anciãos, e deram uma grande soma de dinheiro aos soldados, 13dizendo-lhes: “Dizei que os discípulos dele foram durante a noite e roubaram o corpo, enquanto vós dormíeis. 14Se o governador ficar sabendo disso, nós o convenceremos. Não vos preocupeis”. 15Os soldados pegaram o dinheiro, e agiram de acordo com as instruções recebidas. E assim, o boato espalhou-se entre os judeus, até o dia de hoje.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor! 

SANTO DO DIA
Santa Madalena de Canossa exclamava: façam conhecer a Jesus Cristo!

Virgem e fundadora [1774 – 1835]
Origens
Madalena Gabriela de Canossa nasceu em Verona, no dia 1° de março de 1774, de família nobre e rica, terceira de seis irmãos. Com apenas cinco anos, ficou órfã de pai; dois anos depois, foi abandonada pela mãe, que recasou com o marquês Zenetti de Mântua. A educação de Madalena de Canossa e de seus quatro irmãos foi confiada, nos anos seguintes, a uma governanta francesa, bastante severa, que não compreendendo o caráter da menina, a tratava com excessiva dureza.
Doença
Aos quinze anos, Madalena foi acometida por uma febre misteriosa, como também por uma dor isquiática violentíssima e uma grave forma de varíola. Essas doenças causaram-lhe asma crônica e uma dolorosa contração nos braços, que pioraram com o passar dos anos. Durante a convalescença, desabrochou nela a vocação religiosa e o desejo de entrar para o convento, porém não conseguia deixar o pensamento dos pobres e necessitados, que frequentavam o átrio do palácio paterno. Ela sustentava-os de muitas maneiras.
Discernimento vocacional
Aos 17 anos, seu confessor, o carmelita Estêvão do Sagrado Coração, aconselhou-a a fazer um período de experiência no mosteiro de Santa Teresa, em Verona e, depois, naquele das Carmelitas Descalças, em Conegliano. Após alguns meses, ambas as experiências concluíram-se com sua volta a casa, por não ser idônea à vida claustral. Porém, a Priora do Convento de Verona escreveu-lhe: “Deus manifestou, com clareza, a sua não idoneidade para a vida de religiosa Descalça; porém, isso não queria dizer que a recusava como Esposa”. Então, a Priora propôs-lhe outro diretor espiritual, Padre Luís Ribera, que a exortou a prestar um serviço de caridade na sua família e no mundo. Em 1799, Madalena de Canossa recolheu da rua duas jovens abandonadas e as colocou, provisoriamente, em um apartamento no bairro mal afamado de São Zeno.
Santa Madalena de Canossa e a Ordem Terceira das Filhas da Caridade
As filhas da caridade
Em 1804, hospedou, em seu palácio, Napoleão Bonaparte, de passagem por Verona. Napoleão teve a oportunidade de conhecer e admirar Madalena de Canossa e seu zelo apostólico; por isso, ofereceu-lhe um ex-Mosteiro das Agostinianas. Assim nasceu o primeiro Instituto das Filhas da Caridade, aprovado, em 1816, pelo Papa Pio VII. Ali, Madalena deu catecismo e assistência aos enfermos, mas, sobretudo, instituiu escolas para a educação e formação de moças. Muitas jovens foram atraídas pelo carisma de Madalena e das suas coirmãs.
Novos Institutos 
Com o passar do tempo, surgiram novos Institutos em Veneza, Milão, Bergamo e Trento. Na Congregação, era rejeitada toda forma de tristeza ou melancolia. A fundadora aconselhava, mais que um rigor excessivo, um sereno abandono a vontade de Deus. No Instituto de Bergamo, Madalena fundou o primeiro centro para professoras camponesas e, a seguir, a Ordem Terceira das Filhas da Caridade, aberto também às mulheres casadas ou viúvas, que se dedicavam, sobretudo, à formação das enfermeiras e professoras.
O Amor do Crucificado e as Filhas da Caridade
Campo de missão
O Amor do Crucificado Ressuscitado arde no coração de Madalena de Canossa que, com as companheiras, torna-se testemunha do mesmo Amor em cinco âmbitos específicos: a escola de caridade para a promoção integral da pessoa; a catequese a todas as categorias, privilegiando os distantes; a assistência voltada principalmente aos enfermos dos hospitais; os seminários residenciais para formar jovens professoras de áreas rurais e preciosas colaboradoras dos párocos nas atividades pastorais; cursos de exercícios espirituais anuais para as damas da alta nobreza, com o objetivo de incentivá-las espiritualmente e envolvê-las nas várias áreas caritativas.
Um amor estendido 
Em seguida, esta atividade se estende a todas as categorias de pessoas. “Sobretudo façam conhecer Jesus Cristo! A grande paixão do coração de Madalena, é a grande herança que as Filhas, e os Filhos da Caridade são chamados a viver, uma disponibilidade radical, ‘dispostos pelo divino serviço a ir a qualquer país, até mesmo o mais remoto’” (Madalena, Ep. II / I, p. 266).
Último suspiro
Nos últimos anos da sua existência, Madalena de Canossa começou a ter frequentes crises de asma e fortes dores nas pernas e nos braços. Na rude cela do seu convento, não havia nem um genuflexório: para rezar – dizia – eram suficientes os degraus diante da janela. Em 10 de abril de 1835, pediu à suas coirmãs para segurá-la em pé, a fim de rezar as três Ave-Marias a Nossa Senhora das Dores, à qual tinha uma devoção toda especial. Na terceira Ave-Maria – narram –, elevou os braços ao céu e, com um grito de alegria e de mãos postas, reclinou a cabeça no ombro de uma coirmã. Madalena Gabriela de Canossa foi beatificada, em 1941, por Pio XII e, em 1988, canonizada por João Paulo II.
Devoção a Santa Madalena de Canossa
Oração
Deus de amor e de bondade, que criastes o ser humano para a felicidade, ajudai-nos, pela intercessão de Santa Madalena de Canossa, a descobrir que a nossa alegria só e completa quando repartimos nosso tempo e nossos bens com aqueles os mais pobres. Por Cristo Nosso Senhor. Amém!
Minha oração
“Querida santa, a tua lembrança nos ensina a alegria da caridade. Não podemos viver na tristeza e no egoísmo próprios do nosso tempo, por isso ajuda-nos a viver a caridade para com os mais necessitados ao nosso lado e a descobrir aí a face de Cristo crucificado. Amém!”
Santa Madalena de Canossa, rogai por nós!